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OLHO VERMELHO AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO ANATOMIA OCULAR - Esquema geral – anatomia do globo ocular - Camada fibrosa mais externa · Córnea – totalmente transparente e avascular, para permitir a passagem da imagem para projeção da imagem na região da retina. (8mm) · Esclera – 12 mm - Úvea – camada intermediária vascular e pigmentada retrocornea – composta pela: · Iris – NC III (oculomotor) parassimpático inervando a estrutura da íris causando a contração da íris e levando a miose · Síndrome de Horner – miose, ptose palpebral e anidrose ipsilateral devido à lesão do SN simpático · Produção de humor aquoso · Corpo ciliar · Coroide – região vascularizada retroretiniana - Retina – camada mais interna responsável pela projeção da imagem que entra através da íris passando pela córnea · Fundo de olho – oftalmoscopia – visualização dos vasos que permite inferir certas condições patológicas · Mácula (região mais escura) e fóvea (eventração no centro da mácula), vasos da retina e disco óptico (de onde provém o NO) · Células cúbicas, células fotorreceptoras (cones e bastonetes), neurônios bipolares e células ganglionares · Testes para diferenciação de cores · Retinose pigmentar – dificuldade de percepção da visão noturna · Células ganglionares – camada de fibras nervosas que sairão da retina formando propriamente o nervo óptico · Cruzamento anterior na região anterior hipofisária do quiasma óptico chegando até a fissura calcarina na área 17-18 de Brodman (córtex visual) · Hemianopsia bitemporal – macroadenoma comprimindo quiasma ótico - Olho contém três compartimentos: câmara anterior, câmera posterior e a cavidade vítrea. · Câmara anterior – é o espaço entre a íris e a córnea e é preenchido pelo humor aquoso · Câmara posterior – é a porção anatômica do olho posterior a íris e anterior ao cristalino e face vítrea · Cavidade vítrea – contém o gel vítreo, ou humor vítreo. - O globo ocular é composto por três camadas: camada externa protetiva, camada vascular e uma camada interna neural · Da camada mais externa, consiste da córnea anteriormente e da esclera posteriormente · O tecido corneoesclerar é composto de colágenos e protege os tecidos internos oculares Segmentos anterior e posterior - O que do segmento anterior pode causar o olho vermelho – córnea, pálpebras, conjuntivas em si e suas camadas, íris e corpo ciliar. · O cristalino é uma estrutura que não faz parte do globo ocular, ela entre depois do cálice ótico. Só que ela tem uma cápsula que reconhece como uma estrutura não-self do globo ocular. - Segmento posterior – distribuição uniforme entre: esclera, coroide e retina - Câmara anterior é preenchida pelo humor aquoso produzido a partir dos corpos ciliares - Dinâmica do humor aquoso · Projeções digitiformes do corpo ciliar, produzindo o humor aquoso · Ângulo iridocorneano (ou camerular) – o local onde o humor aquoso é reabsorvido, também chamado de Canal de Schlemm · Auxilia na classificação do glaucoma – de ângulo aberto ou fechado · Medida do ângulo irido-corneano é feito pela gonioscopia · Ângulo aberto · Ângulo fechado - Irrigação separada do segmento posterior do segmento anterior · Segmento anterior – irrigação chega pelos músculos extraoculares, e penetra na esclera fazendo a irrigação da íris, esclera e conjuntiva. · Artérias ciliares posteriores longas e curtas - Conjuntiva – é uma mucosa, fina e transparente que recobre a esclera e pálpebras internamente. - Superfície ocular · Conjuntiva de fundo de saco = fórnice conjuntival · 5/6 da parede ocular é composto pela esclera, 1/6 da parede ocular externa é a córnea transparente. - Na superfície anterior – é como se as camadas se dividissem - Cristalino · É uma lente retroiris responsável pela acomodação e separação para o humor vítreo · Não faz parte do globo ocular, entra depois da formação do cálice óptico. Tem uma capsula de proteção para reconhecimento não-self intraocular. · A patologia responsável pela opacificação do cristalino é a catarata com perda visual · Catarata pode ser de ordem: senil, congênita, por uso de corticoide, uveítes (inflamações), trauma/choque elétrico, diabetes e síndromes (marfan/down). · Tratar catarata – facoemulsificação (excisão da córnea e remoção todo o cristalino e colocação de outra lente) - Humor vítreo · Estrutura gelatinosa com aproximadamente 99% de água · Alteração de densidade e tracionando diretamente a retina que ocasiona um buraco e rotura de retina – descolamento de retina (escotomas cintilantes e moscas volante). · Perda do campo visual · Profilaxia para evitar o descolamento completo – laser causando uma coagulação, e evitando que a retina desabe por completo. · Vitrectomia posterior – a depender da situação pode ser retirado o vítreo e recolado um novo material que simula o vítreo. - Conjuntiva tarsal superior e de fundo de saco – eversão do tarso - Onde tá vermelho, o quanto tá de vermelho, sua extensão e o que está associado a vermelhidão - Processo hemorrágico circunscrito – Hiposfagma · Colher a história da condição – houve um trauma? Foi abrupto? Coçou? Vascularização - Conjuntiva e esclera – limbo corneano · O limbo corneano marca a transição entre a córnea de um lado, e a conjuntiva e esclera de outro, sendo formado por elementos tanto da córnea quanto da esclera. · As artérias dentro do tecido limbar são ramos das artérias ciliares anteriores que são emitidas por elas antes que penetrem na esclera. · Os ramos formam uma arcada em volta da córnea – ramos terminais formam as alças corneanas que é a única irrigação arterial corneana · Basicamente essa região é importante para: drenagem do humor aquoso, nutrição da córnea e um referencial anatômico para procedimentos cirúrgicos. - A esclera é uma estrutura de origem mesenquimal, formada por uma camada fibrose densa, opaca de cor branca · Externamente é recoberta pela cápsula de Tenon, e internamente está em contato com a coroide e corpo ciliar. · 4 artérias e veias ciliares anteriores penetram na esclera anteriormente à inserção de um músculo reto, indo vascularizar o limbo e a periférica da córnea. · Posteriormente, as veias vorticosas, provenientes da coroide: supraexterna, suprainterna, infraexterna e a infrainterna. · Em volta do nervo óptico, atravessado por duas artérias e dois nervos longos ciliares posteriores – artéria e nervo mediais e outra artéria e outro nervo laterais. · Em resumo · As artérias que irrigam a esclera provêm das ciliares posteriores longas e curtas e das ciliares anteriores · Episclera – ramos das ciliares anteriores e posteriores formam uma rede que emite ramos menores para o estroma escleral · Os vasos episclerarais são recobertos pela conjuntiva, e podem ficar muito turgidos em processos de origem subjacente da íris ou do corpo ciliar. · Hiperemia focal em anel essa região – Injeção ciliar · Trama mais fechada – vasos profundos · Trama mais aberta – vasos superficiais - Trato uveal (íris, corpo ciliar e uveoide) ou túnica vascular do olho - A íris tem origem no mesênquima da crista neural e no ectoderma neural, é a porção visível da úvea, é a estrutura que separa a câmara anterior da posterior. · Face anterior · Zona interna · Zona externa · Face posterior – é formado pelo epitélio iriano · Base · Pupila – é o orifício central da íris, contra a quantidade de raios luminosos que irão estimular os receptores da retina · Midríase quando é >7mm · Miose quando é <4mm · Hippus ou flutuação pupilar fisiológica – graças a inervação simpática e parassimpática · Contração e dilatação da pupila são feitas através do esfíncter (inervação parassimpática) e o músculo dilatador da pupila (simpática). · Após um trauma ou inflamação (irite) – miose por estimulação do V nervo e liberação de prostaglandinas. · Músculo dilatador da pupila – disposição radial – midríase. · Músculo esfíncter da pupila – filamentos em feixes concêntricos no bordo pupilar – miose. · Barreira hemato-aquosa – normalmente, o endotélio contínuo e o não fenestrado dos capilares previnem a entrada de proteínas e outros materiais a partir do lúmenvascular no estroma iriano. · Em processos inflamatórios dos olhos a barreira fica rota, o que permite a entrada de proteínas e células no humor aquoso. - Corpo ciliar é uma estrutura anular achatada que se insere na íris, fazendo parte do ângulo camerular. · Face interna · Pars Plana · Pars Plicata · Face externa · Prolongamento do espaço supra coroideo · Artérias, Veias e Nervos ciliares – bem vascularizado · Os processos ciliares são responsáveis pela formação do humor aquoso, os capilares e veias drenam através das veias vorticosas. · Aumento da pressão por aumento de humor aquoso pode gerar uma compressão dos vasos, o que ocasiona uma isquemia retrógada por compressão mecânica (teoria do glacoma) · As fibras zonulares que mantém o cristalino no lugar provém das depressões entre os processo ciliares. · Funções: · Formação do humor aquoso – epitélio ciliar na pars plicata · Secreção de ácido hialurônico e mucopolissacarídios para o humor vítreo · Acomodação – contração do m. ciliar tracionando a coroide para frente, relaxamento das zonas, aumenta o diâmetro AP do cristalino – melhor foco para perto · Fibras parassimpáticas do NC III – melhor foco para frente · Colírio ciclopégico – acinesia do m. ciliar · Influi sobre o fluxo de saída do humor aquoso · Barreira sangue-aquoso · Paciente com processo inflamatório no m. ciliar, a contração/relaxamento causa dor, então um medicamento que usamos para passar dor é o ciclopégico. · Tropicamida – 1%, ação em torno de 2 horas · Ciclopentolato – é o 2º mais potente, ação em torno de 4 horas · Atropina – um de 5% a paciente fica 15 dias sem focar para perto, não se passa mais do que 2x/dia, limiar de toxicidade é muito próximo. · O que muda entre esses medicamentos é a potência - Duas barreiras – hematorretiniana e hematoaquosa - Coroide é um tecido vascularizado e pigmentado que representa o segmento posterior do trato uveal. · Funções · Nutrição e oxigenação das camadas externas da retina · Dissipação do calor · Manutenção da PIO devido ao seu intenso fluxo sanguíneo · Produção de parte da membrana de Brüch · Camadas · Lâmina fusca · Estroma · Coriocapilar – é a segunda camada · Membrana de Brüch – é a membrana basal do endotélio da coriocapilar, que é a camada mais externa · Os medicamentos que passamos via oral, como os anti-inflamatórios e antibióticos, que são muito usados para doenças do segmento posterior, a justificativa se deve ao calibre dos vasos do segmento posterior serem maiores. Enquanto, que os medicamentos de via tópica são mais usados no segmento anterior. · Barreira hematorretiniana · Impede a passagem de macromoléculas, pelas zonas ocludens que impede a entrada de macromoléculas de modo seletivo na retina. · Na inflamação, ocorre o extravasamento de proteínas que torna o meio turvo. Por isso, que na investigação do olho vermelho, perguntamos ao paciente se a visão baixou, se não baixou visão indica que não a um processo inflamatório ativo. - Quando pergunto se baixou a visão, eu olho para o segmento anterior, se não tem nada, na minha cabeça eu penso em segmento posterior, como uma coriorretinite, retinocoroidite, processo inflamatório ademais. · A toxoplasmose é uma coriorretinite (se originou na córnea e migrou para a retina) EXAME OFTALMOLÓGICO Anamnese e interrogatório sintomatológico - QPD - HDA – BAV (Longe, Perto, subido ou gradativo), hiperemia (difusa ou focal), secreção (aquosa, muco ou purulenta), dor (AO, monocular), lacrimejamento, ardor, sensação de CE e trauma · Fotofobia – é a dor quando se vê luz, todo olho inflamado com vê luz incomoda. - O olho amanhece pregado? · Secreção purulenta, olho pregueado – causa bacteriana - Perguntar se o paciente tem algum quadro alérgico – o paciente atópico costuma virar para uma conjuntivite alérgica pelo sistema de MALT (mucosas) - Hiperemia conjuntival – comparando com o outro olho · Ciliar · Conjuntival – superficial ou profundo · Misto · Dividir em quadrantes · Nasal Superior · Nasal Inferior Exame oftalmológico - Ectoscopia – eversão do tarso - Sensibilidade corneana – teste do NC V par, pacientes com lente de contato baixa sensibilidade e lesão herpética. · Pacientes com lente de contato vão ter uma hipoestesia da córnea - Medida de pressão bidigital – uveítes hipertensivas (causas herpéticas) · Medida subjetiva do tônus ocular/ dureza/ turgicidade de um olho em relação ao outro. · As uveítes costumam cursar com hipotensão ocular, mas nos temos as uveítes hipertensivas. Uso do corticoide em oftalmologia - Epitélio aberto não