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Monitoria Teoria do Crime - 1 e 2 Bimestre

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DIREITO PENAL – TEORIA DO CRIME
1º Bimestre 2º Bimestre
Conceitos
Gerais
Sujeitos e 
Objetos do 
Crime
Classificação dos 
Crimes
P
L
A
N
O
 D
E
 M
O
N
IT
O
R
IA
Espécies de 
Infrações
- Crime ou Delito
- Contravenção Penal
Estruturação do 
Tipo
- Elementos Objetivos
- Elementos Subjetivos
Crime
Aspecto Analítico
- Tipicidade
- Antijuridicidade
- Culpabilidade
Elementos do 
Fato Típico
- Conduta
- Resultado
- Nexo Causal
- Tipicidade
Conduta
- Teorias
- Dolo
- Culpa
- Preterdolo
Resultado
- Jurídico
- Naturalístico
Caminho do Crime 
(iter criminis)
- Tentativa
- Desistência voluntária
- Arrependimento Eficaz
- Arrependimento Posterior
- Crime Impossível
Ilicitude
- Estado de Necessidade
- Legítima Defesa
- Estrito Cumprimento do Dever
Legal
- Exercício Regular de um
Direito
Culpabilidade
- Imputabilidade
- Potencial Consciência da
Ilicitude
- Exigibilidade de Conduta
Diversa
1
Nexo Causal
- Equivalência dos Antecedentes
- Imputação Objetiva
- Concausas
- Omissão Imprópria
Concurso de 
Agentes
- Necessário
- Eventual
- Teoria Monista
- Teoria Pluralista
- Teoria Dualista
DIREITO PENAL
Objetivo
Direito Penal como 
um todo.
Subjetivo
Direito de Punir, do 
cidadão e do Estado.
Substantivo
Normas (CP, LCP, 
etc.)
Adjetivo
Procedimentos (CPP)
Comum
Cidadão Comum
Especial
Pessoas específicas 
dada sua 
especificidade.
CONCEITOS GERAIS
2
SISTEMA 
JURÍDICO PENAL
Direito 
Administrativo
Direito 
Processual 
Penal
Direito Civil
Psiquiatria 
Forense
Direito 
Processual Civil
Sociologia
Teoria Geral do 
Direito
Filosofia
Direito 
Constitucional
Criminalística
Medicina Legal
Direito do 
Trabalho e 
Tributário
CONCEITOS GERAIS
3
ESPÉCIES DE INFRAÇÕES
Crime ou Delito Contravenção Penal
Pena
Reclusão, Detenção, ambos
podem ser isoladas ou cominadas
com multa.
Obs.: reclusão, máximo: Fechado;
detenção, máximo: Semiaberto.
Prisão Simples ou Multa,
ou ambas.
<= 2 anos.
Medida de 
segurança
Mínimo de 1 a 3 anos. Mínimo de 6 meses.
Tentativa Punível. Não punível.
Ação Penal
Ação Penal Pública
Incondicionada ou Condicionada e
Ação Penal Privada.
Ação Penal Pública
Incondicionada.
4
SUJEITOS E OBJETOS DO CRIME
Sujeito Objeto
Ativo Passivo
Formal Material
Material Jurídico
Ex. 1: Caio matou Tício.
Ex. 2: Caio pôs fogo na casa onde Tício mora, mas que pertence a Mévio.
Ex. 3: Tibúrcio vilipendiou o cadáver de Tibúrcio, durante o velório deste.
Ex. 1: Caio
Ex. 2: Caio
Ex. 3: Tibúrcio
Ex. 1: Estado
Ex. 2: Estado
Ex. 3: Estado
Ex. 1: Tício
Ex. 2: Mévio e o prejudicado é Tício.
