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Plasmodium Vivax LCR Liquidos Transudato Exsudato

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1. Plasmodium Vivax: 
 
a) Introdução: 
- 150 espécies causam malária em vertebrados; 
- Parasitas humanos são: P. vivax, P. 
falciparum, P. malariae e P. ovale 
i. vivax: mais comum (terçã benigna) 
ii. malariae: menos grave (quartã benigna) 
iii. ovale: típica da África (terçã benigna) 
iv. falciparum: (terçã maligna) 
 
b) Patogenia e prevenção 
A malária é uma doença sistêmica que 
provoca alterações na maioria dos órgãos, 
variando, porém, sua gravidade dentro de 
amplos limites, desde as formas benignas até 
as muito graves e fatais. 
A doença se caracteriza pela ruptura de 
hemácias, quando ocorrem as típicas febres da 
malária, com sudorese e calafrios 
pronunciados. 
A destruição das hemácias pode acarretar 
outras consequências graves. O diagnóstico é 
feito pela visualização do parasito em 
distensões sanguíneas ou por ensaios 
imunoenzimáticos e imunocromatográficos. 
O controle da malária consiste na análise 
rigorosa de estudos epidemiológicos que 
envolvem soroepidemiologia, avaliação clínica 
da população afetada e comportamento dos 
vetores locais. Após esses estudos, podem ser 
utilizadas medidas de controle como o 
tratamento medicamentoso de todos os 
pacientes doentes e portadores. A redução da 
população de mosquitos, o controle de sua 
migração e a destruição de suas larvas, 
considerando a resistência do vetor aos 
inseticidas, também constituem medidas 
importantes de combate à malária. 
 
c) Ciclo Biológico – Heteroxeno (dois hospedeiros): 
Hospedeiro 
Vertebrado 
Hospedeiro 
Invertebrado 
Homem, aves, 
répteis e outros 
mamíferos 
Mosquito - 
Anopheles 
Ciclo Assexuado Ciclo Sexuado 
 
i. Tipos de Mosquito: 
A. darlingi (Brasil), A. albitarsis, A. gambiae 
(África) e A. aquasalis. 
 
• Ciclo Biológico no homem: 
 
1. Transmissão através da picada do 
mosquito Anopheles; 
2. Uma fêmea infectada pica uma pessoa e 
com isso injeta sua saliva que contém 
substâncias anticoagulantes e na saliva 
estão os ESPOROZOÍTOS (forma infectiva 
do plasmodium); 
3. Os ESPOROZOÍTOS são lançados na 
corrente sanguínea; 
4. Pelo sangue os ESPOROZOÍTOS migram 
para o fígado e lá infectam os 
hepatócitos; 
5. No hepatócito os ESPOROZOÍTOS se 
diferenciam em TROFOZOÍTOS PRÉ-
 
 
ERITROCÍTICOS e por reprodução 
assexuada tipo ESQUIZOGONIA dá 
origem aos ESQUIZONTES TECIDUAIS. 
6. Os ESQUIZONTES se rompem, liberando 
MEROZOÍTOS. Essa replicação inicial no 
fígado é chamada de CICLO EXO - 
ERITROCÍTICO, PRÉ – ERITROCÍTICA OU 
TISSULAR. 
7. Os MEROZOÍTOS, após muitas divisões, 
rompem a membrana dos hepatócitos e 
caem na circulação sanguínea. 
8. Na circulação os MEROZOÍTOS 
TISSULARES invadem as hemácias, 
iniciando um período chamado de 
INTRAERITROCÍTICO OU ERITROCÍTICO. 
9. No interior das hemácias os 
MEROZOÍTOS irão passar por alguns 
estágios de desenvolvimento: 
1 – Diferenciação de MEROZOÍTO para 
TROFOZOÍTO JOVEM ou ANEL; 
2 – Depois o ANEL se diferencia em 
TROFOZOÍTO MADURO; 
- Nesse período o parasito se nutre bastante de 
hemoglobina, esta é muito rica em ferro, 
substância que é tóxica para o parasito, por isso 
ele cristaliza o ferro e aprisiona ele num vacúolo, 
formando a HEMOZOÍNA – que dá cor as células 
infectadas, conhecida como PIGMENTO 
MALÁRICO. 
3 – O TROFOZOÍTO se diferencia em 
ESQUIZONTE – este é uma forma que está em 
divisão celular e gerará MEROZOÍTOS; alguns 
TROFOZOÍTOS se diferenciam em 
GAMETÓCITOS. 
4 – Os MEROZOÍTOS que foram formados nas 
hemácias, rompem a membrana dela e caem na 
corrente sanguínea para infectar outras 
hemácias, reiniciando a fase 
INTRAERITROCÍTICA. 
5 - Ao se alimentar de sangue, um 
mosquito Anopheles ingere os GAMETÓCITOS 
MASCULINOS (MICROGAMETÓCITOS) e 
FEMININOS (MACROGAMETÓCITOS), dando 
início ao ciclo esporogônico. 
 