se usa corticoide (tópico), segmento posterior (tratamento seletivo) alguns casos se usam. · Antes de tratar é preciso ter um suporte, para saber se o epitélio é aberto ou fechado, ele mesmo diz na aula de que “isso não é para ser tratado em UBS”. · Ceratite herpética eu posso usar corticoide, mas o epitélio precisa estar fechado - Vias de administração de corticoide · Via tópica, intracameral, subconjuntival, peribulbar, sub-tenon, supracoroidal, intravitreal, retrobulbar e sistêmico. DIGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DO OLHO VERMELHO - Blefarites (exceto a papilite e endoftalmite), conjuntivite, episclerite, ceratite, coroidites, retinites Conjuntivites - Não infecciosa – traumática, alérgica (é a mais comum das não infecciosas) e cicatricial (Steve-Johnson) - Infecciosa – viral (95% é viral), bacteriana e micótica - Tempo de infecção e gravidade · Subaguda – abaixo de 6 semanas · Aguda – até 1 semana · Crônica – acima de 6 semanas - Agente - Idade do paciente - Presença ou ausência de membrana (área esbranquiçada formada por fibrina que se retira, se sangra é verdadeira) ou pseudomembrana (não sangra). · Orientação de higiene, limpeza e medicamento · Medicamento – quinolona é um excelente ATB de entrada, “5-6x numa gota”. · A maioria vem como suspensão (antibiótico, corticoide), é preciso agitar o colírio: “pinga uma gotinha, fecha o olho por 5 minutos”. Conjuntivite bacteriana - Chlamydia trachomatis – é um agente gram negativo, que tem tropismo por células epiteliais com ciclo intracelular, e de difícil de tratamento - Eversão de tarso encontra folículos que não tem vaso no centro, mas ao redor dele, como se fosse uma protuberância. · A papila, uma outra alteração tecidual da conjuntivite alérgica, tem-se vasos no centro. - Sorotipos · A, B, Ba e C – tracoma · D, E, F, G, H, I, J e K – paratracoma · L1, L2 e L3 – linfogranuloma venéreo - Conjuntivite bacterianas por clamydia · Conjuntivite folicular, com hipertrofia papilar e infiltrado inflamatório no tarso superior · Folículos podem regredir ou crescer após necrosar, formando cicatrizes · Reinfecções frequentes podem resultar no aumento de cicatrizes · Tríquiase e entrópio como resultado dessas cicatrizes – o cílio para dentro, e a pálpebra invertida · O globo ocular irritado por conta das cicatrizes corneanas por atrito, resulta em opacidade e cegueira - Tratamento – S.A.F.E pela OMS · Surgery para triquiase e entrópio (cicatrizes) · Antibiotics para tracoma ativo · Facial cleanliness para reduzir transmissão (higiene é um ponto importante, em países com melhores condições sanitárias tem registro, resultado portanto da falta de higiene) · Environmental improvement melhores condições sanitárias de água - ATB tópico · Ciprofloxacino 0,3% (colírio forte) 4x/dia por 6 semanas - ATB oral · Azitromicina 250/500mg · Adulto – 1g – 0 a 15 dias, repete com 3 meses · Crianças – 20mg/kg/dia – 0 a 15 dias, repete com 3 meses - Tratar a família – tracoma ativo - Lavar o rosto diariamente - Identificar no paciente · Disponibilidade de água · Presença de banhou na residência · Higiene pessoal · Presença de animais na residência · Presença de insetos e moscas Conjuntivites virais - Adenovírus é muito comum - Reação imune ao vírus as custas do corticoide usado inadequadamente · O corticoide quando usado de forma inadvertida, pode-se gerar um infiltrado subepitelial, que é uma reação imune ao vírus. Ele morre, mas gera uma reação imune às custas do corticoide, a superfície ocular consegue responder ao vírus sem a necessidadede você usar um corticoide. · Os Infiltrados Subepitelias versus PK da uveíte anterior · Infiltrados subepiteliais – face posterior da córnea · PK – face anterior da córnea - Formação de membranas de fibrinas – verdadeiras sangram · O paciente se incomoda muito, costuma atapetar e impedir a ação do medicamento, ele disse que poderia retirar. · Na inspeção, pode se identificada e depois pinga um anestésico sem vasoconstrictor e com um cotonete e vai retirando · Essa membrana é mais comum na viral, mas pode ocorrer na conjuntivite bacteriana. Conjuntivites alérgicas - Três apresentações: pegar tarso formando papilas gigantes, forma limbar (limbo vai sendo destruindo