Ex. 3: Família
Ex. 1: Tício
Ex. 2: Casa
Ex. 3: Cadáver
Ex. 1: Vida
Ex. 2: Patrimônio
Ex. 3: Dignidade
5
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
Quanto Resultado 
Naturalístico
Quanto ao Resultado 
Jurídico
Quanto à conduta
Quanto ao 
Sujeito
Quanto ao Momento 
Consumativo
Materiais:
Exige RESULTADO.
Se não tiver resultado pune
pelo tentado.
De Perigo ao bem jurídico
tutelado.
• Comum: número X de
pessoas;
• Individual: pessoa
determinada;
• Abstrato: o perigo é
presumido;
• Concreto: perigo deve
ser demonstrado.
Comissivos: Ação. Comum:
qualquer pessoa.
Instantâneo: Uma só
conduta,
instantaneamente. Ex.
Homicídio.
Formais:
PREVÊ UM RESULTADO,
mas consuma-se pelo
simples expor ao perigo.
(ATIVIDADE)
Omissivos: Abstenção.
• Próprios: sem
resultado;
• Impróprios:(RESULTA
DO) com resultado.
Comete uma espécie de
ação pela omissão.
Próprio: sujeito
ativo tem
qualificação
específica.
Permanente:
Prolonga-se no tempo pela
vontade do agente.
Ex. Sequestro
De Mera Conduta:
A lei NÃO PREVÊ
RESULTADO, pune pela
ação ou omissão.
(ATIVIDADE)
De Dano ao bem jurídico
tutelado.
Mista: ambas, ex. art. 169. De mão própria:
ação a si mesmo. Ex.
Auto aborto.
Instantâneo de
Efeito Permanente:
Prolonga-se no tempo
independente da vontade
do agente.
Ex. Bigamia.
6
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
Quanto ao 
Número de 
Sujeitos
Quanto à 
Autonomia
Quanto a 
Objetividade 
Jurídica
Quanto ao Iter 
Criminis
Quanto à 
possibilidade de 
fracionar a 
conduta
Quanto à 
Pluralidade de 
Condutas
Unissubjetivo:
Exige 1, mas pode ter
mais.
Principais: Não
depende de outro
crime.
Simples: Somente
um objetivo, um bem
jurídico tutelado. Ex.
Homicídio.
Consumado: faz
todo o caminho. Ex.
Matar
Unissubsistente: 1
ação ou omissão. Ex.
Injúria.
Ação Simples:
um verbo. Ex. Matar.
Plurissubjetivo:
Exige mais de 1,
concurso necessário.
Acessórios:
Dependem de crime
anterior.
Complexos: Mais
de um objetivo, mais
de um bem tutelado.
Ex. Latrocínio.
Tentado: Não
percorre todo o
caminho por
circunstâncias alheias.
Ex. Tenta matar.
Plurissubsistente:
Admite fracionamento
da ação, logo admite
tentativa.
Ex. Homicídio.
Ação Múltipla:
mais de um verbo.
Ex. Induzir, instigar
ou auxiliar suicídio.
Exaurido: Percorre
todo o caminho e o
bem tutelado sofre
nova lesão. Ex.
Extorsão mediante
sequestro.
7
Quanto ao Elemento 
Subjetivo ou 
Normativo
Quanto à Posição 
Topográfica no Tipo 
Penal
Outras Classificações
Doloso: com intenção. Simples: básico, caput. Multitudinário (multidão), de opinião (abuso de liberdade de
expressão), transeunte (sem vestígios), não transeunte (com
vestígios), hediondos (repugnantes), putativos (imaginário), vagos
(sujeito sem personalidade jurídica) e habituais (reiteração).
Culposo: sem intenção. Privilegiados: penas
menores, §§.
Forma livre: Pode matar de muitas formas.
Preterdoloso: não tem
intenção, mas produz um
segundo resultado.
Qualificados: penas
maiores, §§.
Forma Vinculada: está vinculada a descrição da lei.