➢ Resumo Ciclo EXOERITROCÍTICO ou 
PRÉ-ERITROCÍTICO ou TISSULAR (dura 
entre seis e 16 dias após a inoculação): 
ESPOROZOÍTOS: 
• Forma infectiva 
• Injetado pelo 
mosquito 
• Caem na corrente 
sanguínea 
• Chegam no fígado 
• São móveis ↔ não 
apresentam cílios ou 
flagelos ↔se dá pela 
reorientação de 
proteínas CS circum-
esporozoíto e TRAP 
trombospondina 
• Podem entrar em 
diversas células e não 
Se diferenciam em: TROFOZOÍTOS 
PRÉ – 
ERITROCÍTICOS 
(reprodução 
assexuada – 
ESQUIZOGONIA) 
 
 
 
 
ESQUIZONTES 
TECIDUAIS 
(forma que está em 
divisão celular) 
 
 
 
 
 
se desenvolverem, só 
se desenvolvem nos 
hepatócitos ↔
receptores 
específicos 
MEROZOÍTOS 
TISSULARES 
MEROZOÍTOS: 
• Passam por muitas 
divisões – 
Reprodução 
Assexuada 
• Rompem a 
membrana do 
hepatócito 
• A invasão envolve 
reconhecimento de 
receptores 
específicos para cada 
espécie – glicoforinas 
e Duffy 
• falciparum – 
hemácias de todas as 
idades 
• vivax – reticulócitos 
• malariae - maduras 
Caem na corrente 
sanguínea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Implicações sobre as 
parasitemias 
 
 
 
Irão invadir as 
hemácias. 
 
➢ Resumo Ciclo INTRA - ERITROCÍTICO ou 
ERITROCÍTICO – se dá por 
ESQUIZOGONIA: 
MEROZOÍTOS: 
• Invadem as 
hemácias 
• Passam por 
estágios de 
desenvolvimento 
dentro das 
hemácias 
Se diferenciam em: 
TROFOZOÍTO JOVEM 
OU ANEL 
 
Se diferenciam em: 
 
 
 
 
TROFOZOÍTO 
MADURO 
 
Formação da 
Hemozoína ou 
Pigmento Malárico 
 
Se diferenciam em 
 
 
 
 
 
ESQUIZONTE 
(forma que está em 
divisão celular) 
 
 
 
 
 
 
MEROZOÍTOS 
(Voltam a invadir novas 
hemácias) 
 
ou 
 
GAMETÓCITOS 
(irão ser alimento para 
o mosquito e farão 
parte do ciclo 
esporogônico) 
 
• Ciclo Biológico no mosquito - 
Esporogônico: 
1 – Nas hemácias alguns TROFOZOÍTOS não se 
diferenciam em ESQUIZONTES e depois 
MEROZOÍTOS, mas sim em GAMETÓCITOS; 
2 – O mosquito ao picar uma pessoa infectada 
suga os GAMETÓCITOS; 
3 – No intestino do mosquito os GAMETÓCITOS 
rompem suas hemácias e iniciam a fase 
sexuada do ciclo; 
4 - Os GAMETÓCITOS se transformam em 
MACROGAMETÓCITOS (FÊMEA) e 8 
MICROGAMETÓCITOS (MACHO) - o macho 
fecunda a fêmea. 
5 – Após a fecundação surge o ZIGOTO; 
6 – O ZIGOTO origina o OOCINETO; 
7 – O OOCINETO perfura a parede do intestino 
do mosquito e forma o OOCISTO (local de 
desenvolvimento do parasito); 
8 – Dentro do OOCISTO acontecem várias 
divisões celulares ESPOROGÔNICAS – são 
formados os ESPOROZOÍTOS; 
 
 
9 – Os ESPOROZOÍTOS rompem a membrana 
do oocisto e inicia seu caminho até as glândulas 
salivares. 
➢ Resumo do Ciclo ESPOROGÔNICO: 
GAMETÓCITOS 
 
• São sugados 
pelos mosquitos 
quando estes 
picam uma 
pessoa infectada; 
• Invadem o 
intestino do 
mosquito; 
• No intestino eles 
rompem suas 
hemácias; 
Se diferenciam em: 
 
 
MACROGAMETÓCITOS 
(fêmeas) 
e 
MICROGAMETÓCITOS 
(machos) 
 
Os machos fecundam as 
fêmeas 
Formando: 
 
 
 
 
ZIGOTO 
 
Origina o: 
 
 
 
 
OOCINETO 
 
Perfura o intestino do 
mosquito e forma o: 
 
 
 
 
OOCISTO 
 
O oocisto é o local de 
desenvolvimento do 
parasito, nele ocorre 
diversas divisões 
celulares 
ESPOROGÔNICAS e se 
formam os: 
 
 
 
 
ESPOROZOÍTOS 
 
Estes rompem a 
membrana dos oocistos 
e seguem caminho até: 
 
 
 
 
GLÂNDULAS 
SALIVARES 
OBS: A febre é sintoma mais comum da 
doença, a periodicidade vai depender da espécie 
do parasito: 
1) 48/48hs = Febre Terçã 
2) 72/72hs = Febre Quartã 
A febre se deve a ruptura maciça das hemácias. 
• Características Morfológicas do 
Plasmodium vivax: 
 
a) 
 
 
 
b) 
 
c) 
d) 
 
e) 
 
f) 
 
 
• Tipos de Reprodução: 
 
• Recaída tardia da Doença: 
 
 
 
 
• Transmissão: 
 
 
• Sinais Clínicos: 
- O ciclo assexuado é responsável pelas 
manifestações clínicas e patogenia; 
- A destruição dos eritrócitos e a consequente 
liberação dos parasitos e de seus metabólicos 
na circulação provocam uma resposta do 
hospedeiro; 
a) vivax:mais comum (terçã maligna – 
48/48hs) 
b) malariae: menos grave (quartã – 
72/72hs)) 
c) ovale: típica da África (terçã benigna – 
48/48hs) 
d) falciparum: (terçã maligna – 36 a 48hs) 
Malária 
Não-Complicada 
Malária Grave e 
Complicada 
• Debilidade Física 
• Náusea 
• Vômito 
• Palidez 
• Anemia 
• Convulsões 
• Vômitos repetidos 
• Icterícia 
• Hiperpirexia 
• Distúrbios de 
Consciência cerebral 
• IRA 
• Edema Pulmonar 
Agudo 
• Hipoglicemia 
• Hemoglobinúria 
 
- Patogenia: Anemia e resposta imunológica 
-Esquizogonia: destruição de hemácias e 
liberação de pigmento malárico 
- A Hemozoína é escura e aparece depositada 
no fígado, baço, cérebro e ME. 
- Outro pigmento é a HEMOSSIDERINA – 
produzida pelos macrófagos e resultado da 
degradação das hemácias. 
 
