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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Centro de Ciências Sociais e Aplicadas INTELIGÊNCIA DE MERCADO NO PÓS-VENDAS DE EMPRESAS DE VESTUÁRIO FEMININO NO BRASIL Gabriela Castiglioni, Giovanna Moreno Campanella, Katarine Miyuki e Maria Alice Paixão São Paulo 2021 Gabriela Castiglioni, Giovanna Moreno Campanella, Katarine Miyuki e Maria Alice Paixão INTELIGÊNCIA DE MERCADO NO PÓS-VENDAS DE EMPRESAS DE VESTUÁRIO FEMININO NO BRASIL Projeto do Trabalho de Conclusão de Curso II apresentado à banca examinadora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como exigência para obtenção do título de bacharel em Administração com ênfase em Comércio Exterior. Orientadora: Professora Doutora Daniella Guimarães Bergamini de Sá São Paulo 2021 RESUMO Diante do novo cenário mundial globalizado e com a intensificação da revolução tecnológica, as organizações buscam alavancar sua competitividade através de tecnologias, como forma de garantir sua sobrevivência no mercado. Dessa maneira, surge o e-commerce, que se refere à comercialização de produtos e serviços realizados de forma online. Este trabalho visa entender como a Inteligência de Mercado pode oferecer uma estratégia assertiva de pós- venda para as empresas de e-commerce do setor de vestuário feminino no Brasil. A necessidade de aplicação de gestão estratégica aos recursos de uma organização torna crucial a busca de informações que possibilita um planejamento estratégico fundamentado em dados confiáveis, obtidos a partir da Inteligência de Mercado. Essa ferramenta permite o armazenamento e análise de dados sobre o comportamento do consumidor, e contribui para a formação de estratégias de pós-vendas. Fez-se uma breve descrição sobre o setor de vestuário no e-commerce, um estudo sobre a ferramenta de Inteligência de Negócios, introdução sobre Inteligência de Mercado e o processo de pós-vendas. Para compreender esse curso, a pesquisa qualitativa e descritiva é baseada em um questionário com a temática experiência do pós-vendas para consumidores. Verificou-se, por uma análise de dados descritiva, que a maioria das consumidoras brasileiras do vestuário na modalidade de e-commerce recebe um grande volume de e-mails sem conteúdo personalizado. A partir desses resultados, é possível identificar que a alta frequência de envio e a despersonalização dos e-mails marketing gera um incômodo em boa parte das consumidoras, o que dificulta o processo de fidelização dos clientes. Para a finalização deste trabalho, os pesquisadores, após coleta e análise dos dados obtidos através do questionário e em junção com o restante da pesquisa, apresentaram uma solução que envolve o desenvolvimento de uma estratégia assertiva de pós-vendas através da personalização de questionários e maior fidelização do público. Palavras-chave: inteligência de mercado; e-commerce; vestuário feminino; inteligência de negócios; pós-vendas. ABSTRACT Facing the new globalized world scenario and considering the technological revolution development, organizations seek to leverage their competitiveness through technologies, as a way to guarantee their survival in the market. In this context, e-commerce emerges, composing commercialization of products and services in the online modality. This research aims to understand how Market Intelligence can offer an assertive post sales strategy for the e- commerce companies of the women's clothing business in Brazil. Data acquisition becomes crucial once the need for strategic management of companies resources enables strategic planning based on reliable data, obtained through Market Intelligence. This tool allows data storage and analysis about consumer behavior, adding to the development of post sales strategies. The researchers made a brief description about the e-commerce clothing sector, a study of the Business Intelligence tool and an introduction about Market Intelligence and post sales process. To better understand this development, the qualitative and descriptive research is based on a questionnaire themed the post sales experience for consumers. By data analysis it was possible to verify that most Brazilian e-commerce consumers of the clothing sector receive a large volume of not customized content emails. Keywords: market intelligence; e-commerce; women 's clothing; business intelligence; post- sales. 1. INTRODUÇÃO As constantes transformações tecnológicas no mundo de hoje interferem tanto no ambiente empresarial quanto nos costumes dos indivíduos. Gerando uma integração de novas tecnologias nas cadeias produtivas dentro das empresas e modificando o comportamento das pessoas em relação ao consumo de produtos e serviços. (GUIMARÃES; ÉVORA, 2004). O e-commerce é uma categoria de negócio nas quais as comercializações são efetuadas em ambiente online. Todo o procedimento da compra é realizado por meios digitais, desde o pagamento até a entrega do produto. No comércio eletrônico o único estágio realizado no mundo material é o de entrega dos pedidos aos consumidores. (GUIMARÃES; ÉVORA, 2004). Além dos métodos de compra, o e-commerce é fundamentado na divulgação e promoção de produtos ou serviços, uma vez que podem ser comercializados online ou com o auxílio do marketing digital. Dessa forma, essa parte da obtenção dos compradores também é realizada por meio da internet. (CHINAGLIA, 2019). A gestão estratégica pode ser definida como maneiras de gerenciar a organização em busca do aprimoramento de seus processos, para que sejam cada vez mais eficazes e relacionados com os objetivos da empresa. Com o auxílio da gestão estratégica, os departamentos podem atentar-se na execução do planejamento estratégico, com o intuito de alcançar os propósitos determinados. Quando executada, a administração pode ser utilizada nos mais diversos tipos de organizações, colaborando a evoluir seu desenvolvimento e níveis de competitividade. (CHIAVENATO, SAPIRO, 2020). Em conformidade com Filho, Lobato, Rodrigues e Torres (2012), a gestão estratégica é definida como um processo que visa a adaptação da empresa ao seu ambiente, com a contribuição de um gestor apto a garantir um caminho capaz de maximizar a competitividade da empresa no mercado. Permite encontrar um equilíbrio entre todas as demandas do ambiente interno e externo, e também entre os setores de dentro da companhia, para assim implementar planos estratégicos que assegurem os objetivos da organização. Ao observar a necessidade da busca de informações para formular o planejamento estratégico, as empresas utilizam ferramentas de Inteligência de Mercado: A inteligência de mercado é uma poderosa ferramenta utilizada pelas organizações como estratégia para a transformação das informações obtidas mediante o monitoramento externo, voltadas à tomada de decisão. O monitoramento contínuo do mercado, por meio da análise do ambiente externo, compreende o acompanhamento sistemático dos concorrentes, clientes, fornecedores, novas tecnologias e novos produtos, tornando-se parte integrante do processo de gestão estratégica nas empresas. Esse processo garante o aprimoramento ininterrupto, tornando as empresas competitivas em um mercado que exige ações e tomadas de decisões cada vez mais rápidas diante das constantes transformações no mundo dos negócios. (BRANCO; MARÓSTICA; MARÓSTICA, 2020, p.13). Em conformidade com Frachetta, A. et al. (2011), a Inteligência de Mercado conduz suas atividades por meio de ferramentas e metodologias de análise, contribuindo diretamente para o planejamento estratégico. Tendo em vista que o nível de competitividade entre as empresas foi intensificado por fenômenoscomo o surgimento da internet e a globalização, é possível pontuar a essencialidade das organizações adotarem processos de gestão eficientes, já que uma decisão precipitada ou tomada de decisão errada pode levar a organização ao fracasso. Para Paixão (2012, p.96), por meio da coleta de dados, é possível prever o comportamento