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GOTA - Alcool - SP4 UCT3

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SP4- refugiado ou refogado:
Palavras desconhecidas
Hálux: maior dedo do pé
Hiperuricemia: ácido úrico elevado
Icterícia: pele amarelada devido acúmulo de bilirrubina
Equimoses: manchas roxas na pele, geralmente por rompimento de pequenos
vasos
Pontos relevantes:
1. Javier 52 anos, vindo da venezuela, alcoólatra de longa data, desempregado,
sem família, vivendo em espiral de declínio sócio cultural vivendo de favor na
casa de dona beatriz;
2. Foi encaminhado a ESF, bebeu mais do que o usual, inapetente nos últimos 3
dias( sem se alimentar), apenas ingerindo bebidas destiladas.
3. durante consulta estava confuso, agressivo, trêmulo, e com a fala
incompreensível, no exame físico emagrecido, com sudorese intensa, edema
++/++++, icterícia ++/++++, com frequência cardíaca de 110 bpm e PA 135/85
mmHg.
4. O médico optou pelo exame de hemoglicoteste com resultado de 38mg/Dl,
resultando em optar em observação e hidratação, administração de correção
glicêmica, e estabilização do quadro de intoxicação exógena etílica.
5. Após a recuperação o médico o reavaliou, notando presença de pouco
cuidado pessoal, hepatomegalia à palpação abdominal, descamação das
mãos, múltiplas equimoses e traumas em pele, além de hiperemia, edema,
dor hálux direito.
6. O médico, solicitou exame de imagem para avaliar a hepatomegalia, e
exames laboratoriais, que mostraram hiperuricemia importante e
hiperbilirrubinemia discreta, sendo encaminhamento necessário para o CAPS
AD, e iniciar tratamento com colchicina e alopurinol.
Brainstorm:
1. Paciente alcoólatra de longa data, podendo ser alcoólatra devido às
condições de vida que tinha ( falta da família, sem um lar, morando de favor,
sem um serviço fixo).
2. Paciente estava a 3 dias, apenas bebendo bebidas destiladas, sem ingerir
nenhum tipo de alimento sólido.
3. Paciente estava com um quadro de hipoglicemia (38mg/Dl), necessitando
fazer a correção para evitar o coma alcoólico, sendo importante fazer essa
correção o quanto antes. edema (sinal de cacifo) representado por cruzes
sendo 4+ o máximo, assim se segue para icterícia e outras doenças que são
representadas por +; frequência cardíaca elevada , possivelmente pelo fato
de estar agressivo, agitado; PA normal.
4. Paciente com intoxicação exógena etílica .
5. Descamação das mãos devido ácido úrico elevado, dor no dedão direito,
edema e hiperemia(aumento da circulação sanguínea no local, deixando
avermelhado o local), equimoses( manchas roxas na pele, geralmente por
rompimento de pequenos vasos);
6. Hiperuricemia importante( presença de níveis elevados de ácido úrico e
hiperbilirrubinemia discreta( aumento de bilirrubina no sangue, causando
icterícia) hepatomegalia( aumento do fígado, devido sobrecarga alcoólica),
havendo a necessidade de tratamento com colchicina e alopurinol; paciente
foi encaminhado para o CAPS AD(programa do SUS, para fazer reabilitação,
acompanhamento, terapia, enfim tudo que é necessários para o cidadão se
recuperar do vício)
Mapa mental:
Objetivos:
1. Explicar o destino dos aminoácidos na produção de compostos
nitrogenados não proteicos.
● Catecolaminas: Dopamina, noradrenalina e adrenalina (epinefrina) são aminas
biológicas ativas (biogênicas), denominadas coletivamente de catecolaminas. A
dopamina e a NA são sintetizadas no encéfalo e funcionam como
neurotransmissores, já a adrenalina é sintetizada a partir da NA na medula da
suprarrenal.
1. Funções → Fora do SNC, a NA e a adrenalina atuam como hormônios reguladores
do metabolismo de carboidratos e lipídeos, ou seja, são responsáveis pelas
respostas a estímulos.
OBS: A doença de Parkinson, um distúrbio neurodegenerativo do movimento,
deve-se a produção insuficiente de dopamina, resultante da perda idiopática de
células produtoras de dopamina no encéfalo.
● Histaminas: É um mensageiro químico que media respostas celulares, como
reações alérgicas e inflamatórias por meio da vasodilatação e, até mesmo, a
secreção gástrica de ácido clorídrico.
● Serotonina: Sintetizada em várias partes do corpo, mas, principalmente, nas células
intestinais. Ela é responsável por inúmeras funções, como percepção da dor,
saciedade, regulação do sono, temperatura e humor.
● Creatina: É um composto usado para estimular a formação de massa muscular e,
caso tenha um aumento em sua concentração sanguínea, significa um prejuízo da
função renal.
● Melanina: É um pigmento encontrado em vários tecidos do corpo humano, em
especial nos olhos, na pele e nos cabelos. Sua função é proteger as células
subjacentes dos efeitos danosos da luz solar.
REFERÊNCIAS: FERRIER, Denise R.. Bioquímica ilustrada. 7. ed. PORTO ALEGRE:
ARTMED, 2019.
2. Definir estrutura, funções, e o metabolismo das porfirinas.
● São compostos cíclicos que ligam facilmente íons metálicos, geralmente o
ferro na forma ferrosa (Fe2+) ou férrica (Fe3+), a porfirina que agrega metal é
chamado de metaloporfirina sendo o heme o mais abundante no ser humano
( Fe2+). O Heme é o grupo prostético mais abundante no corpo humano
pertencente à hemoglobina (Hb).
● A síntese e a degradação das porfirinas são associadas a reciclagem do ferro
e são coordenados com renovação das hemoproteínas. As porfirinas são
substâncias precursoras do grupo heme e cumpre um papel importante no
transporte de oxigênio
● Estrutura: São moléculas cíclicas planares, formadas pela união de quatro
anéis pirrólicos por meio de pontes metenila, apresentando três
características importantes.A bilirrubina liberada apresenta coloração
amarelada sendo o hematoma um indicativo da presença deste composto
decorrente da degradação do heme por parte do sistema reticuloendotelial.
● A bilirrubina originado da biliverdina, é depois convertida em urobilinogênio
por bactérias da microbiota e depois convertida em estercobilina sendo
defecada. No intestino esse urobilinogênio sai para a corrente sanguínea
transformando em urobilina chegando no rim onde é excretado com a urina.
● A bilirrubina pode ser conjugada ou não conjugada, esta diferença é devido a
polaridade e principalmente a não passagem pelo fígado, passando pelo
sangue ligado a albumina. Conjugado é a captação da bilirrubina pelo fígado
onde é conjugada com o ácido glicurônico.
3. Caracterizar icterícia, suas causas e seus tipos.
Clinicamente, caracteriza-se em uma “tríade” de sintomas composta pela icterícia,
colúria (urina com cor de café) e acolia fecal (fezes de cor branca).
Refere-se a cor amarelada da pele causada pela deposição de bilirrubina nos tecidos
epiteliais, leito ungueal e da esclera e pelo aumento no sangue ( Hiperbilirrubinemia). A
icterícia é um sintoma da existência de um distúrbio subjacente.
Pode ser classificada em três formas principais:
1. Hemolítica ( pré hepática) - A bilirrubina é responsável por degradar e filtrar os glóbulos
vermelhos, a hemólise maciça ( alta degradação) causada por anemia falciforme,
deficiência de piruvato cinase ou de glicose 6 fosfato desidrogenase pode levar a produção
de bilirrubina mais rápida do que a capacidade conjuga-lá. Os elevados níveis de bilirrubina
no sangue causa icterícia, quanto maior a hemólise, maior a excreção da bilirrubina pela
bile.
2. Hepatocelular ( hepática)- Lesões nos hepatócitos ( em pacientes com cirrose ou
hepatite) podem causar hiperbilirrubinemia não conjugada devido a redução da conjugação.
Devido a lesão hepática a circulação da bilirrubina pelo fígado é
SP-4 ÁLCOOL 6 diminuído o que aumenta a quantidade por via sanguínea e
consequentemente a urina torna-se escura. Se a bilirrubina conjugada é produzida mas não
é secretada de maneira eficiente do fígado para a bile( colestase intra-hepática) ela difunde
( vazando) para o sangue causando uma hiperbilirrubinemia conjugada.
3. Obstrutiva ( Pós- Hepática): Nesse caso a icterícia não é causada por superprodução ou
por redução da conjugação, mas resultante da obstrução do ducto biliar ( colestase
extra-hepática), o que impede a passagem da bilirrubina conjugada para o intestino, a
bilirrubina conjugada difunde para o sangue.
4. Icterícia em recém-nascidos( fisiológico) : Apresentam um aumento na bilirrubina não
conjugada na primeira semana de vida pois a atividade da bilirrubina-UDP e a
glucuronosiltransferase hepática é baixa no nascido alcançando níveis adultos somente na
quarta semana de vida em diante. A bilirrubina não conjugada quando elevada acima da
capacidade de ligação da albumina, pode difundir para núcleos da base e causar
encefalopatia tóxica ( kernicterus). São tratados com luz fluorescente azul, que converte a
bilirrubina em isómeros mais polares e portanto mais solúveis em água, esses isômeros são
excretados na bile sem estar conjugados ao ácido glicurônico.
4. Definir estrutura , funções, e metabolismo das bases nitrogenadas não
proteicas.
Estrutura: anéis, levemente alcalinos e que contém nitrogênio; divididas em púricas e
pirimídicas; quando se adiciona fosfato (quanto mais, mais energia) e uma pentose (ribose
ou desoxirribose), formam nucleotídeos (subunidades do DNA e RNA).
➔ Uma base nitrogenada + uma pentose = nucleosídeo (sem fosfato)
Função: formação de DNA e RNA.
Bases Púricas: derivadas da purina, possuem dois anéis (hexagonal e pentagonal) de
carbono e nitrogênio. Adenina e Guanina.
Bases Pirimídicas: derivadas da pirimidina, menores que as púricas e formadas por um anel
(hexagonal) de carbono e nitrogênio. Citosina, Timina e Uracila.
Os nucleotídeos são compostos por uma base nitrogenada, um monossacarídeo
(uma pentose) e um, dois ou três grupos fosfato. As bases nitrogenadas que fazem
parte dos nucleotídeos pertencem a duas famílias de compostos: as purinas e as
pirimidinas.
Bases púricas e pirimídicas
Tanto o DNA como o RNA contêm as mesmas bases púricas: adenina (A) e guanina
(G). Ambos contêm a pirimidina citosina (C), mas diferem em sua segunda base
pirimídica: o DNA contém timina (T), ao passo que o RNA contém uracila (U). T e U
diferem apenas por um grupo metila, presente em T, mas ausente em U. Bases
incomuns (modificadas) são ocasionalmente encontradas em algumas espécies de
DNA (p. ex., em alguns DNA virais) e de RNA (p. ex., em RNA transportador
[RNAt]). As modificações que podem ocorrer nas bases incluem metilação,
glicosilação, acetilação e redução.
As purinas e as pirimidinas podem ser sintetizadas pelo organismo por meio de
intermediários anfibólicos ou aproveitadas de outras bases nitrogenadas. A dieta
também pode fornecer bases nitrogenadas e, de fato, a secreção pancreática
ecbólica (rica em enzimas) apresenta ribonucleases e desoxirribonucleases capazes
de digerir os ácidos nucleicos presentes na dieta.
Os enterócitos também têm a capacidade de converter nucleotídeos em
nucleosídeos por meio da enzima fosfatase alcalina presente na borda em escova.
Contudo, no interior dos enterócitosos nucleosídeos são metabolizados em ácido
úrico ou, ainda, podem ser utilizados para suas necessidades próprias.
Funções:
Estão envolvidas na composição dos ácidos nucleicos e também fazem parte
da formação de muitas coenzimas. As Purinas são utilizadas na síntese de DNA e
RNA, são componentes importantes de várias biomoléculas, como ATP, GTP, AMPc,
NADH e coenzima A
5. Caracterizar o processo de gota úrica e mecanismo de ação da
colchicina e alopurinol.
A gota é uma doença caracterizada por altos níveis de ácido úrico (o produto final
do catabolismo das purinas) no sangue (hiperuricemia), como resultado da
superprodução ou da baixa excreção de ácido úrico. A hiperuricemia pode resultar
na deposição de cristais de urato monossódico nas articulações e em uma resposta
inflamatória aos cristais, causando, inicialmente, um quadro agudo e,
progressivamente, levando à artrite gotosa crônica. Massas nodulares de cristais de
urato monossódico (tofos) são depositadas nos tecidos moles do corpo, resultando
em gota tofácea crônica. A formação de pedras de ácido úrico nos rins (urolitíase)
também pode ocorrer. (Nota: a hiperuricemia não é suficiente para causar gota, mas
a gota é sempre precedida de hiperuricemia. A hiperuricemia é geralmente
assintomática, mas pode ser indicativa de comorbidades, como a hipertensão
arterial.) O diagnóstico definitivo da gota requer a coleta por aspiração e a análise
do fluido sinovial de uma articulação afetada (ou material de um tofo), por meio da
microscopia de luz polarizada, para a confirmação da presença de cristais de urato
monossódico com o formato de agulhas.
a. Baixa excreção de ácido úrico. Em mais de 90% dos indivíduos com
hiperuricemia, a causa é a baixa excreção do ácido úrico. A diminuição da excreção
pode ser primária, resultando de problemas excretórios hereditários ainda não
identificados, ou secundária a processos patológicos conhecidos, que afetam a
maneira como os rins processam o urato (p. ex., na acidose láctica, o lactato
aumenta a reabsorção renal de urato, levando à diminuição de sua excreção), ou a
fatores ambientais, como o uso de fármacos (p. ex., diuréticos tiazídicos) ou
exposição ao chumbo (gota saturnina).
b. Superprodução de ácido úrico. Uma causa menos comum de hiperuricemia é a
superprodução de ácido úrico. A hiperuricemia primária é, na maioria das vezes,
idiopática (sem causa conhecida). Entretanto, foram identificadas várias mutações
no gene da PRPP-sintetase, ligada ao cromossomo X, ou uma sensibilidade
diminuída aos nucleotídeos púricos, seus inibidores alostéricos. Em cada um dos
casos, a maior disponibilidade de PRPP aumenta a produção das purinas,
resultando em níveis elevados de ácido úrico plasmático. A síndrome de
Lesch-Nyhan também causa hiperuricemia, como resultado da diminuição da via de
salvação das bases hipoxantina e guanina e do subsequente aumento na
disponibilidade de PRPP. A hiperuricemia secundária é, geralmente, consequência
do aumento da disponibilidade das purinas (p. ex., em pacientes com doenças
mieloproliferativas, ou aqueles submetidos à quimioterapia, os quais possuem alta
taxa de renovação celular.) A hiperuricemia também pode ser o resultado de
doenças metabólicas aparentemente não relacionadas, como a doença de von
Gierke ou a intolerância hereditária à frutose.
c. Tratamento. Os ataques agudos de gota são tratados com agentes
anti-inflamatórios. Colchicina, fármacos esteroides (como a prednisona) e não
esteroides (como a indometacina) são empregados no tratamento.
A colchicina é uma substância que apresenta potente efeito anti-inflamatório.
Despolimeriza os microtúbulos, dessa forma diminuindo o movimento dos neutrófilos
para a área afetada, agindo na inibição da inflamação pelo organismo. A colchicina
não age diretamente sobre a causa da gota, que são os níveis elevados de ácido
úrico no sangue.
Já o Alopurinol inibe a xantina-oxidase, a enzima que cataliza a conversão da
hipoxantina em xantina e a conversão da xantina em ácido úrico, reduzindo as
concentrações séricas do ácido úrico. O oxipurinol, metabólito do alopurinol,
também inibe a xantina-oxidase. A droga difere, portanto, dos agentes uricosúricos
que diminuem as concentrações de urato por aumento da excreção urinária do
ácido úrico. Alopurinol não interfere diretamente na síntese de purina ou ácido
nucléico. Em pacientes com níveis normais de HGPRT, a hipoxantina pode ser
recuperada pela via de salvação, reduzindo os níveis de PRPP e, então, diminuindo
a síntese de purinas pela via de novo.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788582714867/pageid/
306
6. Explicar o efeito do álcool na gliconeogênese ( Hipoglicemia).
Como o álcool não é excretado pelo pulmão nem pelos rins e, ainda, não possui uma
forma de armazenamento especial em nosso organismo, ele precisa ser completamente
eliminado através da sua via metabólica.
1. OXIDAÇÃO DO ETANOL:
Ocorre principalmente no fígado e no estômago, podendo ser das seguintes formas:
● Ocorre a oxidação do etanol pela ação da enzima citosólica desidrogenase alcoólica;
● O fígado, por sua vez, possui uma segunda via de oxidação do etanol, conhecida
como sistema microssomal de oxidação do etanol (MEOS). Esse sistema é
constituído por uma oxidase de função mista (oxida etanol e NADPH). Além disso,esse sistema auxilia na desintoxicação do organismo;
● Via composta pela catalase (mas sua participação é muito pequena).
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788582714867/pageid/306
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788582714867/pageid/306
2. OXIDAÇÃO DO ACETALDEÍDO:
● O acetaldeído, gerado por qualquer uma das formas anteriores, sofre outra
oxidação, em uma reação intermediada pela enzima desidrogenase acetaldeídica,
formando acetato.
