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DIREITO PENAL – TEORIA DO CRIME 1º Bimestre 2º Bimestre Conceitos Gerais Sujeitos e Objetos do Crime Classificação dos Crimes P L A N O D E M O N IT O R IA Espécies de Infrações - Crime ou Delito - Contravenção Penal Estruturação do Tipo - Elementos Objetivos - Elementos Subjetivos Crime Aspecto Analítico - Tipicidade - Antijuridicidade - Culpabilidade Elementos do Fato Típico - Conduta - Resultado - Nexo Causal - Tipicidade Conduta - Teorias - Dolo - Culpa - Preterdolo Resultado - Jurídico - Naturalístico Caminho do Crime (iter criminis) - Tentativa - Desistência voluntária - Arrependimento Eficaz - Arrependimento Posterior - Crime Impossível Ilicitude - Estado de Necessidade - Legítima Defesa - Estrito Cumprimento do Dever Legal - Exercício Regular de um Direito Culpabilidade - Imputabilidade - Potencial Consciência da Ilicitude - Exigibilidade de Conduta Diversa 1 Nexo Causal - Equivalência dos Antecedentes - Imputação Objetiva - Concausas - Omissão Imprópria Concurso de Agentes - Necessário - Eventual - Teoria Monista - Teoria Pluralista - Teoria Dualista DIREITO PENAL Objetivo Direito Penal como um todo. Subjetivo Direito de Punir, do cidadão e do Estado. Substantivo Normas (CP, LCP, etc.) Adjetivo Procedimentos (CPP) Comum Cidadão Comum Especial Pessoas específicas dada sua especificidade. CONCEITOS GERAIS 2 SISTEMA JURÍDICO PENAL Direito Administrativo Direito Processual Penal Direito Civil Psiquiatria Forense Direito Processual Civil Sociologia Teoria Geral do Direito Filosofia Direito Constitucional Criminalística Medicina Legal Direito do Trabalho e Tributário CONCEITOS GERAIS 3 ESPÉCIES DE INFRAÇÕES Crime ou Delito Contravenção Penal Pena Reclusão, Detenção, ambos podem ser isoladas ou cominadas com multa. Obs.: reclusão, máximo: Fechado; detenção, máximo: Semiaberto. Prisão Simples ou Multa, ou ambas. <= 2 anos. Medida de segurança Mínimo de 1 a 3 anos. Mínimo de 6 meses. Tentativa Punível. Não punível. Ação Penal Ação Penal Pública Incondicionada ou Condicionada e Ação Penal Privada. Ação Penal Pública Incondicionada. 4 SUJEITOS E OBJETOS DO CRIME Sujeito Objeto Ativo Passivo Formal Material Material Jurídico Ex. 1: Caio matou Tício. Ex. 2: Caio pôs fogo na casa onde Tício mora, mas que pertence a Mévio. Ex. 3: Tibúrcio vilipendiou o cadáver de Tibúrcio, durante o velório deste. Ex. 1: Caio Ex. 2: Caio Ex. 3: Tibúrcio Ex. 1: Estado Ex. 2: Estado Ex. 3: Estado Ex. 1: Tício Ex. 2: Mévio e o prejudicado é Tício. Ex. 3: Família Ex. 1: Tício Ex. 2: Casa Ex. 3: Cadáver Ex. 1: Vida Ex. 2: Patrimônio Ex. 3: Dignidade 5 CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Quanto Resultado Naturalístico Quanto ao Resultado Jurídico Quanto à conduta Quanto ao Sujeito Quanto ao Momento Consumativo Materiais: Exige RESULTADO. Se não tiver resultado pune pelo tentado. De Perigo ao bem jurídico tutelado. • Comum: número X de pessoas; • Individual: pessoa determinada; • Abstrato: o perigo é presumido; • Concreto: perigo deve ser demonstrado. Comissivos: Ação. Comum: qualquer pessoa. Instantâneo: Uma só conduta, instantaneamente. Ex. Homicídio. Formais: PREVÊ UM RESULTADO, mas consuma-se pelo simples expor ao perigo. (ATIVIDADE) Omissivos: Abstenção. • Próprios: sem resultado; • Impróprios:(RESULTA DO) com resultado. Comete uma espécie de ação pela omissão. Próprio: sujeito ativo tem qualificação específica. Permanente: Prolonga-se no tempo pela vontade do agente. Ex. Sequestro De Mera Conduta: A lei NÃO PREVÊ RESULTADO, pune pela ação ou omissão. (ATIVIDADE) De Dano ao bem jurídico tutelado. Mista: ambas, ex. art. 169. De mão própria: ação a si mesmo. Ex. Auto aborto. Instantâneo de Efeito Permanente: Prolonga-se no tempo independente da vontade do agente. Ex. Bigamia. 