do consumidor e entender o nível de satisfação com os serviços e produtos https://blog.tiny.com.br/e-commerce/como-vender-online/ https://www.nuvemshop.com.br/blog/nuvemcast-marketing-digital/ https://www.nuvemshop.com.br/blog/nuvemcast-marketing-digital/ oferecidos. O momento de pós-compra é essencial, já que determina o grau de satisfação do consumidor, possibilita a fidelidade e identifica oportunidades de melhoria. É necessário monitorar a satisfação e utilização do produto após a compra, uma vez que é neste momento que o consumidor pode voltar a comprar outros produtos da mesma marca, além de falar favorável ou desfavoravelmente. (KOTLER, 2000, p. 205). Como exemplificação de estratégia de pós-vendas, o e-mail marketing é um tópico em constante discussão, por ser uma maneira de comunicação digital que gera dúvidas sobre a eficácia de seus resultados (KENDZERSKI, 2012, p.121). É importante considerar a técnica usada e a mensuração de seus resultados para garantir sua eficácia. Ainda de acordo com Kendzerski (2012), ações de e-mail marketing são desenvolvidas com o objetivo de estreitar a relação entre público-alvo e organização, além de ampliar os negócios da empresa e a dominação das ferramentas como o e-mail marketing se tornou um desafio. É essencial estudar e escolher a estratégia que será utilizada, na tentativa de gerar valor ao cliente e evitar causar aborrecimento com o oferecimento de produtos aleatórios ou com a frequência muito alta de e-mails (CABRAL, 2020, p.64). É preciso estar atento a práticas como o spam, no qual não existe consentimento prévio do consumidor e se tornou uma técnica rejeitada pelo público. Apesar das vantagens desta estratégia de pós-vendas, como o custo baixo e formato digital, o e-mail permite que o usuário filtre aquilo que considera relevante, o que pode ser um risco para aqueles que utilizam essa estratégia. (OGDEN, 2002, p. 97). O constante aprimoramento da estratégia também é importante para garantir seu sucesso, sendo este realizado por meio de estudos sobre dados do mercado, como a reação do consumidor ao receber um spam, os motivos que o leva a se cadastrar em um site e até mesmo entender em quais dias da semana mais e-mails são mandados, aperfeiçoando a estratégia e gerindo os riscos do negócio. (KENDZERSKI, 2012, p.130). O estudo abordado foi direcionado pelo problema de pesquisa: Como a Inteligência de Mercado pode oferecer uma estratégia de pós-venda para as empresas de e-commerce do setor de vestuário feminino no Brasil? Tal problema foi dividido entre os objetivos geral e específicos, sendo o objetivo geral entender como a Inteligência de Mercado pode oferecer uma estratégia de pós-venda para as empresas de e-commerce do setor de vestuário feminino no Brasil. E os objetivos específicos foram: (a) definir o que é Inteligência de Mercado; (b) descobrir como é feito o pós-venda nas empresas de e-commerce do setor de vestuário feminino no Brasil; (c) elaborar uma estratégia assertiva de pós-vendas para empresas de e-commerce no setor de vestuário feminino no Brasil. O tema desta pesquisa foi escolhido devido a um incômodo recorrente, por parte de todas as integrantes deste grupo de TCC, com o envio de e-mails e mensagens genéricas e não personalizadas pelas lojas de vestuário feminino brasileiras que atuam na modalidade de e- commerce, e que vendem suas peças em plataformas online própria. A escolha deste setor foi realizada com base na percepção de falhas na estruturação do pós-venda ao monitorar o comportamento do consumidor com base nas suas decisões de compras prévias. (OGDEN, 2002). Os pesquisadores buscam aumentar o conhecimento sobre este assunto e exemplificar sua importância no âmbito acadêmico-científico e profissional. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Setor de vestuário no E-commerce 2.1.1 Evolução do e-commerce A evolução do conceito de comércio é um fenômeno que pode ser observado ao longo do processo evolutivo e tecnológico da humanidade. Nos primórdios, o comércio era uma espécie de troca de bens in natura, depois com o surgimento das moedas metálicas e de papel, esse escambo passou a ser monetizado e posteriormente com o advento da Revolução Industrial, os artigos tornaram-se manufaturados e comercializados em massa. Por fim, com a criação da internet, os produtos passaram a ser vendidos em escala global, sem fronteiras físicas entre os países e o comércio recebeu a designação de eletrônico, ou simplesmente, e-commerce. (TEIXEIRA, 2015, p. 26-27). O progresso da internet ao longo das décadas de 80, 90 e no início dos anos 2000 mostrou às organizações uma possibilidade de melhoria do desempenho em suas transações, tanto entre empresas como para o consumidor final. Tornou-se possível otimizar os procedimentos organizacionais, agilizar os processos logísticos e facilitar os pagamentos por meio de sistemas bancários eletrônicos e ao mesmo tempo, investir em planos de marketing para compreender a nova demanda eletrônica. Dessa evolução tecnológica surgiu o e- commerce, uma nova maneira de comercializar. (TURCHI, 2018, p.13). 2.1.2 Conceitos Para Stefano e Zattar (2016), o comércio eletrônico é a utilização da World Wide Web para aprimorar a performance empresarial, diminuindo custos e aumentando a participação de uma organização no mercado global. É um conceito que não se restringe apenas na compra de um produto ou serviço on-line, pois este compreende todas as relações eletrônicas que uma empresa estabelece com suas pessoas de interesse, ou seja, seus stakeholders. Segundo Laudon e Traver (2017) o comércio eletrônico pode ser conceituado como o uso da rede mundial de computadores, aplicativos móveis e navegadores para concretizar negócios, ou seja, transações digitais e comerciais realizadas entre empresas e indivíduos. Já Teixeira (2015) define o e-commerce como uma “extensão do comércio convencional” existente em um espaço digitalizado, no qual o processo de comercialização de bens e serviços acontece por meio de softwares e ferramentas informáticas. 2.1.3 Ascenção no Mercado O comércio eletrônico impacta diretamente o comportamento humano, tanto na decisão de compra quanto na forma de consumo. A conexão global proporcionada pela internet permite que os consumidores tenham à sua disposição um catálogo variado de produtos e serviços oferecidos por empresas no mundo todo, consequentemente aumentando a competitividade e a necessidade de compreender o novo comportamento digital de seus clientes. (STEFANO; ZATTAR, 2016). Os autores Laundon e Trevor (2017) compartilham o mesmo ideal e acrescentam que por meio do e-commerce as informações de seus consumidores chegam em enormes volumes e de maneira muito rápida às organizações. É possível conhecer o cliente de maneira efetiva por meio de questionamentos como: quais são suas necessidades, desejos, motivos de suas decisões de compra e quais as maneiras mais utilizadas de fechar uma compra. Além disso, o conhecimento sobre os concorrentes também é adquirido com um fácil acesso, o que corrobora para os altos níveis de competitividade observados nesse setor. O e-business e o e-commerce têm aumentado a velocidade e a facilidade das transações comerciais e, como resultado, a competição tem sido intensa. As empresas precisam ajustar-se constantemente às novas tecnologias, integrar sistemas mais modernos e mais rápidos e atender às necessidades das pessoas em todo o mundo. (DEITEL;DEITEL;STEINBUHLER, 2004). Para Turchi (2018), o aumento da competiçãoem níveis mundiais e a necessidade de conhecer melhor o consumidor digital, fez com que as empresas considerassem os planos estratégicos de marketing, assim como refletissem em novas formas de abordar consumidores e fornecedores em uma escala global. A sobrevivência no mercado atual exige uma alternativa eletrônica, seja um site, loja on-line ou blog de discussões, todos os possíveis clientes e concorrentes estão presentes na web. 2.1.4 Tipos de E-commerce Em relação aos