 
 
• Profilaxia: 
 
Medidas de Proteção 
Individual 
Medidas de Proteção 
Coletiva 
• Uso de repelente 
• Telas (portas e janelas) 
• Uso de mosquiteiro 
• Saneamento básico 
• Melhoria das condições 
de vida; 
• Combate ao Vetor 
• Combate às larvas 
 
• Diagnóstico: 
Clínico Laboratorial 
• Sintomas Inespecíficos; 
• Parasitemia persistente e 
assintomática; 
• Periodicidade da febre; 
• Pensar na doença, já que 
a distribuição da doença 
não é homogênea (áreas 
de residência e viagens) 
• Tradicional – pesquisa de 
parasito no sangue 
periférico – Gota espessa e 
esfregaço; 
• Visualização microscópica 
 
 
 
 
 
 
• Tratamento: 
Levar em 
Consideração 
Fármacos Mecanismo 
 de ação 
• Gravidade da 
doença; 
• Espécie do 
plasmódio; 
• Idade do 
peciente; 
• História de 
exposição 
anterior ao 
parasito; 
• Suscetibilidade 
do parasito da 
região aos 
antimaláricos 
• Custo da 
medicação; 
• Vários 
esquemas; 
• Quinina 
• Mefloquina 
• Halofrantina 
• Cloroquina 
• Amodiaquina 
• Primaquina 
• Derivados 
de 
artemisina 
• Atovaquona 
• Tetraciclina 
• Doxiciclina 
• Clidamicina 
• Esquizonticida Tecidual 
– primaquina 
• Esquizonticida 
Sanquíneo (cloroquina, 
mefloquina, artemisina) 
• Gametocitocidas ( 
cloroquina e 
primaquina) 
• Fármacos que são 
eficazes contra as 
formas eritróciticas – 
Artemisina, cloroquina, 
quinina, 
mefloquina,pirimetamina 
• Fármaco eficaz contra 
forma exoeritrocítica – 
primaquina 
• Fármacos que são 
eficazes conrra formas 
gametocíticas - 
Primaquina 
 
• Resistência a agentes antimaláricos: 
- Representa um sério prblema de saúde pública 
e uma barreira significativa ao tratamento 
efetivo de indivíduos com malária. 
- Crescente carga de morbidade e mortalidade. 
- Fatores que causam: 
1. Uso inaprorpriado e/ou não supervisionado dos 
fármacos; 
2. Disponibilidade inconsistente dos fármacos; 
3. Pouca aderência dos pacientes aos esquemas 
de tratamento (efeitos adversos); 
4. Qualidade insconsistente na fabricação dos 
fármacos; 
5. Presença de medicamentos falsificados; 
6. Custos; 
 
 
 
2. Líquidos Biológicos – Transudato, 
exsudato e secreções: 
 
• Líquido Sinovial: 
 
- Ultrafiltrado de plasma, enriquecido com 
moléculas de alto peso molecular, ricas em 
sacarídeos, sendo a mais importante, o 
HIALURONATO, produzido pelas células 
sinoviais. 
 
a) Formação: 
 
- Ocorre de forma idêntica a de outros fluidos 
intersticiais; 
- Atravessa a parede capilar condicionado pela 
diferença de pressão – lei de Starling ou 
gradiente de pressão coloidosmótica. 
- HIALURONATO – formado por repetidas 
unidades de dissacarídeos (ácido glicurônico – 
glicosamina) 
- HIALURONATO é um polímero ligado com 
cerca de 2% de proteínas e ambos são 
produzidos pelas células de revestimento 
sinovial; 
- O líquido sinovial tem a mesma composição 
bioquímica do plasma; 
- O líquido sinovial difere dos outros líquidos 
serosos, pelo fato de conter ácido hialurônico 
(mucina) e poder conter cristais. 
 
b) Função: 
 
- Fornece nutrientes para as cartilagens; 
- Lubrificante das faces articulares móveis; 
 
c) Volume: 
 
- Normal: 0,1 a 2 ml 
- No joelho pode chegar a 3,5 ml 
 
 
 
OBS: As articulações podem ser aspiradas 
desde que exista derrame ou distúrbios 
articulares. 
 
 
d) Composição do líquido sinovial: 
 
▪ Glicose 
▪ Proteínas 
▪ Ácido Úrico 
▪ Ácido Hialurônico 
▪ Cristais 
 
e) Coleta = Artrocentese: 
 
- Colhido em condições estéreis; 
- Frasco com heparina; 
- Paciente deve estar em jejum no mínimo de 
6hs (ideal seria de 12hs); - para permitir 
equilíbrio da glicose entre o plasma e o líquido 
sinovial; 
- Deve ser colhida glicemia de jejum; 
 
f) Informações úteis do Líquido Sinovial: 
 
- Suspeita de infecção – artrite supurativa; 
- Artrite devido ao ácido úrico – gota; 
- Artrite devido ao priofosfato de cálcio – 
pseudogota; 
- Diagnóstico diferencial de artrite; 
 
g) Exame físico do líquido sinovial: 
 
Límpido Normal 
Líquido leitoso 
 
 
 
Artrite tuberculosa, 
reumatoide crônica, gotosa 
aguda ou lúpus 
eritematosos. 
 
