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Template Relatório Parcial - Estágio II - Língua Portuguesa (1)ll

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1
GRUPO SER EDUCACIONAL
“FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU”
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO II – LETRAS
IRYS GOMES FERREIRA
RELATÓRIO PARCIAL
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ESCOLA CENTRO DE
EXCELÊNCIA QUILOMBOLA 27 DE MAIO NO ENSINO MÉDIO.
Santana do Ipanema/AL
2022
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IRYS GOMES FERREIRA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ESCOLA CENTRO DE
EXCELÊNCIA QUILOMBOLA 27 DE MAIO NO ENSINO MÉDIO.
Relatório parcial apresentado ao Curso de
Graduação em letras português da
faculdade Maurício de Nassau como
requisito parcial para aprovação na
disciplina de Estágio Supervisionado II
Santana do Ipanema/AL
2022
3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................04
1 A ANÁLISE DA ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS...............................05
1.1 ANÁLISE DOCUMENTAL................................................................................ 06
1.2 ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO........................................................................07
2 OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA PORTUGUESA 
 NA ESCOLA ........................................................................................................08
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................13
REFERÊNCIAS .......................................................................................................14
ANEXO ....................................................................................................................15
4
INTRODUÇÃO 
Neste relatório serão apresentados os resultados e documentações relativos
as atividades desenvolvidas no estagio curricular obrigatório de docência no ensino
médio realizado no curso de licenciatura em letras português. Foi desenvolvido com
as turmas do primeiro, segundo, terceiro ano do ensino médio, foi realizado no
colégio estadual centro de excelência quilombola 27 de maio, o qual é localizado no
povoado mocambo, zona rural, da cidade de Porto da Folha/SE, atendendo alunos
do povoado onde está presente e de outros povoados da redondeza. 
No colégio trabalha-se com alunos desde do ensino fundamental ao ensino
médio tendo um total de 202 alunos matriculados no ano letivo de 2022, sendo 89 no
ensino fundamental turno matutino e vespertino, 83 alunos do ensino médio sendo a
2ª e 3ª no turno vespertino e 1ª em horário integral e 30 alunos na educação de
jovens e adultos no período noturno. Quanto a estrutura há cinco salas de aula todas
bem espaçosas contendo dois ventiladores, as carteiras são organizadas em fila
indiana, uma biblioteca, um laboratório de informática, uma cozinha, um pátio e
quatro banheiros dois para os alunos(masculino e feminino) e a mesma forma para
os funcionários, uma cozinha. Foi feito a observação da escola tanto em termos
estruturais como do trabalho pedagógico do docente, e em seguida a observação
das aulas onde ajudei nas distribuições de tarefas e auxiliei nos trabalhos em grupo
e na aplicação de provas. Analisei a atuação dos órgãos colegiados, a
documentação e o livro didático, procedendo ao estágio na etapa de observação. 
 A comunidade onde a escola está inserida é bastante humilde, acolhedora e
participativa assim como os funcionários que são divididos em; cinco executores de
serviços básicos, um merendeiro, um vigilante e dois professores todos em contrato
temporário, um vigilante, duas merendeiras e onze professores todos de vínculos
efetivos. As atividades desenvolvidas no decorrer do estagio possibilitaram um
treinamento para o futuro exercício da carreira de docente de língua portuguesa,
profissão a qual estará habilitada com a conclusão do curso de graduação, este
relatório está organizado em: Análise da atuação dos órgãos colegiados, analise
5
documental, analise do livro didático, observações da prática em sala de aula,
regência e análise da prática pedagógica. 
2. ANÁLISE DA ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS 
Na escola onde decorreu o estagio têm apenas um órgão colegiado que é o
conselho escolar, que reúne diferentes segmentos da escola como diretores,
professores, equipe pedagógica, funcionários administrativos, alunos, pais, entre
outros e têm um papel estratégico no processo de democratização. A participação
dos vários segmentos representados na escola resulta numa gestão democrática,
desenvolve a consciência social dos seus participantes que buscam uma escola
pública de qualidade. 
