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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E GESTAÇÃO

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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
E GESTAÇÃO
● Pré eclâmpsia - ficou grávida e ficou
hipertensa
● Aumento da PA a partir da 20 semana
= PRÉ ECLÂMPSIA - antes disso é
hipertensão primária (paciente já tinha
antes)
● Edema de MMII
● Proteinúria
● Eclâmpsia
● Risco materno fetal
● Parto prematuro
● Não é qualquer medicação que pode
ser oferecida à gestante
● Nutrição
● Sulfato mg
● Placenta
● Pré eclâmpsia pós parto
● Própria hipertensão arterial sistêmica
primária - já possuia hipertensão e
ficou grávida
PRÉ ECLÂMPSIA E DIABETES
GESTACIONAL
O que essas patologias têm em comum?
● Específicas da gravidez
● Perfil imunológico semelhante
● Desequilíbrio angiogênico - grávida
tem aumento do volume de sangue
circulante que pode ser até de 60%,
portanto, precisa de novos vasos/leito
vascular. Portanto pode haver um
desequilíbrio nessa formação
● Aumento do estresse oxidativo
PRÉ ECLÂMPSIA
● D. multifatorial e multissistêmica
● Específica da gestação
● Definição clínica: HIPERTENSÃO
ARTERIAL associada à proteinúria
apos 20 semanas de gestação em
GESTANTE PREVIAMENTE
NORMOTENSA. Também na
ausência de proteinúria mas com
disfunção de órgão alvo
● Tríade antiga: aumento da PA,
proteinúria e edema
- Caiu porque 1. edema é normal na
gestação - aumento do peso comprime
os vasos, diminuindo o retorno venoso
e causando estase sanguínea com
extravasamento e portanto edema.
- 2. houveram casos graves sem
proteinúria
- 3. hoje em dia deve-se avaliar
atentamente a PA porque pode ocorrer
sem a elevação
- VALORIZAR O QUADRO CLÍNICO
- SINAIS E SINTOMAS!
● Paciente 17 anos, 34 sem e 5 dias, pré
natal sem intercorrências. Cefaleia
intensa, turvação visual, vômitos, dor
no hipoc direito, edema ++/++++
MMII, PA 140/90, bcf: 146.
- Internar
- Sulfato de mg - para prevenir a
eclâmpsia por via endovenosa
(mesmo que ela não estivesse
vomitando)
- Acompanhamento dos níveis
pressóricos
- Monitorizar o feto
- Cesárea se sofrimento fetal - apenas se
estiver em sofrimento fetal com
certeza
- Corticóide - NÃO DÁ porque passou
da idade indicada
- Antiemético por conta do vômito
- Hemograma -
- Enzimas hepáticas
- Função renal
- Urina 1 para avaliar proteinúria
- Bilirrubina para avaliar hemólise
- DHL
ETIOLOGIA
● A causa exata é desconhecida:
portanto, impossibilidade de
prevenção primária.
● Fatores de risco: possibilidade de
prevenção secundária.
● História prévia de pré- eclâmpsia:
aumenta em 8 vezes em comparação
com mulheres sem essa história.
● Ser PRIMIGESTA: risco 2 vezes
maior
● História familiar: mãe ou irmã:
aumenta o risco em 3 vezes.
TOLERÂNCIA MATERNA DA
PRIMIGESTA AOS ANTÍGENOS
PATERNOS
● Mudança de paternidade - quando
muda de parceiro tem a mesma chance
de exposição como se fosse a primeira
vez = primipaternidade
● Uso de métodos de barreira
● Tempo de atividade sexual com aquele
parceiro até engravidar
CONDIÇÕES PRÉ EXISTENTES
● Diabetes clínico
● Hipertensão arterial crônica
● Lúpus eritematoso sistêmico
● Síndrome anti-fosfolípide
● IMC acima de 25 anos
● Doença renal crônica
● Idade materna avançada: diabetes e
HAS crônica - que são 2 fatores de
risco para a pré eclâmpsia
FISIOPATOLOGIA
● Placentação deficiente
● Predisposição genética
● Má adaptação imune
● Baixa intolerância a alterações
inflamatórias
● Desequilíbrio angiogênico
● Deficiência do estado nutricional
A doença tem como base uma
PLACENTAÇÃO DEFICIENTE. Que fatores
são responsáveis por essa placentação
deficiente?