Não Coagular Normal 
Coagular Articulações 
comprometidas contém 
fibrinogênio 
Viscosidade normal – 
relacionada com a 
concentração de 
hialunorato. 
Filamento de 4 a 6cm 
Viscosidade diminuída – 
diminui concentração de 
hialunorato 
Filamento quebra antes de 
3cm – artrite séptica, 
gotosa, reumática, derrame 
rápido após trauma. 
 
h) Exame Bioquímico: 
 
➢ Teste Mucina 
 
- Adição de ácido acético 
- Observa-se a formação ou não de coágulos de 
mucina ( ácido hialurônico) 
- A formação de um coágulo firme e compacto 
= revela grau de viscosidade normal 
- A formação de um coágulo entre regular e 
fraco, em fragmentos dispersos e em solução 
turva = alteração de viscosidade – característica 
inespecífica de várias artrites. 
 
i) Exame Químico: 
 
Moléculas Características 
Ácido úrico - Artrite gotosa 
- Suspeita de gota com 
pesquisas de cristais 
negativa 
- Gota = Líq. Sinovial > Soro 
- Artropatia degenerativa = 
Líq. Sinovial = soro 
Proteínas - Seletividade da membrana 
sinovial 
- Inflamação causa aumento 
de permeabilidade 
- Facilitando passagens de 
grandes proteínas, como o 
fibrinogênio 
- Normal = de 1,2 a 2,5 g/dL 
 
 
Glicose - Líq. Sinovial se assemelha 
a plasmática 
- Normal e não inflamatória 
= 10 mg/dL 
- Diferenças significativas 
são encontradas em 
processos inflamatórios e 
infecciosos 
- Valores da glicose pode 
ser mascarado pela glicólise 
quando da presença de 
grande número de 
leucócitos 
 
 
• Ascite: 
- Acúmulo patológico de excesso de líquido na 
cavidade peritoneal; 
- Produzida por ultrafiltração plasmática 
dependente de permeabilidade vascular e das 
forças hidrostáticas de oncóticas; 
a) Função do líquido: 
- Em condições normais serve como proteção 
da cavidade abdominal, lubrificando e reduzindo 
atrito entre os órgãos, melhor mobilidade. 
b) Características Físicas: 
Característica Motivo 
Líquido transparente Normal 
Amarelo Claro Normal 
Estéril e Viscoso Normal 
Turbidez Infecção Bacteriana 
Esverdeado Perfuração do TGI, 
pancreatite e colecistite 
Leitoso, quiloso Neoplasia 
Amarelo Citrino Cirrose Hepática 
descomplicada 
Sanguinolento Punção traumática, 
neoplasia maligna, 
tuberculose, punção 
inadvertida do baço 
Cor escura não 
sanguinolenta 
Síndrome ictérica – 
extravasamento da bile. 
 
c) Análise: 
- Três tubos; 
- Primeiro: deve conter EDTA ou heparina – 
contagem global e diferencial; 
- Segundo: sem antocoagulante – análises 
bioquímicas; 
- Terceiro: Microbiologia – deve ser estéril; 
Exame principal Características 
Proteínas Totais e Frações Calcular o Gradiente Soro 
Ascite Albumina – GSAA – 
se faz junto com albumina 
sérica 
 
GSAA > ou = 1,1 = 
Hipertensão Portal 
 
GSAA > 2,5 = cirrose 
 
GSAA < 1 = outras 
etiologias 
 
OBS: dado complementar, 
baixa especificidade 
Bilirrubina Exsudato 
LDH Exsudato 
Celularidade Polimorfonucleares 
 
d) Tiposde Ascite: 
Tipo Características 
Descomplicada Não infectada e nem 
acompanhada de 
Síndroeme Hepática – Renal 
(SHR) 
Complicada Peritonite Bacteriana 
Espontânea ou SHR 
Refratária Não pode ser mobilizada ou 
recidiva precocemente 
 
 
 
e) Outros exames conforme cada caso: 
Exame Motivo 
Citologia Oncótica Carcinomatose peritoneal 
ADA (adenosina – 
deaminase) > 40 U/L 
Tuberculose 
Triglicérides > 45-48 mg/dL Ascite quilosa, ascite 
maligna, cirrose 
Glicose e DHL < 50mg/dL Peritonite bacteriana 
Gram Infecção bacteriana 
PBAAR e BAAR Tuberculose 
Bilirrubina Caso biliar 
Creatinina e Ureia Ruptura de bexiga 
pH 
Fibronectina Ascite maligna e estéreis 
 
• Líquido Pleural: 
- Ultrafiltrado de plasma, entra no espaço 
pleural pela circulação sistêmica e é removido 
pelos vasos linfáticos da pleura parietal 
a) Função: 
- Lubrificação da superfície pleural; 
- Facilita deslizamento das pleuras visceral e 
parietal durante a respiração; 
 
b) Toracocentese: 
- É um procedimento cirúrgico para drenar 
líquido (derrames) da cavidade torácica e é útil 
no diagnóstico de inflamação ou doença 
neoplásica pulmonar ou pleural. 
 