O compreendendo como uma dimensão da cidadania, o que implica o direito
de todos os sujeitos ao conhecimento sistemático, como acesso ao saber
historicamente acumulado, o patrimônio universal da humanidade. Esse direito está
explicitado no inciso III, do art. 13 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB): “zelar pela aprendizagem dos alunos”, isso significa priorizar o
processo de aprendizagem do aluno e possibilitar condições para a prática cidadã.
Ainda na LDB/96, em seu artigo 3º, e complementada pelo artigo 14, que aponta os
princípios norteadores no âmbito dos sistemas de ensino e das escolas, da seguinte
forma: Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino
público na educação básica de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios: I. participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógico da escola; II. Participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes.
 O conselho escolar é constituído por pais, representantes de alunos,
professores, funcionários, membros da comunidade e diretores de escola cabe ao
conselho zelar pela manutenção da escola e monitorar as ações dos dirigentes
escolares a fim de assegurar a qualidade do ensino. Eles têm funções deliberativas,
consultivas e mobilizadoras, fundamentais para a gestão democrática das escolas,
6
debatem, acompanham e deliberam sobre questões político-pedagógicas,
administrativas e financeira. 
2.1 ANÁLISE DOCUMENTAL: 
No que diz respeito ao Projeto Político Pedagógico (P.P.P) do colégio centro
de excelência quilombola 27 de maio, este foi elaborado no ano de 2008, baseado
na realidade da escola. Para a sua confecção constou-se com o apoio da
comunidade escolar (pais e colaboradores). Atualmente, este documento está sendo
reelaborado na escola. 
Construir um Projeto Político Pedagógico não é nada fácil, e para que este
aconteça é preciso que todos se envolvam com o processo educativo da escola,
assim poderão formular um desenho de escola de acordo com a realidade em que a
mesma se encontra. Para que a construção do projeto político-pedagógico seja
possível não é necessário convencer os professores e a equipe escolar e os
funcionários a trabalhar mais, ou mobilizá-los de forma espontânea, mas propiciar
situações que lhes permitam aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico de
forma coerente. (VEIGA, 2004, p.17).
O projeto político pedagógico se forma naquilo que os educadores compõem
nas escolas, como expressão de suas escolhas alternativas diante das oposições,
dos embates, que estão expostas. Por isso, sua avaliação constantemente é uma
forma de alcançar resultados desejáveis e suprir falhas. Após a leitura e análise
deste documento foi possível perceber que o P.P.P da escola mencionada possui
dados relevantes para o seu andamento, seguindo os Parâmetros Curriculares
Nacionais PCNs) e as práticas escolares estão de acordo com os conteúdos
curriculares e o que vem explicitado nos PCNs.
Após toda análise feita, é perceptível que este projeto necessite de ajustes,
pois ele não contempla muitas das especificidades necessárias para um bom
andamento e para a concretização do mesmo, visto queum projeto político
pedagógico dirige o olhar para a organização e o bom seguimento da escola e não
7
pode se tornar não positivo, ele precisa ser complacente e ter um acordo com a
mudança se inteirar com as distintas situações que possam vir a surgir. 
2.2 ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO: 
Os livros utilizados são da coleção “Português Linguagens”, de autoria dos
professores William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães publicado pela
editora Saraiva, tomando como base norteadora o PCN- Parâmetros curriculares
Nacionais, que diz que: “Toda educação verdadeiramente comprometida com o
exercício da cidadania precisa criar condições para o desenvolvimento da
capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça necessidades pessoais que
podem estar relacionadas às ações efetivas do cotidiano, à transmissão e busca de
informação, ao exercício da reflexão.
