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Psicofarmacologia - Antipsicoticos

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Mayra Alencar
Transtornos Psicóticos
Conceito psicose: Síndrome clínica caracterizada por:
- Vivências patológicas de alheamento
- Distorção da realidade
Condições que afetam a mente, em que há alguma perda de contato
com a realidade.
Sintomas: Conjunto de sintomas nos quais há comprometimento da:
- Capacidade mental
- Resposta afetiva
- Reconhecimento da realidade
- Comunicação
- Relacionamento com outras pessoas
Patologias:
➔ Esquizofrenia
- SINTOMAS POSITIVOS: Delírios e alucinações
- SINTOMAS NEGATIVOS : Apatia, anedonia,
embotamento cognitivo e disforia neuroléptica.
Esquizofrenia
Região mesolímbica (Receptores D2) → Dopamina (sintomas
positivos)
Região mesocortical (Receptor D1) → Dopamina (sintomas
negativos)
Hipótese Neuroquímica:
Envolve a dopamina, em maior parte, e a
glutamatérgica e serotoninérgica.
Mayra Alencar
- Dopamina → Principal neurotransmissor da esquizofrenia
Se queda de dopamina (relação com prazer) → Anedonia, cansaço,
fadiga
Se excesso de dopamina → Sintomas esquizofrênicos
Teoria Dopaminérgica
Por fatores multifatoriais, há uma:
→ Hiperestimulação da dopamina na região mesolímbica→ Sintomas
positivos
+
→ Hipoatividade dopamina na região mesocortical → Sintomas
negativos
Mayra Alencar
Teoria Dopaminérgica - Bases
As bases da teoria dopaminérgica:
➔ Psicose anfetamínica
- Anfetaminas; cocaína; estado esquizofreniforme que
desaparece quando a dose da droga é reduzida
➔ Antagonista DA
- Redução dos níveis de DA → Melhora clínica dos
sintomas positivos
● Antagonistas de D2
Obs.: Quanto menor a seletividade, maior os efeitos colaterais
(agravamento dos sintomas negativos)
➔ Tratamento do Mal de Parkinson
- Alucinações como EA dos medicamentos
● Parkinson → Redução de dopamina →
Medicação aumenta dopamina →
Manifestações clínicas positivas.
Fisiologia Glutamatérgica
Região mesocortical:
Obs.: Glutamato → Principal neurotransmissor excitatórios
(receptores NMDA)
FISIOLOGIA GLUTAMATÉRGICA: Glutamato → Receptores NMDA
ativados na região mesocortical → Neurônios dopaminérgicos→
estimula dopamina
- Glutamato atua diretamente nos neurônios dopaminérgicos
ESQUIZOFRENIA: Hipoatividade dos receptores NMDA → Logo,
redução do glutamato
Glutamato reduzido → Redução de dopamina → Sintomas negativos
Região mesolímbica:
Mayra Alencar
FISIOLOGIA GLUTAMATÉRGICA: Glutamato → Receptores NMDA
ativados na região mesolímbica→GABA→Neurônio dopaminérgico
→ inibe dopamina
- Logo, há um interneurônio GABA entre glutamato e
dopamina, o que ocasiona uma inibição da dopamina
ESQUIZOFRENIA: Hipoatividade dos receptores NMDA → Logo,
redução do glutamato
Glutamato reduzido → Redução de GABA → Aumenta dopamina →
Sintomas positivos
Obs.: O papel da serotonina ainda não é elucidado, mas sabe-se que,
fisiologicamente, há receptores de serotonina na região mesolímbica
o qual possui papel estimulador do glutamato, e consequentemente
inibe dopamina.
- Logo, antagonistas da serotonina → aumenta dopamina
Teoria Glutamatérgica
Teoria Serotoninérgica
Papel ainda controverso e não elucidado: 5HT não está diretamente
envolvida na patogênese da esquizofrenia.
