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PED - Tutorial 4

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Eduarda Pupe Rosas 2022
Tutoria� - Nasciment�, Cresciment� � Desenvolviment�
Problema 04
Referências bibliográficas:
- “Obstetrícia Fundamental” - Rezende.
- “Obstetrícia Básica” - Zugaib.
- Site da Associação Brasileira de Pediatria.
- “Tratado de Pediatria” - Sociedade Brasileira de Pediatria.
- “Orientações para a Coleta e Análise de Dados Antropométricos em Serviços de Saúde” -
Ministério da Saúde
- “Suplementação na infância e a prevenção da carência de micronutrientes: Artigo de revisão” -
Revista de Medicina e Saúde de Brasília.
Objetivos:
1. Descrever os marcos e etapas do desenvolvimento de cada idade e como ocorre sua
estimulação até os 6 anos (motor e cognitivo).
2. Entender a importância e o funcionamento da Caderneta da Criança.
3. Explicar a importância da introdução alimentar até o 2o ano de vida.
4. Analisar a importância da suplementação vitamínica adequada e indicada pelo Ministério da
Saúde para cada idade.
Fechamento:
DESENVOLVIMENTO INFANTIL:
Desenvolvimento:
● Aspectos interligados que caracterizam a
evolução dinâmica do ser humano a partir de
sua concepção.
● O estudo do desenvolvimento compreende
alguns domínios de função interligados, quais
sejam: sensorial, motor, da linguagem, social,
adaptativo, emocional e cognitivo.
Estágio de 0 a 2 meses:
● Desenvolvimento motor:
- Ao nascimento, o padrão motor da criança é
imaturo, e observa-se predominância do tônus
flexor dos membros associados a uma hipotonia
axial, uma preensão palmar reflexa e o reflexo de
sucção.
- A avaliação do desenvolvimento dos reflexos
permite determinar a integridade do SNC de
acordo com a expectativa relacionada à idade
cronológica da criança.
- Preensão palmar, preensão plantar, reflexo
cutâneo-plantar, reflexo de Moro, reflexo
tônico-cervical, reflexo da marcha reflexa e
reflexo da procura ou voracidade.
- No 1o mês, o pediatra deve avaliar a postura de
flexão de MMSS e MMII e a lateralização da
cabeça.
● Desenvolvimento cognitivo:
- Começa a prestar atenção aos rostos, a seguir
as coisas com os olhos e a reconhecer as
pessoas à distância.
Estágio de 2 a 4 meses:
● Desenvolvimento motor:
- Após os 2 meses, observa-se grande avanço no
aperfeiçoamento das habilidades motoras do
bebê.
- Os reflexos primitivos vão desaparecendo para
dar lugar a um movimento mais intencional.
- Capaz de manter a cabeça firme ao ser
segurado pelo tronco.
- Mantém as mãos abertas com mais frequência, e
começa a estender a mão em direção ao que lhe
interessa.
- Não é capaz de agarrar objetos, o que fará
somente aos 4 anos.
- O desenvolvimento motor segue um padrão
craniocaudal e outro proximal-distal.
- Aos 4 meses, ao ser puxado pelos braços, a
cabeça acompanha o movimento alinhada com
o tronco, sem pender para trás.
- De bruços, o bebê mantém a cabeça elevada por
muito tempo, em um ângulo de 90o, com os
cotovelos alinhados com as orelhas.
● Desenvolvimento cognitivo:
- Bebê repete comportamentos que lhe pareçam
agradáveis.
Medicina - UniCEUB 1
Eduarda Pupe Rosas 2022
- Ainda está focado em descobertas do seu
próprio corpo, como chupar o dedo, colocar
objetos na boca, ouvir os próprios sons, apertar
as próprias mãos.
- Responde ao afeto.
- Pega o brinquedo com uma mão.
- Usa as mãos e os olhos juntos, como ver um
brinquedo e estender a mão para pegá-lo.
- Segue coisas em movimento com os olhos de um
lado para o outro,
- Observa rostos de perto.
