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SISTEMA RESPIRATÓRIO Asma Doença inflamatória crônica de vias aéreas que envolve a participação de diversas células e componentes celulares. Os episódios de asma estão associados a obstrução variável de vias aéreas reversíveis espontaneamente ou com tratamento. Fatores Desencadeantes Alérgenos domiciliares, polem e irritantes As substâncias alergênicas ativa os mastócitos e as células dendríticas. Patogênese Asmáticos possuem linfócitos T ativados com produção de citocinas na mucosa brônquica. O seu mecanismo de ativação ainda não é muito elucidado mas uma explicação são os alérgenos. Citocina Th2 – Atraem eosinófilos para a mucosa e são induzidos a produzir a cisteinil-leucotrienos que lesam o epitélio Alguns asmáticos produzem IgE específica contra alérgenos que se liga a mastócitos nas vias aéreas – liberação de histaminas e leucotrieno B4 (broncocostritores potentes). Fase Imediata: Resposta inicial a provocação do alérgeno. Fase Tardia: Reação inflamatória progressiva (linfócitos Th2 e eosinófilos ativados). Lesão e perda de epitélio . Com perda de células epiteliais – receptores de irritantes de fibras C ficam mais acessíveis a estímulos de irritantes – hiper-reatividade-brônquica. Outros mediadores: Adenosina, Óxido Nítrico induzido, Neuropeptídeos. Tratamento Não medicamentoso: Controle do ambiente Medicamentoso: Anti-inflamatórios (inibem ou previnem os componentes inflamatórios da fase imediata e tardia) e Broncodilatadores (revertem o broncoespasmo da fase imediata) . Em uso localizado (inalatório). Broncodilatadores: Relaxam o músculo liso das vias respostas e causam reversão imediata da obstrução das vias respiratórias. Agonistas B2-adrenérgicos: fazem efeito localizado, ou seja, menos efeitos adversos. Salbutamol é mais seletivo B2 porém tem afinidade com B1, e por isso é muito comum aumentar FC. Adrenalina (Epinefrina) – usada em casos emergenciais, pois por ser inespecífica, tem mais prevalência para receptores B, mas também se liga nos alfa, o que pode causar vasoconstrição. Ação Curta: fármacos de escolha na asma grave. Salbutamol (pode causar taquicardia) e Terbutalina (reduz o acumulo de muco, podendo causar tosse com muco): Efeito em 30min e duração é de 3 a 5h. Fenoterol (menos efeito de taquicardia): Raro o uso por via oral. Ação Longa: fármacos utilizados no controle da doença. Salmeterol (utilizado em associação com corticoide) e Formoterol (potente inibidor de histamina e leucotrienos): Duração de ação é de 8 a 12h, usado 2x/dia como terapia complementar. Metilxantinas (pouco usada) Teofilina, Aminofilina, Acebrofilina e Cafeína (possuem efeito sistêmico) o acaba apresentando muitos efeitos adversos por não ser localizado. Agonistas colinérgicos e Antimuscarínicos Ipratrópico: ação curta de 3 a 5h, Antagonista Muscarínico M3. Ele potencializa o efeito broncodilatador quando associado com o Fenoterol. Tiotrópio: ação prolongada de até 12h. Fármacos de escolha no tratamento de DPOC. Corticosteroides: Fármacos de primeira escolha no tratamento de asma crônica. Reduz Inflamação das vias aéreas, da hipersensibilidade das vias aéreas, dos sintomas/exacerbação e mobilidade/hospitalizações. E aumenta a função pulmonar e a qualidade de vida. Efeitos Colaterais dos corticosteroides inalatórios: disfonia (perda na qualidade da voz); candidíase orofaríngea e tosse. Principais fármacos: beclometasona, budesonida, fluticasona, mometasona e ciclesonida. Em casos agudos de asma: hidrocortisona (IV) e prednisolona (via oral). Beclometasona: Mais utilizada para asma dos corticosteroides. Controla os sintomas da asma brônquica, rinite alérgica. Baixos efeitos colaterais e baixa potência. Budesonida: Ação rápida, poucos efeitos adversos. Bem tolerado especialmente para idosos. Potência intermediária. Fluticasona: Alta potência; usado na asma crônica e rinite alérgica. Inibidores da liberação de histamina: Tratamento crônico, mas não de 1° escolha. Fraco efeito anti-inflamatório e curta duração de ação. Cetotifeno: Tem afinidade para receptores H1, da histamina e inibe também os leocotrienos. Antagonistas de Receptores de Cisteinil- leucotrienos: Bloqueia os receptores de leocotrienos, impedindo que eles atraia mais células inflamatórias. Montelucaste e Zafirlucaste: Inibem a asma induzida por exercício e diminuem resposta precoce e tardia a alérgenos inalatórios. EC: cefaleia e distúrbio gastrointestinal. Anticorpo monoclonal Omalizumab: Se liga na IgE circulante, é ela que estimula os monócitos a produzir histamina. Tratamento 1) Broncodilatador de ação curta – doença muito leve 2) Broncodilatador de ação curta + corticosteroide inalatório regular (se precisar do Broncodilatador mais de uma vez ao dia) 3) Broncodilatador de ação prolongada (se continuar sem controle e não necessita aumento da dose do corticosteróide) 4) Adição de Teofilina ou Antagonista de leucotrieno ou aumento da dose do corticosteroide (em asma mais intensa) 5) Adição de Corticosteroide Oral 6) Adição de Omalizumab Doença Pulomonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Doença tratável e previnível com alguns efeitos extrapulmonares que pode contribuir para a gravidade. DPOC é causada por uma substância tóxica, e há processos inflamatórios, não tendo problemas histamínicos. Completamente irreversível. Se encontra entre as quatro doenças que maus matam no Brasil. Sintomatologia e Patogênese • Principal causa – tabagismo e poluição atmosférica. • Tosse contínua bem purulenta. • Se tem perda da capacidade respiratória (dispnéia progressiva). • A hipertensão pulmonar leva uma sobrecarga para o coração desenvolvendo uma insuficiência cardíaca. • O pulmão perde sua elasticidade, não deixando ocorrer as trocas gasosas em quantidades suficientes. Não recebe O e nem elimina Gás Carbônico. Tratamento • Abandonar o tabagismo; • Tomar vacinas contra Influenza e Pneumococus; • Glicocorticoides de o paciente tiver asma; • Oxigenoterapia Sob risco: sintomas crônico, exposição a fatores de risco, espirometria normal. (evitar fatores de risco). 1°Fase: VEF ≥ 80%. Adicionar um broncodilatador de ação curta se necessário. 2°Fase: 50% ≤ VEF < 80%. Adicionar tratamento regular com um ou mais broncodilatadores de ação longa; Adicionar reabilitação pulmonar. 3°Fase: 30% ≤ VEF < 50%. Adicionar corticoide inalatório se exacerbação repetidas. 4°Fase: VEF < 30% ou VEF < 50%. Adicionar oxigênio domiciliar se insuficiência respiratória crônica; Considerar transplante. Tosse A tosse é uma fisiopatologia que possui diversos benefícios. Existem dois mecanismos de depuração para proteção das vias aéreas com relação à entrada de partículas procedentes do meio externo. Clearence mucociliar: Mobilidade ciliar Tosse: Auxilia na forma de eliminar o muco. A farmacoterapia tem dois caminhos para atuar, ou será no centro da tosse (bulbo) que serão fármacos para deprimir a tosse atuando no SNC, ou será um fármaco para atuar nas periferias. Causas da Tosse Tosse aguda • Bronquites • Processos alérgicos • Infecções respiratórias Tosse crônica • Asma • Refluxo gastroesofágico • Gotejamento retronasal • Uso de IECA. Tipos de Tosse • Aguda: Presença dos sintomas por um período de até 3 semanas. • Subaguda: Tosse persistente por um período de 3 a 8 semanas. • Crônica: Tosse com duração maior que 8 semanas. Farmacoterapia Analisar a periodicidade, e verificar se possui muco ou não. Mucolítico: Reduz a viscosidade das secreções, contribuindo para sua remoção. Ex: Acetilcisteína, ambroxol, bromexina. Expectorante: Estimula mais a tosse, fazendo com que elimine o muco mais viscoso.Para aqueles pacientes que não tem uma boa qualidade na tosse, são os mais indicados pois aumenta a qualidade da tosse. Ex: Iodeto de K e guaifenesina. Não devem ser usados juntamente com um antitussígeno. Antitussígenos: usa-se quando a tosse não produz muco, não produtiva. Não trata a causa raiz, tem que procurar o verdadeiro motivo. Promovem relaxamento dos brônquios. Ex: Doxilamina, dropropizina, levodropropizina, clobutanol, dentre outros. Resfriado Comum O tratamento busca a sintomatologia, onde visa cuidar dos sintomas. Uso de soro fisiológico praz lavagem. Anti-histaminico Vasodilatadores (Fenilefrina) Analgesicos (dipirona, paracetamol) Antitussígeno periféricos, expectorantes ou mucolíticos. Sinusite Inflamação dos seios faciais (espaços que possuímos na face) podendo ter proliferação microbiana ou não. Sinais maiores: cefaleia, dor ou pressão facial, obstrução ou congestão nasal, dentre outros. Sinais menores: Febre, halitose, odontalgia, otalgia ou pressão nos ouvidos e tosse. Tratamento Antibioticoterapia (em caso de proliferação de bactérias) Solução salina hipertônica e vasoconstritores por curto prazo. Crioterapia por no máximo 7 dias (casos graves) Antihistamínicos.
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