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1 28 1 Profª Dayane Perez Bravo Equações Diferenciais Aula 4 28 2 Veremos nessa aula como utilizar séries de potência para desenvolver novas técnicas de resolução das equações diferenciais Discutiremos sobre os métodos para resolução em torno de um ponto ordinário e em torno de um ponto singular 28 3 Quando resolvemos EDO lineares com coeficientes variáveis, podemos obter soluções que podem ser uma combinação de funções elementares As soluções em série são uma alternativa que utilizamos para expressar tais soluções 28 4 Tema 1 – Revisão de série de potência 28 5 Uma sequência numérica infinita é considerada uma função de valores discretos, cujo domínio são os números inteiros diferentes de zero Geralmente utilizamos como notação para indicar o termo geral da sequência. Por exemplo, 1 ² representa uma sequência cujo termo geral é . Repare que podemos obter o -ésimo elemento substituindo no valor de o termo desejado 28 6 A série numérica infinita, por sua vez, é definida como sendo a soma dos termos de uma sequência numérica infinita. Nesse caso escrevemos ⋯ ⋯ Nem todas as séries são interessantes para o estudo de equações diferenciais, visto que algumas séries divergem A convergência e a divergência da série indicam se a série se aproxima ou não de um certo valor dado 2 28 7 Em outras palavras, quando representa um número real finito, dizemos que a série é convergente se → ⋯ ⋯ As séries de potência que veremos possuem o formato ⋯ onde os ′ são os coeficientes da série, e é sua variável 28 8 A série de Taylor é dada por onde ! . Ou seja, temos a série de Taylor da função centrada em : ! ⋯ ! ⋯ 28 9 Se tomarmos , obtemos um caso particular da série de Taylor, a série de Maclaurin: ! ⋯ ! ⋯ 28 10 Tema 2 – Solução em série – ponto ordinário 28 11 Para uma EDO do tipo , dizemos que um ponto é ordinário quando Existe uma vizinhança de onde , pois é contínuo Portanto nesse intervalo podemos reescrever a equação como onde e são funções contínuas Para resolvê-la nessa vizinhança, iremos procurar por soluções do tipo ⋯ ⋯ 28 12 Essa solução pode ser escrita como uma série Essa série converge no intervalo , para um raio de convergência . Para determinar os coeficientes dentro do intervalo, devemos substituir na equação inicial a série e suas derivadas Veja a seguir um exemplo disso 3 28 13 Seja a EDO . Podemos determinar uma série de potência em torno do ponto ordinário . Nesse caso, a solução em série será dada por ⋯ ⋯ ∑ Precisamos da primeira e segunda derivada de : ⋯ ⋯ ∑ … ⋯ ∑ Exemplo de resolução 28 14 Substituindo esses resultados na EDO original e deslocando o índice do primeiro somatório, temos: 28 15 Tema 3 – Soluções em série – ponto singular – parte I 28 16 Em uma EDO do tipo , dizemos que um ponto é singular quando e, neste caso, ou ou é diferente de zero Para que seja um ponto singular regular, é necessário que as funções e tenham séries de Taylor convergentes na vizinhança de . 28 17 Vamos retomar o exemplo anterior dado pela EDO . Quando ela é escrita como ∑ e tomamos os coeficientes de x iguais a zero, temos a relação de recorrência , com 0,1,2, … Exemplo de resolução 28 18 Seus coeficientes são determinados individualmente e podemos observar que os pares seguem uma sequência e os ímpares seguem outra 4 28 19 Quando é par, temos ! com 1,2,3,… Quando é ímpar, temos ! com 1,2,3, … Portanto a solução em série ∑ será ! ! 28 20 Após algumas manipulações convenientes, temos que ∑ ! ∑ ! representa uma solução em série da equação particular , convergente para todo A primeira e segunda séries são séries de Taylor em torno de para e , respectivamente Portanto podemos escrever onde e são determinados por meio dos dados da condição inicial 28 21 Tema 4 – Soluções em série – ponto singular – parte II 28 22 Para solucionar uma EDO do tipo em torno de um ponto singular regular, utilizamos Caso contrário, substituímos para que o ponto regular esteja na origem Quando → , então e possuem expansões em séries de potências convergentes em uma vizinhança em torno da origem com 28 23 Tais expansões são dadas por Dessa forma, se torna ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ 28 24 Tema 5 – Generalização dos métodos de segunda ordem – variação de parâmetros 5 28 25 Iniciamos supondo uma solução inicial, por exemplo ∑ Após as devidas manipulações, podemos obter uma EDO solucionável via equação característica Pela equação de recorrência, conseguimos encontrar . 28 26 Substituímos as raízes da equação característica na equação de recorrência para obter soluções particulares A solução geral é a combinação linear de ambas as soluções particulares, pelo princípio da superposição de soluções discutidas nas primeiras aulas 28 27 Finalizando 28 28 Com essa quarta aula, foi possível verificar a aplicação de séries de potência para resolução das equações diferenciais Nas próximas aulas, veremos como resolver sistemas de equações diferenciais e como utilizar as séries de Fourier para resolver equações específicas 28 29
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