tipos existentes para operação no comércio eletrônico, as visões dos autores Laudon e Traver (2017) e Turchi (2018) se complementam, pois assim como as modificações tecnológicas ocorrem rapidamente e de forma inovadora, os novos modais e tipos de consumo disponíveis no e-commerce também são estudados e desenvolvidos por estudiosos com o passar dos anos. Para Laundon e Traver (2017) existem seis tipos principais de e-commerce: (a) Business to Consumer (B2C); (b) Business to Business (B2B); (c) Consumer to Consumer (C2C); (d) Mobile E-commerce (M-Commerce); (e) Social E-commerce; (f) Local E-Commerce. O B2C tem como principal atribuição engajar os consumidores individuais em compras on-line de produtos oriundos de empresas de varejo, conteúdos e serviços disponíveis na internet. Já o B2B é o tipo de comércio eletrônico no qual as empresas estabelecem conexões de compra e venda entre si, enquanto o C2C é denominado como um mercado eletrônico entre os próprios clientes, ou seja, "consumidores vendendo para outros consumidores". A modalidade do M-Commerce denomina o uso de aparelhos móveis, como celulares e computadores, para efetivar as transações comerciais na internet, enquanto no Social E- commerce, estas relações são estabelecidas por meio de networking digital. O Local E- Commerce tem como intuito atrair o cliente por meio de plataformas e estratégias de marketing digitais para as lojas físicas, baseado na distância geográfica. (LAUDON; TRAVER, 2017,p. 22-27). Já Turchi (2018) caracteriza o E- Commerce em nove formas distintas de se comercializar on-line: (a) Business to Consumer (B2C); (b) Business to Business (B2B); (c) Consumer to Consumer (CtoC); (d) Business to Government (B2G); (e) Business to Institutions (B2I); (f) Business to Employee (B2E); (g) E-Procurement. 2.1.5 Plataformas de e-commerce Segundo Turchi (2018), para que uma empresa instale uma loja de e-commerce é necessário investir recursos na programação de um sistema, o qual possibilita as operações comerciais de maneira eletrônica. O planejamento para a escolha deste sistema é um fator definitivo e decisório no impacto do desenvolvimento de uma loja on-line. Pode-se caracterizar as plataformas de e-commerce em três tipos: a) Plataforma própria ou personalizada, é desenvolvida pela própria organização e necessita de um alto investimento, são completamente personalizadas de acordo com as necessidades dos vendedores. b) Plataforma alugada ou pronta, a empresa adquire um sistema já desenvolvido por um fornecedor em troca de pagamento mensal, apresenta um custo menor e pode ser instalado rapidamente. c) Open source, é um tipo de sistema disponível na web que pode ser configurado e personalizado, é necessário que haja um squad experiente em programação ou recursos disponíveis para terceirização. 2.1.6 Cenário Atual do Comércio Eletrônico no Brasil Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2018 cerca de 79,1% dos domicílios brasileiros têm acesso à internet, uma evolução em relação ao ano de 2017 quando 74,9% dos lares brasileiros tinham acesso a esse serviço. De acordo com Mendes (2013): “o número de pessoas com acesso à internet é a base sob a qual se sustenta o crescimento do e-commerce, além de representar o grau em que a sociedade brasileira está inserida na internet.” De acordo com a pesquisa “43 ed. Webshoppers” realizada pela Ebit Nielsen, em 2020 o Brasil atingiu a marca de 193,6 milhões de pedidos on-line, o que gerou um faturamento de 87,4 bilhões de reais. Segundo o estudo, um dos principais motivos para este resultado é a chegada de 13 milhões de novos consumidores neste mercado, o que resulta em um aumento percentual de 29% em relação ao último ano. Esse crescimento deve-se ao isolamento social como medida de contenção do Coronavírus e ao aumento de ofertas de frete grátis, um fator que de acordo com o Ebit é um dos motivadores essenciais para a compra. O comércio eletrônico apresenta aumentos percentuais e consecutivos em número de pedidos e faturamentos ao longo dos anos no Brasil devido a consolidação deste tipo de negócio em setores de bens de consumo, como informática, esportes, games e eletrodomésticos. A revolução mais expressiva ocorreu no setor de vestuário, mais especificamente no segmento de moda e acessórios. Comprar roupas e demais produtos de vestuário é um tipo de consumo de complexa adaptação no meio eletrônico e este aumento indica que cada vez mais os clientes acreditam na proposta de comércio on-line. (TURCHI, 2018). Segundo a pesquisa do Ebit Nielsen, um dos principais segmentos econômicos que apresentou crescimentos significativos no faturamento e em número de pedidos foi o de roupas e calçados, ou seja, de vestuário. A 43a edição dos Webshoppers constatou cerca de 22% a mais de pedidos e 15% a mais nas receitas, comparando os anos de 2019 e 2020. A pesquisa definiu esse setor em: “lojas on-line com predominância na venda de vestuários e calçados” e criou uma subcategoria de moda e acessórios, a qual consiste em blusas e calças femininas entre outros tipos de vestuário. 2.1.7 Mercado de Vestuário no Brasil O vestuário pode ser conceituado como: O vestuário é um conjunto formado pelas peças que compõem o traje e por acessórios que servem para fixá-lo ou complementá-lo. Num sentido amplo do termo, o vestuário é um fato antropológico quase universal, uma vez que na maior parte das sociedades humanas antigas e contemporâneas são usadas peças de vestuário e acessórios que ornamentam o corpo humano. (NACIFI, 2007). Segundo pesquisa do Sebrae realizada em 2016, 10% dos empresários do mercado de vestuário operam por e-commerce e desse percentual, 6% possuem uma plataforma própria, enquanto 3% utilizam o Marketplace. Para Marinho (2021), a presença de empresas desse ramo no comércio eletrônico chegou aos 29%, pois a era digital que regula a economia na atualidade torna a entrada no comércio eletrônico uma obrigação das empresas, para que consigam garantir a sua sobrevivência. 2.2 Inteligência de Negócios 2.2.1 Análise de Dados Para compreender um processo ou uma metodologia, é preciso conhecer a raiz da estrutura. Se tratando de Inteligência de Negócio (BI – Business Intelligence), a base dessa metodologia é a análise de dados. Os tomadores de decisões analisam esses dados mediante ferramentas computadorizadas, visando aumentar a eficiência e a efetividade dos negócios. São nessas análises que surgem as informações, insights e conhecimentos. Mas nem sempre foi assim, a algum tempo atrás esses fluxos de dados não eram nem capturados, e muito menos analisados de forma relevante. Por isso, a análise de dados é considerada força matriz tecnológica da década. (DELEN; SHARDA; TURBAN, 2019, p.66). Quando se pensa em análise de dados, existe uma técnica utilizada chamada de Técnica de Regressão. Uma das interpretações para a análise de dados é buscar entender o comportamento de um determinado fenômeno com o comportamento de uma ou mais variáveis que pode ser algo preditora, sem que seja necessária uma relação de causa e efeito entre esses dois fenômenos. Essa é a base da Técnica de Regressão, que pode também comprovar causas e prever valores. Ao interpretar o resultado de uma modelagem de regressão, é preciso atenção. Pois como foi dito anteriormente, a relaçãoentre causa e efeito não é garantida. (FÁVELO, 2015, Apresentação) A principal função da modelagem de regressão é prever comportamentos levando em conta o comportamento das variáveis, e com o avanço da tecnologia e aprimoramento computacional no século XX, foram surgindo modelos mais complexos de modelagens de regressão. A Técnica de Regressão por sua vez fica inserida dentro da Técnica de Dependência, que tem como principal função calcular equações para que os pesquisadores possam estudar matematicamente o comportamento dos dados. Esse estudo tem como foco principal entender a relação entre as variáveis e elaborar previsões levando em conta os seus intervalos de confiança. (FÁVELO, 2015, Apresentação). 