 De modo geral os textos favorecem a reflexão crítica e imaginativa, trazendo
exercícios de formas de pensamento mais elaborados e abstratos, a obra é dividida
em três volumes, sendo um para cada série. São divididos em quatro unidades, e
estas divididas por seções (literatura, produção de texto, língua: uso e reflexão,
interpretação de texto) demarcadas por cores nas laterais do livro. Falemos
brevemente sobre cada volume. 
O livro 1, para a primeira série do ensino médio, é dividido pelas unidades: a
literatura na baixa idade média, história social do classicismo, barroco: a arte da
indisciplina, a história social do arcadismo, Trovadorismo. Essa obra dá enfoque à
parte de interpretação de texto, contando com poucos exercícios gramaticais. 
O livro 2, para a segunda série do ensino médio, é dividido pelos temas:
História Social do Renascentismo, A Poesia (O Romantismo: a Prosa), História
Social do Realismo, do Naturalismo e do Parnasianismo, Trovadorismo e História
Social Do Simbolismo. Este volume dá destaque para os gêneros discursivos, logo,
o enfoque principal do volume está em produção de texto. Também possui várias
sugestões para a prática de oralidade, como saraus, teatros, exposições, etc. 
O livro 3, para a última série do ensino médio, possui as seguintes unidades:
A História Social do Modernismo, A Segunda Fase do Modernismo – O Romance de
8
30, A Segunda Fase do Modernismo – A Poesia de 30, Literatura Contemporânea. A
focalização deste exemplar se dá às regras e estruturas gramaticais, e por ser a
época em que os discentes estão se preparando para os vestibulares e o ENEM, há
no livro seções questões retiradas das provas para que os alunos possam melhor se
preparar. A obra num todo possui um discurso não formal de fácil entendimento
pelos estudantes, visto que é necessária uma boa comunicação para a
aprendizagem dos jovens. Também possui várias tirinhas de autores brasileiros,
trechos de clássicos da literatura e menções a filmes estritamente relacionados à
matéria.
3. A OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DA SALA DE AULA
A observação é um momento importante de análise metodológica e
conhecimento do campo de estágio. Os principais objetivos são conhecer as regras
que regem as aulas, bem como a dinâmica entre professor e aluno no processo de
ensino aprendizagem. 
Sabendo disso comecei o estagio no colégio estadual centro de excelência
quilombola 27 de maio, dirigi-me a sala dos professores e encontrei com o professor
Lenaldo e fomos para a sala após o toque do sinal, de incio o professor fez minha
apresentação para os alunos, e logo explicou o motivo da minha presença, então fui
muito bem recebida por eles, cumprimentei a turma e tomei meu lugar numa cadeira
aos fundos da sala e dei início às minhas observações.
A primeira aula foi com o primeiro ano do ensino médio o docente passou aos
alunos o filme “O nome da Rosa” para um maior aprofundamento da matéria vista na
última aula, que foi o trovadorismo e as cantigas de amor e escárnio. Ao chegar na
sala de vídeo, notaram que o aparelho de DVD não estava lá pois haviam guardado
na secretaria, então o professor ordenou que os alunos fossem à biblioteca em
pequenos grupos para renovar seus livros de leitura ou trocar por outros títulos,
enquanto se providenciava o aparelho. Ao encontrar o aparelho de DVD, notaram
que este não tinha controle remoto, o que dificultou muito para conseguir acessar ao
menu do filme. Foram-se quase trinta minutos da aula para conseguir passar o filme.
9
Os alunos se mostraram muito dispersos quando o filme estava se iniciando, pois a
demora deu brecha para que eles começassem a conversar e perambular pela sala. 
A aula se seguiu com o filme “o nome da rosa”, iniciado na aula geminada
anterior. A maioria da turma estava entretida com o filme, mas se percebia que
vários alunos ocupava-se com seus celulares por debaixo das mesas sem dar a
devida atenção ao filme, após o filme, a turma retornou para a sala de aula, onde o
professor realizou um breve debate sobre o filme, analisando todos os pontos de
vista citados e explicando pontos que ficaram obtusos no filme. 
