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Dietas Hospitalares Andréa dos Anjos D.Sc Dietas Hospitalares Onde inicia a TD? 1. A aplicação da TD é aplicada desde a avaliação do paciente (cliente)... 2. De que maneira?? Anamnese • Alergia alimentar? • Intolerâncias? • Disfagia? • Mastigação? • Evacuações? • Temperatura tolerada das refeições? • Náuseas, vômitos? “São todas perguntas baseadas na TD” A. Os hábitos alimentares do paciente (pontos de cocção, temperos, consistência, apresentação e variedades); B. A necessidade do paciente em termos da quantidade de sua alimentação; C. O direito de escolha (ou alternativa de opção) do paciente; D. O direito do paciente ao diálogo com o responsável pela administração do serviço; E. O direito do paciente à informação relativa à alimentação (dieta) que lhe é servida. Segundo Mezomo (1994), ressalvadas as necessidades terapêuticas, os cardápios e dietas hospitalares devem respeitar: Objetivos das dietas hospitalares 1. Possibilitar a recuperação do paciente no menor tempo possível; 2. Evitar a desnutrição durante a internação; 3. Manter as reservas de nutrientes no organismo; 4. Adequar a ingestão de energia e nutrientes às necessidades nutricionais do indivíduo. Imagem retirada do Google® Refeições Hospitalares • Pequenas refeições: desjejum (café da manhã) – colação – lanche da tarde – ceia. • Grandes refeições: almoço e jantar. • Temperaturas → ambiente, quente, fria ou até mesmo gelada Como a refeição é distribuída? Como a refeição é distribuída? Produção Pessoal treinado: • Dietoterapia • Técnicas de preparo • Temperos • Medidas \ Volumes • Consistência Nomenclaturas usadas para classificar dietas servidas • Dietas de rotina e modificadas • Dietas evolutivas e especiais • JEJUM... • Dieta zero ou NPO (nada por via oral) • Alguns profissionais deixam o paciente umedecer a boca Dieta Livre ou Geral OBJETIVO INDICAÇÃO CARACTERÍSTICA Manter o estado nutricional de pacientes com ausência de alterações metabólicas significativas ao risco nutricional. Indicada para indivíduos com plena capacidade para alimentação. Para pacientes que não necessitam de restrições especificas e que representam funções de mastigação e gastrintestinais preservadas. Dieta suficiente, harmônica, consistência normal, distribuição e quantidades normais de todos os nutrientes, ou seja, normoglicidica, normoprotéica, normolipídica, balanceada e completa. Alimentos Recomendados: Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas e seus produtos integrais, pobres em gorduras; hortaliças e frutas frescas; leite, iogurte, queijo com pouca gordura e sal; carnes, aves, ovos, peixes magros (sem pele e gordura); e gordura, óleos e açucares com moderação. Alimentos não Recomendados: Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas ricos em gorduras e açúcar; hortaliças, e frutas em conservas com calda de açúcar respectivamente; leite, iogurte, queijo ricos e gordura e sal; carnes, aves, peixes e ovos ricos em gordura e sal, como os frios em geral; e gorduras, óleos e açucares em excesso. Dieta Branda OBJETIVO INDICAÇÃO CARACTERÍSTICA Fornecer calorias e nutrientes para manter o estado nutricional, além de melhorar a mastigação, deglutição e digestão. Para crianças e idosos, com alteração e/ ou perturbações orgânicas e funcionais do trato gastrointestinal. Normoglicidica, normoproteica, normolipidica, balanceada e completa, consistência branda, 5 a 6 refeições diárias, tempo indeterminado, pobres em resíduos celulósicos e tecido conjuntivo, modificados por cocção e/ ou subdivisão. Alimentos Recomendados: Salada cozida; carnes frescas cozidas, assadas, grelhadas; vegetais cozidos no forno, água, vapor e refogados; ovo cozido, pochê ou quente; frutas (sucos, em compotas, assadas, ou bem maduras, sem a casca); torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais); pastel de forno, bolo