2.2.2 CRM e ERP Todas essas análises de dados e ferramentas tem como objetivo melhorar de alguma forma o funcionamento dos negócios. Uma das partes essenciais para essa melhoria é aperfeiçoar a gestão de qualidade com o cliente, ou seja, investir em Customer Relationship Management (CRM). (MADRUGA, 2018, p.234). O CRM foi criado por executivos da indústria de software que juntou a proficiência tecnológica com estratégias e táticas de gestão de relacionamento. A criação dessa classe com certeza alterou definitivamente a rota do marketing, mostrando que era essencial se relacionar ainda mais com o consumidor. Para entender o funcionamento ou o motivo dela, é essencial focarmos na raiz. (MADRUGA, 2018, p.234). A origem do CRM é dividida em duas partes, a primeira envolve a evolução das ferramentas tecnológicas para auxiliar o departamento de marketing com a junção do atendimento ao mercado consumidor. A segunda parte envolve também essa evolução tecnológica, mas agora focando na gestão empresarial. A gestão empresarial da qual estamos falando é com o foco no interno, que tem o objetivo de controlar os estoques, os custos e a rentabilidade. Essa gestão da área interna faz parte do sistema de informação Enterprise Resource Planning (ERP). Enquanto os consumidores mudavam seus comportamentos, fazendo as empresas perceberem que estavam na hora de aperfeiçoar o relacionamento com os clientes melhorando o sistema de atendimento, simultaneamente estava ocorrendo uma mudança no comportamento dos dirigentes causada pela percepção de que os sistemas de ERP eram incompletos. Essa necessidade de automatizar as vendas e o relacionamento com os clientes, junto com a necessidade de aprimorar os sistemas de atendimento em si, fez com que o CRM surgisse. (MADRUGA, 2018). Essa ferramenta analítica permite a análise em tempo real do desempenho da venda, atendimento dos produtos, serviços e canais. Também viabilizando uma segmentação dos clientes, para que assim as empresas possam realizar campanhas mais assertivas focando nas necessidades deles. O CRM, por tanto, pode ser aplicado em todos os canais de contato, seja presencial ou remoto. Como exemplos de alguns canais temos: venda presencial, web, chatbot, e-mail, telefone e redes sociais. É possível notar algumas semelhanças entre CRM e ERP, afinal de contas, ambos têm como objetivo melhorar o contato da empresa com os seus clientes. Mas existe uma grande diferença entre os dois: o ERP atua no back office de uma empresa, enquanto o CRM atua no front office. O ERP pode ser implantado sem o CRM, mas dificilmente o CRM consegue atuar sem o ERP ou com algum outro sistema que tenha um papel semelhante. (MADRUGA, 2018). Dessa forma surge uma cumplicidade entre os dois sistemas, enfatizando o apoio que o ERP atribui na implementação do CRM. Para essa implementação é preciso planejar com uma certa antecedência, criar diretrizes norteadas com descrições dos requisitos funcionais, criar regras novas e otimização dos processos de relacionamentos, apoiar a aquisição de tecnologia e definição de recursos, controlar a implementação, quality assurance e capacitação do cliente. Seguindo esse passo a passo junto com uma consultoria de projetos, uma equipe de implementação e o apoio e a participação dos gestores estratégicos da empresa, é possível implementar o CRM. (MADRUGA, 2018). 2.2.3 Dados Voltando a falar de dados especificamente, é importante enfatizar que a representação dos dados depende do tipo de análise que é feito. Projetos que ignoram algumas etapas cruciais como a tarefa de adequação dos dados podem gerar respostas erradas, assim levando gestores a tomar decisões imprecisas e inoportunas. (DELEN, 2019, p.68). Existem algumas características (que pode ser chamado de métricas) que definem a adequação dos dados para fazer o estudo de análise de dados. Sendo eles: confiabilidade da fonte de dados (recomendável sempre procurar a fonte original dos dados a fim de eliminar problemas de transferência desde a fonte até o destino), precisão do conteúdo (os dados precisam representar o que a sua fonte original definiu), acessibilidade (concentrar o armazenamento dos dados, fazendo com que não precise fundir ou transformar nada), segurança e privacidade (garantir que os dados só poderão ser acessados por aqueles que possuem a autorização), riqueza (ter uma riqueza de dados suficiente para garantir a precisão), consistência (dados coletados, combinados e fundidos com precisão), valor corrente e atualizado (os dados mais recentes e atualizados possíveis), granularidade (variáveis e valores dos dados no nível mais básico e detalhado possível), validade (é o termo usado para descrever a relação entre valores reais e esperados) e relevância (desde o dado menos relevante até o mais, porém, sem incluir dados com pouca relevância para não prejudicar a precisão). (DELEN, 2019, p.68). Esses são os parâmetros mais relevantes a serem levados em consideração. Porém precisamos entender que em determinadas situações é exigido níveis diferentes de ênfases em pontos diferentes, e até mesmo um acréscimo de outros específicos, para ter uma excelente preparação para a aplicação em análise de dados. (DELEN, 2019, p.68). 2.3 Inteligência de Mercado 2.3.1 Sistemas de Informação A partir do momento em que organizações passam a ser consideradas sistemas abertos, transformações significativas ocorreram com ambientes políticos, ambientais e tecnológicos. A entrada de novos concorrentes, indicadores econômicos e padrões de consumo se tornam base para que decisões estratégicas ocorram (OTTONICAR, 2018, p. 21). A complexidade desse novo ambiente exige das empresas decisões assertivas, ágeis e complexas. A crescente disponibilidade de informações em diferentes formatos e fontes apenas gera benefícios para a organização, desde que haja alinhamento dessa sobrecarga de informações com as ferramentas de TI da organização (SILVA; GOMES. 2016, p. 2). De acordo com Antonelli (2009), ultrapassando a questão que um dos principais objetivos do Business Intelligence é transformar dados em conhecimento e assim obter vantagem competitiva, é necessário definir e compreender os termos do processo de inteligência para que a organização possa captar, armazenar e minerar os dados. O passo inicial de implementação ocorre quando a empresa possui dados operacionais acomodados em base de dados e o armazenamento interno ocorre através de Sistemas de Informação (S.I). O autor considera que esses dados operacionais são a base do projeto de Inteligência de Mercado. 2.3.2 Dados Operacionais Esses dados operacionais são armazenados em uma fonte de dados também conhecida como Operational Data Store, uma grande base que consolida e centraliza apenas os dados de diversas fontes, iniciando o processo de análise, uma vez que fornece importantes informações durante o processo de tomada de decisão. (ANTONELLI, 2009, p. 82). O armazenamento de todos os dados consolida o Data Warehouse, que pode ser definido como uma coleção de tecnologias produzidas como repositório de dados relevantes para gestores de uma organização. (DELEN;SHARDA; TURBAN, 2019, p.156) Ainda segundo (DELEN; SHARDA; TURBAN, 2019, p.157), existem três principais tipos de Data Warehouse: o Data Marts, ou DTM, que é focado em determinado assunto particular. Ele pode ser dependente de uma fonte de dados externa ou independente. O segundo é o de Armazenamento de Dados Operacionais, geralmente constituído por um conteúdo dinâmico e que pode sofrer diversas alterações, mas serve para ser analisado e oferecer respostas de curto prazo. Por fim, existe o Data Warehouse Organizacional, que geralmente aparece em grande escala pois é utilizado para armazenar grandes quantidades de dados, e é considerado o melhor suporte para tomada de decisões. De maneira geral, é possível resumir que um Data Warehouse é de nível corporativo, apresenta baixo nível de granularidade e armazena grande quantidade histórica de