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Origem: A origem da modalidade surgiu com o Wazare, uma entidade mitológica dos Paresi. Segundo a história da etnia, o Wazere dizia que a cabeça que comanda o corpo, e pode também ser usada para exercícios físicos e criou o Jikunahati. Regras e Normas: O Jikunahati é disputado por duas equipes, formadas por 6 a 12 jogadores. Cada equipe fica de um lado do campo, de tamanho próximo ao de um campo de futebol,e não é permitido ultrapassar a linha divisória. Utiliza-se uma bola feita de seiva de mangabeira, e só é permitido tocá-la com a cabeça. O objetivo, como no vôlei, é lançar a bola para o campo adversário de forma a impedir que a outra equipe consiga devolvê-la. As equipes perdem pontos se deixarem a bola ultrapassar o limite do campo ou se um jogador tocar nela com outra parte do corpo que não seja a cabeça. Peculiaridades: Uma peculiaridade é o tipo de material que é usado para fazer a bola (seiva de mangabeira) e o fato do esporte ser praticado totalmente com a cabeça. Como é praticado: Praticado pelos Paresi, Manoki, Nambikwara e os Enawenê-Nawê, no Mato Grosso, o cabeçabol ou jikunahati - nomes pelo qual o esporte é chamado - é jogado com uma bola artesanal de 12 a 14 centímetros de diâmetro feita da seiva de mangabeira e que, durante o jogo, só pode ser tocada com a cabeça. Os jogadores de cada lado não têm um gol para acertar. A pontuação é dada quando o adversário não consegue rebater a bola jogada com a cabeça. Tradicionalmente, as apostas são feitas valendo braceletes, colares, cocares, arco e flecha, cestaria. Para cada ponto conquistado, um adereço. Na tradição mitológica Paresi, Wazáre, o primeiro Paresi, que emergiu de uma abertura numa rocha, já saiu ensinando os demais a jogarem o jikunahati, mostrando significativamente que é a cabeça que deve dominar o corpo. O esporte está intimamente ligado à espiritualidade e à cultura dos indígenas que o praticam. Atualmente, o jikunahati é disputado nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas.