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Disfuncoes temporomandibulares

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Disfuncoes temporomandibulares
É um termo que se aplica as alterações funcionais relativas a articulação temporomandibular e estrturas mastigatórias associadas. Refere-se a um aglomerado de desordens caracterizadas por ruídos articulares, limitações na amplitude de movimento ou desvios durante a função mandibular, dor pre-auricular, dor na ATM ou nos músculos mastigatórios.
Sinonimos: DTM, desordem temporomandibular, patologia da articulação temporomandibular, desordem craniomandibular
Síndrome de Costen
A perda dentaria posterior causaria sobremordida resultando em pressão nos condilos sobre as estruturas retrocondilares, principalmente sobre os vasos e nervos auriculotemporais e meato acústico externo.
Sinais e Sintomas
· Redução do terço inferior da face
· Projeção do mento
· Intrusão dos lábios
· Aprofundamento dos sulcos nasogênicos
· Acúmulo de saliva nas comissuras labiais
· Queilite angular
· Sintomatologia dolorosa na atm e nos músculos
· Sensibilidade dentaria, nos dentes devido a atrição
· Dificuldades fonéticas
· Dor na região temporomandibular ou nos músculos da mastigação
· Dor irradiando por trás dos olhos, no rosto, pescoço, ombro ou nas costas
· Dores nas cabeça 
· Dor de ouvido ou zumbido
· Ruídos articulares
· Bloqueio, limitação ou desvio da abertura da boca
· Apertamento e ranger de dentes
· Tontura
· Sensibilidade dos dentes
Gnatologia
Teoria mecanicista: qualquer desvio de oclusão normal, desvantagem biológica ou necessidade de correção. Ação muscular onde contatos interoclusais excêntricos estimulam a atividade muscular, deveria ser considerada como a chave para a compreensão da função ou da disfunção oclusal.
Fatores biopsicossociais: como ansiedade, estresse e depressão, são considerados atualmenre como os principais fatores etiológicos da DTM. Esses autores mencionam que há uma depressão moderada ou grave nos pacientes portadores de DTM grave, e que todos os pacientes que apresentaram depressão grave apresentaram algum tipo de DTM. A depressão desempenha um papel importantíssimo não só na etiologia, como também na perpetuação da DTM.
Etiologia da DTM é multifatorial
Infecção, trauma, doenças autoimunes, parafunções, postura, causas psíquicas, alterações emocionais, alterações neuropáticas, alterações emocionais, doenças autoimunes e oclusão.
Até os anos 80 a ideia da relação causal entre dtm e má oclusão era evidente. Consequentemente a dtm deveria desaparecer quando eliminada a má oclusão por meio de um tratamento ortodôntico ou protético proporcionado pela mudança de esquema oclusal
A mordida aberta anterior pode ser sintomatologia da DTM
A DTM e uma disfunção complexa que esta associada a um modelo de doença biopsicossocial. É um erro e não mais apropriado considerar DTM apenas como uma condição de dor localizada orofacial. É inútil imginar uma única causa, nem mesmo esperar que qalqudr causa possa ser necessária ou suficiente. Para a maioria das pessoas com DTM crônica, a condição e um transtorno multissistemico com morbidade sobreposta.
Consideracoes etiologias
· Causa complexa multifatorial
· Fatores predisponentes, desencadeantes e perpetuantes
Essa linha de trabalho entende que a disfunção é um somatório de fatores normalmente descrito como fatores de risco, fatores agravantes e fatores perpetuantes da disfunção. O tratamento segue a logica de que se eliminar os fatores, a disfunção também seria eliminada.
· Fatores presidponentes que aumentam o risco de DTM
· Fatores iniciadores que causam instalação de DTM
· Fatores perpetuantes que interferem no controle da patologia
Anamnese
Historia psicossocial
Problemas psicológicos e comportamentais podem resultar em dor orofacial para alguns pacientes. Para outros, esses problemas podem ser o principal fator etiológico ou podem desempenhar um papel na manutenção ou ampliação da dor.
Emocional
Se o paciente tem depressão e/ou ansiedade, que geralmente são comorbidades e fatores complicadores relacionados a dor crônica, precisa ser determinado.
O papel do stress
- Através do hipotálamo, o stress prepara o corpo para uma resposta
- Cada pessoa vive o stress de uma forma diferente
- 2 tipos básicos de liberação de stress: externo e interno
- O stress aumenta a tonicidade muscular da cabeça e do pescoço e influencia na parafunção
Desenvolvimento das DTMs
- Mudanca na propiocepcao (coroas e restaurações)
- Traumas (anestesias, exodontias, acidentes)
- Uso não-habitual (parafuncoes)
- Stress emocional (liberação de energia)
- Hipermobilidade articular
- Instabilidade ortopédica associada a carga oclusal
Sintomas das DTMs
O local de colapso varia de individuo para individuo:
- Dentes: desgaste dentário, pulpite
- Musculos: dor ao movimentar a mandibula, alteração dos movimentos
- ATM: articulações sensíveis, dor, interrupção dos movimentos normais, ruídos intrarticulares
- Periodontia: mobilidade dentaria
Desordens funcionais da ATM
1. Incoordenacao do complexo condilo-disco:
- deslocamento do disco com redução (voltar a posição normal durante a abertura e sai durante o fechamento)
- deslocamento do disco sem redução
2. Incompatibilidade estrutural das superfícies:
- aderências
- adesões
3. Subluxação ou hipermobilidade
4. Luxação ou deslocamento espontâneo
Macrotrauma: pancada na mandíbula, traumas patogênicos.
Microtrauma: bruxismo e apertamento dental, classe II divisão 2 (Angle), instabilidade ortopédica.
Deslocamento de disco com redução
Etiologia: microtrauma/macrotrauma, instabilidade ortopedica (classe II, sub 2), carga na articulação
Características: amplitude normal de movimento, restrições apenas a dor, desvios durante a abertura, estalido
Deslocamento de disco sem redução
Etiologia: progressão de deslocamento de disco com redução
Características: travamento fechado (closed lock), desvios para o lado afetado, sem estalido, lateralidade restrita (outro lado), pode ou não haver dor
Aderências e adesões
Etiologia: carga estética prolongada (brxismo), hemartrose causada por macrotrauma ou cirurgia, aderência fibróticas das superfícies articulares (adesões), sinovite prolongada
Características: estalido, restrição de abertura temporária, após estalido volta-se ao normal, pode haver desvio durante a abertura, restrição da abertura (adesão), pode haver dor
Tratamento: minimizar a carga nas superfícies articulares, placa interoclusal, cirurgia artroscópica (adesões), fisioterapia (alongamento), ultra-som (apoio)
Subluxação ou hipermobilidade
Etiologia: variação anatômica da forma da fossa, parte posterior da eminência muito curta, parte posterior da eminência muito longa, hipermobilidade articular
Características: travamento aberto, volta a posição normal com pouca dificuldade, salto para frente
Tratamento: alteração cirúrgica (procedimento agressivo), educação do paciente, aparelho intra-oral que restringe os movimentos
Luxação ou deslocamento
Etiologia: após abertura máxima, hipermobilidade articular
Características: travamento aberto, não volta ao normal sem auxílio, presença (comum) de dor
Tratamento: redução da luxação, proteção do profissional, anestesia (mioespasmo), educação do paciente, cirurgia (último caso)
Desordens inflamatórias na ATM
Sinovite/capsulite
Diferenciadas apenas por artroscopia ou artromia
Etiologia: trauma, infecção de tecidos adjacentes, doenças sistêmicas, hipermobilidade
Características: dor a qualquer movimento que alongue o ligamento capsular, dor à frente do ouvido, côndilo sensível à palpação
Retrodiscite
Inflamação da zona bilaminar
Eitologia: trauma extrínseco ou intrínseco, microtrauma
Características: dor pré-auricular constante que se acentua com movimento, má oclusão súbita (distração)
Osteoartrite
doença degenerativa, desgaste da superfície óssea com inflamação
Etiologia: sobrecarga das estruturas articulares, deslocamento do disco, retrodiscite
Características: dor articular, limitação de abertura da boca, crepitação (ruido de superfície óssea contra superfície óssea), padrão radiológico específico (6 meses), dor à palpação, autolimitante
Tratamento: placade reposicionamento anterior (reposicionar o disco), placa lisa (reduzir carga), educação do paciente (parafunção), analgésicos/anti-inflamatórios, restrição dos movimentos, dieta macia, termoterapia, injeção de corticoides, cirurgia (casos severos)
Osteoartrose
Quando ela autopara
Etiologia: estabilização da osteoartrite
Características: crepitação, padrão radiográfico bem definido, sem sintomas
Tratamento: processo adaptativo, condição limitada, não requer tratamento
ATM: sons e ruídos articulares. Os sons articulares podem ser sinais de uma anormalidade intracapsular, com distúrbios internos, processos degenerativos ou defeitos arquitetônicos das superfícies articuladas. Eles podem se correlacionar com a dor ou condições patológicas ou podem ser adaptações funcionais não associadas à dor ou disfunção.
Doenças degenerativas
Algumas articulações envolvidas podem permanecer assintomáticas apesar das alterações histológicas e radiológicas.
Desordens musculares
Desordens dos músculos mastigatórios
Mialgia
Dor localizada somente no local estimulado. Observa-se na palpação e geralmente o paciente tem limitação na abertura bucal.
1. Contração protetora: após procedimentos longos, é uma espécie de proteção muscular causar trismo
2. Dor muscular local
3. Miosite
4. Dor muscular crônica
5. Dor muscular tardia
Dor miofascial
Síndrome miofascial, possui pontos gatilho
1. Dor referida
2. Sítio x origem
3. Dolorimento
4. Não pulsátil
5. Raramente simétrica
6. Referência dentro da mesma raiz nervosa
7. Não cruza linha mediana
Com espalhamento: a dor se espalha além do local estimulado na palpação, porém se mantem dentro do musculo
Com referência: a dor referida no local da palpação e em locais além do musculo examinado
A dor na cabeça e no pescoço e uma da sinais complexas para diagnostico devido a suas origens variadas que podem ser vasculares, musculares, ligamentares e ósseas.

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