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NEUROPATOLOGIA É preciso de 5 diagnósticos para comprovar um neurológico, e são eles: sindrômico, funcional, topográfico e etiológico. EDEMA CEREBRAL (Edema do parênquima cerebral) As lesões geralmente predominam na substância branca. Acúmulo de líquido no tecido cerebral. É o aumento na quantidade de água no tecido cerebral causada por lesões focais (hematomas, tumores, abscessos) ou difusas (anóxia, meningites, encefalites, intoxicações) RESULTADO - Aumento de volume do encéfalo - Hipertensão intracraniana - Hérnias (encefálicas) - O que realmente leva ao óbito TIPOS/ CLASSIFICAÇÃO 1. Vasogênico 2. Citotóxico (iônico, edema celular) 3. Hidrostático 4. Intersticial (ou hidrocefálico) 5. Osmótico Edema Local Área Barreira hematoencefálica Mecanismo Patologias Vasogênico Plasma, proteínas Extracelular S. cinzenta Ruptura Aumento da permeabilida de vascular Causas focais: tumores, abscessos, meningites, traumatismo CE Citotóxico Água Intracelular S. cinzenta e branca Intacta Alterações da membrana celular Anóxia, intoxicação hídrica Hidrostático Água Extracelular S. cinzenta e branca Ruptura Aumento da pressão arterial Encefalopati a hipertensiva Hidrocefálico (intersticial) ? Extracelular S. branca periventricular Intacta Extravasamen to de líquido cefalorraquidi ano (LCR) Hidrocefalia Osmótico Água Intracelular e extracelular S. cinzenta e branca Intacta Diminuição da osmolaridad e plasmática Sobrecarga hídrica, SHAD Edema vasogênico É o aumento do líquido extracelular devido a ruptura da barreira hematoencefálica e pelo aumento da permeabilidade vascular, permitindo que o líquido se desloque do compartimento intravascular para os espaços intercelulares do encéfalo. A escassez de linfáticos (do sistema linfático no cérebro) prejudica bastante a reabsorção do excesso de líquido extracelular (que pode ser plasma, proteínas etc). Pode ser localizado (p. ex., adjacente a inflamação ou neoplasias) ou generalizado (após a lesão isquêmica) Edema citotóxico Ocorre pelo aumento do líquido intracelular secundário à lesão da membrana celular neuronal, glial ou endotelial. Ocorre em indivíduos com agressão hipóxica/isquêmica generalizada ou com desarranjo metabólico que impede a manutenção do gradiente iônico da membrana normal. O líquido extravasado contém, principalmente, água - Patologias associadas: Encefalopatía hepática; Cetoacidose diabética; Meningites; Intoxicação hídrica; Edema intersticial (edema hidrocefálico) Ocorre em torno dos ventrículos laterais quando um aumento na pressão intravascular causa um fluxo anormal de líquido a partir do LCR intraventricular e através do revestimento ependimário, para a substância branca periventricular. É o bloqueio da circulação/absorção de LCR, transudação transependimária de LCR. - Patologias associadas: Hidrocefalia obstrutiva, pseudoautor, hipertensão intracraniana benigna; Edema Hidrostático: aumento da pressão venosa (edema passivo); ÁGUA; Trombose venosa; Fístulas arteriovenosas, IC; Extracranianas: obstrução venosa, mediastinal/jugular, obesidade mórbida; Edema Osmótico (hipo-osmolaridade sistêmica) ÁGUA; Hiponatremia: - Síndrome da secreção inapropriada do HAD; - Hemodiálise; - Intoxicações; - Substância branca; (líquido de edema rico em eletrólitos); No edema generalizado, os giros se encontram aplanados, os sulcos intercalados, estreitados, as cavidades ventriculares, comprimidas e, com a expansão do encéfalo, pode ocorrer herniação. CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS O que se espera de um paciente que foi a óbito devido um edema cerebral: - Convexidades aplanadas (devido a compressão contra a superfície lisa do crânio) - Aumento de peso e volume - Desvio da linha média - Hérnias de um ou mais tipos OBS: Em edemas de longa duração a substância branca pode ficar acinzentada ou esverdeada Manguito perivascular = amplo espaço intra-capilar HIPERTENSÃO INTRACRANIANA Perda da relação entre o conteúdo da caixa craniana (cérebro, líquido cefalorraquidiano e sangue) e o volume do crânio; Normal: 5 – 15 mmHg (constante); CAUSAS DA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA ● Neurológicas ● Não neurológicas ○ Cetoacidose diabética; ○ Hipertensão arterial maligna; ○ Encefalopatia hipertensiva, hepática, urêmica; ○ Envenenamentos, intoxicações ● Idiopática A) LESÕES EXPANSIVAS LOCALIZADAS = aumento do volume de um/parte hemisfério cerebral; Hematomas; Abscessos; Tumores; Ex: AVC hemorrágico tem como consequência uma HI formada por uma massa expansiva B) FATORES QUE ATUAM DIFUSAMENTE = aumento global do volume do encéfalo Anóxia sistêmica; Processos inflamatórios (meningite, encefalite) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - TRÍADE CLÁSSICA 1. Cefaléia 2. Vômitos 3. Edema de papila (papiledema) Cefaleia holocraniana (compressão de ramos nervosos meníngeos); - De caráter, geralmente, perdura dias ou meses, tornando-se cada vez mais intensa e, com o passar do tempo, resistente aos analgésicos; - Quase sempre se exacerba pela manhã, quando passa a ser acompanhada de vômitos. Vômitos em jato (compressão de centros bulbares) - Precedidos ou não de náuseas Edema de papila (papiledema); - Borramento das margens da papila óptica; - Edema do disco óptico e o abaulamento anterior da escavação fisiológica. A hipertensão intracraniana é transmitida para o nervo óptico, causando estase do fluxo axoplasmático, edema intraaxônico e edema da cabeça do nervo óptico; - O papiledema indica, com frequência, uma patologia cerebral importante, como meningite, hemorragia subaracnóidea, traumatismo e lesões expansivas; CONSEQUÊNCIAS Aumento de volume do encéfalo, difuso/localizado: - Deslocamento das partes afetadas - Compressão do tecido encefálico contra dobras durais hérnias encefálicas/intracranianas; HERNIAÇÃO O aumento da pressão intracraniana também pode reduzir a perfusão do encéfalo, com posterior exacerbação do edema cerebral. Como a calota craniana é dividida por pregas duras rígidas (a foice e o tentório), a expansão localizada do encéfalo pode causar seu deslocamento em relação a estes compartimentos. No caso da expansão ser suficientemente grave, pode ocorrer a síndrome da herniação; É o deslocamento do tecido encefálico para além das dobras durais rígidas (a foice e o tentório) ou através de aberturas no crânio devido ao aumento da pressão intracraniana. Conforme o volume do encéfalo aumenta, o LCR é deslocado e a vasculatura é comprimida, levando ao aumento da pressão dentro da cavidade craniana. Quando o aumento está além do limite permitido pela compressão das veias e o deslocamento do LCR, o tecido se torna herniado entre os compartimentos através do gradiente de pressão. Se a expansão for suficientemente grave, a herniação pode ocorrer em múltiplas localizações anatômicas Hérnia subfalcina (giro do cíngulo) = ocorre quando uma expansão unilateral ou assimétrica de um hemisfério cerebral desloca o giro do cíngulo sob a foice. Pode levar comprimir a artéria cerebral anterior e de seus ramos Hérnia de uncus (transtentorial, uncinada ou mesial temporal) = ocorre quando a face medial do lobo temporal está comprimida contra a borda livre do tentório. Pode causar: dilatação pupilar e comprometimento dos movimentos oculares do lado da lesão (comprometimento do terceiro nervo craniano); lesão isquemica (compressão da a. cerebral posterior); hemiparesia ipsilateral à herniação (quando a herniação é muito grande, o pedúnculo cerebral contralateral pode ser comprimido, e a essa compressão no pedúnculo é conhecida como incisura (ou nó) de Kernohan); lesões hemorrágicas secundárias no mesencéfalo e na ponte (chamadas de hemorragias de Duret) Herniação tonsilar/amídalas: se refere ao deslocamento das tonsilas cerebelares através