 
➢ Resumo de informações importantes: 
 
➢ Recomendações para Coleta do Líquido 
Pleural: 
- Seringa levemente heparinizada – prevenir 
coagulação – procedimento feito em todas as 
seringas. 
- Volume recomedado: 50 a 60 ml 
- Líquido distribuído em tubos de 5 a 10 ml 
- Encaminhar imediatamente ao laboratório 
- Se não puder manter em geladeira comum 4°C 
a 8°C – não no congelador 
- Para identificar como transudato e exsudatos: 
➢ Amostra de sangue colhida 
simultaneamente à coleta do líquido – 
relação pleural – sérica de preteínas e 
desidrogenase lática 
- Outros exames como: marcadores tumorais, 
perfil reumatológico, PCR, prova de látex, perfil 
de coagulação devem levar em consideração os 
valores séricos. 
Coloração 
amarelo 
ouro
A análise do líquido 
pleural se inicia pelo 
aspecto da amostra
Médico
Análises 
citológicas, 
bioquímica e 
bacteriológica
Dentra as doenças que 
consomem mais glisose 
as infecciosas e as 
neoplásicas merecem 
mais atenção
Seguem o que 
foi descrito 
para o licor, 
destacando-se 
a dosagem de 
proteínas 
Aumento no 
consumo ou 
diminuição do 
transporte para 
o líquido 
pleural
As colagenoses e o 
hemotórax também 
apresentam importante 
redução por disfunção no 
seu transporte
A glicemia 
e suas 
alterações 
podem ser
 
 
➢ Importância da aparência do líquido 
pleural: 
Cor Motivo 
Amarelo Citrino Mais comum 
Turvo Inflamatório, presença de 
lipídios, excesso de 
proteínas ou células 
Leitoso Quilotórax 
Purulento Empiema 
Hemorrágico Acidente de punção, 
neoplasia, tuberculose, TEP 
Odor de urina Urinotórax - raro 
 
➢ Volume e compsosição: 
- 1 a 20 ml; 
- Baixa concentração de proteínas e células; 
- Principais proteínas encontradas: albumina, 
globulina e fibrinogênio 
- Principais células: monócitos, linfócitos e 
células mesoteliais 
- o liquido pleural é renovado continuamente – 
forças osmóticas e hidrostáticas. 
➢ Tipos de Derrames pleurais: 
 
TRANSUDATO EXSUDATO 
- Acúmulo de líquido 
- Relacionado a doença 
sistêmica 
- Doenças que reduzem a 
albumina - Baixa a pressão 
coleidosmótica – que 
segura o plasma – faz com 
que o plasma extravase 
- Rompimento do equilíbrio 
entre filtração e absorção 
PH – Aumenta (pressão de 
um fluido sobre outro) 
PO – Diminui 
- Extravasamento de líquido 
- São límpidos, amarelo 
claro e não se coagulam 
espontaneamente 
- Podem ser discretamente 
hemorrágicos 
 
Pricipais causas: 
- ICC 
- Embolia pulmonar 
- Atelectasias 
- Cirrose 
- Neoplasias 
- Glomerulonefrite 
- Iatrogenia 
- Urinotórax 
- Desnutrição 
- Mixedema 
- Resultante de processo 
inflamatório 
- Compromete membranas 
da cavidade 
- Infecções e neoplasias 
- Extravasamento de 
líquidos e proteínas 
- Vasodilatação e estase 
- Aumenta espaço 
interendotelial 
- Podem ser hemorrágicos, 
turvos e purulentos 
- Se coagulam devido a 
presença de fibrinogênio 
- Quilotórax – branco leitoso 
- Derrames hemorrágicos 
são secundários a traumas, 
acidentes por punção, 
embolia, ruptura de 
aneurisma, pancreatite 
 
 
Principais Causas: 
-Neoplasia 
- Doenças infecciosas 
- Tuberculose 
- Equistossomose 
- Tromboembolia 
 
 
OBS: 
- Existe a possibilidade de caracterizar transudato como 
exsudato em pacientes com uso de diurético. TIPOS DE 
DERRAMES PLEURAIS
NÃO HÁ NECESSIDADE INVESTIGAÇÃO
DIAGNÓSTICO 
ETIOLÓGICO
TRANSUDATO EXSUDATO
DE ACORDO COM A 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
DEFINIR QUAIS 
DERRAMES NECESSITAM 
DE INVESTIGAÇÃO 
LABORATORIAL 
 
 
➢ Critério de Light para diferenciar 
transudato e exsudato: 
Parâmentros Transudatos Exsudatos 
Relação entre 
proteína do 
líquido pleural e 
sérica 
≤ 0,5 > 0,5 
Relação entre 
DHL do líquido 
pleural e sérica 
≤ 0,6 > 0,6 
DHL no líquido 
pleural > 2/3 do 
limite superior do 
soro 
Não Não 
OBS: 
Exsudatos = presença de um dos três 
Transudato = presença dos três critérios 
 
 
 
➢ Importância da aprência do líquido 
pleural: 
- Podem junto com a clínica fornecer o 
diagnóstico em alguns casos; 
- Pode orientar a solicitação de exames 
complementares; 
- A presença de pus e líquido leitoso pode ser 
identificada sugerindo quilotórax; 
- Diferenciar – Derrame pleural hemático, 
hemotórax ou apenas líquido hemorrágico; 
- Principais etiologias no hemotórax – 
traumática ou dissecção de aneurisma da aorta 
- Líquidos hemorrágicos – neoplasias, 
tuberculose e embolia; 
➢ Dosagens Bioquímicas: 
- Proteínas 
- Desidrogenase lática (DHL) 
- Glicose 
- Amilase Auxiliam diagnóstico etiológico 
- pH 
 
▪ Glicose na avaliação do derrame 
pleural: 
 
- Níveis < 60mg/dL = derrame parapneumônico, 
tuberculose pleural, neoplasia e artrite 
reumatoide 
- Quanto menor a glicose maiores as chances 
de empiema 
 
 
- Níveis baixos de glicose indicam doença 
avançada – menos na tuberculose pleural 
- Artrite reumatoide = glicose < 30mg/dL 
 
