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Palestra - Câncer de Mama

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Câncer de Mama: Fisiopatologia, manifestações clínicas e diagnóstico 
Epidemiologia: 
É a neoplasia maligna mais comum nas mulheres, 
ainda é a segunda causa de morte por câncer em 
mulheres, superada apenas por carcinoma de 
pulmão. As taxas de incidência do carcinoma in 
situ têm aumentado dramaticamente desde 
meados da década de 1970, por causa das 
recomendações referentes à triagem por 
mamografia. As taxas de mortalidade diminuíram, 
principalmente entre as mulheres com menos de 
50 anos. O declínio da taxa de mortalidade por 
câncer de mama desde 1989 é atribuído ao 
diagnóstico mais precoce por meio dos 
programas de triagem e à conscientização do 
público, assim como ao aperfeiçoamento dos 
tratamentos do câncer. 
Fatores de Risco: 
Sexo feminino, >50 anos, histórico pessoal ou 
familiar de câncer mamário ou doença mamaria 
benigna, fatores hormonais, histórico de menarca 
<12 anos, menopausa tardia >55 anos, uso de 
contraceptivos orais, primeira gravidez após 30 
anos, nulíparas, terapia de reposição hormonal, 
obesidade, inatividade física, etilismo, tabagismo. 
Fisiopatologia da Carcinogênese: 
 
 
A insuficiência vascular causa aumento dos fatores 
angio gênicos, resultando em angiogênese (nova 
formação de vasos) 
 
Os vasos anormais são vasos porosos, com shunts 
arteriovenosos. 
Metástases: proliferação de células para outros 
órgãos como ossos, pulmões e fígado 
OBS: A diferença entre tumor benigno e maligno é 
que o tumor maligno nunca para de se proliferar e 
também forma metástases. 
Os locais mais acometidos por metástases são: ossos, 
pulmões, fígado e cérebro, respectivamente. 
 
Fisiopatologia do Câncer de Mama: 
Cerca de 5-10% dos cânceres de mama são 
hereditários e estão relacionados a mutações 
genéticas (80% dos carcinomas em mulheres <50 
anos). 
Os genes envolvidos com a fisiopatologia são 
BRCA1 no cromossomo 17 e BRCA2 no 
cromossomo 13. Ainda relacionados a 
fisiopatologia, tem-se os receptores de 
hormônios estrogênio e progesterona as células 
normais e algumas células cancerígenas da mama 
têm receptores que se ligam ao estrogênio e à 
progesterona e dependem desses hormônios 
para crescer. Além disso, pode haver casos em 
que o câncer de mama evidencia altos níveis de 
proteína HER-2, uma proteína na parte externa 
das células mamárias que promove o seu 
crescimento. Esses cânceres tendem a crescer e 
se disseminar mais rapidamente do que outros 
tipos de câncer de mama, mas são muito mais 
propensos a responder ao tratamento com 
medicamentos específicos que têm como alvo a 
proteína HER2. 
Tanto o BRCA1 e BRCA2 como a proteína HER-2 e 
os Receptores de estrogênio (ER) e progesterona 
(PR) estão associados a proliferação celular das 
mamas e são considerados como genes de 
suscetibilidade ao câncer de mama. 
Clínica do Câncer de Mama: 
• Presença de nodulação palpável 
• Derrame papilar 
• Pele: retração/edema (casca de laranja) 
• Mamilo: erosão (carcinoma de paget) 
• Axila: nodulação palpável 
• Exames alterados (mamografia, USG) 
 
 
 
Estratégia de Prevenção: 
• Mulher sem risco aumentado: a partir de 40 
anos, realizar mamografia, USG e exame clínica 
pelo menos 1x ao ano 
• Mulher alto risco: RM, prevenção química (anti-
hormônio), testes genéticos, retirada dos ovários, 
retiradas das mamas 
Diagnóstico: 
Mamografia: a forma mais atual chama-se 
tomossíntese, 3D; 
USG de mamas: não substitui a mamografia, mas é 
excelente para mamas densas, pacientes com 
próteses e para diferenciar cistos de nódulos; melhor 
método para auxiliar biopsias; no USG, tem-se ainda 
doppler, e elastografia (avaliação da dureza) 
Doppler: possibilita a visualização de nova 
vascularização 
 
RM: difícil de ser realizado, quando bem indicado é o 
melhor exame de mama; 30-40 minutos; 
Cirúrgico: tem-se a cirurgia total e a cirurgia 
conservadora. 
Classificação do câncer de mama: 
 
A: apenas cirurgia, radioterapia a anti-hormônio 
B: pouco mais agressivo que o A, necessita 
quimioterapia dependendo das características 
HER-2: com tratamento adequado (imunoterapia) tem 
altas chances de cura 
Triplo negativo: hormonal negativo (estrogênio e 
progesterona) e HER-2 negativo, tratamentos 
escassos, é o mais letal atualmente 
Classificação BI-RADS:

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