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
8
ESTRUTURAÇÃO DO TIPO
FATO 
TÍPICO
Elementos 
Subjetivos
Elementos 
Objetivos
Elementos 
Subjetivos
Elementos 
Objetivos
ELEMENTOS SUBJETIVOS
• Finalidade da Conduta, ex.
“para si ou para outrem”.
ELEMENTOS OBJETIVOS
• Sujeito Ativo
• Conduta Proibida
• Resultado Naturalístico
Podem ser:
o Descritivos, ex. “matar
alguém” (termo preciso).
o Normativos, ex. “sem
justa causa” (termo
precisa de análise).
A
T
IP
IC
ID
A
D
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A
T
IP
IC
ID
A
D
E
9
CRIME – ASPECTO ANALÍTICO
TIPICIDADE ANTIJURIDICIDADE CULPABILIDADE
- Previsão 
Normativa da 
conduta criminosa;
- Conduta deve 
moldar-se à norma;
- Ação ou omissão;
- Voluntariedade.
- Juízo de Valor;
- Um fato típico nem 
sempre será 
antijurídico;
- Ilicitude;
- Há excludentes.
- Juízo de 
Reprovação
- É culpável?
- Há excludentes.
10
ELEMENTOS DO FATO TÍPICO
CONDUTA RESULTADO NEXO CAUSAL TIPICIDADE
CONDUTA RESULTADO NEXO CAUSAL TIPICIDADE
CRIMES MATERIAIS CONSUMADOS
CRIMES TENTADOS, FORMAIS E DE MERA CONDUTA
TIPO PENAL: Previsão normativa. Ex. Art. 121, CP – prevê o tipo penal do homicídio.
TIPICIDADE: Juízo de valor. Ex. A conduta de matar alguém amolda-se ao tipo penal
do homicídio.
11
CONDUTA
CONDUTA RESULTADO NEXO CAUSAL TIPICIDADE
DOLO CULPA PRETERDOLOTEORIAS
Causal: Só se
analisava a intenção
no final;
Final: Dolo
integrando a conduta;
Social: Para ser
punível tem que ter
relevância social.
Direto: quer matar;
Indireto Alternativo:
quer matar ou ferir;
Indireto Eventual:
Prevê que pode
acontecer e continua.
Geral: Pensa que
matou, comete nova
ação e esta sim mata.
Elementos: conduta,
resultado, nexo causal,
tipicidade, previsibilidade
objetiva, quebra do dever
objetivo de cuidado;
Modalidades:
Imprudência,
Negligência, Imperícia;
Espécies: Inconsciente,
consciente, imprópria e
mediata.
Dolo no antecedente
e culpa no
consequente.
RESULTADO
13
NEXO CAUSAL TIPICIDADE
NATURALÍSTICO
Presente somente 
nos materiais.
É a modificação 
no mundo exterior 
que a conduta do 
agente provoca.
JURÍDICO
Presente em 
todos os crimes.
É a violação do tipo 
penal (lesão ou 
perigo de lesão ao 
bem jurídico 
tutelado)
RESULTADOCONDUTA
Atenção: Nos formais a 
consumação independe de 
resultado naturalístico e nos de 
mera conduta sequer se exige.
1414
NEXO CAUSAL
14
TIPICIDADECONDUTA NEXOCAUSALRESULTADO
TEORIA DA 
EQUIVALÊNCIA DOS 
ANTECEDENTES
conditio sine qua non
➢ Art. 13 - O resultado, de
que depende a
existência do crime,
somente é imputável a
quem lhe deu causa.
Considera-se causa a
ação ou omissão sem a
qual o resultado não
teria ocorrido
TEORIA DA 
IMPUTAÇÃO OBJETIVA
➢ Risco permitido não
pode ocasionar
resultados proibidos.
Exemplo:
1- Transitar em via no
limite de velocidade e
uma pessoa jogar-se na
frente do carro
repentinamente.