- Reconhece pessoas familiares e coisas a
distância.
Estágio de 4 a 6 meses:
● São mais serenos, pacíficos, sem cólicas,
sorrindo com mais frequência, iniciando um
interesse maior pelo rosto humano, com os
MMSS, MMII e cabeça mais em linha média,
fixando mais o olhar, melhor controle do tônus
cervical, explorando os movimentos e objetos, ou
seja, já vendo e percebendo um mundo à sua
volta.
● Desenvolvimento motor:
- Aos 4 meses, a criança já consegue segurar
objetos e quando está em decúbito ventral
levanta a cabeça de forma firme, apoiando-se
nos antebraços.
- Apresenta postura simétrica, mãos abertas,
reflexo palmar já praticamente ausente e brinca
com as 2 mãos.
- Aos 6 meses, apresenta mudanças de posição de
forma ativa e consegue levar objetos à boca
sozinho.
- Consegue sentar, apoiando-se para a frente com
as mãos ou um apoio, sustenta o peso com MMII,
agarra o cubo com as mãos, tenta pegar objetos
pequenos e brinca com os pés.
- Os reflexos da procura/voracidade e de
preensão palmar a partir dos 4 meses
desaparecem, e os movimentos vão se tornando
voluntários.
- O reflexo de Moro começa a desaparecer e
persiste até no máximo os 6 meses de vida.
● Desenvolvimento cognitivo:
- Demonstra estar feliz ou triste.
- Responde ao afeto de forma mais adequada.
- Usa as mãos e os olhos juntos, como ver um
brinquedo e estender a mão para pegá-lo.
- Observa rostos de perto e reconhece coisas a
distância.
Estágio de 6 a 9 meses:
● Desenvolvimento motor:
- Consegue sentar-se sozinha, sem ajuda ou com
o mínimo de suporte, e ficar um bom tempo sem
cair para os lados ou para frente.
- Percebe a forma e a textura das coisas.
- Capaz de levar pedaços de alimentos à boca.
- Tenta se locomover/mexer/balançar/rastejar.
- É capaz de virar de prono para supino e
vice-versa, usando o rolar, por volta de 8 meses.
- Aprende a transferir-se deitado para sentado
com apoio.
- Alguns bebês, com 9 meses, conseguem
engatinhar ou ficar de pé com apoio e se
deslocam de um lado para o outro.
- Nessa fase, a criança rola em todas as direções.
● Desenvolvimento cognitivo:
- Aos 6 meses, olha as coisas por perto, demonstra
curiosidade e tenta obter coisas e objetos que
estão fora de alcance.
- Começa a passar objetos de uma mão para
outra.
- Aos 9 meses, observa o caminho que algo cai,
procura coisas que vê alguém esconder, entende
a brincadeira de esconde-esconde, coloca os
objetos com facilidade na boca e pega pequenas
coisas entre o polegar e o indicador (pinça).
Estágio de 9 a 12 meses:
● Desenvolvimento motor:
- 9 meses —> habilidades de se arrastar e
engatinhar na direção daquilo em que têm
interesse.
- 10 meses —> caminham com o apoio de um
adulto, sustentando o corpo nas próprias
pernas.
- 11 meses —> conseguem ficar em pé por seus
próprios meios.
- 12 meses —> deambulam se conduzidos pela
mão.
● Desenvolvimento cognitivo:
- Explora as coisas de maneiras diferentes, como
sacudir, bater e jogar.
- Olha para imagem ou objeto certo quando é
nomeado.
- Imita gestos.
- Começa a usar as coisas corretamente, como
bebidas de um copo, escova de cabelo, coloca e
tira coisas de uma caixa, ….
- Deixa as coisas correrem sem ajuda.
- Cutuca com o dedo indicador.
- Segue instruções.
Estágio dos 12 aos 18 meses:
● 12 meses ⇒ idade formativa e transicional.
● Desenvolvimento motor:
- Marcha.