dados, enquanto um Data Marts é mais adequado para nível departamental, já que o nível de granularidade é muito maior e permite consultas rápidas com características específicas. (SILVA; RIBEIRO; RODRIGUES, 2005, p. 34) O próximo passo consiste na utilização de boas ferramentas de exploração, ou Data Mining, que, segundo Primak (2008, p. 51), consiste na busca de informações baseadas em algoritmos que reconhecem padrões não necessariamente relevados nos dados. Outra definição possível é a de que o DM é uma maneira de acessar dados do DW e processar padrões em grandes quantidades de dados através do uso da inteligência artificial, estatística e modelos matemáticos (SILVA; RIBEIRO; RODRIGUES, 2005, p. 31). Para que a fase de mineração de dados seja iniciada, é preciso construir um banco de dados separado para os dados que serão minados. Em seguida, modelos são criados, com a definição de amostras e seleção de dados para o treinamento do modelo. Depois, ocorre a fase de análise, em que são criadas análises das informações e ocorre a criação de atributos-chave para a análise do negócio. Por último, acontece a fase de aplicação, na qual os algoritmos ajustados são aplicados em situações reais do sistema. O Data Mining é uma alternativa para organizações traçarem estratégias futuras uma vez que oferecem novas oportunidades de negócio (ANTONELLI, 2009, p. 83). 2.3.3 Ferramenta de Inteligência Segundo o estudo realizado por Frachetta, A. et al. (2011), é possível visualizar que, por se tratar de uma ferramenta de inteligência, o uso do BI permite melhora na qualidade de informações, auxiliando gestores em medidas mais assertivas e gerando vantagem competitiva para as empresas. Para o sucesso da implementação dessa ferramenta, porém, é necessário alinhamento constante entre o planejamento estratégico e os dados do sistema. Todo esse processo de recolhimento, armazenamento, mineração e análise de dados pode ser aplicado em uma organização que pretende fidelizar um maior número de clientes, por exemplo. De acordo com Sparemberger e Zamberlan (2019, p. 239), após o fechamento de uma venda é o momento que se inicia o ciclo de relacionamento com o consumidor. O monitoramento do desempenho do produto após a venda é essencial para a construção desse relacionamento, e é uma atividade que permite um novo ciclo de compras. Esse, segundo o autor, é o momento de descobrir novas necessidades, encontrar novos problemas e oferecer novas soluções, com a vantagem de que a organização já possui um cliente satisfeito. Estudar o potencial de um mercado depende de um método de levantamento de informações de compradores e futuros compradores. A empresa deve buscar informações relativas a compras passadas do consumidor, de produtos ou referências buscadas. O processo decisório de compra é um desafio que pode ser influenciado por pressões sociais e atividades de marketing. Em um primeiro momento, surge o reconhecimento da necessidade; em seguida, a busca por informações. Depois, avaliações de alternativas pré compra e, por fim, a compra e o consumo. (SPAREMBERGER; ZAMBERLAN, 2019, p. 166). 2.4 Estratégias do pós-vendas 2.4.1 Apresentação do setor de pós-vendas Cada vez mais, as organizações estão sendo obrigadas a buscarem alternativas para aumentarem a eficiência, a produtividade e o lucro de cada uma delas. Uma das medidas estratégicas utilizadas é a tentativa de fidelização de clientes, com o intuito de atraí-los para realizarem novas compras. Essa estratégia é feita especificamente pelo setor de pós-vendas, no qual traz resultados muito satisfatórios se for planejado de maneira adequada. (ALMEIDA; LUCAS; MARTINELLO, 2019, p. 2). Mesmo no momento de pós-vendas, estudar o comportamento do consumidor é imprescindível para a alavancagem de vendas. Diante disso, Solomon (2008) descreve que avaliar o comportamento do consumidor é um processo contínuo, e que a motivação é um elemento que desperta a necessidade dos consumidores. Assim, as empresas devem compreender os desejos desses consumidores a fim de motivá-los a comprar, oferecendo produtos e serviços que despertem esse desejo e que criem um vínculo entre a organização e o consumidor. A partir do entendimento do comportamento do consumidor, ocorre o processo de tentativa de fidelização dos clientes. De acordo com Oliveira, Silva e Souza (2013), fidelizar o cliente é uma das etapas mais importantes para a estratégia de uma empresa para obter vantagem competitiva. Os clientes estão cada vez mais exigentes em todos os âmbitos, e além de fazê-los satisfeitos, o principal objetivo é mantê-los fiéis. Em consequência disso, surge o procedimento de pós-vendas, no qual é definido por um procedimento de marketing que permite um relacionamento constante entre o consumidor e a empresa. Para complementar o conceito de pós-vendas, Almeida, De Jesus Lucas e Martinello definem: O pós-vendas, por sua vez, é um conjunto de atividades que ocorre após a venda de um produto ou serviço a fim de estabelecer um vínculo entre o prestador de serviços ou fornecedor do produto e o cliente, tendo como objetivo fidelizar e proporcionar maiores chances de compras futuras. (ALMEIDA; LUCAS; MARTINELLO, 2019, p. 5). 2.4.2 Público-alvo de consumidores online no mercado da moda Existem diversas alternativas para cativar os consumidores, e a internet é a fonte que possui o maior retorno para isso. As redes sociais, por exemplo, possuem um enorme poder em propagar informações de maneiras muito eficientes e permitem uma aproximação com as pessoas. Dessa maneira, as empresas de e-commerce de moda utilizam esse meio para fidelizar seus clientes, uma vez que novos consumidores são atraídos através dessas estratégias. Apesar da internet ser uma estratégia de vendas e fidelização, muitos usuários virtuais ainda são receosos ao utilizar plataformas de e-commerce, por ser um setor no qual ainda está em expansão, e, portanto, as empresas devem estar sempre atentas para atender as necessidades desses usuários. (FELIPE, 2015, p. 45). Ainda de acordo com Felipe (2013), a autora explica sobre como deve ser feita a relação com o cliente dentro do comércio eletrônico: As relações decorrentes da experiência de compra podem ser determinantes para a concretização de um futuro promissor dentro da área do comércio eletrônico. Devido a este fator, torna-se imprescindível a preocupação com aspectos que determinam a satisfação do consumidor, tais como um atendimento de qualidade (rápido e eficaz), o cumprimento e o cuidado com os prazos de entrega, e o mantimento de um vínculo constante e zeloso para com seus clientes (continuando com uma comunicação leve e agradável mesmo após o ato da compra, fazendo com que um determinado público sinta- se envolvido de forma satisfatória e fidelize-se à marca). (FELIPE, 2015, p. 51). 2.4.3 Processo de decisão de compra Keller e Kotler (2006) explicam que existem cinco etapas para o processo de tomada de decisão de compras: oreconhecimento de problemas, a busca de informações no mercado para tomar uma decisão adequada, a avaliação de alternativas, a decisão de compra e por fim o pós- compras. Logo, Backes e Zamberlan (2017) afirmam que a etapa do pós-vendas é uma das mais importantes, uma vez que o consumidor realmente avalia o produto ou serviço comprado, e durante esta etapa, é analisado se a expectativa inicial se alinha com a posterior aquisição. Os autores Setiawan, Kartajaya e Kotler (2017) explicam que após o momento de compra, os clientes passam a interagir mais com o produto e a marca, inclusive pelos serviços prestados no pós-vendas. Logo, as empresas devem fazer o possível para manter esses clientes e que eles tenham experiências positivas e memoráveis. Aqueles que conseguem manter seus clientes no momento de pós-vendas conseguem conquistar os clientes, fazendo com que eles re-comprem e defendam a marca. 