6 CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Quanto ao Número de Sujeitos Quanto à Autonomia Quanto a Objetividade Jurídica Quanto ao Iter Criminis Quanto à possibilidade de fracionar a conduta Quanto à Pluralidade de Condutas Unissubjetivo: Exige 1, mas pode ter mais. Principais: Não depende de outro crime. Simples: Somente um objetivo, um bem jurídico tutelado. Ex. Homicídio. Consumado: faz todo o caminho. Ex. Matar Unissubsistente: 1 ação ou omissão. Ex. Injúria. Ação Simples: um verbo. Ex. Matar. Plurissubjetivo: Exige mais de 1, concurso necessário. Acessórios: Dependem de crime anterior. Complexos: Mais de um objetivo, mais de um bem tutelado. Ex. Latrocínio. Tentado: Não percorre todo o caminho por circunstâncias alheias. Ex. Tenta matar. Plurissubsistente: Admite fracionamento da ação, logo admite tentativa. Ex. Homicídio. Ação Múltipla: mais de um verbo. Ex. Induzir, instigar ou auxiliar suicídio. Exaurido: Percorre todo o caminho e o bem tutelado sofre nova lesão. Ex. Extorsão mediante sequestro. 7 Quanto ao Elemento Subjetivo ou Normativo Quanto à Posição Topográfica no Tipo Penal Outras Classificações Doloso: com intenção. Simples: básico, caput. Multitudinário (multidão), de opinião (abuso de liberdade de expressão), transeunte (sem vestígios), não transeunte (com vestígios), hediondos (repugnantes), putativos (imaginário), vagos (sujeito sem personalidade jurídica) e habituais (reiteração). Culposo: sem intenção. Privilegiados: penas menores, §§. Forma livre: Pode matar de muitas formas. Preterdoloso: não tem intenção, mas produz um segundo resultado. Qualificados: penas maiores, §§. Forma Vinculada: está vinculada a descrição da lei. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES 8 ESTRUTURAÇÃO DO TIPO FATO TÍPICO Elementos Subjetivos Elementos Objetivos Elementos Subjetivos Elementos Objetivos ELEMENTOS SUBJETIVOS • Finalidade da Conduta, ex. “para si ou para outrem”. ELEMENTOS OBJETIVOS • Sujeito Ativo • Conduta Proibida • Resultado Naturalístico Podem ser: o Descritivos, ex. “matar alguém” (termo preciso). o Normativos, ex. “sem justa causa” (termo precisa de análise). A T IP IC ID A D E A T IP IC ID A D E 9 CRIME – ASPECTO ANALÍTICO TIPICIDADE ANTIJURIDICIDADE CULPABILIDADE - Previsão Normativa da conduta criminosa; - Conduta deve moldar-se à norma; - Ação ou omissão; - Voluntariedade. - Juízo de Valor; - Um fato típico nem sempre será antijurídico; - Ilicitude; - Há excludentes. - Juízo de Reprovação - É culpável? - Há excludentes. 10 ELEMENTOS DO FATO TÍPICO CONDUTA RESULTADO NEXO CAUSAL TIPICIDADE CONDUTA RESULTADO NEXO CAUSAL TIPICIDADE CRIMES MATERIAIS CONSUMADOS CRIMES TENTADOS, FORMAIS E DE MERA CONDUTA TIPO PENAL: Previsão normativa. Ex. Art. 121, CP – prevê o tipo penal do homicídio. TIPICIDADE: Juízo de valor. Ex. A conduta de matar alguém amolda-se ao tipo penal do homicídio. 11 CONDUTA CONDUTA RESULTADO NEXO CAUSAL TIPICIDADE DOLO CULPA PRETERDOLOTEORIAS Causal: Só se analisava a intenção no final; Final: Dolo integrando a conduta; Social: Para ser punível tem que ter relevância social. Direto: quer matar; Indireto Alternativo: quer matar ou ferir; Indireto Eventual: Prevê que pode acontecer e continua. Geral: Pensa que matou, comete nova ação e esta sim mata. Elementos: conduta, resultado, nexo causal, tipicidade, previsibilidade objetiva, quebra do dever objetivo de cuidado; Modalidades: Imprudência, Negligência, Imperícia; Espécies: Inconsciente, consciente, imprópria e mediata. Dolo no antecedente e culpa no consequente. RESULTADO 13 NEXO CAUSAL TIPICIDADE NATURALÍSTICO Presente somente nos materiais. É a modificação no mundo exterior que a conduta do agente provoca. JURÍDICO Presente em todos os crimes. É a violação do tipo penal (lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado) RESULTADOCONDUTA Atenção: Nos formais a consumação independe de resultado naturalístico e nos de mera conduta sequer se exige. 