- 12 meses —> assume a posição ereta e se
sustenta sobre seus pés.
- 15 meses —> prefere caminhar ereta, interagindo
mais com o ambiente que a cerca.
- Consegue segurar objetos pequenos com
precisão e facilidade.
Medicina - UniCEUB 2
Eduarda Pupe Rosas 2022
- Já conseguem soltar um bloco dentro de uma
caneca, articulando a coordenação visomotora
com a habilidade de preensão e soltura
voluntária.
- 18 meses —> consegue colocar até 10 blocos
dentro de uma caneca, de forma ordenada,
demonstrando um aprimoramento que é
associado à maturidade.
● Desenvolvimento cognitivo:
- Mostra interesse em uma boneca ou bicho de
pelúcia, fingindo alimentá-los.
- Aponta para uma parte do corpo.
- Rabisca sozinha.
- Pode seguir comandos verbais de 1 passo sem
quaisquer gestos (ex., “sente-se”).
Estágio dos 18 aos 24 meses:
● Possíveis atrasos na comunicação e
desenvolvimento da linguagem, assim como
atrasos leves no desenvolvimento motor, podem
ser melhor observados.
● Desenvolvimento motor:
- 18 meses —> conseguem andar com segurança e
até dar pequenas corridas, além de subir e
descer degraus baixos e se sentarem em
cadeiras pequenas.
- A partir dos 2 anos —> ficar na ponta do pé,
chutar e lançar bolas, aprende a correr, subir
escadas, escalar, pular e abrir maçanetas ecomeça a tirar sozinha algumas peças de roupa.
- Conseguem copiar grosseiramente desenhos de
círculos e linhas horizontais.
- Manifesta preferência pelo uso de uma das
mãos.
- Segue ordens com 2 comandos diferentes.
● Desenvolvimento cognitivo:
- Encontram coisas mesmos quando escondidas
sob 2 ou 3 tampas.
- Começam a classificar formas e cores.
- Completam frases e rimas em livros já familiares.
- Brincam de jogos simples de faz de conta.
- Segue instruções de 2 etapas (ex., “pegue seus
sapatos e coloque-os no armário”).
- Nomeia itens num livro de imagens.
Estágio de 2 a 3 anos:
● Desenvolvimento motor:
- Corre e bate numa bola sem perder o equilíbrio.
- Tenta se equilibrar num pé só.
- Sobe escadas alternando movimentos de MMII,
colocando um pé de cada vez no degrau.
- Consegue se manter em pé sobre uma única
perna.
- Salta no mesmo local com ambos os pés.
- Consegue andar de triciclo.
● Desenvolvimento cognitivo:
- Consegue usar brinquedos com botões,
alavancas e peças móveis.
- Brinca de faz de conta com bonecos, animais e
pessoas.
- Monta quebra-cabeças com 3 ou 4 peças.
- Entende o que “dois” significa.
- Copia um círculo com lápis ou giz de cera.
- Vira as páginas do livro uma de cada vez.
- Constrói torres de mais de 6 blocos.
- Parafusa e desparafusa as tampas do frasco.
- Gira a maçaneta da porta.
Estágio de 3 a 6 anos:
● A formação de novas sinapses reduz o ritmo nas
áreas de broca (responsável pela linguagem),
giro angular (expressão verbal), córtex visual e
córtex auditivo, e torna-se mais intensa no córtex
pré-frontal (responsável por funções cognitivas
mais elevadas).
● Estágio do pensamento representativo.
- A criança começa a gerar representações da
realidade no próprio pensamento, possibilitando
a aprendizagem da fala e as brincadeiras de “faz
de conta”.
● Desenvolvimento motor:
- 4 anos —> sobe e desce escadas alternando os
pés; salta sobre um pé; consegue lançar uma
bola, tendo maior controle dos movimentos;
desenha uma figura humana simples; o controle
vesical diurno e o anal estão consolidados e o
vesical noturno em consolidação.
