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Legislações - Controle Sanitário Importância da qualidade sanitária dos alimentos prevenção de DTAs. DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS A ocorrência vem aumentando de modo significativo em nível mundial: o crescente aumento das populações; o existência de grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos; o processo de urbanização desordenado e a necessidade de produção de alimentos em grande escala; o deficiente controle dos órgãos públicos e privados no tocante à qualidade dos alimentos ofertados às populações. DADOS: O Comitê da Food and Agriculture Organization of the United Nations admite que doenças oriundas de alimentos contaminados sejam, provavelmente, o maior problema de saúde no mundo contemporâneo; Relatos nacionais e internacionais demonstram que a maioria dos casos de DTA não são notificados às autoridades sanitárias, pois muitos dos patógenos alimentares causam sintomas brandos, fazendo com que a vítima não busque auxílio médico; Dados da SVS (Brasil) a respeito dos surtos registrados (2007 a 2016) demonstraram que 6.848 foram registrados. CONTROLE SANITÁRIO: É definido como qualquer tipo de ação que visa melhorar os processos e atividades visando atribuir segurança na preparação dos alimentos. Um controle eficaz de higiene tornou-se imprescindível para se evitar consequências prejudiciais decorrentes de doenças e danos provocados pelos alimentos à saúde humana e à economia. TODOS – agricultores e cultivadores, fabricantes e processadores, manipuladores de alimentos e consumidores – TEM A RESPONSABILIDADE DE GARANTIR QUE O ALIMENTO SEJA SEGURO E ADEQUADO PARA CONSUMO (ANVISA, 2006). Toda indústria que produz alimentos e bebidas para o consumo humano deve ter sua qualidade sanitária avaliada para que os alimentos produzidos sejam de qualidade e inócuos. o a adequação, a conservação e a higiene das instalações e dos equipamentos; o os técnicos responsáveis pelos estabelecimentos; o a origem e a qualidade das matérias primas; o o grau de conhecimento, preparo e higiene dos manipuladores. ÓRGÃOS REGULADORES E FINALIDADE: Editam um conjunto de leis e regulamentos com o objetivo de conferir qualidade e segurança aos alimentos. Para o cumprimento dessas regras, são desenvolvidas ações de fiscalização, investigação, avaliação e auditagem. São bens, produtos e serviços submetidos ao controle e à fiscalização sanitária: o todos os alimentos, inclusive bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares, limites de contaminantes, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos veterinários; o instalações físicas, equipamentos, tecnologias, ambientes e procedimentos envolvidos em todas as fases de seus processos de produção dos bens e produtos, incluindo a destinação dos respectivos resíduos. LEGISLAÇÕES DE CONTROLE SANITÁRIO: Portaria nº 1.428/93 – Ministério da Saúde – âmbito: federal o precursora na regulamentação do controle sanitário de alimentos; o aprovou o Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos, as Diretrizes para o Estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na área de Alimentos, e o Regulamento Técnico para o Esta- belecimento de Padrão de Identidade e Qualidade para Serviços e Produtos na área de Alimentos; o incrementou-se a mudança de paradigma relacionado ao controle de alimentos, retirando o foco do produto final e colocando-o sobre o controle de processos. Portaria nº 326/1997 – Ministério da Saúde – âmbito: federal o baseada no Código Internacional Recomendado de Práticas: Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos do Codex Alimentarius, e harmonizada no MERCOSUL; o estabelece os requisitos gerais sobre as condições higiênico sanitárias e de boas práticas de fabricação, e exige o manual de BPF e sugere o PPHO (para que facilitem e padronizem a montagem do manual de BPF) para estabeleci- mentos produtores/industrializadores de alimentos; o traz o detalhamento ponto a ponto referente ao processo de manipulação de alimentos na cadeia alimentar; o aborda os critérios de segurança esperados para cada etapa ou agente de influência na qualidade higiênico-sanitária do produto. Portaria 368/1997 – MAPA – âmbito: federal o aprovou o Regulamento Técnico sobre as condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos; o também é um regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias; o o conteúdo se aproxima muito da Portaria MS nº 326/97, mas tem suas peculiaridades; o visa padronizar os processos de elaboração dos produtos de origem animal; o aborda especificamente as BPF, aprovando o regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas para estabelecimentos industrializadores de alimentos, em que são estabelecidos os requisitos essenciais de higiene para alimentos destinados ao consumo humano. Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) – 2017 o DO ÂMBITO DE ATUAÇÃO Art. 2º A inspeção e a fiscalização de estabelecimentos de produtos de origem animal que realizem o comércio interestadual ou internacional, de que trata este Decreto, são de competência do Departa- mento de Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA e do Serviço de Inspeção Federal - SIF, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. o Art. 3º A inspeção e a fiscalização industrial e sanitária em estabelecimentos de produtos de origem animal que realizem comércio municipal e intermunicipal serão regidas por este Decreto, quando os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não dispuserem de legislação própria. Resolução RDC nº 275/ 2002 – ANVISA – âmbito: federal o dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimen- tos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabele- cimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos; o desenvolvida com o propósito de atualizar a legislação geral, introduzindo