A classe apresentava sérios problemas de disciplina e atenção, sendo
necessário que o professor parasse a explicação diversas vezes. Os alunos
interrompiam muitas vezes, pedindo para ir ao banheiro, beber água, ou até mesmo
para fazer comentários sem ligação nenhuma com a aula. Alguns alunos até
aparentavam interesse na aula fazendo algumas perguntas, mas ainda assim não se
conseguia ter atenção, devido ao grande alvoroço da turma. Alguns alunos
demonstraram uma completa instabilidade na matéria, mas continuavam a conversar
sem prestar atenção na revisão. 
Lembrando que o primeiro ano estudam em tempo integral, já que o povoado
Mocambo é a primeira comunidade Quilombola de Sergipe e a terceira do Nordeste
a implementar o Ensino Médio em Tempo Integral, onde pela manha assistem as
aulas tradicionais e a tarde são submetidos a várias atividades esportivas e culturais
com o intuito de oferecer uma formação técnica ou profissional aos estudantes,
permitindo que tenham a chance de optar por uma profissão com antecedência e
entrar rapidamente no mercado de trabalho. 
A segunda aula foi com o terceiro ano, o professor iniciou a aula
apresentando a estagiária, para que os alunos se acalmassem, pois haviam
acabado de voltar da aula de educação física. Logo após, selecionou alguns
exercícios do livro didático que são referentes aos simulados do ENEM, e pediu para
que fizessem naquela aula, pois na próxima faria a correção e explicaria sobre
alguma dúvida recorrente. Foi usado o quadro branco para anotar quais seriam os
números dos exercícios para que os alunos não se perdessem. 
10
 Foi possível notar a importância do livro didático, que possui um papel
importante na vida do docente, pois ele traz várias opções diferentes de exercícios e
trabalhos para que o professor escolha o que melhor se adapte à vida daquela
turma, infelizmente muitos alunos não conseguiram terminar os exercícios em
somente uma aula, devido aos outros colegas que não conseguiam ficar em silêncio,
e muitos deles sequer haviam aberto o livro para que fizessem as atividades
propostas. 
Enquanto os últimos terminavam, o professor chamou de fila a fila para
vistoriar os exercícios, e aqueles que não haviam feito saíram buscando o caderno
de alguém para copiar rapidamente para não perder pontos. Após isto, o docente
corrigiu os exercícios um a um, escrevendo o gabarito no quadro e sanando
algumas dúvidas que surgiam. A maioria dos erros foi em interpretação de texto,
realçando a necessidade de um empenho maior por parte do professor e aluno em
melhorar esta habilidade. 
Então tocou o sino para o intervalo, os alunos saíram eufóricos para a cozinha
com o intuito de saber qual seria o lanche, após o intervalo fomos para a sala dosegundo ano a aula se iniciou com o docente ordenando que os alunos fossem à
biblioteca a fim de renovarem ou trocarem seus livros emprestados. Foi aconselhado
que os discentes escolhessem clássicos da literatura brasileira, visto que são muito
cobrados nos vestibulares e no ENEM. Enquanto uma parte dos alunos ia à
biblioteca, o professor corrigia os exercícios do livro didático feitos na última aula.
A estagiária foi aconselhada a acompanhar os alunos até a biblioteca, para
uma maior absorção do ambiente escolar, e o que foi percebido é que na escola não
há uma quantidade suficiente de bons títulos para a grande demanda de alunos.
Outro ponto observado foi que a maioria dos educandos diziam precisar ir à
biblioteca, mas apenas ficavam procrastinando, sem real interesse em pegar algum
título. A maior preocupação deles não era se o livro tem uma boa narrativa ou se é
bem recomendado, mas se atendia ao pedido do professor e se a quantidade de
folhas era suficiente para suprir à quantidade exigida por bimestre. 