- 5 anos —> pula e pega uma bola arremessada;
salta alternadamente sobre cada pé; copia um
triângulo; desenha uma pessoa em 6 partes; usa
uma tesoura.
- 6 anos —> anda em linha reta usando toda a
superfície dos pés; lateralidade definida; apto a
comer sozinho com uma colher.
● Desenvolvimento cognitivo:
- Reconhece bem todas as cores, números.
- Entende os conceitos de antes e depois, em cima
e embaixo, e tempo.
- Conhece as diferenças de sexo e começa a se
interessar por saber de onde vêm os bebês.
- Consegue assegurar sua higiene com autonomia.
- Pode escrever algumas letras e números.
- Copia um triângulo e outras formas geométricas.
- Entende sobre coisas usadas no dia a dia
(dinheiro e comida).
CADERNETA DA CRIANÇA:
● Caderneta da Criança ⇒ instrumento usado
para orientar o monitoramento nutricional de
crianças menores de 10 anos.
● Documento importante e único no qual devem
ficar registradas todas as informações sobre o
atendimento à criança nos serviços de saúde, de
Medicina - UniCEUB 3
Eduarda Pupe Rosas 2022
educação e de assistência social para o
acompanhamento desde o momento de seu
nascimento até os 9 anos de idade.
● Lançada em 2009.
● Cada criança deve possuir apenas uma
Caderneta, onde são anotadas e atualizadas as
informações mais importantes sobre sua história
de saúde, como intercorrências, monitoramento
do crescimento, mediante os gráficos de peso
por idade e estatura por idade, e o controle das
imunizações e suplementação medicamentosa
de ferro, desde o nascimento.
● Esta Caderneta traz orientações sobre os
cuidados com a criança e com o ambiente para
que ela cresça e se desenvolva de forma
saudável.
● Traz também informações sobre os direitos e
deveres das crianças e dos pais, aleitamento
materno, alimentação complementar saudável,
vacinas, saúde bucal, marcos do
desenvolvimento.
● Informa sobre o acesso aos equipamentos e
programas sociais e educacionais.
● Nas primeiras páginas, há a identificação da
criança e um espaço para colocar foto. Além de
conceituar a função da caderneta.
● Triagens neonatais, consulta da 1ª semana,
consulta do 1º mês, consulta do 2º mês, consulta
do 4º mês, consulta do 6º mês, consulta do 9o
mês, consulta do 12o mês, consulta do 18o mês,
consulta do 24o mês, consulta do 36o mês,
vigilância do desenvolvimento infantil, vigilância
do crescimento infantil, consultas odontológicas,
suplementações de vitaminas e outros
micronutrientes, aplicação das vacinas.
● A partir de 2 anos, o acompanhamento é feito 1
vez ao ano.
● Importante que em todas as consultas o
pediatra observe:
- Crescimento —> peso, altura e perímetro cefálico
(até os 2 anos).
- Desenvolvimento neuropsicomotor —> conduta
motora grosseira, conduta motora fina, conduta
adaptativa, conduta de linguagem e conduta
pessoal-social.
Índices antropométricos
● Peso para idade (P/I):
- Relação entre a massa corporal e a idade
cronológica da criança.
- Utilizado para a avaliação do estado nutricional.
- Adequada para o acompanhamento do ganho
de peso e reflete a situação global da criança.
● Peso para estatura (P/E):
- Dispensa a informação da idade.
- Expressa a harmonia entre as dimensões de
massa corporal e estatura.
- Utilizado para identificar o emagrecimento da
criança ou o excesso de peso.
● Índice de Massa Corporal (IMC) para a idade:
- Expressa a relação entre o peso da criança e o
quadrado da estatura.
- Utilizado para identificar o excesso de peso
entre crianças.
- Tem a vantagem de ser um índice que será
utilizado em outras fases do curso da vida.
SUPLEMENTAÇÃO VITAMÍNICA:
● Devido ao rápido crescimento e
desenvolvimento, as crianças representam um
grupo de vulnerabilidade para deficiências de
macro e micronutrientes.
