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Toracocentese: Técnica e Indicações

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1 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2020 
toracocentese 
A toracocentese é a técnica que permite a extração de um líquido anormal, acumulado no espaço pleural, 
por meio de uma agulha ou um cateter, introduzidos percutaneamente pela parede torácica até o espaço 
pleural. 
Pode ser empregada com fins terapêuticos, quando a retirada do líquido da cavidade pleural diminui o 
quadro de insuficiência respiratória restritiva, e com fins diagnósticos, para obter o líquido para análises 
bioquímica, citológica e microbiológica. 
Indicações 
 Todo derrame pleural de causa desconhecida ou de evolução progressiva; 
 Insuficiência cardíaca com derrame unilateral acompanhado de dor torácica e, ou febre; 
 Pneumonia com derrame pleural sem resolução após o tratamento antibiótico; 
 Cirrose hepática com derrame suspeito de infecção; 
 Compressão pulmonar. 
Contraindicações 
 A principal contraindicação ao procedimento são os distúrbios da coagulação. 
 Locais de punção que apresentem infecção (ex: celulites, herpes-zoster, piodermites); 
 Instabilidade clinica 
Entretanto, para abordar a cavidade pleural com segurança, é necessário que haja uma quantidade 
mínima de líquido no espaço pleural. Por este motivo, é sempre indicada uma avaliação radiológica 
completa, com raio x em PA, perfil e Laurell (raios horizontais com o paciente em decúbito lateral). Os 
derrames <10 mm no Laurell não devem ser acessados rotineiramente devido ao risco aumentado de 
complicações. 
Recomenda-se, para tanto, que mesmo nos derrames volumosos não sejam retirados mais de 1.200 ml (no 
máximo 1.500 ml), pois a retirada de volumes maiores aumenta o risco de desenvolvimento de edema 
pulmonar de reexpansão. 
Técnica 
O paciente deve estar sentado, com os braços e a cabeça 
apoiados em travesseiros, sobre um anteparo (como uma 
mesa) ou com a mão ipsilateral ao derrame apoiada sobre 
o ombro contralateral ao derrame, de forma que a 
escápula seja projetada para frente. 
O ponto de punção deve se localizar entre 5 e 10 cm de 
distância da coluna (no lado acometido!) e 1 ou 2 espaços 
intercostais abaixo do limite do derrame que é delimitado 
no exame físico, através da percussão. 
1- O sítio de punção sempre deverá ser localizado na 
margem superior de uma costela. Como o feixe 
vasculonervoso sempre passa logo abaixo das costelas, estaremos evitando sua lesão acidental; 
2- Não devemos puncionar abaixo da 9ª costela. A inserção de agulhas abaixo desse limite implica um 
maior risco de punção abdominal acidental. 
Após a degermação do local e paramentação, confeccione um botão anestésico local na pele com a 
agulha de 25. Troque a agulha por uma mais calibrosa de 18/20 e anestesie bem o subcutâneo e o bordo 
superior da costela. Prossiga rente a mesma, sempre aspirando antes de infundir o anestésico local. Ao 
observar retorno do liquido pleural, lembre-se de recuar a agulha para posiciona-la na pleura parietal e 
infundir o resto do anestésico. 
 
2 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2020 
Conecte agora a seringa de 50 ml no 
cateter agulhado. Caso a drenagem seja 
terapêutica, o adaptador de três saídas 
deve ser conectado entre a agulha e a 
seringa. Quando houver retorno do 
líquido, corra o cateter para dentro do 
espaço pleural e remova a seringa e 
agulha tomando cuidado para que o 
orifício do mesmo seja ocluído com o 
dedo. Reconecte a seringa ao cateter e 
aspire a quantidade de material 
necessária para análise laboratorial. 
Terminado o procedimento, peça para o 
paciente realizar mais uma expiração ou 
inspiração forçada e retire o cateter, 
fechando o local com um curativo 
oclusivo. A realização de radiografia de tórax imediatamente após a toracocentese com o objetivo de se 
avaliar a presença de possíveis complicações é controversa.

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