11
Foi constatado com essa experiência que os alunos estão perdendo o
interesse pela leitura, não gradativamente, mas com uma assustadora rapidez. Com
o avanço das mídias digitais, com as notícias e entretenimento na palma da mão, os
livros físicos vêm perdendo sua popularidade e não apenas por não serem tão
dinâmicos e práticos quanto um tablet, por exemplo, mas por seu conteúdo que já
não consegue cativar a atenção da maioria dos adolescentes. 
Nesta aula em questão, o professor deu completo enfoque na área literária,
para tirar as dúvidas dos alunos, explicando a todas elas com clareza e calma,
enquanto corrigia os exercícios do livro didático proposto na última aula. O professor
pediu para que um aluno de cada fileira respondesse a uma questão, dando assim,
oportunidade para que todos expressassem suas opiniões. Ao se colocar os alunos
envolvidos na explicação e exemplificação, se sentem mais seguros e preparados
para com o assunto, melhorando, assim o desempenho destes na avaliação. 
Em um segundo momento de observação acompanhei o professor para a
turma do segundo ano, de início o professor fez a chamada e começou aula com o
conteúdo sobre a poesia trovadoresca. A aula foi expositiva e o material foi o livro
didático. Houve leitura sobre aspectos teóricos relacionados à poesia trovadoresca,
leitura do 33 poemas Cantiga da Ribeirinha e fechando com a resolução de
exercícios do livro didático. Ao fundo da sala havia um grupo de meninos que ficou
conversando sem parar desde o começo da aula. O professor chamou a atenção
desses alunos algumas vezes e até pediu que se retirassem da sala de aula.
Passados vinte minutos de aula, a turma começou a silenciar mais e o tumulto
diminuiu. Durante a aula muitos alunos se mostraram distraídos, mas outros
pareciam atentos e interessados. O grupo de alunos do fundo da sala voltou a
conversar em voz alta durante a resolução dos exercícios. O professora separou o
grupo, mandando-os sentar em lugares diferentes. Os alunos atenderam ao pedido
do professor, mas com protestos. Ao final da aula, o professor lembrou os alunos de
que haveria avaliação escrita na próxima aula. 
Depois fomos para a turma do terceiro ano na qual a aula foi de avaliação
escrita. Houve muita bagunça e tumulto nos primeiros minutos de aula. Os alunos
12
começaram a responder a avaliação quinze minutos após o início da aula. Não
houve conversas paralelas nem colas durante a avaliação. Os alunos levaram, em
média, vinte minutos para responder a prova. O professor encerrou a aula com
alguns comentários sobre a avaliação.
Após o intervalo voltamos para a sala do segundo ano dando continuidade ao
assunto trovadorismo, aula iniciou com o professor escrevendo no quadro conceitos
sobre a divisão dos tipos de lírica trovadoresca. A maioria dos alunos copiaram os
conceitos, mas alguns ficaram conversando, o que levou o professor a ter de chamar
a atenção destes. Após terminar de escrever os conceitos no quadro, o professor
solicitou a ajuda dos alunos para arrumar as carteiras que estavam fora do lugar.
Arrumada a sala, passou a comentar os conceitos anotados na lousa e citou
intertextualidades entre a poesia trovadoresca e líricas contemporâneas. Os alunos
participaram da discussão citando exemplos músicas com aspectos de poesia
trovadoresca. 
Notei que os alunos não demonstram interesse por aulas expositivas. Os
momentos mais produtivos das aulas são as discussões onde eles têm espaço para
fazerem relações entre o conteúdo da aula e seu cotidiano. 
A próxima aula foi na turma do primeiro ano, o professor iniciou a aula com a
chamada e, em seguida, organizou e propôs uma atividade em duplas. A atividade
consistiu em ler um texto do livro didático e responder a questões sobre esse texto.