CONCAUSAS
➢ Absolutamente
Independente;
▪ Preexistente
▪ Concomitante
▪ Superveniente
➢ Relativamente
Independente;
▪ Preexistente
▪ Concomitante
▪ Superveniente
151515
NEXO CAUSAL
15
TIPICIDADECONDUTA NEXO CAUSALRESULTADO
C
O
N
C
A
U
S
A
S
 A
B
S
O
L
U
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A
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N
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D
E
P
E
N
D
E
N
T
E
S
CONCOMITANTE
Simultânea ao comportamento e produz o
resultado. Ex. Ana coloca veneno no chá
do marido que morre de infarto enquanto
tomava a bebida.
SUPERVENIENTE
Posterior ao comportamento e produz o
resultado. Ex. Ana envenena seu marido,
mas antes do veneno fazer efeito ele cai,
bate a cabeça e morre.
PREEXISTENTE
Antecede o comportamento e produz o
resultado. Ex. Ana envenena marido que
leva uma facada de Pedro e morre no
hospital em decorrência do
envenenamento.
C
O
N
C
A
U
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A
S
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IN
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E
P
E
N
D
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N
T
E
S
CONCOMITANTE
Simultânea ao comportamento e juntos
produzem o resultado. Ex. Paulo atira
em Pedro que assustado tem um
ataque cardíaco e morre.
SUPERVENIENTE
Posterior ao comportamento, resultado
pode ser conjunto ou independente e
pode ou não produzir o resultado por si
só. Ex. Próxima página.
PREEXISTENTE
Antecede, mas soma-se ao
comportamento e juntos produzem o
resultado. Ex. Paulo atira contra Pedro
que é hemofílico, o ferimento só não o
mataria, mas com a hemorragia matou.
16
C
O
N
C
A
U
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A
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IV
A
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P
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D
E
N
T
E
S
SUPERVENIENTE que não produziu por si só o resultado. Ex. Clara
atira em Lara que morre no hospital em decorrência de erro médico.
NEXO CAUSAL
SUPERVENIENTE que produziu por si só o resultado. Ex. Clara atira em
Lara que morre em decorrência de um grave acidente que atingiu a
ambulância que a transportava até o hospital.
Art. 13, §1º A superveniência de causa relativamente independente
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos
anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
1717
OMISSÃO IMPRÓPRIA
NEXO CAUSAL
• Necessidade do binômio: DEVER e PODER.
• Critério Legal – Art. 13, §2º.
➢ DEVER LEGAL DE CUIDAR: Ex. pais em relação aos filhos, policial, médico
hospital público, etc.;
➢ DEVER ASSUMIDO POR MEIO DE CONTRATO ESCRITO OU VERBAL: Ex.
segurança, médico hospital particular, salva-vidas, etc.;
➢ CAUSADOR DO RISCO DE OCORRÊNCIA DO RESULTADO: Ex. Veterano
sabendo que o calouro não sabe nadar o joga na piscina. Ele assume neste
momento o dever jurídico de agir para que o resultado não ocorra.
181818
TIPICIDADE
18
CONDUTA RESULTADO
• Trata-se do juízo de subsunção da conduta ao tipo penal.
• Princípio da legalidade (anterioridade + reserva legal).
“Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal” (art. 5º, XXXIX, CF/88).