pela presença de cicatrizes) e edema bipalpebral pelo ato de coçar. - O tratamento consiste na associação de antialérgico tópico e corticoide – evitar que o mastócito degranule (não cura, mas trata) · Nessas situações se usa muito corticoide, entra com ele por 10 dias, usando 5x ao dia com Prednisona 1% · O quadro costuma regredir intensamente com o corticoide, então tenho duas ações: tirar o paciente da crise, com o corticoide, e evitar que a crise volte (estabilizar o mastócito). · Montelucaste de Sódio VO pode usar associado por longa data · Bloqueadores H1 · Tomar cuidado para usar muito corticoide VO para alergia, devido a deposição, e aumento da PIO. - Processo inflamatório perpetuando pode gerar nubéculas (cicatrização) - Conjuntivalização – ulceras em escudo Conjuntivites cicatriciais - Eversão de tarso inferior – linha de cicatrizes entre a conjuntiva bulbar e a tarsal - Áreas hidrofóbicas (“olho seco”) – Sd Sjogren Corpo Estranho - Paciente relata história de trauma – usar fluoresceína. - História de trauma – identificar: · Tempo da ocorrência · Tipo de agente – madeira, ferro, vidro e terra · Tratamento prévio - Se não consegue retirar – oclui o olho por 24h - Retirada do CE · Anestesia tópica · Retirada com lâmpada de fenda · Oclusão por 24h – piscar causa dor · Retorno Episclerites - Sintomas – camada abaixo da conjuntiva (episclera) · Adultos 20-50 anos · Resolução espontânea · Simples ou Nodular · Doença sistêmica associada – Síndrome de Sjögren, AR, sífilis, Rosácea, Herpes Zóster e TP - Tratamento – Lubrificante e AINE oral Esclerites - Sintomas – Dor, BAV ausente em geral, secreção aquosa, ausência de inflamação intraocular - Tratamento – AINE, CCT e Imunossupresor - Investigar doenças reumáticas associadas – AR e Behçet - Tipos · Nodular ou Difusa · Anterior ou Posterior (esclerite posterior tem alteração do fundo de olho com papiledema) · Necrotizante – enucleação ocular Ceratites - Sintomas – dor súbita, BAV, secreção, inflamação intraocular - Lesão na córnea – Ceratite - Investigar a causa · Viral · Herpes vírus – 2g/dia de Aciclovir por 10 dias se for herpes simples · Bacteriana · Fúngica · Acanthameba – ameba de vida livre (lente de contato com soro caseiro, 1997-2000, e cegueira) · Encaminhamento direto para consultório de oftalmológico · Corpo estranho · Motoqueiro – viseira alta - Situações de olho seco – usando lubrificantes e orientação do paciente Blefarite - Tipos – seborreicas e estafilocócica - Tratamento – higiênico (xampu infantil, água e um cotonete limpando de fora para dentro), massagem palpebral (se tiver um caroço, mesmo que doa) e antibiótico tópico + CCT (por 1 semana) · Corticoide não deve ser passado sem delimitar o tempo (usar x dias e parar) · Não se usa aminoglicosídeo para criança (alta toxicidade), mas o prof não vê problema em usar quinolona em criança por 1 semana. ANATOMIA – SEGMENTO POSTERIOR!! DICA!! - Processo que afeta esclera por continuidade afeta segmento posterior · 1º sintoma? Turvação primordialmente por extravasamento de proteínas no humor vítreo – ele sente dor, mas principalmente turvação visual · Parede posterior externa – esclera – depois a coroide e a retina (epitélio pigmentar e camada neurossensorial). · A retina tem origem histológica diferente · Então, qualquer processo inflamatório da esclera, por contiguidade ela vai entrar. · Coroide – coriorretinite · Retina – retinite · Retinocoroidite – originou na retina e progrediu para a coroide UVEÍTES - Anterior, intermediária, posterior e pan-uveíte - Inflamação do tecido uveal – irís, corpo ciliar e coroide - Alterações secundárias – retina, vítreo e nervo óptico Uveítes anterior - Hiperemia conjuntival perilimbar - Celularidade e flare na câmara anterior · Nível líquido em câmara anterior – uncopio - PK (“pontinhos brancos” na face anterior da córnea, que são células mortas coladas ao endotélio, é a abreviação de Precipitado Ulcerado), sinequias (adesão indesejada da íris com as estruturas já formadas, do cristalino e face anterior da córnea) anteriores e posteriores. · Sinequia posterior – aderência indesejável entre a íris e a cápsula anterior do cristalino - Vítreo anterior – comprometimento discretos - Idiopática, HLA-B27, espondilite, Reiter, Chron, Behçet, ARJ, Iridociclite, Heterocrômica de Fuchs, Sarcoidose, C. glaucomatociclitica e sífilis. - O que podemos contribuir como médico da UBS? Com o auxílio de uma lanterna, vemos a transparência, e descrição dos pontos na córnea que impede a visualização da câmara anterior Uveítes intermediária - Retina e vítreo periférico - Vítreo – snowballs - Pars plana (pars planite) e ora serrata – snowbanks - Inflamação leve do segmento anterior - Edema macular cistóide - Idiopática (pars planite), Sarcoidose, Chron e Esclerose múltiplas Uveítes posteriores - Acomete coróide e retina em graus variáveis - Focais e multifocais - Mesma doença com manifestações pleomórficas - Herpes é muito raro dar uveíte posterior, mas costuma dá muito em aidético. - Toxoplasmose, sífilis, CMV, toxocaríase e tuberculose - Coroidite – coroide - Retinite – retina · Infiltrado amarelado difuso na retina – a mais comum de todas é a toxoplasmose - Papilite – inflamação da papila Sífílis - É uma doença muito comum, e uma causa de uveíte tanto em segmento posterior quanto anterior, sempre temos que descartar de rotina. - Agente: Treponema pallidum - Primária – pálpebra/conjuntiva - Secundária – ceratite, esclerite, nódulos de íris, papilite, coriorretinite, vasculite e neurorretinite. Neuro-retinite unilateral subaguda difusa (DUSN) - Infecções por nematódeos (microfilárias) - Acomete espaço sub-retiniano, com lesões profundas e recorrentes - Vitreíte - Palidez da papila, estreitamento vascular e mobilização de pigmento Pan-uveítes – uveíte difusa - Inflamação de todos os segmentos, anterior e posterior. - Oftalmia simpática – se existe trauma, existe uma perfuração ocular, e caso continue persistente o tecido uveal exposto e sendo estimulado, pode-se gerar uma reação non-self contra o tecido uveal, que costuma também ter no olho contralateral podendo perder os dois olhos – o trauma é um gatilho para resposta imune. · Além disso: VKH, Behçet, Sarcoidose, Sífilis, Endoftalmite, Tuberculose, Herpes, AIDS Endoftalmite - É um processo inflamatório/infeccioso comprometendo todos os tecidos intra-oculares, com grande potencial de perda visual. - Mais comum em cirurgias, ou paciente internado em UTI com choque séptico pode ter endoftalmite endógena. - Endógenas e exógenas - Exógena · Falhas na técnica de assepsia e esterilização · Resíduos de esterilização · Instrumentos contaminados · Soluções de irrigação · LIO e substâncias viscoelásticas · Cirurgias fistulizantes · Pós-operatório · Traumática - Aguda < de 6 semanas – dor, fotofobia, BAV, edema palpebral e de córnea · CA flare, células e hipópio · Elevação de PIO · Vítreo com turvação · S. epidermidis, S. aureus e Streptococcus sp. · Conduta extremamente delicado, e na maioria das vezes o prognóstico não é muito bom. · É o principal medo/complicação para o cirurgião ocular - Crônica > de 6 semanas – BAV, dor leve ou moderadas · Hiperemia conjuntival · Reação de câmara anterior eleve · PK granulomatoso · Placas esbranquiçadas · Vitreíte anterior aumenta, posterior diminui · S. epidermidis, Propionibacterium acnes e C. albicans - Traumaocular · Bactérias gram-positivas · Infecções micóticas e anaeróbicas - Corpo estranho · Bacillus cereus – alta capacidade de destruição tecidual - Conduta – diagnóstico · Laboratório – colher material para exame direto e cultura de câmara anterior e punção vítrea · Ultrassom ocular – define conduta - Tratamento da endoftalmite – antibiótico de amplo espectro · Intra-vítreo/colírios fortificados · Sub-conjuntival/câmara anterior · Antibióticos sistêmicos não alteram evolução · Vitrectomia se AV igual ou menor que a PL · Vancomicina e Amicacina (o que o professor faz) · Pós-trauma e CEIO – Clindamicina e Amicacina · Corticoterapia tópica – após identificar o agente - O prognóstico é reservado Considerações - Em síntese, diante do paciente com olho vermelho avaliamos a história e quadro clínico, com uma gama de manifestações clínicas. - Localização dos sintomas - Diagnósticos diferenciais - Gama de manifestações clínicas diversas - Laboratório apropriado - Suporte cirúrgico – biópsias e injeções intravítreas
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