do forame magno; Este padrão de herniação leva a risco de morte porque causa compressão do tronco encefálico e compromete a respiração vital e os centros cardíacos no bulbo. Foi dito, ainda, sobre: - Hérnia transcalvariana ESTUDAR 1-HEMATOMA EPIDURAL E HEMATOMA SUBDURAL MICROANEURISMAS DE CHARCOT BOUCHARD A rupturade um pequeno vaso intraparenquimatoso pode resultar em uma hemorragia no interior do encéfalo (chamada de hemorragia intraparenquimatosa). É associada ao início súbito de sintomas neurológicos (acidente vascular). As hemorragias nos núcleos da base e no tálamo são designadas de “hemorragias dos núcleos da base”, e as que ocorrem nos lobos dos hemisférios cerebrais são chamadas de “hemorragias lobares”. A hipertensão é o fator de risco mais comumente associado a hemorragias parenquimatosas encefálicas profundas. As hemorragias associadas à hipertensão normalmente ocorrem nas estruturas profundas da substância branca ou da cinzenta, seguidas por tronco encefálico e cerebelo. A hipertensão leva a uma série de anormalidades nas paredes dos vasos: arteriosclerose acelerada nas grandes artérias, arteriosclerose hialina nas pequenas artérias, alterações proliferativas e franca necrose das arteríolas. As paredes arteriolares afetadas por alterações hialinas são provavelmente mais fracas do que os vasos normais e, portanto, vulneráveis à ruptura. Alguns casos de hipertensão crônica estão associados ao desenvolvimento de pequenos aneurismas, conhecidos como microaneurismas de Charcot- Bouchard, que podem ser o local da ruptura. Os aneurismas de Charcot-Bouchard, que não devem ser confundidos com os aneurismas saculares de grandes vasos intracranianos no espaço subaracnóide, ocorrem em vasos que têm menos de 300 µm de diâmetro, encontrados com mais frequência nos núcleos da base CONCEITOS: - Vigília = estado de consciência ativa que se alterna com o sono - Sonolência = sono incompleto - Torpor = letargia; estado de diminuição da sensibilidade ou de movimento de alguma parte do corpo, caracterizado por uma inabilidade para responder a certos estímulos ou movimentos normais. - Obnubilação = rebaixamento do estado de consciência de leve a grave. O paciente se demonstra mais sonolento, talvez até perplexo, com lentidão na fala e aparente dificuldade de organização dos estímulos sensórios. - Estupor = estado de consciência onde o paciente parece estar acordado apenas por condições orgânicas, demonstrando-se bastante confuso e com baixa espontaneidade em seu falar e escutar. O paciente se mostra evidentemente sonolento e com a psicomotricidade bastante baixa. - Coma = estado mórbido caracterizado por um torpor profundo com perda total ou parcial da consciência e da vigilância, da sensibilidade e da motilidade com, salvo nas formas mais graves, conservação das funções respiratória e circulatória; ESCALA DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (NIH) O diagnóstico do AVC é feito a partir da identificação do déficit neurológico focal súbito que acomete o paciente ⇒ diagnóstico clínico. Mas para diferenciar o tipo de AVC (isquêmico ou hemorrágico) é preciso do exame de imagem para tomar a conduta apropriada. Para a definição do diagnóstico podemos utilizar a “Escala do NIH”. Essa escala avalia o déficit no AVC através da pontuação dos parâmetros, variando de 0 (sem déficit) a 42 (maior déficit). Avalia-se: - nível de consciência, - orientação no tempo (mês e idade), - resposta a comandos, - olhar, - campo visual, - movimento facial, - função motora do membro superior, - função motora do membro inferior, - ataxia, - sensibilidade, - linguagem, - articulação da fala, - extinção ou inatenção. Essa escala é interessante também para avaliação da evolução do déficit do paciente. ESCALA DE COMA DE GLASGOW É uma ferramenta de monitorização neurológica para avaliar o nível de consciência e a gravidade do comprometimento