1414 NEXO CAUSAL 14 TIPICIDADECONDUTA NEXOCAUSALRESULTADO TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES conditio sine qua non ➢ Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA ➢ Risco permitido não pode ocasionar resultados proibidos. Exemplo: 1- Transitar em via no limite de velocidade e uma pessoa jogar-se na frente do carro repentinamente. CONCAUSAS ➢ Absolutamente Independente; ▪ Preexistente ▪ Concomitante ▪ Superveniente ➢ Relativamente Independente; ▪ Preexistente ▪ Concomitante ▪ Superveniente 151515 NEXO CAUSAL 15 TIPICIDADECONDUTA NEXO CAUSALRESULTADO C O N C A U S A S A B S O L U T A M E N T E IN D E P E N D E N T E S CONCOMITANTE Simultânea ao comportamento e produz o resultado. Ex. Ana coloca veneno no chá do marido que morre de infarto enquanto tomava a bebida. SUPERVENIENTE Posterior ao comportamento e produz o resultado. Ex. Ana envenena seu marido, mas antes do veneno fazer efeito ele cai, bate a cabeça e morre. PREEXISTENTE Antecede o comportamento e produz o resultado. Ex. Ana envenena marido que leva uma facada de Pedro e morre no hospital em decorrência do envenenamento. C O N C A U S A S R E L A T IV A M E N T E IN D E P E N D E N T E S CONCOMITANTE Simultânea ao comportamento e juntos produzem o resultado. Ex. Paulo atira em Pedro que assustado tem um ataque cardíaco e morre. SUPERVENIENTE Posterior ao comportamento, resultado pode ser conjunto ou independente e pode ou não produzir o resultado por si só. Ex. Próxima página. PREEXISTENTE Antecede, mas soma-se ao comportamento e juntos produzem o resultado. Ex. Paulo atira contra Pedro que é hemofílico, o ferimento só não o mataria, mas com a hemorragia matou. 16 C O N C A U S A S R E L A T IV A M E N T E IN D E P E N D E N T E S SUPERVENIENTE que não produziu por si só o resultado. Ex. Clara atira em Lara que morre no hospital em decorrência de erro médico. NEXO CAUSAL SUPERVENIENTE que produziu por si só o resultado. Ex. Clara atira em Lara que morre em decorrência de um grave acidente que atingiu a ambulância que a transportava até o hospital. Art. 13, §1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 1717 OMISSÃO IMPRÓPRIA NEXO CAUSAL • Necessidade do binômio: DEVER e PODER. • Critério Legal – Art. 13, §2º. ➢ DEVER LEGAL DE CUIDAR: Ex. pais em relação aos filhos, policial, médico hospital público, etc.; ➢ DEVER ASSUMIDO POR MEIO DE CONTRATO ESCRITO OU VERBAL: Ex. segurança, médico hospital particular, salva-vidas, etc.; ➢ CAUSADOR DO RISCO DE OCORRÊNCIA DO RESULTADO: Ex. Veterano sabendo que o calouro não sabe nadar o joga na piscina. Ele assume neste momento o dever jurídico de agir para que o resultado não ocorra. 181818 TIPICIDADE 18 CONDUTA RESULTADO • Trata-se do juízo de subsunção da conduta ao tipo penal. • Princípio da legalidade (anterioridade + reserva legal). “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal” (art. 5º, XXXIX, CF/88). TIPICIDADENEXO CAUSAL DIREITO PENAL – TEORIA DO CRIME 1º Bimestre 2º Bimestre Conceitos Gerais Sujeitos e Objetos do Crime Classificação dos Crimes P L A N O D E M O N IT O R IA Espécies de Infrações - Crime ou Delito - Contravenção Penal Estruturação do Tipo - Elementos Objetivos - Elementos Subjetivos Crime Aspecto Analítico - Tipicidade - Antijuridicidade - Culpabilidade Elementos do Fato Típico - Conduta - Resultado - Nexo Causal - Tipicidade Conduta - Teorias - Dolo - Culpa - Preterdolo Resultado - Jurídico - Naturalístico Caminho do Crime (iter criminis) - Tentativa - Desistência voluntária - Arrependimento Eficaz - Arrependimento Posterior - Crime Impossível Ilicitude - Estado de Necessidade - Legítima Defesa - Estrito Cumprimento do Dever Legal - Exercício Regular de um Direito Culpabilidade - Imputabilidade - Potencial Consciência da Ilicitude - Exigibilidade de Conduta Diversa 19 Nexo Causal - Equivalência dos Antecedentes - Imputação