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trabalho de letramento academico

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Aluna: Letícia Barboza Batista
Matrícula: 20212102157
Disciplina: Leitura e Produção Acadêmica
Tema: A pratica de Letramento Acadêmico nas Universidades
Introdução
A motivação inicial para este trabalho é a evidente dificuldade dos alunos do Ensino Superior comunicarem-se por meio da escrita. Não se trata meramente do olhar de uma Professora de Língua Portuguesa, que observa idiossincrasias ortográficas   ou de concordância, por exemplo. Infelizmente, trata-se de um problema bem mais profundo e estrutural:   pode-se   afirmar que grande parte dos cidadãos brasileiros formados no Ensino Superior não é capaz de expressar- se com clareza no registro escrito da própria língua materna.
Essa triste constatação é claramente revelada nos números do MEC acerca do analfabetismo funcional que assombra a comunicação diária de inúmeros brasileiros. Ler e não decodificar com precisão o significado   de um texto é um dos lados desse problema. O outro lado, diretamente associado, é o bloqueio para passar ao papel ou à tela do computador aquilo que se pretende dizer. Por vezes, o conhecimento técnico que se pretende transmitir acaba sendo truncado pela falta de domínio das normas que regem a expressão escrita.
 Outra forma evidente de observarmos as consequências negativas da dificuldade de muitos brasileiros expressarem-se com clareza em produções escritas é o fato de a comunicação truncada permear toda a sociedade brasileira contemporânea, vide nossos atuais dramas políticos e sociais. Isso porque a expressão escrita pode revelar-se um obstáculo tanto à formação acadêmica quanto à atuação profissional que dela deriva. Por exemplo, quando um Advogado interpreta de maneira errada os enunciados de um processo, pode cometer injustiças. Do mesmo modo, ao redigir um relatório impreciso, um Engenheiro pode colocar em risco a vida de diversas pessoas.
 Evidencia-se que esses profissionais, a exemplo de todos os outros, passaram pela formação de nível superior, a quem cabe, portanto, a responsabilidade por instruir não apenas tecnicamente na dada carreira. O conhecimento técnico de como expressar-se com clareza deve estar atrelado a toda e qualquer formação de nível superior.
Letramento acadêmico
 O desenvolvimento das práticas da leitura e da escrita nos últimos anos tem sido foco de diversos estudos, em âmbito nacional e internacional, principalmente no contexto da educação superior. Nesses estudos, Street (2014), Fischer (2008/2010), entre outros têm buscado desvelar e analisar os processos de aquisição e desenvolvimento das atividades de leitura e de escrita dos acadêmicos no espaço universitário.
 A prática da leitura e da escrita, no decorrer da história da educação, foi e é alvo de críticas em relação ao desempenho dos alunos nas atividades escolares e exames externos. Por outro lado, o espaço universitário exige competências e habilidades linguísticas dos acadêmicos que superam os conhecimentos construídos na educação básica, realidade essa que se torna um dilema para muitos estudantes que têm o primeiro contato com o meio universitário. Na universidade, os acadêmicos devem apresentar bom desenvolvimento de leitura e produção escrita, pois a cada momento são solicitadas atividades que necessitam maior domínio de linguagem, compreensão da função e elaboração de diversos gêneros textuais, tais como fichamento, resenha, resumo e artigo científico. Segundo a literatura supracitada, os alunos devem demonstrar habilidades linguísticas de leitura e de escrita já construídas no seu processo formativo vital e escolar. Em outras palavras, “é preciso conhecer e dominar os diversos tipos de gêneros para que a comunicação verbal e escrita se estabeleça de forma coerente e eficaz”.
 Entretanto, nem sempre isso acontece, principalmente diante das dificuldades na prática da leitura e da escrita que os estudantes apresentam de anos anteriores de escolarização, bem como a falta de interesse, o não incentivo dos professores formadores que, às vezes, não utilizam metodologias significativas para o trabalho da leitura e da escrita e a falta de uma política linguística nas escolas e nas propostas de ensino do governo. É perceptível, no contexto da sala de aula universitária, o desencanto de muitos estudantes pelas atividades propostas pelos professores, particularmente no que diz respeito às práticas da leitura e da escrita.
