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Hérnia Inguinal Hernia → alteração patológica com deslocamento de órgãos de sua localização antomica normal para uma cavidade neoformada ou natural atraves de um orificio anatomicamente fraco Classificação: diafragmáticas, inguinais, escrotais, umbilicais, abdominais, hiatais, incisionais e perineais Falsa → saco formado pela pele, subcutaneo, fascia ou qualquer outra estrutura Verdadeira → peritonio parietal Hernias inguinais → abdominais, protusão de tecido inguinal adjacente ao processo vaginal Surgem a partir de anormalidade congênitca do anel inguinal ou trauma M e F, castrados ou inteiros → podem desenvolver hérnias inguinais não traumáticas; unilaterais ou bilateriais. Mais comum em cadelas de meia idade inteiras ou cãos jovens Cães machos jovens → descida testicular tardia atrasa o fechamento do anel inguinal. Cadelas mais velhas → anel inguinal com diâmetro relativamente maior e com canal curto Histórico: aumento de volume dolorido na região inguinal ou vomito, letargia, dor e/ou apatia se os componentes inguinais estiverem encarcerados Omento → mais comum em hernias inguinais caninas Utero → hernia de femeas intactas, crônicas sem sinal clínico até prenhez ou piometra Exame físico: aumento de volume mole e indolor; estrangulamento intestinal ou útero gravídico ou bexiga urinária → o aumento de volume pode ser maior, flutuante e dolorido Obstrução vascular e/ou linfática associada → edema testicular ou do cordão espermático Diagnóstico por imagem: radiografias abdominais, perda do contorno abdominal Anatomia → Posicionamento: decúbito dorsal, áreas caudal abdominal e inguinal assepsia e trico Técnica cirúrgica: objetivo → reduzir o conteúdo abdominal e fechar o anel inguinal externo, evitando a recidiva da herniação Cadelas: 1. incisão abdominal mediana caudal, cranialmente a borda da pelvis 2. aprofundar a incisão através do tecido subcutâneo até a bainha do músculo reto do abdomen 3. expor o saco herniático por dissecação digital abaixo do tecido mamário e identificar o saco e o anel herniário 4. reduzir os comopnentes abdominal atraves do anel ou incisar o saco e fazer uma incisão craniomedial do anel e aumentá-lo 5. após reduzir os componentes abdominais, seccionar a base do saco herniario e fechar com colchoeiro horizontal, contínua simples ou sutura invertida 6. fechar o anel inguinal com sutura interrompida simples com fio sintético absorvivel ou não absorvível 7. evitar comprometer os vasos pudendos externos e o nervo genitofemoral → saem caudomedial do anel 8. palpar o anel contralateral e fecha-lo, se necessário, antes do fechamento da pele 9. se não puder reduzir os componentes herniários → celiotomia e explorar o conteúdo abdominal. Expor o anel inguinal como descrito anteriormente e reduzir o conteúdo herniário (aumentar o anel inguinal, se necessário). Retirar o intestino inviável ou realizar uma ováriohisterectomia e fechar o anel inguinal (ou anéis) Prolapso da Glândula da Terceira Pálpebra Definção: defeito nos anexos entre a glândula da terceira pálpebra e a periórbita Histórico: massa, secreção ocular (serosa ou mucosa) e/ou conjuntivite; em geral inicia unilateral, mas pode se tornar bilateral Exame físico: massa avermelhada, protundindo-se de trás da terceira pálpebra, próximo ao canto medial, conjuntivite, epífora e irritação local Diagnóstico por imagem: interessante na avaliação pré-operatória caso o animal seja idoso, cariopata ou hepatopata Tratamento: antibiótico tópico + corticosteroides → casos precoces e leves, sem ulceração de córnea. A redução da inflamação e do edema permite que a glandula retorne à sua posição e tamanho nromais. Normalmente não é bem sucedido Anatomia: • Membrana nictante → dobra de mucosa, aproximadamente triangular, no canto medial ◦ A base de triângulo → margem livre/principal • Superfície bulbar (posterior) e superfície palpebral (anterior) → confluentes com mucosa conjuntival • Pedaçoe de cartilagem em formato de T encontra-se dentro da membrana, com os “braços” do T ao longo da margem principal → sustenta a membrana e ajuda a dar suporte ao contorno da córnea e a protegê-la • Glândula superficial da membrana nictitante (glândula nictitante, glândula da terceira pálpebra) → circunda a base da cartilagem e produz lágrimas seromucosas • Ductos excretores → deixam a glândula e emergem na seção média da superfície da mucosa bulbar • A glândula da terceira pálpebra pode ser maior ou menor produtor da camada aquosa do filme lacrimal. • Os folículos linfoides, primariamente encontrados na superfície bulbar da glândula nictitante, aparecem como pintas elevadas transluzentes. • Vascularização → troncos da artéria maxilar interna. • Importância → proteção da córnea, difundir o filme lacrimal e contribuir com a mucina essencial para o filme pré-ocular Posicionamento: decúbito ventral Técnica cirúrgica: 1. Maximizar a exposição, utilizar retratores de pálpebras 2. Reposicionar a glândula → elevar e estender a terceira pálpebra com pinça delicada → fazer incisões paralelas de 1 cm de comprimento através da conjuntiva bulbar, ventrais e dorsais, à margem livre da glândula 3. Separar a mucosa da submucosa subjacente na borda da incisão, o mais próximo da margem principal e na borda da incisão mais próxima da base da nictitante 4. Retornar a glândula à sua posição normal, suturando as duas incisões unidas sobre a glândula 5. Usar um padrão de sutura simples contínua. Como alternativa, escarificar a conjuntiva sobre a glândula e fazer uma sutura em bolsa de fumo ao redor da conjuntiva, do fórnice e ao redor da glândula 6. Pressionar a glândula para baixo conforme a sutura for amarrada, enterrando-a na mucosa. 7. Iniciar e terminar a colocação da sutura no fórnice ou na superfície palpebral da terceira pálpebra para que os nós fiquem longe da córnea. 8. Pode ser necessário aplicar uma sutura em âncora com ambas as técnicas para evitar o prolapso da terceira pálpebra ou afastá-la do globo até que a inflamação e o edema se resolvam. Fazer uma sutura em âncora simples através da terceira pálpebra e ancorá-la no fórnice anterior ventral e no periósteo da borda orbital Uma sutura em âncora auxilia na manutenção da terceira pálpebra prolapsada até a resolução da inflamação e do edema. A, Exteriorizar a terceira pálpebra com pinça e inserir a agulha na superfície externa da terceira pálpebra, ao redor da superfície interna de um braço da cartilagem em “T”. B, Passar a agulha sob a conjuntiva para o outro braço da cartilagem em “T”. C, Direcionar a agulha ao redor do braço da cartilagem, saindo da terceira pálpebra na superfície externa, ancorando-a a conjuntiva no fórnice ventral e periósteo da borda orbital. D, Amarrar para segurar a sutura ancorante.
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