o controle contínuo das BPF e os Proce- dimentos Operacionais Padronizados, além de promover a harmonização das ações de inspeção sanitária por meio de instrumento genérico de verificação das BPF – ato normativo complementar à Portaria nº 326/97; o muito utilizada nas inspeções sanitárias (solicitação de licença sanitária, solicitação de registro); o edificações e instalações; equipamentos, móveis e utensílios; manipuladores; processamento em geral; e documen- tação. RDC nº 216/2004 – ANVISA – âmbito: federal o dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, contribuindo para melhorar as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado; o aplica-se aos serviços de alimentação que realizam atividades como manipulação, preparação, fracionamento, ar- mazenamento, distribuição, transporte, exposição à venda entrega de alimentos preparados e ao consumo, tais como cantinas, bufês, confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, lanchonetes, padarias, pastelarias, restau- rantes, e etc.; o o diferencial é que se refere a todos os serviços de alimentação, e não apenas à indústria processadora de alimentos; o configura um dos principais diplomas que comandam o controle sanitário de alimentos. RDC nº 218/2005 - ANVISA o dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Higiênico-Sanitários para Manipulação de Alimentos e Be- bidas Preparados com Vegetais; ─ preparo, acondicionamento, armazenamento, transporte, distribuição e comercialização de alimentos e bebidas pre- parados com vegetais, tais como lanchonetes, quiosques, barracas, ambulantes e similares; o os serviços de alimentação devem, ainda, obedecer aos requisitos estabelecidos pelo Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. ResoluçãoRDC nº 724, de 1º de julho de 2022 – âmbito: federal o dispõe sobre os padrões microbiológicos dos alimentos e sua aplicação; o importante: inclui os produtos de origem animal e vegetal do MAPA; o entra em vigor no dia 1º de setembro de 2022. Instrução Normativa de 1º de julho de 2022 - ANVISA o estabelece os padrões microbiológicos dos alimentos. Resolução RDC Nº 623, de 9 de Março de 2022 – ANVISA – âmbito: federal o dispõe sobre os limites de tolerância para matérias estranhas em alimentos, os princípios gerais para o seu estabe- lecimento e os métodos de análise para fins de avaliação de conformidade; o as matérias estranhas são qualquer material que não faz parte da composição do alimento e que podem estar associadas a condições inadequadas de produção, manipulação, armazenamento ou distribuição; o importante: inclui os produtos de origem animal e vegetal do MAPA. Circular nº 175, de 16 de maio de 2005 - CGPE/ DIPOA/ MAPA – âmbito: federal o estabelece Programas de Autocontrole que serão sistematicamente submetidos à verificação oficial de sua implan- tação e manutenção; ─ incluem o Programa de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional PPHO (SSOP), o Programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle APPCC (HACCP) e, num contexto mais amplo, as Boas Práticas de Fabricação BPFs (GMPs); o em razão de acordos internacionais existentes, são estabelecidos os Elementos de Inspeção comuns às legislações de todos os países importadores, particularmente do setor de carnes. Portaria nº 46, de 10 de fevereiro de 1998 – MAPA – âmbito: federal o institui o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC, a ser implantado, gradativamente, nas indústrias de produtos de origem animal sob o regime do Serviço de Inspeção Federal - SIF, de acordo com o Manual Genérico de Procedimentos, anexo a esta Portaria. Tipo de Estabelecimento Legisl. Específ./Órgão Reg. Pontos Críticos Indústria do Palmito RDC 81/2003 – ANVISA RDC 18/1999 – ANVISA Acidificação; tratamento térmico; BPF. Indústria de Gelados Comestíveis RDC 267/2003 – ANVISA Pasteurização ou tratamento térmico; controle de potabilidade da água; BPF. Industria de Amendoins RDC 172/2003 – ANVISA Recepção e seleção do amendoim; armazena- mento; prevenir contaminação com aflatoxina. Industria de Água Mineral RDC 173/2003 – ANVISA Recepção de embalagens; higienização da ca- nalização, reservatórios e embalagens. Ind. Frutas e Hortaliças em Cons. RDC 352/2002 – ANVISA Higienização; acidificação; tratamento térmico. Indústria de Castanha Normativa n°11/2010 – MAPA Condições higiênico-sanitárias; controle impor- tação; controle exportação. Indústria de Farinha de Trigo Normativa n°8/2005 – MAPA Classificação; requisitos de identidade e quali- dade; rotulagem. Indústria de Óleos Normativa n°49/2006 – MAPA Amostragem; classificação; requisitos de iden- tidade e qualidade; embalagem. LEGISLAÇÕES DE MINAS GERAIS: Portaria Nº 1.252, de 10 de outubro de 2012 – IMA – âmbito: estadual (MG) o aprova as normas técnicas para estabelecimentos rurais de pequeno porte elaboradores de produtos de origem animal. ─ geral; ─ carnes e derivados; ─ pescado e derivados; ─ mel e produtos apícolas; ─ leite e derivados; ─ ovos. Lei 19.476 de 11 de janeiro de 2011 – Governo de Minas Gerais – âmbito: estadual (MG) o dispõe sobre a habilitação sanitária de estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte no Estado e dá outras providências; o concessão da habilitação sanitária; condições de funcionamento dos estabelecimentos; detalhamento das ações de inspeção, fiscalização, padronização, embalagem, cadastro, registro; o normas específicas relativas às condições gerais das instalações, dos equipamentos e das práticas operacionais dos estabelecimentos de que trata esta Lei. LEGISLAÇÃO DE SÃO PAULO: Portaria nº 05, de 09 de abril de 2013 – CVS-SP – âmbito: estadual (SP) o aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o roteiro de inspeção; o revoga a Portaria CVS nº 06, de 10 de março de 1999; o revoga a Portaria CVS nº 18, de 09 e setembro de 2008.
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