 É observável que a maioria dos alunos que chega aos bancos da universidade, quando vai produzir um texto ou fazer uma leitura, caracteriza esses momentos como nervosismo, medo, insegurança e desestímulo, pois o contexto dos livros científicos, dos periódicos, anais de evento, congressos, seminários, mesas-redondas não corresponde em prática aos outros domínios discursivos em que os acadêmicos foram ou inseridos. Dessa forma, infere-se que a prática da leitura e da escrita no âmbito da universidade deve ser um momento propício de formação humana, intelectual e profissional dos acadêmicos, especificamente com a integração do ensino, da pesquisa e extensão. Por outro ângulo, pode ser fator de desestímulos e evasão acadêmica, visto que muitos estudantes não conseguem corresponder às exigências acadêmicas, em particular na produção da leitura e artigos científicos.
 Quando se fala sobre textos acadêmicos, é comum a associação desses gêneros a construções prolixas e de difícil entendimento. No entanto, dizer o máximo com o mínimo de palavras deve ser a diretriz para todos os textos. Assim, a produção acadêmica deve apresentar objetividade e precisão naquilo que comunica. Como o fato de transmitir as informações da maneira mais precisa deva ser a preocupação central, não se pode contar com imprecisões gramaticais que prejudiquem a compreensão.
 Há diversos pensadores trabalhando com essa perspectiva textos acadêmicos. Por exemplo, Geraldi considera que há o distanciamento entre a produção textual no Ensino Superior e a significação desses produtos para os alunos. Em diversos casos, a redação acadêmica representa meramente a repetição fiel das ideias dos autores balizados na área em questão. Seja em seus fichamentos, provas ou trabalhos, os estudantes reproduzem o que aprenderam sem lançar tais conceitos à própria reflexão. Por não refletirem sobre o que leem, não tiram as próprias conclusões e se tornam incapazes de construir argumentações coerentes sobre os assuntos de sua área de formação. O fato é que logo após a conclusão do curso, serão eles os transmissores desses conhecimentos. Então, se não trabalharem com a criticidade necessária à atuação profissional desde os bancos da faculdade, enfrentarão sérias dificuldades para tomar decisões que exijam sua perspicácia na aplicação técnica.
 É comum encontrarmos textos que não cumprem a função de comunicar aquilo que pretendiam a seus leitores por não atenderem às exigências dos critérios de clareza, coerência e coesão. 
Desenvolvimento da escrita e o letramento acadêmico 
 Para que o estudante possa ter uma escrita de nível acadêmico é necessário desenvolver habilidades de leitura e letramento, desde os anos iniciais do Ensino Fundamental, fazendo dela, um meio de comunicação importante para registrar a expressão de suas ideias, através de uma boa produção textual. Com o objetivo de abordar o desenvolvimento da escrita e ressaltar a importância do educador no processo do letramento, realizou-se uma pesquisa descritivo-exploratória, a partir de artigos publicados na Plataforma Scielo. Esta pesquisa revelou a existência de uma fragilidade na formação educacional básica, que acompanha a trajetória acadêmica dos educandos no Ensino Superior. A solução para isso passa pela clareza do professor em apontar, adequadamente, ao educando, o que deve ser melhorado na escrita. E, desta forma, auxiliando e incentivando o processo de construção do conhecimento.
Conclusão
 O posicionamento do professor, mediante à escrita inicial dos alunos, faz toda a diferença no processo de letramento acadêmico. Entende-seque as críticas de forma construtiva realizadas de maneira que respeitem a limitação deste aluno, apenas o motivará a continuar. Porém, se o educador não possuir esta habilidade de construir críticas que produzam crescimento, esse aluno poderá bloquear-se como escritor. E nota-se que a relação entre o professor e o aluno deve ser permeada pela transparência, onde o professor realmente demonstre quais são as expectativas em relação à escrita de seus alunos. E esse, em contrapartida, encontre o suporte para o desenvolvimento dessa habilidade, nesse facilitador de aprendizagem. Sendo assim, o aluno necessita de incentivo e motivação, bem como orientação, por parte do professor, para conduzi-lo a uma escrita acadêmica, que atenda as peculiaridades das normas exigidas em cada instituição, ou mesmo as normas técnicas brasileiras ou internacionais, para que o estudante atinja seus objetivos, escrevendo com clareza, coesão e coerência os trabalhos solicitados. E que dessa forma, anime-se a constituir uma carreira acadêmica, ou seja, que o aluno saiba desde o início do curso de graduação, que existe essa possibilidade. E que para concretizá-la deve desenvolver o hábito da leitura e escrita de trabalhos acadêmicos e científicos, entrar em grupos de pesquisa ou extensão e inscrever-se em eventos destinados à iniciação cientifica, pois assim irá se entusiasmando com a pesquisa cientifica, melhorando suas habilidades de escrita e desenvolvendo a consciência de um futuro acadêmico.

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