Objetiva - Concausas - Omissão Imprópria Concurso de Agentes - Necessário - Eventual - Teoria Monista - Teoria Pluralista - Teoria Dualista CAMINHO DO CRIME (iter criminis) Planejar... EXECUÇÃO CONSUMAÇÃOPREPARAÇÃO COGITAÇÃO OU IDEAÇÃO Há crime aqui? E aqui? E aqui? Desistência Voluntária Tentativa Imperfeita Arrependimento Eficaz Tentativa Perfeita Arrependimento Posterior EXAURIMENTO Aumenta a pena Pena do consumado (-) 1/3 a 2/3 CAMINHO DO CRIME (iter criminis) EXECUÇÃO CONSUMAÇÃOPREPARAÇÃO COGITAÇÃO OU IDEAÇÃO EXAURIMENTO Desistência Voluntária Tentativa Imperfeita Arrependimento Eficaz Tentativa Perfeita Pena do consumado (-) 1/3 a 2/3 • Perfeita ✓ Esgota atos de execução; • Imperfeita ✓ Não esgota atos de execução. • Cruenta ✓ Atinge o bem jurídico; • Incruenta ✓ Não atinge o bem jurídico. • Arrependimento Eficaz ✓ Esgotados os atos de execução; ✓ Nova ação eficaz de natureza positiva.• Desistência Voluntária ✓ Antes de esgotados os atos de execução; ✓ Não precisa ser espontânea, mas tem que ser voluntária. INADMISSIBILIDADE DE TENTATIVA • Culposos (salvo culpa imprópria) • Preterdolosos (dolo + culpa) • Contravenções Penais (art. 4º,CP) • Omissivos Próprios (mera conduta) • Habituais (Rufianismo) • Lei exige o resultado (Art. 122 – suicídio, salvo dele resultar lesão grave) • Lei pune a tentativa igual a consumação (Art. 352 – preso tentando fugir) CAMINHO DO CRIME (iter criminis) EXECUÇÃO CONSUMAÇÃOPREPARAÇÃO COGITAÇÃO OU IDEAÇÃO Arrependimento Posterior EXAURIMENTO EXECUÇÃO CONSUMAÇÃOPREPARAÇÃO COGITAÇÃO OU IDEAÇÃO COGITAÇÃO OU IDEAÇÃO Requisitos: • Reparação do dano ou restituição da coisa intacta, salvo se vítima aceitar de forma parcial; • Somente o autor do delito pode praticar; • Voluntariedade; • Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa, exceto culposo; • A reparação deve ocorrer antes da denúncia ou queixa crime, do contrário caberá apenas atenuantes, art. 65 e 66, CP. Pena reduzida de 1/3 a 2/3 AUMENTA A PENA CRIME IMPOSSÍVEL (ou tentativa inidônea) Absoluta Ineficácia do Meio Absoluta Impropriedade do Objeto Materialou • Matar com arma de brinquedo; • Envenenar com açúcar. • Aborto em mulher não grávida; • Atirar em defunto. Crime Impossível Crime Putativoversus • O que está sendo feito de forma ineficaz é crime pela lei. • Pensa que é crime pela lei, mas não é. 25 ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE CULPABILIDADEILICITUDEFATO TÍPICO • São causas de exclusão da ilicitude, excludentes legais. • Podem estar na lei penal ou extrapenal. • ESTADO DE NECESSIDADE • LEGÍTIMA DEFESA • ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL • EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO 26 • Para salvar um bem comete um ato que fora deste contexto seria um delito; ✓ Art. 146, §3º - Testemunha de Jeová; Art. 128, I - aborto por médico, enfermeira? • Tem que ser perigo atual e iminente; • Ação humana ou acontecimento natural. • Pronta reação; • Não evitável sem o sacrifício de interesse, direito ou bem de outrem; • PONDERAÇÃO acerca dos bens em confronto; • Perigo não pode ter sido causado pelo agente, salvo culposo; • Não deve existir o dever de agir frente ao perigo, mas também não se busca heróis. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO LEGÍTIMA DEFESA ESTADO DE NECESSIDADE ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE 27 • Agressão provocada pelo homem; E O CÃO? • Provocação NÃO! • Reação deve ser proporcional; • Agressão iminente, injusta e de direito próprio ou alheio; • Deve ser necessária e devidamente motivada subjetivamente, SABER O PORQUÊ; • E o inimputável? PONDERAÇÃO! ESTRITOCUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO LEGÍTIMA DEFESA ESTADO DE NECESSIDADE ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE 28 • LD REAL: completa; • LD PUTATIVA: imaginária, afasta dolo, mas pode responder por culpa; • LDR: LD X LD NÃO PODE! • LDR: LD X LDP PODE! • Legítima defesa com aberractio ictus; • Excesso: intencional (responde pelo dolo), não intencional evitável (responde por culpa), não intencional inevitável (afasta dolo e culpa). ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO LEGÍTIMA DEFESA ESTADO DE NECESSIDADE ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE 29 • Aquele que tem o dever de agir; • Particular pode ter esta excludente se estiver exercendo função pública; • Não cabe se foi imprudente. • Haverá punição pelo excesso. LEGÍTIMA DEFESA EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL ESTADO DE NECESSIDADE ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE 30 • Exercer legalmente algo previsto; ✓ Civil: esbulho possessório art. 1210, §1º, CC. • Ofendículos para defender propriedade; pode ser chamada de LD preordenada. • Haverá punição pelo excesso; ✓ Correção de filho pelos pais, se espanca é excesso. LEGÍTIMA DEFESA ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO ESTADO DE NECESSIDADE ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE 3131 ILICITUDE CULPABILIDADEFATO TÍPICO CULPABILIDADE • Juízo de reprovação que recai sobre o sujeito; • Neste fase não se analisa dolo ou culpa, mas se o autor deve ou não responder pelo crime; • Grau de culpabilidade se dá pelo “fato praticado + quem praticou”; • IMPUTABILIDADE – há crime, mas é isento de pena! • POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE – se não sabe o que faz, há crime, mas não há pena! • EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA – se não é possível agir diferente, há crime, mas não há pena! 32 • Entender e determinar-se frente a ilicitude do fato; • Condições físicas, psicológicas, morais e mentais; • Excluem: ✓ Doença mental; “psicose, esquizofrenia”. ✓ Desenvolvimento mental incompleto; “ainda vai atingir, <18 anos, silvícolas”. ✓ Desenvolvimento mental retardado; “não atingirá, oligofrênicos (débeis, imbecis e idiotas)”. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA CULPABILIDADE IMPUTABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCA DA ILICITUDE 3333 • TEORIAS BIOLÓGICA E BIOPSICOLÓGICA ✓Causal: <18 anos; “biológica”. ✓Causal + consequencial: doença mental + incapacidade de entender no momento da ação; “biopsicológica”. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA CULPABILIDADE IMPUTABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCA DA ILICITUDE 343434 • EMBRIAGUEZ ✓NORMAL: imputável. ✓ÉBRIO HABITUAL: inimputável “doença mental”. ❑ Exclui capacidade de entendimento e vontade do agente. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA CULPABILIDADE IMPUTABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCA DA ILICITUDE 35353535 • EMBRIAGUEZ / INTOXICAÇÃO ✓ Voluntária: responde, pois podia escolher, actio libera in causa; ❑ E se bebeu pra ter coragem, AGRAVA. ✓ Involuntária: caso fortuito ou força maior; ❑ Completa: exclui a imputabilidade, isento de pena; ❑ Incompleta: -1/3 a -2/3, depende de análise. ✓ Se imprevisível: princípio do estado de inocência. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA CULPABILIDADE IMPUTABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCA DA ILICITUDE 3636363636 • Resumindo, EXCLUI A CULPABILIDADE: ✓ Art. 26, CP: Doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado; ✓ Art. 28, CP. §1º: Embriaguez completa involuntária; ✓ Lei 11343/2006: Dependência ou intoxicação involuntária de drogas ilícitas; ✓ Art. 27, CP; art. 228, CF: Menoridade. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA CULPABILIDADE IMPUTABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCA DA ILICITUDE 373737373737 ✓ DESCRIMINANTE PUTATIVA POR ERRO DE TIPO: trata-se de erro sobre a situação, o fato. Age no fato típico e não na culpabilidade. Ex. sujeito acreditava que ia ser agredido e atira contra desafeto que vem na sua direção, que na verdade ia lhe pedir perdão. ❑ Se inevitável: exclui dolo e culpa; ❑ Se evitável: culpa imprópria. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA CULPABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE IMPUTABILIDADE 383838383838 • Elemento intelectual, o “poder” saber. ✓ DESCRIMINANTE PUTATIVA POR ERRO DE PROIBIÇÃO: o agente acredita, por erro inevitável, que seu ato típico está amparado por excludente de ilicitude; Ex. eutanásia por achar que é um Estado de Necessidade. Não entende os limites da norma. ❑ Se inevitável: isenta de pena; ❑ Se evitável: (-) 1/6 a 1/3. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA CULPABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE IMPUTABILIDADE 39393939393939 • ERRO DE TIPO – “incorre em erro de elementar”, <o que se se passa na cabeça do agente é DIFERENTE do que ocorre na real>. ✓ Inevitável: exclui dolo e culpa; ✓Evitável: exclui o dolo, mas pune a culpa se prevista em lei. ❑Ex. Alan pede para Bruna para levar 5kg de farinha de trigo até uma cidade vizinha, mas era cocaína. Alan desconhecia da elementar “droga”. ATENÇÃO! 4040404040404040 • ERRO DE PROIBIÇÃO – “desconhece os desdobramentos da norma” <o que se passa na cabeça do agente é IGUAL ao que ocorre na real>. ✓ Inevitável: isenta de pena; ✓ Evitável: diminui a pena (-) 1/6 a 1/3. ❑ João encontra um relógio no chão. Pergunta de quem é, ninguém responde e ele fica com o relógio. Ele desconhece que pode ser responsabilizado pelo crime de apropriação de coisa achada, art. 169, CP, II, caso não entregue o achado à autoridade competente no prazo de 15 dias. ATENÇÃO! 41414141414141 • Tinha como exigir conduta diversa da realizada? ✓ Se sim, agente é punido. ✓ Se não, afasta a culpabilidade. ATENÇÃO: não se fala em dolo e culpa, pois estes são analisados no fato típico e não na culpabilidade. • Se o agente provoca o fato ilícito em condições que o ser humano médio não o faria, ele será punido. POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE CULPABILIDADE EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA IMPUTABILIDADE 42424242424242 POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE CULPABILIDADE EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA IMPUTABILIDADE C O A Ç Ã O FÍSICA (vis absoluta) MORAL (vis relativa) Irresistível Resistível ✓ Retira a conduta ✓ Atua no fato típico ✓ Carrara: crime é = força + vontade. ✓ Coato não tem condições de resistir. ✓ Só responde o coator. ✓ Ex. “Ter que bater em alguém com arma apontada para sua cabeça”. ✓ Coato responde também, mas... ✓ Atenua-se sua pena, art. 65, III, “c”, CP. ✓ Ex. “Bata ou apanha”. 43434343434343 POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE CULPABILIDADE EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA IMPUTABILIDADE O B E D IÊ N C IA H IE R Á R Q U IC A LEGAL ILEGAL Aparentemente legal Flagrantemente ilegal ✓ Exclui a ilicitude; ✓ Não chega a analisar a culpabilidade. ✓ Afasta a culpabilidade; ✓ Só responde o superior. ✓ Ambos respondem, mas... ✓ Atenua-se a pena do subordinado, art. 65, III, “c”, CP. Superior Subordinado Ordem do 1º ao 2º Relação de Direito Público 44 CONCURSO DE AGENTES Necessário (Crimes Plurissubjetivos) Eventual (Crimes Unissubjetivos) • Associação criminosa (art. 288) • Rixa (art. 137) • Homicídio (art. 121) • Roubo (art. 157) • Furto (art. 155) Teorias • Respondem pelo mesmo delito, mas com penas inerentes a sua culpabilidade; • Regra no Brasil, conforme art. 29, CP. Monista Pluralista Dualista • Coautores respondem por um delito e partícipes por outro; • Não adotada como regra, exceção (art. 29, §2º, CP). • Se mais de um delito, respondem cada qual pelo que lhe cabe; • Não adotada como regra, exceções (art. 124 e 126, 327 e 333, 334-A e 318, CP).
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