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-A consciência é o perfeito conhecimento de si próprio e do ambiente. Capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente abrangendo qualificações como subjetividade, sapiência e autopercepção. →definição de um material da USP. -Coma é o oposto definido para consciência, situação em que o paciente não demonstra conhecimento de si próprio e do ambiente, caracterizando pela ausência ou extrema diminuição do alerta comportamental (nível de consciência), permanecendo não responsivo aos estímulos internos e externos e com os olhos fechados. -Confusão mental é um termo impreciso e deve ser evitado, pois não fornece informações sobre o que de fato está ocorrendo. →Desta forma, a situação clínica em que há um déficit global da atenção denomina-se delirium. Fisiologia da Consciência Nível de Consciência • Tronco encefálico. • Estruturas diencefálicas (tálamo e hipotálamo). • Sistema Reticular ativador ascendente (SRAA). CUIDADOS BÁSICOS DE PESSOAS COM REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA, CONVULSÕES, TONTURA E DESMAIO Conteúdo da Consciência -Córtex cerebral (funções corticais superiores). • Gnosia. • Praxia. • Memória. • Aprendizado. • Raciocínio. • Orientação temporoespacial. →No coma ocorrem alterações no: • Tronco encefálico. • Estruturas diencefálicas (tálamo e hipotálamo). • Sistema Reticular ativador ascendente (SRAA) DESORDENS DA CONSCIÊNCIA →Desordens de consciência: • Estado minimamente consciente: comprometimento do conteúdo de consciência com rebaixamento do seu nível, com alguma preservação do conhecimento de si próprio ou do meio ambiente. →Diferente de sonolência. →Ex.: Como você fica quando acorda muito cedo ou muito tarde. • Estado vegetativo: quando o paciente comatoso apresenta ciclos de sono- vigília, com controle autonômico (incluindo drive respiratório), com abertura ocular espontânea, porém, mantendo profunda inconsciência de si próprio e do ambiente. • Hipersonia: refere-se á excessiva sonolência ou fadiga o período diurno, sendo, primariamente idiopática ou resultando alterações estruturais ou metabólicas. • Abulia: caracteriza-se por redução da inciativa associada a apatia (perde a inciativa), observada nas lesões do lobo frontal • Mutismo acinético: O mutismo acinético é entendido como diversos estados patológicos em que a vigília parece intacta, mas a comunicação com o ambiente está abolida ou seriamente dificultada. o O quadro clínico caracteriza-se pela ausência de qualquer tentativa de comunicação. o O paciente de olhos abertos não responde a nenhuma estimulação sensorial. COMA →Encefalopatias focais infratentoriais: • Infecção, tumor. • Tronco encefálico e cerebelo. • Em torno de 15% dos casos – acmetem diretamente a FRAA. → Encefalopatias focais supratentoriais: • Em torno de 20% dos casos- em geral têm de ser extensas para causar rebaixamento de nível de consciência, seja por compressão do hemisfério contralateral seja por compressão do tronco encefálico e da FRAA inferiormente. →Encefalopatias difusas e/ou multifocais: em torno de 65%. • Mais frequentes. →Encefalopatias difusas: • Infecções. • Transtornos metabólicos. o Hipovitaminose B ▪ Sempre dar tiamina. o Hipoglicemia ▪ Sempre dar glicose. • Intoxicações exógenas. →Encefalopatias focais supra ou infratentoriais: • Meningites, abcessos, metástases, tumores, acidente vascular cerebral, hemorragia subaracnóidea e hipertensão intracraniana. →Obs.: Em caso de lesão do crânio é necessário observar frequentemente o nível de consciência, pois em caso de edema cerebral pode haver compressão do cerebelo devido a uma hernia uncal por exemplo. EXAME FÍSICO DO PACIENTE COMATOSO →Anamnese: • Acometimento súbito: sugere etiologia vascular, convulsiva ou overdose de drogas. • História de cânceres: sugere metástases. • Diástases hemorrágicas: sugerem HIC (hipertensão intracraniana), hematoma subdural, HSA (hemorragia subaracnóidea espontânea). • Estados de hipercoagulabilidade: sugerem trombose de seio dural. • Convulsões assistidas e piora gradual até o coma: sugerem tumores ou doenças inflamatórias. →Ao exame neurológico: • Achados de assimetria: lesões focais. • Achados de simetria: lesões por causas metabólicas. • Padrão em Cheyne-Stokes: lesões supratentoriais. • Hiperventilação neurogênica: lesões mesencefálicas. Sem contraste +Amônia -Indicações clássicas para IOT (intubação orotraqueal) nas lesões neurológicas: • Insuficiência respiratória verificada com oximetria, gasometria arterial e/ou cianose. • Incapacidade de garantir uma via aérea segura (ausência de reflexos protetores). • Lesão clínica grave que irá comprometer a função cardiopulmonar. • Falência de métodos não invasivos com uso de cateteres, máscaras e ventilação não invasiva (VNI).
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