2.4.4 Desenvolvimento do setor de pós-vendas Para desenvolver um pós-vendas efetivo, Kendzerski (2009) explica que as empresas precisam identificar as principais formas de contato com o seu público para um melhor entendimento de seus perfis e assim definir as ações realizadas. As empresas devem obter informações relevantes de seus clientes, como por exemplo suas informações pessoais para comunicação, e dados sobre consumo, acesso e comportamento. Keller e Kotler (2006) mencionam que o banco de dados pode ser utilizado para estabelecer critérios e escolher os clientes que devem receber ofertas específicas. Através desse recurso, a empresa seleciona os clientes de interesse e mantém uma sequência de atividades com ele, como por exemplo notas de agradecimento, enviar novas ofertas e até mesmo telefonar caso o cliente não tenha respondido. Além disso, o banco de dados possui a funcionalidade de intensificar a fidelidade do cliente através de cupons de descontos, brindes, entre outros. 2.4.5 Tipos de estratégias Entre os meios de estratégias de pós-vendas, existem diferentes métodos, e os programas de fidelização são um deles. Este método deve estar no centro da gestão empresarial contemporânea, e esses programas não dependem somente de ofertas e descontos (SALLBY, 1997, p. 9). Para isso, são fornecidas aos clientes publicações dirigidas a eles, como por exemplo newsletter, revistas, vídeos; privilégios adicionais; cartões de créditos especiais; clubes de clientes; patrocínio de usuários; assistência 24 horas por meio telefônico; descontos especiais; garantia de preços mais baixos, entre outros. (BRETZKE, 1992, p. 158-159). De acordo com Assis (2003), a prática de mailing adotada pelas empresas pode ser uma ótima estratégia para aumento de vendas e fidelização de clientes se for planejada de maneira correta. O e-mail é um lugar onde a maioria dos usuários de internet passam o tempo, e, portanto, as empresas adotam o mailing como uma ferramenta de relacionamento para manter uma comunicação direta com os consumidores. Ao comparar com outras formas de manter o relacionamento com os clientes, o e-mail apresenta muitos benefícios. Entre eles, um bom custo-benefício por consumidor, rapidez na execução, baixo custo de produção e precisão na apresentação dos resultados. Apesar disso, poucas empresas utilizam estratégias de cross-sell (venda cruzada, ou seja, o cliente comprou um produto e são oferecidos outros que podem ser complementares) e de up-sell (venda de produtos atualizados, ou seja, novos modelos do produto comprado anteriormente). Essas estratégias podem trazer resultados positivos de vendas, mas não são muito utilizadas, pois exigem um sistema de informação muito bem estruturado capaz de rastrear o histórico de compra dos clientes. Por outro lado, o e-mail marketing possui algumas desvantagens. Muitas vezes, são enviados e-mails para diversas contas com o intuito de aumentar as vendas. Porém, apesar de existir uma segmentação do mercado-alvo, essa prática pode ser considerada como spam pelos consumidores, sendo automaticamente ignorado por eles (SETIAWAN; KARTAJAYA; KOTLER, 2017, p. 72). Além disso, as marcas devem estar sempre atentas com o volume de e- mails enviados e quais produtos oferecer, pois apesar de os usuários se interessarem ao receber e-mails sobre a empresa, o alto volume enviado e o envio de conteúdo irrelevante poderão ser prejudiciais, levando até o descadastro de clientes (CABRAL, 2020, p. 64-65). 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 Tipo de pesquisa A pesquisa descritiva apresenta como principal finalidade expor as particularidades de um grupo de indivíduos, acontecimentos ou definir relações entre variáveis. Dentre esta classificação estão as pesquisas que buscam recolher as concepções e comportamentos de indivíduos em um determinado plano amostral. (GIL, 2008, p.28). O tipo de pesquisa utilizado neste trabalho foi a descritiva, pois os pesquisadores buscaram as opiniões dos respondentes por meio de um questionário aplicado no plano amostral, com o intuito de entender a importância da estruturação de um pós-venda efetivo baseado na Inteligência de Mercado. 3.2 Método e Técnicas da Pesquisa O método de pesquisa para desenvolver a pesquisa proposta foi o qualitativo. Para isto foi elaborado um questionário composto por doze questões fechadas e conectadas aos objetivos específicos para responder ao problema de pesquisa. Este método consiste na coleta de dados reais e descritivos, ou seja, ocorrências naturais que descrevem as opiniões e pensamentos dos respondentes. As noções e conceitos próprios que os indivíduos dão aos questionamentos são os focos do desenvolvimento da pesquisa qualitativa, busca-se relacionar estas opiniões com o problema de pesquisa e avaliar se foi possível atendê-lo. (LUDKE; ANDRÉ, 2013). 3.3 Plano Amostral Conforme Lakatos e Marconi (1992) o plano amostral pode ser conceituado como: “Universo ou população é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum [...] A delimitação do universo consiste em explicar que pessoas, coisas, fenômenos etc. serão pesquisadas.” Nesta pesquisa, o plano amostral escolhido foi exclusivamente mulheres na faixa etária entre 18 e 60 anos de idade, estudantes universitárias e trabalhadoras CLT, que possuem acesso à internet e realizam compras nas plataformas digitais. O questionário foi respondido por 243 mulheres e considerou como unidade de análise a percepção de cada consumidora sobre o assunto, e como nível de pesquisa a posição de consumidoras de lojas de vestuário feminino brasileiras na modalidade de E-commerce. 3.4 Instrumentos de Coleta de Dados e Técnica de Coleta de Dados Como instrumento de coleta de dados aplicou-se uma técnica de observação direta extensiva, o questionário, composto por questionamentos respondidos individualmente, ou seja, sem o comparecimento dos pesquisadores. (LAKATOS; MARCONI, 1992). Este questionário foi estruturado em 12 perguntas fechadas, com até cinco possibilidades de alternativas, conectado com os três objetivos específicos e enviado às respondentes via Google Forms. Sem a interferência do pesquisador, por meio de um questionário com quatro perguntas de identificação (idade, gênero, grau de instrução e estado de residência) e outras doze perguntas que abordam temáticas como a estruturação de um pós-vendas efetivo e sua influência na decisão de compra do consumidor. As respostas obtidas foram essenciais para que os pesquisadores compreendessem a opinião das consumidoras de empresas de vestuário de e- commerce brasileiras em relação às políticas de pós-vendas existentes e aplicadas atualmente. A técnica de análise de dados utilizada pelas pesquisadoras foi a análise descritiva, que conforme Gil (2008), tem como objetivo principal verificar os dados coletados e auxiliar a compreender a opiniãodo plano amostral acerca do assunto. De maneira geral, o questionário abordou o conhecimento subjetivo dos entrevistados sobre a estruturação efetiva do pós-venda baseados na Inteligência de Mercado e no comportamento do consumidor. Após a obtenção das respostas, as mesmas foram organizadas, tabuladas e, por fim, analisadas. 