QUE COMPLICAÇÕES CLÍNICAS PODEM
DECORRER DE UMA PRÉ ECLÂMPSIA?
● Insuficiência renal
● Acidente vascular cerebral
● Insuficiencia cardiaca
● Edema agudo de pulmão
● Coagulopatia
● Insuficiência hepática
A PRÉ ECLÂMPSIA ESTÁ ASSOCIADA A:
● 12 a 25% dos casos de restrição do
crescimento fetal - uma vez que a
placenta faz o aporte sanguíneo para o
bebe e juntamente o oxigênio e
nutrientes ao feto. Se a placenta está
deficiente há risco de sofrimento fetal
devido a falta de oxigenação
● 15 a 20% dos prematuros
● Mortes neonatais
● Morbidade grave neonatal a longo
prazo
PARA O FETO/NEONATO:
Uma doença que cursa com hipoperfusão
placentária: que consequências isso traz?
- Redução de crescimento
- Redução do líquido amniótico que
possui como uma das funções
proteção contra choque mecânico
- Parto prematuro espontâneo ou
induzido
- Polidrâmnio e Oligoidrâmnio
RISCOS PARA A MÃE:
● AVC
● Edema agudo de pulmão -
insuficiência respiratória
● Infarto do miocárdio
GESTAÇÃO DE ALTO RISCO = termo
técnico, causa susto na gestante, deve-se falar
que precisa de uma atenção maior e uma
especialização maior
ECLAMPSIA
Ocorrência de crise convulsiva ou coma sem
outra causa
● Caracterizada pela ocorrência de
convulsão
● Importante o diagnóstico diferencial
- Tumor, rotura de aneurisma, epilepsia
- Condição exacerbada pelo estado
gestacional: púrpura trombocitopênica
trombótica, síndrome
hemolitico-uremica, trombose venosa
cerebral
● Ocorrência própria da gestação =
eclâmpsia
PRÉ ECLÂMPSIA NÃO SE EVITA MAS A
ECLÂMPSIA É OBRIGAÇÃO EVITAR!
● Sulfato de mg a 50%
- evitar convulsões ou se chegar uma
gestante convulsionando deve fazer
também
- Tanto na prevenção da eclâmpsia
quanto no tratamento da crise
convulsiva da gestante acima de 20
semanas!
- 8 ml de sulfato de mg em 12 ml de
água destilada e fazer a infusão em 20
min (infusão lenta) - endovenoso
- Usado em 2 situações com funções
diferentes:
1) Bebê vai nascer prematuro de 30 s por
conta da pré eclâmpsia - antes de
nascer faz sulfato de mg na mesma
dose para evitar convulsões - faz com
finalidade de proteção neurológica do
feto (sempre que nascer com menos de
32 semanas INDEPENDENTE DE
PRÉ ECLÂMPSIA)
2) Em casos de convulsão de gestante -
eclâmpsia
TRATAMENTO
Quais os alvos?
● Segurança materna
● Melhor condição possível para o bebê
O que resolve o quadro?
● O parto com a saída da placenta.
SEGURANÇA MATERNA
● Qual o obj para tratar hipertensão em
qualquer contexto? Redução da
morbidade e mortalidade
cardiovasculares!
● Os anti hipertensivos devem: reduzir a
pressão arterial e reduzir eventos
cardiovasculares
E na gestante?
● A redução da pressão não pode reduzir
o fluxo sanguíneo placentário!
● Lembrar que esse fluxo já está
ameaçado pela vasoconstrição
generalizada inerente à fisiopatologia
da pré eclâmpsia
➢ Quando o bebe for nascer antes de 34
semanas, deve-se administrar
corticoide para acelerar a maturidade
pulmonar - betametasona 12 mg
intramuscular até 24 hrs.
➢ Quando o bebe for nascer até 32
semanas, deve-se administrar sulfato
de magnésio para proteção
neurológica
Toda vez que tem pré eclâmpsia precisa
afastar uma forma grave = HELLP
H- hemólise microangiopática
El- disfunção hepática com elevação das
enzimas
LP - plaquetopenia
- Menopausa tardia - após 55 anos
Atenção!
- 30% dos casos - níveis de PA
compatíveis com pré eclâmpsia leve
- 10% dos casos - podem NÃO
apresentar hipertensão
- Pode ocorrer no puerpério

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