OBS: Os descendentes de asiáticos tendem a ter uma desidrogenase aldeídica
deficiente ou, inclusive, não tê-la. Com isso, tais pessoas possuem reações adversas
ao consumir o álcool (ruborização excessiva, cefaléia, tonturas e vômito), mesmo
com poucas doses ingeridas.
- O composto nomeado dissulfiram é capaz de inibir essa enzima no organismo
e, assim, gerando os mesmos sintomas que pessoas com déficit de
desidrogenase aldeídica. Por causa disso, esse medicamento é utilizado em
pacientes viciados em álcool, pois, toda vez que ingerirem, possuirão esses
efeitos colaterais (Tratamento do alcoolismo por aversão).
- Entretanto, os efeitos podem ser tão intensos que, eventualmente, causam a
morte desses pacientes, o que limita o uso dessa terapia para casos muito
graves.
3. DESTINO METABÓLICO DO ACETATO.
● O acetato é transformado em acetil-CoA através de uma reação, podendo ter dois
destinos distintos:
- Diante de baixos níveis de carboidratos, irá ser oxidado nos músculos e coração até
CO2 e H20;
- Na presença de carboidratos e de níveis elevados de insulina, funcionará como
substrato para a síntese de ácidos graxos e de colesterol.
OBS: A oxidação completa do etanol gera 7 Kcal/g, o que representa um alto poder
calorífico e acentua seu valor como “alimento”. Ao ingerir grandes quantidades dele,
o indivíduo se descuidará da alimentação balanceada (calorias vazias).
- Além disso, a ingestão exagerada de álcool na presença de carboidratos e por
períodos prolongados poderá levar a distúrbios metabólicos crônicos, como
esteatose hepática e cirroses hepáticas.
● ALTERAÇÕES METABÓLICAS CAUSADAS PELA INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA.
A oxidação do etanol a acetato produz 2 moles de NADH + H +/mol. Durante uma
intoxicação aguda por álcool, grandes quantidades de NADH serão formadas e o quociente
NADH/NAD + aumentará. Assim, várias reações que utilizam um desses cofatores serão
afetadas:
→ O NADH elevado e o NAD + em baixa agirão diretamente na desidrogenase láctica,
favorecendo a formação de lactato a partir do piruvato e , assim, acumulando lactato na
célula e no sangue (acidose metabólica).
→ Os baixos níveis de piruvato, por exemplo, levarão à diminuição dos níveis de
oxaloacetato produzidos pela reação da piruvato carboxilase e, assim, diminuirão a
gliconeogênese.
- Além disso, a gliconeogênese também pode ser afetada por causa do deslocamento
do equilíbrio das reações causados pelos altos níveis de NADH e NADPH nas
enzimas glicerol-3-fosfato desidrogenase, malato desidrogenase e glutamato
desidrogenase.
7. Identificar os exames de imagem utilizados para avaliar o fígado e a
vesícula biliar. Reconhecer os marcadores anatomo radiológicos de
normalidade para as respectivas estruturas.
US: Triagem rápida para detectar doenças do fígado, vesícula biliar e vias biliares.
o Fígado:
▪ Cintiografia < TC/ RM ou US na detecção de lesões, mas oferece
informações para caracterizar lesões.
▪ TC, RM e US produzem imagens de alta qualidade do parênquima hepático.
▪ US é utilizada como método de triagem para pacientes com sintomas
abdominais e suspeita de doença hepática difusa ou focal.
▪ No caso de metástases hepáticas focais, sua sensibilidade se aproxima da
sensibilidade da TC e RM. No entanto, é mais difícil reproduzir suas imagens para
comparações e acompanhamento, além disso, nódulos benignos e malignos
geralmente não podem ser distinguidos por essa modalidade.
▪ US com Doppler colorido avalia a vasculatura hepática → trombose,
hipertensão e vascularização tumores hepáticos.
▪ A TC com o uso de contraste é o método preferencial para caracterizar e
melhorar a qualidade do estudo das imagens da maioria das lesões hepáticas.
o Vias biliares:
▪ US, TC, RM e cintigrafia.
▪ USG: confiável, acessível e diagnostica → conteúdo líquido da via biliar,
cálculos biliares e o parênquima hepático circundante.
▪ TC: Demonstra a dilatação vias biliares.
▪ RM: tumores.
▪ Colangiopancreatografia por RM (CPRM): vias biliares e fluxo sanguíneo

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