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS A parte inicial do questionário foi realizada para que os pesquisadores pudessem analisar e selecionar o público respondente. Esta primeira seção foi destinada a perguntas de reconhecimento, com possibilidade de resposta em alternativas. Como o setor de estudo é o de vestuário feminino, esta pesquisa foi desenvolvida com base nas opiniões das mulheres. O quadro abaixo foi construído para sintetizar os dados gerais, como, gênero, idade, grau de escolaridade e estado de residência dos indivíduos que responderam o questionário. Pode-se observar que 60,1% das respondentes são mulheres entre 18 e 29 anos e que apenas 2,5% são mulheres acima dos 60 anos. Em relação ao grau de escolaridade, 39,5% têm ensino superior completo e 36.6% incompleto. Além disso, foi possível perceber que 77% das respondentes residem no estado de São Paulo. Quadro 1- Dados Gerais do Questionário Fonte: Elaborado pelos pesquisadores (2021). A segunda parte do Questionário é composta de 12 perguntas fechadas e específicas, com o objetivo de compreender os padrões de consumo dos respondentes. As questões abordaram frequência, hábitos e incômodos, entre outros, durante as compras online e foram todas respondidas por 206 pessoas. A primeira questão específica abordou a frequência e os hábitos de consumo online das respondentes, na qual 84,8% responderam que costumam realizar compras online, enquanto 15,2% responderam que “Não”. Os que responderam de forma negativa tiveram acesso a uma questão de justificativa. A análise das respostas demonstrou que 64,9% dos respondentes não compram online frequentemente por não poderem experimentar as peças, seguidos de 27% que não gostam ou não confiam em compras online. De acordo com 18,9%, pelo motivo do frete ser muito caro e 8,1% acreditam que comprar online é mais caro do que em lojas físicas. Conforme a revisão bibliográfica é possível compreender que ainda existe um receio por grande parte dos usuários virtuais ao realizar compras pela internet, pelo principal fato do cliente não ter um contato físico com as peças. Por este motivo, é preciso um maior cuidado das empresas ao planejar uma loja virtual, para proporcionar ao cliente a melhor experiência possível, atendendo sempre às suas expectativas. (FELIPE, 2015, p. 45). Para aqueles que votaram “Sim” na pergunta sobre compras online, o questionário abordou a frequência da realização dessas compras. A análise das respostas demonstra que 56,3% dos respondentes compram online pelo menos uma vez ao mês, seguido por 21,8% que votaram em uma vez por semana. Em terceiro lugar, com 20,4%, os que consomem online ocasionalmente (uma vez a cada três meses), seguido por 1%, dos que compram online sempre (todos os dias) e 0,5% daqueles que raramente consomem (uma vez a cada seis meses). Com isso, fica evidenciado a confiabilidade do consumidor no mercado de e-commerce brasileiro. A segunda questão específica do questionário abordou o que influencia um consumidor a comprar novamente em uma loja e está relacionada com o segundo objetivo específico "Descobrir como é feito o pós-vendas nas empresas de e-commerce do setor vestuário feminino no Brasil". Gráfico 1 - Influência na compra Fonte: Elaborado pelos pesquisadores (2021). A análise das respostas demonstrou que 70,4% dos respondentes são influenciados por postagens em redes sociais. Em seguida, com 56,8% são os programas de fidelidade ou descontos caracterizados como atrativos para fidelizar um cliente. Com 35%, os lançamentos de novas coleções, seguido por 10,2% que votaram em SMS com ofertas e e-mails que recebem das lojas. É possível observar que a maioria dos consumidores acompanha as redes sociais das lojas e busca por programas de fidelidade e cupons de desconto. Sallby (1997) explica que os programas de fidelização devem estar no centro da gestão empresarial contemporânea, e que se deve entender as necessidades do consumidor para criar uma estratégia adequada de fidelização. Com 52,4%, a opção “todos os dias” foi a mais votada, seguida por 29,6% que recebem pelo menos uma vez por semana. Com 8,7%, os que não recebem ou não se cadastram, 5,8% dos que responderam ocasionalmente e 3,4% raramente. Essa questão atendeu à expectativa dos pesquisadores e está relacionada ao objetivo específico “Descobrir como é feito o pós-vendas nas empresas de e-commerce do setor vestuário feminino no Brasil”. Com mais de 50% dos respondentes alegando que recebem e-mails sem um conteúdo personalizado todos os dias, percebe-se que não está sendo realizada uma análise de dados. São nessas análises que surgem as informações, insights e conhecimentos. (DELEN; SHARDA; TURBAN, 2019, p.66). Gráfico 2 - Incômodo em receber e-mail pós-venda Fonte: Elaborado pelos pesquisadores (2021). Na próxima questão, os respondentes foram questionados se após realizar a compra, se incomodaram ao receber e-mails de satisfação ou de novas propagandas. 60,7% responderam que sim e 39,3% que não. Essa questão está relacionada ao objetivo específico “Elaborar uma estratégia assertiva de pós-vendas para empresas de e-commerce no setor de vestuário feminino no Brasil”. Para desenvolver um pós-vendas efetivo, Kendzerski (2009) explica que as empresas precisam identificar as principais formas de contato com o seu público para um melhor entendimento de seus perfis e assim definir as ações realizadas. O resultado demonstrou que e-mail não é uma forma de contato eficaz. Gráfico 3 – Relação da compra com o pós-venda Fonte: Elaborado pelos pesquisadores (2021). A pergunta seguinte indagou se o público já deixou de realizar compras online por causa da insistência do pós-venda de alguma empresa. De acordo com as respostas, 58,7% votaram que não deixou de realizar compras, versus 41,3% que já deixou. Essa pergunta demonstrou que a insistência no pós-vendas das organizações, na maioria das vezes, não afetou a decisão de compra do público e está relacionada ao objetivo específico “Elaborar uma estratégia assertiva de pós-vendas para empresas de e-commerce no setor de vestuário feminino no Brasil”. Segundo os autores Setiawan, Kartajaya e Kotler (2017), o e-mail marketing possui algumas desvantagens. Muitas vezes, são enviados e-mails para diversas contas com o intuito de aumentar as vendas. Porém, apesar de existir uma segmentação do mercado-alvo, essa prática pode ser considerada como spam pelos consumidores, sendo automaticamente ignorado por eles. Gráfico 4 –Exclusão do cadastro do e-mail marketing Fonte: Elaborado pelos pesquisadores (2021). Essa questão perguntou ao público se eles já haviam retirado o cadastro de um site devido a alta frequência de envio de promoções e anúncios no e-mail. 79,6% responderam que sim e 20,4% que não. A descoberta proveniente do levantamento indica que a alta frequência de e-mails enviados gera um incômodo em muitas pessoas. Cabral (2020) explica que as empresas devem preocupar-se com a frequência e o conteúdo de e-mails enviados, uma vez que poderá levar ao descadastro dos clientes. A seguir, o questionário indagou se o público responderia um questionário após a sua primeira compra a fim de personalizar a sua experiência. 81,6% assinalaram que sim e 18,4% que não. A questão está relacionada com o objetivo específico “Elaborar uma estratégia assertiva de pós-vendas para empresas de e-commerce no setor de vestuário feminino no Brasil”. As respostas demonstram que os respondentes têm interesse napersonalização do pós- vendas. De acordo com Setiawan, Kartajaya e Kotler (2017), as empresas devem fazer o necessário no momento do pós-vendas para fidelizar seus clientes, para que assim aconteça a re-compra e o vínculo. Gráfico 5 - Incentivo ao cadastro no e-mail marketing Fonte: Elaborado pelos pesquisadores (2021). A próxima questão abordou o que os respondentes gostariam de receber no e-mail como incentivo em uma nova compra. Com 81,6%, cupons de desconto foi o item mais assinalado, seguido por 69,9% da opção “promoções”. O lançamento de novos produtos e coleções foi o terceiro mais votado, com 28,6%, seguido por programas de fidelidade com 22,3% e produtos complementares, 13,1%. Essa questão está relacionada com o objetivo específico “Elaborar uma estratégia assertiva de pós-vendas para empresas de e-commerce no setor de vestuário feminino no Brasil”. Segundo Solomon (2008) as empresas devem compreender os desejos desses consumidores a fim de motivá-los a comprar, oferecendo produtos e serviços que despertem esse desejo e que criem um vínculo entre a organização e o consumidor. Essa questão serve exatamente para descobrir o que o público-alvo deseja. Por fim, a última questão questionou o que mais incomoda o público no processo de pós-vendas. Com 72,8%, a maioria apontou para os e-mails contínuos dos estabelecimentos. Em seguida, com 51,5%, os anúncios de remarketing e 42,7% os SMS e mensagens no Whatsapp com ofertas. As