▪ pH no Derrame Pleural: 
 
- Indicação na suspeita de derrame 
parapneumônico; 
- < 7,20 + glicose baixa e DHL elevado = 
evolução complicada e necessidade de 
drenagem; 
- Outras que baixam o pH: ruptura de esôfago, 
tuberculose, neoplasia, hemotórax, lúpus e 
urinotórax; 
 
▪ Amilase no Derrame Pleural: 
 
- Estará aumentada nos derrames por: 
pancreatite, ruptura de esôfago e neoplásicos 
- Deve ser solicitada quando há suspeitas 
dessas doenças 
 
▪ Contagem de células: 
 
- Não traz grandes respostas sobre a etiologia 
- Na maioria das os transudatos apresentem 
celularidade < 1000/mm3 e os exsudatos níveis 
superiores a isso; 
- > 10.000/mm3 = mais frequente em 
parapneumônico e empiema, pode ocorrer na 
tuberculose, pancreatite e embolia também; 
- Predomínio de neutrófilos é habitual em 
derrame parapneumônico, empiema e fases 
iniciais da tuberculose pleural e colagenoses, 
pode ocorrer também na pancreatite e embolia; 
- Tuberculose = predomínio de mononucleares 
(ocorre também em neoplasias e embolia); 
- Predomínio de eosinófilos = neoplasias, 
derrame por drogas, parasitoses, exposição de 
asbestos, sangue no espaço pleural e 
pneumonia eosinofílica 
 
▪ Biópsia Pleural: 
 
- Possibilidade de diagnóstico de neoplasias ou 
de granuloma com necrose caseosa 
- Aumentam a chance de diagnóstico etiológico 
 
▪ Derrame pleural e ICC: 
 
- O DP é muito frequente na ICC 
- Trata-se de um transudato, podendo ser 
erroneamente classificado como exsudato pelo 
critério Light 
 
➢ Quando puncionar o DP na ICC: 
 
- Outros responsáveis pelo DP – pneumonia e 
embolia 
- Dados clínicos relacionados com pneumonia e 
embolia devem ser observados: 
( febre, dor pleurítica, DP unilateral, DP bilateral 
com grande disparidade de tamanho, 
hipoxemia, persistênciaapós tratamento da ICC) 
 
➢ Quilotórax: 
 
- DP com altos níveis de lipídeos 
- Passagem do conteúdo do ducto torácico 
(quilo) para o espaço pleural 
- Aspecto de leite – pode ser apenas turvo ou 
ser-hemático (pacientes em jejum e dieta pobre 
em gordura) 
- É um exsudato 
 
 
 
• LCR – Líquido Cefalorraquidiano: 
 
a) Introdução: 
 
 
 
 
b) Função: 
 
 
c) Formação do LCR: 
 
 
Figura 1 - Primeira Etapa de formação do LCR 
 
Figura 2 - Segunda etapa de formação do LCR 
 
LCR
Líquido fluido 
aquoso -
Composição 
semlelhante ao 
infiltrado de 
plasma Plexos 
ventriculares, 
canal meduar e 
espaço 
subaracnóide
Transporte, 
armazenammeto, 
preparo de 
amostras e 
análise.
Todos os 
profissionais 
envolvidos devem 
conhecer as 
técnicas
Aspectos físicos, 
contagens globais 
celulares
Avaliação: 
microbiológica, 
bioquímica e 
citológica
Mudança na 
composição e 
produção: 
tumores, 
isquemias, 
hidrocefalia e 
infecção.
Maior parte do 
liquido 
extracelular do 
SNC
Fornecimento 
de nutrientes 
essecenciais 
ao cérebro
Remoção de 
produtos da 
atividade 
neuronal
Essencial para 
atividade 
neuronal
Proteçao 
mecanica das 
células 
cerebrais
Plexo coroide 
Ventrículos 
Laterais 
3° e 4 °
Ventrículo
Processo de 
difusão, 
pinocitose e 
transporte 
passivo
Filtração 
passiva do 
sangue
Epitélio 
Coroidal
Proporcional 
ao gradiente 
de pressão 
hidrostática 
entre sangue 
e fluido
Plexo coroide 
Ventrículos 
Laterais 
3° e 4 °
Ventrículo
Processo de 
difusão, 
pinocitose e 
transporte 
passivo
Secreção Ativa
Epitélio 
Monoestratificado
Envolve bombas, 
cotransportadores, 
antitransportadores, 
canais iônicos e 
aquaporinas
 
 
OBS: Outra pequena porção é produzida pelas 
células ependimais. 
d) Coleta: 
- Só pode ser realizada após assinatura do 
TCLE (Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido) pelo paciente ou respresentante 
legal; 
- A coleta é de responsabilidade do médico 
requisitante e das três vias de clássicas para 
coleta; 
- Três vias: 
I. Lombar: 
- Mais utilizada na rotina 
- Não há risco de lesão vascular grave, ao 
contrário do que pode ocorrer na punção 
cisternal, especialmente com o envolvimento da 
artéria cerebelar póstero-inferior ou de seus 
ramos; 
- Patologias que acometem exclusiva ou 
preferencialmente estruturas abaixo da cisterna 
magna, sejam medulares, radiculares ou ambas, 
associadas ou não a inflamação local das 
meninges pode ser diagnosticada com maior 
segurança; 
- A possibilidade de detecção de células 
neoplásicas ao exame de LCR, mesmo em 
processos que acometem estruturas acima da 
cisterna magna é significativamente mais 
elevada; 
- A capacidade discriminativa no diagnóstico de 
processos inflamatórios e/ou infecciosos 
crônicos, especialmente em doenças 
desmielinizantes, é substancialmente maior 
devido à concentração proteica, até 30% 
superior àquela observada no LCR cisternal, 
inclusive no que tange às globulinas gama; 
- Testes imunológicos, especialmente aqueles 
que utilizam técnicas mais refinadas e atuais, 
têm sido especialmente padronizados para 
amostras obtidas da região lombar. 
 