➔ LSD (agonista parcial 5HT2A) causa:
- Desrealização
- Despersonalização
- Alucinações visuais
(Sintomas positivos da esquizofrenia)
Mayra Alencar
Fases da Doença:
Fases evolutivas referentes ao curso da esquizofrenia:
➔ Fase prodrômica
- Assintomática
➔ Fase aguda
- Surtos psicóticos
➔ Fase de estabilização
- Com tratamento
Obs.: Esquizofrenia não tem cura
Tratamento farmacológico:
Objetivos do tratamento de fase aguda:
➔ Prevenir danos
➔ Controle dos distúrbios do comportamento
➔ Supressão dos sintomas
➔ Promover retorno rápido ao melhor nível de funcionamento
➔ Desenvolver uma aliança com o paciente e sua família
➔ Formular planos de tratamento de curto e de longo prazo
➔ Conectar o paciente com o sistema de atendimento na
comunidade
Objetivos da fase de estabilização do tratamento da esquizofrenia:
➔ Reduzir o estresse do paciente
➔ Melhorar a qualidade de vida do paciente
➔ Promover o suporte para prevenir a recaída
➔ Incentivar a reintegração social
➔ Facilitar a redução continuada dos sintomas
➔ Consolidar a remissão dos sintomas
➔ Promover o processo de recuperação
Antipsicóticos
Mayra Alencar
Principais indicações:
Características:
➔ Sinônimos: Neurolépticos ou tranquilizantes maiores;
➔ Uso em monoterapia ou associação
➔ Acompanhados de abordagem não farmacológica
- Psicoterapia, por exemplo
➔ Reduzem e aliviam significativamente os sintomas psicóticos
➔ Fase aguda/ Fase de manutenção
➔ Tratamento contínuo
Classificação:
Não muito utilizados na atualidade, exceto:
Haloperidol
Aririprazol e Brexpiprazol → Mais indicados
Obs.: O tratamento antipsicótico no SUS é abrangente, ou seja, atua
com a disponibilidade de vários fármacos.
Antipsicóticos Clássicos
Mayra Alencar
Características:
Antagonista dos receptores D2, logo, não atua sob os sintomas
negativos.
➔ Outras denominações:
- Tradicionais
- Típicos
- Convencionais
➔ Resposta clínica: 70%
➔ Melhor resposta clínica para os sintomas positivos
➔ Ausência de resposta nos sintomas negativos
➔ Muitas reações adversas
Farmacocinética:
➔ Metabolismo hepático
➔ Excreção renal/ fecal
Haloperidol decanoato → Administração IM a cada 4 semanas.
- “Derruba leão”
Farmacodinâmica:
Antagonistas dos receptores D2 da dopamina no sistema límbico.→
Inibe sintomas positivos
- Se atuar na região mesocortical → atua em D1 →
exacerbação dos sintomas negativos
OBS.: Nenhum fármaco é capaz de atuar em D1.
Mayra Alencar
Obs.:
Os antipsicóticos convencionais apresentam
outras propriedades farmacológicas além do
antagonismo de dopamina D2. Os perfis de
receptores diferem para cada agente, o que
contribui com perfis de efeitos colaterais
divergentes. Porém, algumas características
importantes são compartilhadas por vários agentes, como a
capacidade de bloquear os receptores colinérgicos muscarínicos,
receptores H1 e/ou receptores alfa-1- adrenérgicos.
Receptores:
Tioridazina e clorpromazina →Colinérgico (receptor muscarínico)
Clorpromazina →Receptor alfa adrenérgico
Todos, mas particularmente: haloperidol, flufenazina e tiotixeno→
Receptor dopamina
Risperidona e clozapina → Receptor de serotonina
Particularmente clorpromazina e clozapina → Receptor de
histamina (H1)
Obs.: Clozapina e risperidona são antipsicóticos atípicos.
Afinidade
em relação aos receptores.
- Haloperidol → Alta afinidade a D2, e não atuação sobre
muscarínico e serotoninérgico (justifica seu papel como 1º
geração)
Posologia:
(NÃO VAI CAIR)
Potência:
Relacionada à afinidade de bloqueio dos receptores D2.