longas pesquisas de satisfação e o sentimento de que mesmo após responder a pesquisa não há personalização vieram em seguida, com 33% e 25,2%, respectivamente. Esta questão auxiliou o entendimento sobre os incômodos do momento de pós-vendas, assunto influenciou a escolha do tema desta pesquisa. De acordo com Kendzerski (2009), as empresas precisam identificar as principais formas de contato com o seu público para um melhor entendimento de seus perfis e assim definir as ações realizadas. Os primeiros conflitos surgiram aos pesquisadores quando algumas das hipóteses iniciais não coincidiram com o resultado do questionário aplicado, como principal exemplo, acreditava-se que a maioria dos clientes deixavam de comprar por conta da insistência de pós- venda do e-commerce, porém a pesquisa provou que não. Além disso, identificou-se outro resultado fora do esperado, relacionado a personalização no pós-venda. Os estudantes acreditavam que a falta de personalização era um fator que incomodava os respondentes, porém essa questão foi a alternativa com o menor número de votos. Podendo concluir que as pessoas se interessam pela personalização do pós- venda, comprovado por uma outra questão, mas esse interesse não é forte o bastante para incomodar caso não tenha. Na questão “O que você gostaria de receber no e-mail para incentivar uma nova compra?”, a alternativa “Produtos Complementares” teve a menor quantidade de votos pelos respondentes. Acredita-se que ao acrescentar a palavra “Personalizados” nessa alternativa, os resultados seriam diferentes. Isso também ajudaria a coletar insumos para atender o objetivo específico “Elaborar uma estratégia assertiva de pós-vendas para empresas de e-commerce no setor de vestuário feminino no Brasil”. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para entender como a Inteligência de Mercado pode oferecer uma estratégia de pós- venda para as empresas de e-commerce do setor de vestuário feminino no Brasil, as pesquisadoras desenvolveram três objetivos específicos: definir o que é Inteligência de Mercado; descobrir como é feito o pós-venda nas empresas de e-commerce do setor de vestuário feminino no Brasil; elaborar uma estratégia assertiva de pós-vendas para empresas de e- commerce no setor de vestuário feminino no Brasil. Esses propósitos foram conectados às doze perguntas do questionário, aplicado ao público feminino que consome roupas em lojas on-line. Por meio do estudo realizado ao longo deste artigo, foi possível conceituar a Inteligência de Mercado como uma ferramenta de análise e seleção de dados externos fundamentais para o desenvolvimento dos planos estratégicos e tomada de decisões em uma empresa. Ou seja, coletar dados, como as características do mercado dos concorrentes e medir a satisfação dos clientes, modificando-os de forma que se tornem vantagem competitiva. Esta definição aplica- se ao setor de vestuário feminino brasileiro de maneira que, as lojas podem usufruir das opiniões das clientes sobre as tentativas de fidelização no pós-vendas, compreender o que mais incomoda e como melhorar esta estratégia para manter-se no mercado. Com a tabulação e análise dos dados coletados na pesquisa foi possível encontrar como é feito o pós-vendas no setor de estudo. Constatou-se que a maior parte das consumidoras, compra novamente em uma mesma loja são influenciadas por postagens nas redes sociais e por ofertas de desconto. Além disso, mais da metade das consumidoras recebem diariamente e- mails sem conteúdo personalizado de lojas de e-commerce. Ou seja, estas empresas concentram as estratégias de pós-compra e fidelização do cliente em atividades de marketing digital, divulgadas nas próprias redes sociais das lojas, envio de e-mails genéricos aos clientes e oferecimento de cupons descontos nos demais produtos. A conclusão da pesquisa e análise das opiniões das respondentes elaborou-se uma estratégia assertiva de pós-vendas para empresas de e-commerce no setor de vestuário feminino no Brasil. Foi possível constatar que grande parte das consumidoras se incomodam com a insistência das lojas no envio de e-mails sem qualquer personalização e que mais da metade das respondentes já retiraram o seu cadastro dos sites por causa deste incômodo. Porém, mesmo com este incômodo, a maioria das respondentes não desiste de efetivar a compra, esse foi um dado inesperado pelas pesquisadoras. Estes questionamentos foram fundamentais para constatar que a quantidade excessiva de conteúdos genéricos de fato incomoda as compradoras e ao mesmo tempo descobrir que apesar do sentimento de incômodo com os e-mails genéricos, as consumidoras continuam efetuando compras com as lojas. Atendendo a esse objetivo específico, as pesquisadoras elaboraram a seguinte estratégia de pós-vendas para as lojas de vestuário feminino brasileiras que atuam no e-commerce: após a primeira compra, enviar um questionário sugerindo as opções pelas quais as consumidoras gostariam de ser abordadas para efetuar uma nova aquisição, como por exemplo, ofertas de desconto, produtos complementares, novas coleções ou programas de fidelidade. Como demonstrado e aplicado ao longo do TCC, em um mundo empresarial com altos níveis competitivos, a falta de investimentos em uma estratégia de pós-vendas efetiva, que fidelize o cliente e agregue valor ao produto pode causar danos substanciais às empresas. Ter acesso aos dados que demonstrem as opiniões dos clientes, filtrá-los e aplicá-los para melhorar o processo estratégico de pós-compras e consequentemente garantir aumento da vantagem competitiva é uma ação que caracteriza a Inteligência de Mercado. Constatou-se que a realização deste trabalho, bem como as literaturas utilizadas e o questionário aplicado, responderam ao problema de pesquisa, o usufruto bem planejado e executado da Inteligência de Mercado levando em consideração as opiniões dos clientes, oferecem estratégias de pós-vendas mais assertivas para as empresas de e-commerce do setor de vestuário feminino no Brasil. Além disso, os objetivos geral e específicos foram atingidos por meio da elaboração de uma metodologia que proporcionou a aplicação de um tipo de pesquisa descritiva e método qualitativo, focado em opiniões subjetivas do grupo amostral para reunir os resultados. 5.1 Limitações do Estudo Uma das principais limitações que os pesquisadores enfrentaram foi a falta de literatura para ostemas abordados. O título escolhido “Inteligência de Mercado no pós-vendas de empresas de vestuário feminino no Brasil” trata de um assunto específico, isso pode ter sido um dos motivos pela dificuldade em encontrar autores que abordam a mesma temática. Ir encaixando livros e artigos científicos que abordavam tópicos secundários como, Inteligência de Mercado, de Negócios e estratégias de pós-vendas, foi uma tática adotada pelos pesquisadores. Outra limitação foi a diferença entre o tamanho da população alvo com o nosso espaço amostral. Considerando que no Brasil milhões de mulheres realizam compras online todos os dias, coletar 230 respostas e analisá-las pode mostrar um resultado impreciso, do ponto de vista estatístico. Assim, dificultando o trabalho dos pesquisadores em enxergar de fato o comportamento dos consumidores. Ao concluir a pesquisa ficaram alguns questionamentos pendentes, perguntas que podem servir para o início de um novo estudo aprofundado. Os respondentes do questionário enfatizaram que o e-mail não é uma forma de contato eficaz para o pós-venda, mas ao mesmo tempo eles gostam de promoções e cupons de desconto. Se todo e-mail enviado no pós-venda tiver algum cupom ou desconto, essa imagem negativa do e-mail desapareceria? Se as pessoas dizem que têm interesse em personalizar o pós-venda, mas não gostam dos e-mails, qual é o canal ideal para tal personalização? São pontos a serem refletidos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Vitória; DE JESUS, Lucas Manuel; MARTINELLO, Matheus Roberto. 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