II. Suboccipital ou Cisternal: 
- Segunda mais utilizada 
- Não é descrita a ocorrência de cefaleia pós-
punção; 
- Eventuais alterações osteoarticulares de 
coluna cervical interferem muito pouco no ato 
da punção, mesmo em pessoas obesas e/ou 
idosas; 
- Para profissionais treinados, é procedimento 
relativamente simples e rápido; 
- Haveria menor risco de herniação de 
estruturas do sistema nervoso central em casos 
de hipertensão intracraniana não-comunicante; 
- Restrições de indicação 
- Indicação absoluta: Hipertensão Intracraniana, 
infecção dérmica ou epidérmica de lombar 
 
III. Via Ventricular 
 
 
 
 
- Um manômero é colocado antes da remoção 
do LCR para indicar pressão de abertura; 
- Pressão normal no paciente em decúbito 
lateral: 90mm H2O a 180mm H2O 
- Essa pressão de eleva em pacientes sentados 
ou obesos – Variação de 4 mm H2O a 10mm 
H2O. 
- Com pressão normal podem ser coletados até 
20 ml de LCR; 
- No final, a pressão deve ser de 10 a 30 mmHg. 
Uma diminuição acentuada da pressão após 
esse procedimento sugere herniação cerebelar 
ou compressão medular. 
- O LCR deve ser coletado sem anticoagulante 
- Deve ser coletado em três frascos estéreis e 
identificados com números na ordem que são 
obtidos; 
 
- Cada amostra deve ser coletada em um único 
frasco. 
- Caso tenha sido coletada em um único frasco 
deve seguir a seguinte ordem: 
 
- O local da amostragem deve ser registrado nos 
tubos, pois os parâmetros citológicos e 
bioquímicos podem variar com o local da 
punção. 
e) Transporte e Armazenamento: 
 
Análises Bioquímicas e 
Sorológicas - glicose e 
preoteínas ou 
Imonologia 
•1° frasco
Exames 
Microbiológicos
•2° Frasco
Contagens 
celulares
(Menor probabilidade de 
conter material por 
acidente de punção)
•3 ° Frasco
Bacteriologia •1a Análise 
Hematolgia •2a Análise 
Imunoquímica •3a Análise 
Deve chegar ao laboratório o mais rápido possível, no máximo 
em 2 horas. 
Após esse tempo pode ocorrer:
Degradação ou alteração de hemácias, leucócitos, diminuição 
de glicose, aumento na concentração de proteínas e bactérias.
Se não for possível levar brevemente, pode fazer fixação 
através de formalina, mas não é rotina.
Temperatura:
- Ideal = entre 5° C e 12° C
- Baixa = Lise 
- Alta = Acelera mecanismo metabólico, degeneração celular 
Uma pequena porção após centrifugada deve ser: 
identificada e armazenada em geladeria para eventual 
necessidade 
 
 
f) Preparo da amostra: 
- Deve ser fresca e centrifugada; 
- Análise visual e fresca = não centrifugada e 
devidamente homogeneizada = visualiza 
leucócitos e hemácias; 
- Centrifugação de baixa rotação = para 
confecção de lâmina = amostra total ou 
sedimento; 
- Preparação da lâmina deve ser rápida ↔LCR é 
um líquido inapropriado para manutenção de 
viabilidade da célula ↔deterioram rápido; 
- pH elevado + baixa pressão osmótica = célula 
incha, lise e tornam-se irreconhecíveis 
- Amostra com elevada celularidade = deve diluir 
em soro NaCl 0,9% ↔células tenham espaço 
adequado; 
- Adesão artificial é comum ↔não confundir 
com células tumorais = monócito cercado por 
eritrócitos = eritrofagocitose; 
g) Exame físico da amostra: 
- Etapa inicial = Observação visual e coloração 
da amostra; 
- Fornece informações importantes; 
- A coloração deve ser registrada antes e depois 
da centrifugação; 
- XANTOCRÔMICA = após a centrifugação tem 
tonalidade que varia entre rosa, amarelo e 
laranja; 
- A amostra XANTOCRÔMICA ocorre devido a 
presença de: hemoglobina (hemólise) e 
concentrações elevadas de proteínas e 
bilirrubinas ↔pode ser por iodo, caroteno ou 
melanina também; 
- A amostra XANTOCRÔMICA é comum em RN 
e prematuros ↔imaturidade da função hepática; 
- Intensidade da XANTOCROMIA = método de 
rotina visual ↔comparação da cor da amostra 
com padrões de coloração de bicromato de 
potássio. 
- Na punção podem ocorrer traumas e 
sangramentos que dificultam (erro) o 
diagnóstico ↔ semelhante a hemorragia 
subaracnóidea ↔ procedimento para distinguir 
= método de 3 tubos, pressão inicial e inspeção 
visual após centrifugação (torna-se límpida); 
- Análise deve ser feita com boa iluminação; 
- Formação de coágulo deve ser registrada, é 
observada em ↔acidente de punção, bloqueio 
espinhal (síndrome de Froin) e meningite 
tuberculosa e supurativa; 
LCR
Normal
Incolor, límpido.
Celularidade:
Leucócitos = Até 200/µl
Hemácias = Até 400/µl
Alterado
Levemente Turvo ou Turvo leitoso
Presença de células sanquíneas ou 
microrganismos
Taxas elevadas de proteínas ou 
lipídeoas
 
 
h) Contagem de Células: 
- Contagem global de leucócitos e hemácias; 
- Rotina ↔Câmara de Fuchs – Rosenthal; 
- O procedimento varia de acordo com a 
celularidade daamostra; 
- Deve-se conhecer a característica de cada uma 
das células: 
Célula Características 
Hemácias (Eritrócitos) Contorno regular, halos e 
centro celular limpo – 
projeções finas e 
pontudas podem 
aparecer em casos de 
eritrócitos crenados. 
Leucócitos Aspecto granular e 
refringentes 
Células Teciduais Grandes, granulares 
contorno irregular – não 
são contabilizadas 
 