Mayra Alencar
Reações adversas:
O principal efeito adverso, são os denominados sintomas
extrapiramidais, relacionados ao excesso de acetilcolina.
Sintomas extrapiramidais:
Via Nigroestriatal:
Normalmente, a dopamina suprime a atividade da acetilcolina. Logo,
-->
Aumento da atuação colinérgica →Agitação/ Acatisia, discinesia
tardia e tremores.
- Redução de dopamina → Reconhecimento pelo organismo→
Aumento dos números de neuroreceptores → Inutilização,
com uso contínuo da medicação → Discinesia tardia como
efeito adverso ao excesso de acetilcolina
Via tuberoinfundibular:
Elevação dos níveis de prolactina → Galactorreia
Inserção no receptor M1
Boca seca, sonolência, visão embaçada e constipação intestinal
Resumo:
Limiares hipotéticos para os efeitos dos antipsicóticos convencionais:
Mayra Alencar
Monitoramento:
Precauções de uso:
Intoxicação:
Manejo: Tratamento de suporte e sintomático
CLORPROMAZINA
Características:
➔ Antipsicótico sedativo de baixa potência (2º linha)
➔ Alternativa de baixo custo
Mayra Alencar
➔ Potencial moderado a alto para:
- SEP
- Aumento de massa corporal
- Ortostasia
- Sedação
- Efeitos antimuscarínicos
➔ Vias de administração:
➔ Interferência em exames:
- Falso-positivo: Gravidez, fenilcetonina urinária
bilirrubina urinária
- Alteraçõesno ECG
- Diminuição ACTH
Contraindicações:
HALOPERIDOL
➔ Antipsicótico de alta potência (1º linha)
➔ Uso: VO e IM
- Apresentação “depot”: para pacientes que não aderem
ao tratamento
➔ Gestação: É um dos medicamentos mais seguros, mas evitar
no 1º trimestre
➔ Idosos: Medicação de escolha (causa menos hipotensão
postural)
Contraindicações:
- Não utilizar na doença de Parkinson, visto redução ainda
maior dos níveis de dopamina
TIORIDAZINA
Características:
➔ Antipsicótico de baixa potência (2º linha)
Mayra Alencar
➔ Clássico com maior potencial de prolongamento QT
➔ Menor risco de SEP (sintomas extrapiramidais)
➔ Iniciar com doses diárias menores: baixo peso, doença renal
ou hepática, idosos
➔ Uso crônico > 800 mg/dia: risco de retinopatia
➔ Uso VO
Contraindicações:
Obs.:
Mayra Alencar
Antipsicóticos Atípicos
Classe heterogênea de substâncias com perfis diferentes de
segurança, tolerabilidade e propriedades farmacológicas.
➔ 1º protótipo: Clozapina
- Padrão ouro para tratamento de esquizofrenia
- Última escolha
Ação sobre os sintomas:
- Positivos (clássicos)
- Negativos
Possuem como vantagem: Poucos SEPs e menor hiperprolactinemia.
Características:
Para ser considerado antipsicótico atípico, é preciso ter algum dos
mecanismos de ação:
➔ Antagonismo duplo sobre 5HTsA e D2
Serotonina → Estimula aumento de glutamina → Aumenta GABA →
Reduz dopamina
- Logo, se agir como antagonismo → aumento de dopamina
➔ Agonismo parcial 5HT1A
- 5HT1A é autorreceptor de 5HT, que regula a sua
liberação
● Torna a sinalização mais fraca
● Aumento da serotonina → Reduz a dopamina
→ Agonismo
➔ Agonismo parcial D2
- Estabiliza a neurotransmissão dopaminérgica em um
estado entre o antagonismo silencioso e a estimulação
total.