simples, sorvete simples; sopas, óleos vegetais; gordura somente para cocção, não para frituras. Alimentos não Recomendados: Cereias e derivados integrais; frituras em geral; frutas oleaginosas; vegetais do tipo A, exceto em sucos em cremes; frutas de tipo A, exceto em sucos; leguminosas inteiras; doces concentrados; condimentos fortes, picantes; queijos duros e fortes. Dieta Pastosa OBJETIVO INDICAÇÃO CARACTERÍSTICA Fornecer uma dieta que possa ser deglutida com pouco ou nenhum esforço. Indicada para casos em que haja necessidade de facilitar a mastigação, ingestão, deglutição →manter o repouso gastrointestinal. Pós operatório. Normoglicidica, normoprotéica, normolipídica, balanceada e completa; Consistência pastosa ou abrandada pela cocção e processos mecânicos Alimentos Recomendados: Todos alimentos que possam ser transformados em purê, mingau de amido de milho, aveia, creme de arroz. Alimentos sem casca ou pele, moídos, liquidificados e amassados. Alimentos não Recomendados: Alimentos duros, secos, crocantes, espanados, fritos, crus, com sementes, casca, pele. Preparações contendo azeitona, passas, nozes (frutas oleaginosas), coco e bacon. Iogurte com pedaços de frutas, frutas com polpas, hortaliças folhosas cruas, com semente, biscoitos amanteigados, pastelarias. Dieta Semi Líquida OBJETIVO INDICAÇÃO CARACTERÍSTICA Fornecer ao paciente uma dieta que permita minimizar o trabalho do trato gastrointestinal e a presença de resíduos no cólon. Pacientes com problemas de mastigação, deglutição; Com trato gastrointestinal com moderada alteração; Pós operatório de cirurgias de TGI. Normoglicidica, normoprotéica, normolipídica, balanceada e completa; Consistência semilíquida (Vol 200 a 400 mL) por refeição. 5 a 6 refeições/ dia. Alimentos Recomendados: Preparações com alimentos liquidificados e assados. Alimentos não Recomendados: Leguminosas e grãos, alimentos crus e inteiros. Dieta Líquida completa OBJETIVO INDICAÇÃO CARACTERÍSTICA Hidratar e nutrir os tecidos; Repousar o TGI. Pacientes que apresentam alterações na mastigação, deglutição. Digestão ou disfagias; Preparo de exames e/ou pós operatórios; Em casos de graves infecções., transtornos TGI Hipocalórica (VET 1000 a 1500 Kcal/ dia); Consistência líquida com volume 200 a 300 mL por refeições; De 3 em 3 horas. Alimentos Recomendados: Mingaus a 3% (arroz, milho, maisena); Caldos e sopas liquidificados; Sucos diluídos e/ou coados; leite, iogurte, creme de leite, queijos cremosos; gelatina, geléia de mocotó, pudim, sorvete, chá, café, chocolate, mate, bebidas não gasosas, sucos de frutas e vegetais coados, mingaus de cereais, sopa de vegetais peneirados, cremosas e caldos de carnes; óleos vegetais. Alimentos não Recomendados: Cereais integrais, sementes, farelos, sementes oleaginosas, hortaliças, frutas inteiras com casca, queijos gordurosos, embutidos, condimentos picantes. Dieta Líquida restrita OBJETIVO INDICAÇÃO CARACTERÍSTICA Saciar a sede, hidratação dos tecidos, evitar acidose, manter função renal, repousar o TGI. Pré operatório de determinados exame. Pré e/ou pós operatório. Hipocalórica (VET 500 a 600 Kcal/ dia); Hipocalórica, hipoproteica, hipolipídica; Consistência líquida volume de 200 a 300 mL por refeição; De 3 em 3 horas e isenta de fibras. Alimentos Recomendados: Água, infusos adocicados com açúcar; Caldos de legumes coados, sucos de frutas coadas; geléia de mocotó, gelatina, sorbet. Alimentos não Recomendados: Cereais integrais, leguminosas, sementes, farelos, sementes oleaginosas, hortaliças, frutas inteiras com casca, queijos gordurosos, embutidos, condimentos picantes. Outros tipos de dietas hospitalares • Para diabéticos (“DB”); • Hipercalórica ou hipocalórica; • Hiperproteica ou hipoproteica; • Hiperglicídica ou hipoglicídica; • Constipante; • Sem resíduo; • Laxativa; • Hipossódica.
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