TIPICIDADENEXO CAUSAL
DIREITO PENAL – TEORIA DO CRIME
1º Bimestre 2º Bimestre
Conceitos
Gerais
Sujeitos e 
Objetos do 
Crime
Classificação dos 
Crimes
P
L
A
N
O
 D
E
 M
O
N
IT
O
R
IA
Espécies de 
Infrações
- Crime ou Delito
- Contravenção Penal
Estruturação do 
Tipo
- Elementos Objetivos
- Elementos Subjetivos
Crime
Aspecto Analítico
- Tipicidade
- Antijuridicidade
- Culpabilidade
Elementos do 
Fato Típico
- Conduta
- Resultado
- Nexo Causal
- Tipicidade
Conduta
- Teorias
- Dolo
- Culpa
- Preterdolo
Resultado
- Jurídico
- Naturalístico
Caminho do Crime 
(iter criminis)
- Tentativa
- Desistência voluntária
- Arrependimento Eficaz
- Arrependimento Posterior
- Crime Impossível
Ilicitude
- Estado de Necessidade
- Legítima Defesa
- Estrito Cumprimento do Dever
Legal
- Exercício Regular de um
Direito
Culpabilidade
- Imputabilidade
- Potencial Consciência da
Ilicitude
- Exigibilidade de Conduta
Diversa
19
Nexo Causal
- Equivalência dos Antecedentes
- Imputação Objetiva
- Concausas
- Omissão Imprópria
Concurso de 
Agentes
- Necessário
- Eventual
- Teoria Monista
- Teoria Pluralista
- Teoria Dualista
CAMINHO DO CRIME (iter criminis)
Planejar...
EXECUÇÃO CONSUMAÇÃOPREPARAÇÃO
COGITAÇÃO OU 
IDEAÇÃO
Há crime aqui? E aqui? E aqui?
Desistência 
Voluntária
Tentativa 
Imperfeita
Arrependimento 
Eficaz
Tentativa
Perfeita
Arrependimento 
Posterior
EXAURIMENTO
Aumenta a pena
Pena do 
consumado 
(-) 1/3 a 2/3
CAMINHO DO CRIME (iter criminis)
EXECUÇÃO CONSUMAÇÃOPREPARAÇÃO
COGITAÇÃO OU 
IDEAÇÃO
EXAURIMENTO
Desistência 
Voluntária
Tentativa 
Imperfeita
Arrependimento 
Eficaz
Tentativa
Perfeita
Pena do 
consumado 
(-) 1/3 a 2/3
• Perfeita
✓ Esgota atos de execução;
• Imperfeita
✓ Não esgota atos de execução.
• Cruenta
✓ Atinge o bem jurídico;
• Incruenta
✓ Não atinge o bem jurídico.
• Arrependimento
Eficaz
✓ Esgotados os
atos de
execução;
✓ Nova ação eficaz
de natureza
positiva.• Desistência Voluntária
✓ Antes de esgotados os atos de
execução;
✓ Não precisa ser espontânea, mas
tem que ser voluntária.
INADMISSIBILIDADE DE TENTATIVA
• Culposos (salvo culpa imprópria)
• Preterdolosos (dolo + culpa)
• Contravenções Penais (art. 4º,CP)
• Omissivos Próprios (mera conduta)
• Habituais (Rufianismo)
• Lei exige o resultado (Art. 122 – suicídio, salvo dele resultar lesão grave)
• Lei pune a tentativa igual a consumação (Art. 352 – preso tentando fugir)
CAMINHO DO CRIME (iter criminis)
EXECUÇÃO CONSUMAÇÃOPREPARAÇÃO
COGITAÇÃO OU 
IDEAÇÃO
Arrependimento 
Posterior
EXAURIMENTO
EXECUÇÃO CONSUMAÇÃOPREPARAÇÃO
COGITAÇÃO OU 
IDEAÇÃO
COGITAÇÃO OU 
IDEAÇÃO
Requisitos:
• Reparação do dano ou restituição da coisa intacta, salvo se vítima
aceitar de forma parcial;
• Somente o autor do delito pode praticar;
• Voluntariedade;
• Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa, exceto culposo;
• A reparação deve ocorrer antes da denúncia ou queixa crime, do
contrário caberá apenas atenuantes, art. 65 e 66, CP.
Pena 
reduzida de 
1/3 a 2/3
AUMENTA A PENA
CRIME IMPOSSÍVEL 
(ou tentativa inidônea)
Absoluta Ineficácia do 
Meio
Absoluta Impropriedade 
do Objeto Materialou
• Matar com arma de brinquedo;
• Envenenar com açúcar.