neurológico. Avalia-se: abertura ocular, resposta verbal, melhor resposta motora e reatividade pupilar, podendo varias de 1 a 15 - quanto menor o valor, pior é a condição do paciente Após avaliar todos os critérios, aplica-se: Pontuação final = Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] + Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2] O grau de lesão varia de acordo com a pontuação: Entre 13 e 15 – LEVE; Entre 9 e 12 – MODERADA; Entre 3 e 8 – GRAVE; Menor que 3 – COMA; ATENÇÃO: Escala de Coma de Glasgow ≤ 8 é indicativo de intubação orotraqueal! TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL São muitas classificações histológicas. O diagnóstico é histoquímico e clínico. Classificam-se de acordo com o tipo de célula que origina o tumor a) ASTROCITOMAS - astrócitos b) EPENDIMOMAS - célula ependimária c) OLIGODENDROGLIOMA - oligodendrócitos CLASSIFICAÇÃO Tumores do tecido neuroepitelial: - Neurônios imaturos = meduloblastoma - Tumores das células meningoteliais = meningiomas - Tumores metastáticos - Linfomas primários ETIOPATOGENIA ● Desconhecida ● Síndromes heredofamiliares que geralmente cursam com tumores do SNC; ● Alterações genéticas germinativas; ● Fatores químicos; ● Fatores Víricos (vírus) ● Radiações; ● Imunossupressão; As principais causas ⇒ Característica genética, viral e exposição a radiação LOCALIZAÇÃO Cavidade craniana: 85%; Canal espinal: 15%; - manifestações clínicas são sinais e sintomas relacionados a cabeça Crianças (70% fossa posterior) – acometimento de cerebelo e tronco cerebral; - PERGUNTA DE PROVA 1. Meduloblastomas; 2. Astrocitomas do cerebelo e tronco cerebral; 3. Ependimomas Adulto (hemisférios cerebrais) – área supra tentorial; 1. Astrocitomas; 2. Glioblastomas; 3. Metástases; Ainda nos adultos, ocorrem os tumores extra-axiais: - Meningiomas; - Schwannomas; - Adenomas da hipófise; Localização fossa posterior, ainda nos adultos - Metástase cerebelar - Hemangioblastomas - Astrocitoma pilocítico CRESCIMENTO E DISSEMINAÇÃO Crescimento expansivo, compressivo, não infiltrativo: meningiomas, schwannomas; - Tumores que crescem de forma expansiva, comprimindo e não infiltram = meningiomas e Schwannomas Crescimento infiltrativo, invasor, difuso, sem limites nítidos = tumores neuroectodérmicos (astrocitomas, gliomas); Disseminação liquórica: meduloblastomas; Metástases para fora do SNC: não - Não existem metástases do SNC fora do crânio. Todos limitam-se ao canal medular e a caixa craniana TUMORES DE ADULTOS ● Sempre localizam-se nos Hemisférios cerebrais na substância branca; ● Margens indefinidas; ● Cor branca, acinzentada; ● Necrose; ● Hemorragias; ● Cistos; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS História clínica de POUCOS meses 1) Cefaleia: neoplasia, hipertensão intracraniana, hidrocefalia, meningite carcinomatosa; - Matutina e noturna – relacionada ao maior esforço do paciente. É proporcional ao crescimento do tumor; Cefaleia pode ocorrer pelo tumor, por hipertensão intracraniana secundária ao tumor ou por meningite carcinomatosa 2) Sinais de localização conforme a área atingida; 3) Crises convulsivas; 4) Síndrome de hipertensão intracraniana; CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE/BENIGNIDADE Obrigatoriamente existem 4: 1) Potencial de ressecção; - o quanto esse tumor pode ser ressecado 2) Infiltração; - grau de infiltração nas estruturas vizinhas 3) Localização; 4) Histopatologia tumoral; Tumores infiltrativos (intraparenquimatosos) nunca podem ser ressecados completamente CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO (OMS) Baseado na histopatologia (todo tumor maligno, obrigatoriamente, terá essas características) - Grau da atipias (ou anaplasia) nucleares - Atividade mitótica; - Proliferação vascular; - Necrose; Astrocitoma de baixo grau - sobrevida de 5 a 10 anos Astrocitoma anaplásico - 2 a 3 anos Glioblastoma - 9 a 12 meses Quando se