Obs.:
Mayra Alencar
INTERAÇÃO SOBRE OS RECEPTORES:
Farmacodinâmica:
Bloqueio 5HT2A provoca desinibição do neurônio dopaminérgico e
consequente extravasamento de DA. DA compete com o ASD pelo
receptor D2. Uma vez ligada ao receptor D2, DA inibirá a liberação de
ACh, o que ocasionará menos SEP, além de reverter a capacidade de
o antagonismo de D2 aumentar a secreção de prolactina, reduzindo a
galactorreia.
Aumento do limiar
para hiperprolactinemia (em relação aos antipsicóticos clássicos)
Mayra Alencar
Apresentação:
Farmacocinética:
➔ Metabolismo: Hepático
➔ Excreção: Renal/fecal
Reações adversas:
A discinesia é mais
acentuada nos antipsicóticos clássicos
Mayra Alencar
CLOZAPINA:
Embora tenha
indicação sobre esquizofrenia refratária → droga de última escolha,
visto a grande quantidade de reações adversas e interações
medicamentosas
FARMACODINÂMICA:
DESVANTAGENS:
Agranulocitose = interrupção da produção de neutrófilos, eosinófilos
e basófilos
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Mayra Alencar
MONITORAMENTO HEMATOLÓGICO:
OLANZAPINA:
RECEPTORES: 5HT2A e D2
QUETIAPINA
RECEPTORES: 5HT2A e D2
➔ As propriedade de ligação variam conforme a dose:
Mayra Alencar
RISPERIDONA:
RECEPTORES: 5HT2A e D2
PALIPERIDONA:
Mayra Alencar
RECEPTORES: 5HT2A e D2
ZIPRASIDONA
RECEPTORES: 5HT2A e D2
Antipsicóticos atípicos
3º GERAÇÃO
Fármacos:
➔ Aripiprazol (Aristab)
➔ Brexpiprazol (Rexulti)
Obs.: Lurarizadona pode ser classificado como antipsicótico atípico
de 2 ou 3º geração.
São estabilizadores dopaminérgicos.
Mecanismo de ação:
➔ Antagonismo 5HT2A
➔ Agonismo parcial D2
➔ Agonismo parcial 5HT1A
Mayra Alencar
Farmacodinâmica:
Clássico X Atípico
Antagonismo → Total
Agonismo parcial D2
Agonismo parcial →
Sinalização mais fraca (positivo)
Mayra Alencar
Agonismo parcial
na região mesolímbica e na mesocortical → equilibrando nos
sintomas positivos e negativos.
Agonismo parcial 5HT1A
- Autorreceptor → Controla a liberação (“Frear” liberação de
serotonina).
Agonismo parcial = equilíbrio da transmissão.
Mayra Alencar
Prescrição:
Farmacocinética:
Reações Adversas:
Mayra Alencar
ARIPIPRAZOL
Características:
➔ Antipsicótico estabilizados dopaminérgico
➔ Usos: Esquizofrenia, TAB
➔ Segurança
➔ Tolerabilidade
➔ Menor potencial para RAM
➔ Custo elevado
Obs.: Melhor antipsicótico em termos de reações adversas.
Farmacodinâmica:
LURASIDONA
Características:
➔ Antipsicótico estabilizador
➔ Absorção é melhorada com ingestão alimentos (500 cal)
➔ Nenhum ganho de peso e nem dislipidemia
➔ SEP moderados, porém amenizados se administração noturna
➔ Ação antidepressiva (Antagonista 5HT7)
➔ 2 ou 3º geração ?
Mayra Alencar
Farmacodinâmica:
BREXPIPRAZOL
Características:
➔ Antipsicótico estabilizados
➔ Quimicamente relacionado com o aripiprazol
➔ Ações farmacológicas + potentes do que o aripiprazol
➔ No Brasil: a partir de outubro/2020
- Única indicação de bula (ANVISA): Depressão maior
➔ Custo elevado
Farmacodinâmica:
Mudança de fármaco:
Mayra Alencar
Interrupção por ajuste cruzado (gradativo).