- Caso tenha acontecido acidente de punção na 
hora da coleta ↔correção de contagem celular: 
➢ Calcula-se os leucócitos na amostra = 
leucócitos do sangue x hemácias no LCR 
/ hemácias presentes no sangue; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Valores de Referência: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Atividade sobre LCR feita em sala de 
aula: 
 
1) Qual a suspeita do médico no caso 
apresentado ? 
R = Meningite Viral ↔LCR incolor e límpido 
2) Em quais locais pode ser coletado o 
líquor ? 
R = Pode ser coletado por punção lombar 
(método mais escolhido), suboccipital ou 
cisternal (segundo método de escolha) e 
ventricular. 
3) Qual o preparo prévio para coleta do 
líquor ? 
R = 
• Só pode ser feita após assinatura do TCLE 
(Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido); 
• Antes da coleta do LCE, a pressão deve ser 
de 90 a 180 mmHg; 
• Paciente em decúbito lateral, em posição fetal 
ou sentado, parado e curvado; 
• Coleta feita entre L3 e L4 ou L4 e L5; 
• Sedação está indicada naqueles pacientes 
extremamente agitados, mas pode ser 
realizada em todos aqueles que o desejarem; 
• Utilizando uma luva estéreo, limpe uma área 
ampla do sitio de punção com um agente 
desinfetante como clorexidina alcoólica e 
degermante ou iodo, realizando movimentos 
de círculos concêntricos. Cubra a área com 
campos estéreos, deixando apenas o sítio de 
punção livre para acesso. Como o 
procedimento é doloroso e potencialmente 
causador de ansiedade no paciente, você 
deve realizar uma anestesia local com 
lidocaína subcutânea. 
4) Qualquer profissional pode realizar o 
procedimento? 
R = A coleta é de responsabilidade do médico 
requisitante. Uma vez que a coleta do LCR é um 
procedimento invasivo, só pode ser realizada 
por um profissional especializado (médico). 
5) Em que situações a amostra de LCR pode 
ser requerida ? 
R = É de grande importância para o diagnóstico 
e acompanhamento das doenças neurológicas. 
Indicação da Punção Lombar 
• Suspeita de Infecção do SNC. 
• Suspeita de HSA em paciente com 
tomografia computadorizada negativa. 
• Esclerose múltipla. 
• Síndrome de Guillain-Barré 
• Doenças malignas do SNC. 
• Diagnóstico de doenças oncológicas 
como leucemia. 
• Diagnóstico de doenças metabólicas. 
- Outras finalidades da extração é a 
descompressão do sistema nervoso e o uso 
desta via para infusões de medicamentos 
 
 
 
6) Qual o significado da cor da amostra e da 
pressão da mesma ? 
R = Cor da amostra: 
Cor Motivo 
Límpido, transparente 
como “água de rocha” 
Normal – ou viral a 
depender do quadro 
clínico 
Leitoso, com tonalidade 
esbranquiçada 
Pode ser resultado de 
aumento na 
concentração das 
proteínas ou dos 
lipídeos, mas também 
pode ser indicativo de 
infecção, sendo a 
turbidez causada pela 
presença de glóbulos 
brancos 
Turvo ou pouco turvo Ocorre por presença de 
leucócitos, proteínas, 
lipídeos e 
microrganismos no 
líquor 
Xantocrômico Coloração amarelada 
decorrente da presença 
de bilirrubina 
plasmática, que pode 
ser resultado de uma 
hemorragia 
subaracnóidea ou da 
transudação de 
proteínas do soro para o 
LCR ou presença de 
bilirrubina na icterícia 
Eritrocrômico Indica coloração 
avermelhada decorrente 
da hemólise das 
hemácias, que pode ser 
causada por um 
acidente de punção ou 
uma hemorragia 
subaracnóidea. 
 
7) Qual a composição do LCR ? 
R = Pequenas concentrações de proteína, 
glicose, lactato, enzimas Lactato 
Desidrogenase, Adenosina Deaminase (ADA) 
potássio, magnésio e concentrações 
relativamente elevadas de cloreto de sódio. 
- O LCR normal, apresenta leucócitos, sendo 
70% linfócitos e 30 a 50% de monócitos. Se for 
encontrado outro tipo de leucócito no líquor, é 
indicativo de algum processo anormal. 
- O líquido cefalorraquidiano em condições 
normais não apresenta hemácias. 
 
8) Porque o LCR deve ser coletado em três 
tubos ? 
R = - Tubo 1: destinado para testes químicos e 
sorológicos, esses tubos podem ser congelados 
para manter a estabilidade da amostra; 
- Tubo 2: destinado para laboratório de 
microbiologia, os tubos devem permanecer na 
temperatura ambiente; 
- Tubo 3: destinado à hematologia, os tubos 
podem ser refrigerados. 
 
https://www.jaleko.com.br/sala-de-aula/histologia/tecidos/tecido-sanguineo/leucocitos

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