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TÉCNICAS DEGRUPO E RELAÇÕES HUMANAS 1, 2, 3 Os grupos e O LAÇO A partir da palavra “grupo” na qual encontramos o significado de “laço” ou “nó”, trazendo a consideração de duas linhas de força que encontramos na vida dos grupos: o laço demonstrando a união e o círculo representando o espaço fechado cuja metáfora é envoltura corporal e o corpo materno, uma de suas características é a possibilidade de oferecer um espaço que acolhe seus participantes e também poder provocar sentimentos de aprisionamento e frustração . A dialética A dialética considera que a totalidade é sempre maior que a soma das partes, e que sua apropriação é sempre dinâmica. A totalidade é a estrutura significativa da realidade dada pela visão de conjunto, pela síntese que o sujeito faz de algo em determinado momento. Diz, então, de um sujeito ativo, que atribui sentidos subjetivos ao mundo a partir das sínteses que realiza. Dialética Dialética seria o modo de pensar as contradições da realidade, compreendendo o real como essencialmente contraditório e em permanente transformação (Konder, 1998). a dialética compreende o Homem na natureza e como ser histórico, como ser social pensante, ético e agente. Considera suas condições concretas de existência como ser social, político e cultural (Haguette, 1990). Neste sentido, o conhecimento é sempre a busca da totalização, sendo que qualquer objeto que se possa perceber ou criar é sempre parte de um todo e, portanto, interligado a outros objetos, fatos ou problemas. Para que o Homem possa se apropriar da realidade, precisa buscar uma visão de conjunto, de totalidade. VETORES DOS PROCESSOS DE INTERAÇÃO GRUPAL 1. Afiliação e pertencença: é o maior ou menor grau de identificação dos membros do grupo entre si e com a tarefa. 2. Cooperação: capacidade de ajudar-se mutuamente. Mede-se pelo grau de eficácia real atingida na execução da tarefa. 3. Pertinência: capacidade de centrar-se na tarefa explícita e implícita. É medida pela capacidade do grupo de romper ,elaborar lutos, redistribuir papéis e vencer resistências a mudanças. VETORES DOS PROCESSOS DE INTERAÇÃO GRUPAL 4. Comunicação: são as modalidades e níveis de comunicação existentes no grupo: Nível oral: é a fase mais primitiva do grupo. Se mantém dependente do líder, é voraz, queixoso e com atitude de reprovação constante. Nível anal: se alternam ciclos de expulsão e retenção, ou seja, de desavenças e reconciliações. É uma fase mais evoluída. Nível genital: é o mais evoluído. Prevalece a capacidade de identificação e o desejo de proteger o outro da destruição, ou de reparação se o outro foi atacado. VETORES DOS PROCESSOS DE INTERAÇÃO GRUPAL 5. Aprendizagem: se dá em dois momentos: 1º- Soma de informações de cada integrante do grupo. 2º- Desenvolvimento de condutas alternativas diante dos obstáculos que se apresentam, rompendo formas arcaicas de comportamento. 6. Tele: é a disposição positiva ou negativa para interagir com os membros do grupo. Processo de identificação Para Freud através do processo de identificação, as pessoas elegem um líder que se tornará ideal e o responsável por todos e por todas as decisões do grupo. Cria-se um sentimento de ilusão grupal, os membros passam a achar que o líder é capaz de amar a todos sem distinção. Consequentemente, o indivíduo age de forma impulsiva, atuando mais pela ação e pela emoção, havendo uma diminuição da racionalidade e do senso crítico Alguns autores Já Kaës, retoma e explicita a ideia de que o grupo é o lugar de uma realidade psíquica própria. Realidade esta que seria produzida, contida, transformada e gerada pelo que ele chamou de aparelho psíquico grupal. BION -contribuições As contribuições de Bion à grupoterapia é que ele defende a ideia de que os fenômenos mentais grupais são inerentes à mente humana. Da mesma maneira que uma pessoa tem que ir ao analista para que seja possível observar os fenômenos transferenciais, também é no espaço da convivência grupal que os fenômenos mentais grupais podem ser percebidos. “ mentalidade grupal” deriva do fato de que o grupo funciona como uma unidade, ainda que seus membros não se proponham (não tenham consciência de tal). Tem haver com a atividade mental que se produz quando as pessoas estão reunidas em grupo. A mentalidade grupal está formada pela opinião, vontade ou desejo unânimes do grupo em um dado momento. Cultura do grupo x organização A organização do grupo em determinado momento pode ser vista como a resultante do Inter jogo entre a mentalidade grupal e os desejos do indivíduo. Esta organização é chamada por Bion de “Cultura do Grupo”. A Cultura do grupo é um fato observável dentro do contexto da situação grupal, que pode ser descrita pelo observador através da conduta dos integrantes do grupo, dos papéis que desenham os líderes Referências FREIRE, Madalena. O que é um grupo? In: Paixão de Aprender. Ano I, nº 1, dez 1991 http://www.famema.br/ensino/capacdoc/docs/gruposoperativos.pdf http://www.psicologianocotidiano.com.br/articulistas/articulista23.php http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702013000100004
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