trata de um tumor do SNC, observar o tumor propriamente dito, as margens (edema cerebral) e a periferia MENINGIOMA Comportamento histologicamente benigno, mas por comprimir pode se comportar como uma neoplasia maligna (comportamento biológico) ● Sexo feminino ● 40-70 anos ● Crescimento lento ● Manifestações clínicas de acordo com a localização anatômica (dependendo o grau de compressão terá manifestações clínicas relacionadas) FATORES DE RISCO Sexo feminino, idade, caracteristas genético-moleculares, sobrepeso e obesidade, exposição a radiacões - principalmente na infancia e hormônio sexual (Agonista da Progesterona) CARACTERÍSTICAS Surgena dura-máter a partir de células meningoteliais do aracnóide. Localização = Convexidade cerebral, foice, tenda cerebelar, sulcos olfatórios, asa menor do osso esfenóide Massas arredondadas encapsuladas com base dural bem definida, compressão do encéfalo subjacente Obrigatoriamente COMPRIMEM e NÃO INFILTRAM (possuem cápsula, por isso não infiltra) Podem crescer em placa, com crescimento ao longo da superfície da dura-máter TUMORES METASTÁTICOS As metástases SEMPRE terão localização superficial e grande efeito de massa (possuem edema vasogênico muito mais acentuado do que o tumor primário) LOCALIZAÇÃO ● Hemisférios cerebrais e cerebelares. ● Na junção da substância cinzenta com a substância branca ⇒ último local do vaso sanguíneo no encéfalo ● Tronco encefálico ● Dura-máter ● Leptomeninges Não existe via linfática no encéfalo, logo, sempre por via hematogênica Transição córtico-subcortical; Únicas ou múltiplas - Metástase cerebral SOLITÁRIA - Metástase cerebral ÚNICA Necrose; Hemorragias; Edema cerebral; NEOPLASIAS MAIS FREQUENTES ASSOCIADAS A METÁSTASES DO SNC Câncer de pulmão, câncer de mama e melanoma. Ademais rins e colorretal IMAGEM ● Presença de múltiplas lesões ● Localização = junção da substância cinzenta com a substância branca ● Margens circunscritas ● Grande edema vasogênico em comparação com o tamanho da lesão DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Doenças cerebrovasculares (AVC isquêmico etc), malformações congênitas do SNC, doenças neurodegenerativas (Doença de Alzheimer), hidrocefalia, processo inflamatório (neurolúpus) etc MENINGITE Processo inflamatório infecciosa grave das leptomeninges que revestem o SNC (cérebro, medula espinhal) Prognóstico depende do diagnóstico precoce e do tratamento imediato e adequado CLASSIFICAÇÃO Podem ser classificadas por 3 formas segundo a duração e etiologia. 1) Aguda = < 4 semanas a) Infeccioso b) Não infeccioso 2) Recorrente = múltiplos episódios agudos, com duração aproximadamente de < 4 semanas a) Infeccioso b) Não infeccioso 3) Crônica = > 4 semanas a) Infeccioso b) Não infeccioso Podem surgir por diversas causas, como uma otite média, fratura de crânio, osteomielite MODO DE TRANSMISSÃO 1) De pessoa a pessoa - Por vias respiratórias - Através do contato direto com as secreções do paciente 2) Acesso direto - Fraturas de crânio - Defeitos congênitos de fechamento do tubo neural, propiciando a entrada de patógenos e o desenvolvimento de infecções - Iatrogênicas caudas por punções liquóricas 3) Contiguidade - Infecções vizinhas: otite médias, mastoides, sinusites 4) Hematogênica - Embolia séptica, septicemia 5) Derivações liquóricas - Cateterismo e derivação liquórica ventrículo-peritoneal PATÓGENOS COMUNS DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA Meningite asséptica = provocadas por VÍRUS, principalmente o Herpes Vírus e o vírus da HIV Meningite bacteriana ou purulenta a) Recém-nascidos = E. coli, Streptococcus do grupo B, Klebsiella species, Listeria monocytogenes b) Adultos = Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis Meningite granulomatosa - Mycobacterium tuberculosis Meningite em pacientes imunocomprometidos - Cryptococcus neoformans, Candida species, Aspergillus (above + fungal) CARACTERIZA-SE, OBRIGATORIAMENTE, POR: 