• Aborto em mulher não grávida;
• Atirar em defunto.
Crime Impossível Crime Putativoversus
• O que está sendo feito de forma 
ineficaz é crime pela lei.
• Pensa que é crime pela lei, mas 
não é.
25
ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
CULPABILIDADEILICITUDEFATO TÍPICO
• São causas de exclusão da ilicitude, excludentes legais.
• Podem estar na lei penal ou extrapenal.
• ESTADO DE NECESSIDADE
• LEGÍTIMA DEFESA
• ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
• EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO
26
• Para salvar um bem comete um ato que fora deste contexto seria um delito;
✓ Art. 146, §3º - Testemunha de Jeová; Art. 128, I - aborto por médico, enfermeira?
• Tem que ser perigo atual e iminente;
• Ação humana ou acontecimento natural.
• Pronta reação;
• Não evitável sem o sacrifício de interesse, direito ou bem de outrem;
• PONDERAÇÃO acerca dos bens em confronto;
• Perigo não pode ter sido causado pelo agente, salvo culposo;
• Não deve existir o dever de agir frente ao perigo, mas também não se busca heróis.
ESTRITO 
CUMPRIMENTO DO 
DEVER LEGAL
EXERCÍCIO REGULAR 
DE UM DIREITO
LEGÍTIMA DEFESA
ESTADO DE 
NECESSIDADE
ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
27
• Agressão provocada pelo homem; E O CÃO?
• Provocação NÃO!
• Reação deve ser proporcional;
• Agressão iminente, injusta e de direito próprio ou alheio;
• Deve ser necessária e devidamente motivada subjetivamente, SABER O PORQUÊ;
• E o inimputável? PONDERAÇÃO!
ESTRITOCUMPRIMENTO DO 
DEVER LEGAL
EXERCÍCIO REGULAR 
DE UM DIREITO
LEGÍTIMA DEFESA
ESTADO DE 
NECESSIDADE
ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
28
• LD REAL: completa;
• LD PUTATIVA: imaginária, afasta dolo, mas pode responder por culpa;
• LDR: LD X LD NÃO PODE!
• LDR: LD X LDP PODE!
• Legítima defesa com aberractio ictus;
• Excesso: intencional (responde pelo dolo), não intencional evitável (responde por
culpa), não intencional inevitável (afasta dolo e culpa).
ESTRITO 
CUMPRIMENTO DO 
DEVER LEGAL
EXERCÍCIO REGULAR 
DE UM DIREITO
LEGÍTIMA DEFESA
ESTADO DE 
NECESSIDADE
ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
29
• Aquele que tem o dever de agir;
• Particular pode ter esta excludente se estiver exercendo função
pública;
• Não cabe se foi imprudente.
• Haverá punição pelo excesso.
LEGÍTIMA DEFESA
EXERCÍCIO REGULAR 
DE UM DIREITO
ESTRITO 
CUMPRIMENTO DO 
DEVER LEGAL
ESTADO DE 
NECESSIDADE
ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
30
• Exercer legalmente algo previsto;
✓ Civil: esbulho possessório art. 1210, §1º, CC.
• Ofendículos para defender propriedade; pode ser chamada de LD
preordenada.
• Haverá punição pelo excesso;
✓ Correção de filho pelos pais, se espanca é excesso.
LEGÍTIMA DEFESA
ESTRITO 
CUMPRIMENTO DO 
DEVER LEGAL
EXERCÍCIO REGULAR 
DE UM DIREITO
ESTADO DE 
NECESSIDADE
ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
3131
ILICITUDE CULPABILIDADEFATO TÍPICO
CULPABILIDADE
• Juízo de reprovação que recai sobre o sujeito;
• Neste fase não se analisa dolo ou culpa, mas se o autor deve ou não
responder pelo crime;
• Grau de culpabilidade se dá pelo “fato praticado + quem praticou”;
• IMPUTABILIDADE – há crime, mas é isento de pena!
• POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE – se não sabe o que faz, há
crime, mas não há pena!
• EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA – se não é possível agir
diferente, há crime, mas não há pena!
32
• Entender e determinar-se frente a ilicitude do fato;
• Condições físicas, psicológicas, morais e mentais;
• Excluem:
✓ Doença mental; “psicose, esquizofrenia”.
✓ Desenvolvimento mental incompleto; “ainda vai atingir, <18 anos, silvícolas”.
✓ Desenvolvimento mental retardado; “não atingirá, oligofrênicos (débeis, imbecis
e idiotas)”.
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
CULPABILIDADE
IMPUTABILIDADE
POTENCIAL CONSCIÊNCA 
DA ILICITUDE
3333
• TEORIAS BIOLÓGICA E BIOPSICOLÓGICA
✓Causal: <18 anos; “biológica”.
✓Causal + consequencial: doença mental + incapacidade de
entender no momento da ação; “biopsicológica”.
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
CULPABILIDADE
IMPUTABILIDADE
POTENCIAL CONSCIÊNCA 
DA ILICITUDE
343434
• EMBRIAGUEZ
✓NORMAL: imputável.
✓ÉBRIO HABITUAL: inimputável “doença mental”.
❑ Exclui capacidade de entendimento e vontade do agente.
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
CULPABILIDADE
IMPUTABILIDADE
POTENCIAL CONSCIÊNCA 
DA ILICITUDE
35353535
• EMBRIAGUEZ / INTOXICAÇÃO
✓ Voluntária: responde, pois podia escolher, actio libera in causa;
❑ E se bebeu pra ter coragem, AGRAVA.
✓ Involuntária: caso fortuito ou força maior;
❑ Completa: exclui a imputabilidade, isento de pena;
❑ Incompleta: -1/3 a -2/3, depende de análise.
✓ Se imprevisível: princípio do estado de inocência.
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
CULPABILIDADE
IMPUTABILIDADE
POTENCIAL CONSCIÊNCA 
DA ILICITUDE
3636363636
• Resumindo, EXCLUI A CULPABILIDADE:
✓ Art. 26, CP: Doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou
retardado;
✓ Art. 28, CP. §1º: Embriaguez completa involuntária;
✓ Lei 11343/2006: Dependência ou intoxicação involuntária de drogas
ilícitas;
✓ Art. 27, CP; art. 228, CF: Menoridade.
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
CULPABILIDADE
IMPUTABILIDADE
POTENCIAL CONSCIÊNCA 
DA ILICITUDE
373737373737
✓ DESCRIMINANTE PUTATIVA POR ERRO DE TIPO: trata-se de
erro sobre a situação, o fato. Age no fato típico e não na
culpabilidade. Ex. sujeito acreditava que ia ser agredido e atira
contra desafeto que vem na sua direção, que na verdade ia lhe
pedir perdão.
❑ Se inevitável: exclui dolo e culpa;
❑ Se evitável: culpa imprópria.
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
CULPABILIDADE
POTENCIAL CONSCIÊNCIA 
DA ILICITUDE
IMPUTABILIDADE
383838383838
• Elemento intelectual, o “poder” saber.
✓ DESCRIMINANTE PUTATIVA POR ERRO DE PROIBIÇÃO: o
agente acredita, por erro inevitável, que seu ato típico está
amparado por excludente de ilicitude; Ex. eutanásia por achar que
é um Estado de Necessidade. Não entende os limites da norma.
❑ Se inevitável: isenta de pena;
❑ Se evitável: (-) 1/6 a 1/3.
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
CULPABILIDADE
POTENCIAL CONSCIÊNCIA 
DA ILICITUDE
IMPUTABILIDADE
39393939393939
• ERRO DE TIPO – “incorre em erro de elementar”, <o que se se
passa na cabeça do agente é DIFERENTE do que ocorre na
real>.
✓ Inevitável: exclui dolo e culpa;
✓Evitável: exclui o dolo, mas pune a culpa se prevista em lei.
❑Ex. Alan pede para Bruna para levar 5kg de farinha de
trigo até uma cidade vizinha, mas era cocaína. Alan
desconhecia da elementar “droga”.
ATENÇÃO!
4040404040404040
• ERRO DE PROIBIÇÃO – “desconhece os desdobramentos da norma” <o
que se passa na cabeça do agente é IGUAL ao que ocorre na real>.
✓ Inevitável: isenta de pena;
✓ Evitável: diminui a pena (-) 1/6 a 1/3.
❑ João encontra um relógio no chão. Pergunta de quem é, ninguém
responde e ele fica com o relógio. Ele desconhece que pode ser
responsabilizado pelo crime de apropriação de coisa achada, art.
169, CP, II, caso não entregue o achado à autoridade competente
no prazo de 15 dias.
ATENÇÃO!
41414141414141
• Tinha como exigir conduta diversa da realizada?
✓ Se sim, agente é punido.
✓ Se não, afasta a culpabilidade.
ATENÇÃO: não se fala em dolo e culpa, pois estes são analisados no fato
típico e não na culpabilidade.
• Se o agente provoca o fato ilícito em condições que o ser humano médio não
o faria, ele será punido.
POTENCIAL CONSCIÊNCIA 
DA ILICITUDE
CULPABILIDADE
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
IMPUTABILIDADE
42424242424242
POTENCIAL CONSCIÊNCIA 
DA ILICITUDE
CULPABILIDADE
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
IMPUTABILIDADE
C
O
A
Ç
Ã
O
FÍSICA
(vis absoluta)
MORAL
(vis relativa)
Irresistível
Resistível
✓ Retira a conduta
✓ Atua no fato típico
✓ Carrara: crime é = força + vontade.
✓ Coato não tem condições de resistir.
✓ Só responde o coator.
✓ Ex. “Ter que bater em alguém com arma
apontada para sua cabeça”.
✓ Coato responde também, mas...
✓ Atenua-se sua pena, art. 65, III, “c”, CP.
✓ Ex. “Bata ou apanha”.
43434343434343
POTENCIAL CONSCIÊNCIA 
DA ILICITUDE
CULPABILIDADE
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
IMPUTABILIDADE
O
B
E
D
IÊ
N
C
IA
H
IE
R
Á
R
Q
U
IC
A
LEGAL
ILEGAL
Aparentemente
legal
Flagrantemente
ilegal
✓ Exclui a ilicitude;
✓ Não chega a analisar a culpabilidade.
✓ Afasta a culpabilidade;
✓ Só responde o superior.
✓ Ambos respondem, mas...
✓ Atenua-se a pena do
subordinado, art. 65, III, “c”, CP.
Superior
Subordinado
Ordem do 1º
ao 2º
Relação de
Direito Público
44
CONCURSO DE AGENTES
Necessário
(Crimes Plurissubjetivos)
Eventual
(Crimes Unissubjetivos)
• Associação criminosa
(art. 288)
• Rixa (art. 137)
• Homicídio (art. 121)
• Roubo (art. 157)
• Furto (art. 155)
Teorias
• Respondem pelo
mesmo delito, mas
com penas inerentes
a sua culpabilidade;
• Regra no Brasil,
conforme art. 29, CP.
Monista Pluralista Dualista
• Coautores respondem
por um delito e
partícipes por outro;
• Não adotada como
regra, exceção (art.
29, §2º, CP).
• Se mais de um delito,
respondem cada qual
pelo que lhe cabe;
• Não adotada como
regra, exceções (art.
124 e 126, 327 e 333,
334-A e 318, CP).

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