● Fatores que influenciam nas indicações:
- Dieta.
- Local onde vive.
- Atividades diárias.
● A carência de micronutrientes é um fator de
risco para o adoecimento, influenciando o
aumento da morbimortalidade infantil.
● A suplementação de vitaminas. Minerais
apresenta-se como uma opção favorável para
suprir os déficits nutricionais da alimentação
com um baixo custo.
● A nutrição influencia diretamente o crescimento
físico, desenvolvimento neuropsicomotor e o
sistema imunológico, prevenindo doenças.
● Durante os primeiros 24 meses de vida, o
crescimento e desenvolvimento apresentam-se
acelerados e, dessa forma, as necessidades
nutricionais dos lactentes são elevados.
● Grande contribuição do aleitamento materno no
aporte de nutrientes necessários nessa faixa
etária. Entretanto, há um déficit de minerais
como ferro e zinco em sua composição.
● A alimentação complementar deve ser iniciada
aos 6 meses de idade, respeitando a quantidade
e qualidade adequadas a cada fase do
desenvolvimento infantil, e esse período é
determinante para a adoção de hábitos
alimentares saudáveis e crucial para a
prevenção de deficiências de micronutrientes e
doenças crônicas na vida adulta.
● Os benefícios da suplementação estão
sustentados na capacidade de prover
quantidades específicas de nutrientes, numa
forma altamente absorvível, controlando de
maneira rápida as deficiências nutricionais do
indivíduo.
Vitamina A:
Medicina - UniCEUB 4
Eduarda Pupe Rosas 2022
● Micronutriente lipossolúvel.
● Fontes: leite humano, fígado, gema de ovo, leite
de vaca, vegetais verde escuros, vegetais e frutas
amarelo-alaranjadas.
● Atua no funcionamento adequado do processo
visual, na diferenciação celular, na integridade
do tecido epitelial, na proteção contra o estresse
oxidativo, na reprodução e no sistema
imunológico.
● Demonstra significativa relevância durante os
períodos de proliferação e de rápida
diferenciação celular tais como a gestação, o
período neonatal e a infância.
● Está relacionada com a manutenção da
imunocompetência, principalmente em relação
aos linfócitos, de respostas mediadas pelas cs T
e de ativação de macrofagos.
● Carência:
- Cegueira evitável na infância.
- Alterações nocrescimento.
- Maior predisposição a infecções.
- Alterações cutâneas → xerose e hiperceratose
folicular.
- Alterações oculares → cegueira noturna, xerose
conjuntival, manchas Bitot, xerose cornela,
ulceração corneana e queratomalácia.
● A concentração de vitamina A no leite materno
varia de acordo com a dieta materna.
● Em geral, o leite materno fornece a quantidade
adequada dessa vitamina nos 6 primeiros meses
de vida, quando é oferecido de forma exclusiva.
● Já as crianças que não recebem leite materno
ou ingerem menor quantidade devem receber
alimentos que forneçam quantidades
adequadas dessa vitamina.
● A recomendação da OMS de ingestão diária de
vitamina A é de:
- 0-6 meses → 400 𝜇g ou 1.333 UI.
- 6-12 meses → 500 𝜇g ou 1.667 UI.
- 1-3 anos → 300 𝜇g ou 1.000 UI.
- 4-8 anos → 400 𝜇g ou 1.333 UI.
● Suplementação:
- 6-12 meses → 100.000 UI (dose única).
- 12-72 meses → 200.000 UI (uma dose a cada 6
meses).
Vitamina D:
● Fontes:
- D2 → irradiação UV do ergosterol vegetal e em
produtos comerciais.
- D3 → resultado da transformação
não-enzimática do precursor 7-DHC existente na
pele dos mamíferos, pela ação dos raios UV.
● Calcitriol ⇒ hormônio esteroide integrante do
sistema endocrinológico da vitamina D.
● Funções:
- Regular a fisiologia osteomineral, em especial o
metabolismo do cálcio.