1) Síndrome infecciosa 2) Síndrome meningo-radicular 3) Síndrome de hipertensão intracraniana FISIOPATOLOGIA DOS ACHADOS CLÍNICOS OBS: Lesões dermatológicas (rash cutâneo) = paciente vai a óbito em 24 horas ● Infecção sistêmica - febre, mialgia, rash cutâneo ● Vasculites - manifestações focais (dependendo do lóbulo acometido) ● Convulsões - ● Pressão intracraniana secundária ao edema cerebral Meningite meningocócica: purpura fulminans - Petéquias, é grave Síndrome de Waterhouse-Friderichsen Meningite associada a presença de purpura fulminans. Necrose hemorrágica das suprarrenais MACROSCOPIA NA AUTÓPSIA Paciente que foi a óbito em < de 24 horas entende-se como um ESTADO HIPERAGUDO ● Leptomeninges edemaciadas e congestas ● SEM PUS (não há exsudato purulento) Óbito em 48 horas de evolução: ● Hiperemia das leptomeninges ● Líquor turvo/purulento ● Depósito de pus no espaço subaracnóideo ● Edema cerebral/ hérninas ● Ventrículos dilatados por abundante pus (pioencéfalo) COMPLICAÇÕES ● Morte = meningites bacterianas não tratadas (90-100%) ● Fibrose do espaço subaracnóideo = hidrocefalia ● Trombose de vasos meníngeos, endarterite = infarto, atrofia cerebral ● Lesão de nervos cranianos ● Coleções ou higromas subdurais ● Cistos aracnóideos = compressão do encéfalo ● Abscesso cerebral DIAGNÓSTICO Clínico (cefaléia holocraniana, febre etc) e Laboratorial DIAGNÓSTICO LABORATORIAL - Líquido cefalorraquidiano e cultura - Hemograma e hemocultura - Raspado de lesões e petequiais: meningococcemia doença meningocócica - Cultura = fezes - Contra-imunoeletroforese cruzada = líquor, soro - Aglutinacao pelo latex = líquor, soro CARACTERÍSTICAS DO LÍQUOR CEFALORRAQUIDIANO VIRA L Líquido claro Pressão ligeirame nte aumenta da Proteínas e imunoglo bulinas nem sempre aumenta da Glicos e norm al Normal BACT ERIA NA Esbranq uiçado, purulent o, turvo, amarela do Aumenta da Aume nto de neutró filos Proteínas e imunoglo bulinas obrigatori amente aumenta das Glicos e dimin uída Ácido lático aumenta do Crôni ca Transpa rente, claro Ligeiram ente Glicos e norm al Normal INDICAÇÕES DO EXAME DE LCR Quando indicar uma punção de LCR? ● Processos infecciosos do SNC e seus envoltórios ● Processos granulomatosos com imagem inespecífica ● Processos desmielinizantes ● Leucemias e linfomas (estadiamento e tratamento) ● Imunodeficiências ● Processos infecciosos com foco não identificado ● Hemorragia subaracnóide após Tomografia Computadorizada de Crânio Normal ABSCESSO CEREBRAL Cavidade irregular neoformada preenchida por pus. Sinusite, otite etc são causas Sempre: ➔ Provocada por bactérias piogênicas ➔ Localizado na substância branca cerebral, cerebelar ➔ Caráter expansivo, intenso edema perilesional, hipertensão intracraniana CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ● Síndrome da hipertensão intracraniana ● Febre, torpor, coma ● Clínica específica = baseada em onde está localizado o abscesso ● Exame do LCR, nota-se: ○ Hipercitose ○ Glicoraquia normal ○ Hiperproteinoraquia discretas ANATOMIA PATOLÓGICA Abscesso cerebral aguda = exsudato purulento Óbito que ocorre nos primeiros dias: Abscesso cerebral crônico = tecido de granulação, glicose, cápsula fibrosa delgada (pobre em fibroblastos) O edema cerebral que caracteriza um abscesso cerebral é chamado de VASOGÊNICO EVOLUÇÃO : Inicial: cerebrite - área mal delimitada e irregular de necrose hemorrágica associada a edema Abscesso recente: 1 a 2 semanas, evidenciando-se necrose liquefativa central, purulenta, envolvida por tecido nervoso edemaciado contendo tecido de granulação Abscesso crônico ou antigo: mais de 2 semanas, no qual a coleção purulenta, às vezes multiloculada, é envolvida por cápsula fibrosa ESTUDAR MENINGITE VIRAL ENCEFALITE: herpes virus, varicela zoster e HIV - fazer tabela e por: Idade Fatores de risco Quadro clínico
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