Enquanto o professor escrevia a proposta da atividade no quadro, os alunos foram
se organizando em duplas. Quatro alunos não quiseram formar duplas, e seis alunos
se juntaram no fundo da sala sem duplas definidas. No segundo momento da aula, o
professor propôs outra atividade para as duplas, que corresponderia à nota de
fechamento do bimestre. 
A atividade consistia em responder perguntas sobre a letra da música Atrás
da porta, de Chico Buarque, escrita no quadro pela estagiaria apedido do professor,
nesse momento o professor se ausentou da sala por alguns momentos. Quando
13
retornou, o professor fez alguns comentários sobre a música de Chico. As duplas
iniciaram a atividade durante a aula, mas não concluíram, então foram orientados a
terminarem em casa e entregarem na próxima aula, dispensando os alunos. 
 Em uma próxima aula com a turma do primeiro ano o professor propôs a
continuação da atividade da última aula, pois nem todos os alunos haviam terminado
a atividade em casa. Os alunos que terminaram a atividade em casa a entregaram
para o professor e ficaram conversando enquanto os demais trabalhavam. Assim
que todos os alunos entregaram a atividade, o professor encerrou o conteúdo sobre
trovadorismo. Ainda nessa aula, o professor’ iniciou os conteúdos sobre o período
humanista. Alguns alunos não trouxeram o livro didático, o que os impossibilitou de
acompanhar a aula. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na realização do estágio tive a oportunidade de compreender a importância
do papel de mediador na construção de conhecimento que posiciona o professor
como um agente transformador, e no caso de língua um educador linguístico, aquele
que, trabalha para inserir na sociedade cidadãos usuários competentes da língua,
com habilidades linguísticas para comunicarem-se em diferentes situações de forma
adequada.
O desenvolvimento das aulas ocorreu, em geral, de maneira bastante
satisfatória, os alunos foram bem participativos nas atividades propostas, interagiram
entre si, com o professor e com a estagiária, realizaram as tarefas e avaliações.
Foram poucos os momentos em que se teve de chamar a atenção da turma quanto
à disciplina e, nas vezes em que isso teve de ser feito, os alunos atenderam o
professo respeitosamente e sem criar maiores tumultos ou complicações. 
 Para Silva e Navarro (2012), a relação professor estudante é uma forma de
interação que dá sentido ao processo educativo, uma vez que é na relação com o
outro que os sujeitos constroem conhecimentos. Com isso em relação com o
ambiente escolar vivencia-se momentos de socialização, diálogos, troca de
vivências e experiências não só com o professor mas com todos funcionários
presentes, sempre buscando uma postura colaborativa para ampliar o olhar e
14
entender o que cada uma das partes pode contribuir, em todos os momentos foi
mostrado disponibilidade para conversar e sanar qualquer dúvida que iria surgindo,
conseguir construir vínculos com os estudantes, demais professores,equipe diretiva
e os outros funcionários, com esse estabelecimento de relações produzir
aprendizagens significativas que vai auxiliar na construção da identidade docente,
dos saberes e das posturas peculiares ao exercício profissional. 
Ao decorrer dessa experiência foi possível observar e até mesmo testar os
conhecimentos adquiridos durante o curso na prática, tendo a oportunidade de
conhecer, analisar e vivenciar a atuação do profissional da Educação tendo em vista
que a partir do contato com a realidade da profissão é possível aprimorar nossas
escolhas e ponderar sobre possíveis conflitos que poderão aparecer durante o
percurso profissional, servindo como base e princípio para a carreira, como também
refletir de qual maneira podemos melhorar, afinal nossa profissão é de constantes
mudanças e aperfeiçoamento. 
Referências 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de
dezembro 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Brasília,1996. Disponível em; L9394 (planalto.gov.br) Acesso em 15 setembro. 2022
SILVA, O. G.; NAVARRO, E. C. A relação professor estudante no processo ensino
aprendizagem. Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar. Mato Grosso,N. 8 V.
3, p. 95- 100, 2012. 
Anexos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
15
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