- Modulação da autoimunidade e síntese de
interleucinas inflamatórias.
- Controle da PA.
- Regulação dos processos de multiplicação e
diferenciação celular
● Essencial para o crescimento infantil e aquisição
de massa óssea.
● Deficiência ⇒ hipocalcemia, hipofosfatemia,
tetania, osteomalácia e raquitismo.
● Fatores de risco para deficiência de vitamina D
na infância:
- Amamentação ao seio sem
suplementação/exposição solar adequada.
- Exposição limitada ao sol e necessidade de
rigorosa fotoproteção.
- Pele negra.
- Má absorção de gorduras.
- Insuficiência renal e síndrome nefrótica.
- Uso de rifampicina, isoniazida ou
anticonvulsivantes.
- Obesidade.
● Suplementação oral profilática:
- 7 dias - 12 meses → 400 UI (bebê a termo).
- > 12 meses → 600 UI.
Vitamina K:
● Atua como cofator numa reação de coagulação.
● Pode regular a disposição do elemento cálcio na
matriz óssea, como parte da osteocalcina.
● Importante no desenvolvimento precoce do
esqueleto e na manutenção do osso maduro
sadio.
● Fontes:
- K1 → vegetais verdes folhosos, tomate, espinafre,
couve-flor, repolho e batata.
- K2 → sintetizada pelas bactérias intestinais.
- K3 → forma sintética.
● A concentração de vitamina K no leite humano é
baixa, independentemente da dieta materna.
● A SBP recomenda a suplementação ao
nascimento com 1 mg, por via intramuscular, a
fum de prevenir a doença hemorrágica do RN.
Ferro:
● Micromineral vital para a homeostase celular.
● Essencial para o transporte de O2, metabolismo
energético e síntese de DNA.
● Atua como um cofator para enzimas da cadeia
respiratória mitocondrial e na fixação do
nitrogênio.
● É utilizado na síntese de hemoglobina (Hb) no
eritroblastos, da mioglobina nos músculos e dos
citocromos no fígado.
● Fontes ⇒ dieta.
- Forma heme → carnes vermelhas, vísceras.
Medicina - UniCEUB 5
Eduarda Pupe Rosas 2022
- Forma não heme → verduras de folhas
verde-escuras.
● Carência ⇒ anemia ferropriva:
- Palidez cutânea, astenia, atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo,
retardo do crescimento pôndero-estatural e
maior suscetibilidade a infecções.
● O leite materno apresenta baixa concentração
de ferro, variável de acordo com as reservas
maternas.
● A OMS preconiza a suplementação oral
profilática de ferro medicamentoso para
lactentes de forma universal, em regiões de alta
prevalência de anemia ferropriva ⇒ dose diária
de 12,5 mg a partir do 6o mês de vida.
● Além de ferro medicamentoso, são ofertados
alimentos ricos ou fortificados com ferro.
● Orienta-se que os alimentos contendo ferro
sejam oferecidos com agentes facilitadores
contendo vitamina C, a fim de melhorar a
absorção do ferro não heme, e deve-se evitar
agentes inibidores de tal absorção.
Zinco:
● Segundo micromineral mais abundante do
corpo.
● Fontes ⇒ carne bovina e de frango, peixe,
laticínios, camarão, ostras, fígado, grãos
integrais, castanhas, cereais, legumes e
tubérculos.
● A ação do zinco está relacionada à regeneração
óssea e muscular, ao desenvolvimento ponderal e
à maturação sexual.
● Apresenta funções primordiais em diversos
processos biológicos do organismo, como a
síntese proteica, auxílio ao metabolismo de DNA,
RNA, carboidratos, lipídeos e energético.
● Atuação enzimática, atuando como componente
da estrutura da enzima ou através de ações
regulatórias ou catalíticas no organismo.
● Deficiência:
- Imunossupressão, com redução de linfócitos T,
timulina e da ação citolíticas das cs T e NK, bem
como menor síntese de IFN-gama, TNF-alfa e de
IL-2.
- Atraso no crescimento.
● Deficiência leve ⇒ alterações neurossensoriais,
anorexia, atraso no crescimento e
desenvolvimento, e redução dos níveis séricos de
testosterona.
● Deficiência moderada ⇒ letargia, pele áspera e
espessa, dificuldade de cicatrização, retardo na
velocidade de crescimento e da maturação
sexual.
● Deficiência grave ⇒ acrodermatite enteropática.
● O leite materno apresenta baixa concentração
de zinco, porém boa disponibilidade.
● Recomendação diária (SBP) ⇒ 8 a 11 mg/dia.
● A suplementação de zinco pode prevenir e
reduzir a gravidade de doenças como diarreia,
pneumonia e malária.
INTRODUÇÃO ALIMENTAR:
● A alimentação durante o 1o ano de vida é de
grande importância em razão do crescimento e
do desenvolvimento acelerados que aumentam
as necessidades nutricionais nessa fase.
● Alimentação complementar - AC (OMS) ⇒
“processo que começa quando o leite materno
por si só não é mais suficiente para atender às
necessidades nutricionais dos bebês”, de modo
que “outros alimentos e líquidos são necessários,
junto com o leite materno”.
● O leite humano, da mãe sadia e bem nutrida,
atende perfeitamente às necessidades dos
lactentes, a termo e saudáveis, sendo muito mais
do que um conjunto de nutrientes; é um alimento
vivo e dinâmico, por conter substâncias com
atividades protetoras e imunomoduladoras.
● A introdução da alimentação complementar (AC)
aos 6 meses é o ideal, visto que esta é uma fase
de transição de elevado risco para a criança,
tanto pela administração de alimentos
inadequados, quanto pela possibilidade de
contaminação dos alimentos, favorecendo a
ocorrência de doença diarreica, desnutrição ou
mesmo obesidade.
● Alimentos alergênicos (ovos, peixe, amendoim, …)
podem ser introduzidos após os 4 meses.
● O glúten pode ser introduzido entre 4 e 12 meses,
embora se priorize o aleitamento materno até os
6 meses.
● Nenhum açúcar ou sal deve ser adicionado a AC,
e sucos de frutas ou bebidas adoçadas com
açúcar devem ser evitados.
● O mel não deve ser introduzido antes dos 12
meses de idade.
● Durante as primeiras semanas de introdução,
recomenda-se não consumir grandes
quantidades.
● Deve-se iniciar a AC com alimentos consumidos
pela família, porém mais cozidos, para que
possam ser amassados, ficando pedaços
pequenos que não provoquem engasgo e que
possam ser pinçados pela criança.
Medicina - UniCEUB 6
Eduarda Pupe Rosas 2022
● As frutas devem ser ofertadas após os 6 meses,
amassadas ou raspadas, sempre às colheradas.
● Os sucos devem ser evitados, mesmo os naturais,
por serem muito calóricos e favorecerem o
aparecimento de obesidade.
● É importante oferecer água potável.
● Os métodos BLW (desmame liderado por bebês) e
BLISS (introdução aos sólidos pelo bebê), sem
auxílio de um adulto oferecendo os alimentos
com a colher, podem levar a deficiências de
micronutrientes e de energia e não oferecem
uma alimentação variada.
Introdução alimentar:
● É nesta fase que o bebê começa a desenvolver o
paladar e inicia seus próprios hábitos
alimentares.
● A introdução alimentar é composta pela
introdução de alimentos consistentes.
● É fundamental que ocorra uma transição
gradual entre a alimentação exclusivado leite
materno para os diferentes alimentos.
● No início, é comum que as crianças estranhem e
até mesmo se recusem a comer certos alimentos.
● Nos primeiros meses, o ideal é que a criança
coma o quanto tiver vontade.
● A quantidade de alimento por dia deve ser
pouca.
● O mais importante nessa fase é criar uma rotina
alimentar.
Medicina - UniCEUB 7

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