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▪ Glicose é um monossacarídeo (açúcar simples) utilizado pelo organismo como principal fonte de energia para o corpo. A glicose é o açúcar encontrado no sangue e obtido através dos alimentos, onde existe em forma de moléculas mais complexas. ▪ A glicose está presente nos alimentos doces (frutas, refrigerante, bolo, pudim), nos amidos (batata, mandioca, farinha, arroz, milho) e também nos carboidratos (pão, bolo, cereais, massas). ▪ Enquanto a glicose encontrada nos alimentos doces leva poucos segundos para ser metabolizada, as moléculas dos demais alimentos podem demorar até uma hora para serem "quebradas“. ▪ O organismo humano utiliza apenas a quantidade necessária de glicose. A parte excessiva é armazenada no fígado e transformada em glicogênio. O excedente de glicogênio é enviado para a corrente sanguínea g li c o n e o g ê n e s e ▪ O nível de glicose no sangue é controlado pelo pâncreas. A insulina produzida pelo pâncreas tem a função de transformar glicose em energia. O alto nível de glicose que permanece no sangue (hiperglicemia) pode ser um indicativo de diabetes. O excesso de glicose no sangue também pode ser transformado em triglicerídeos e armazenado em forma de gordura, resultando em obesidade, doenças cardiovasculares, etc. ▪ A HIPERGLICEMIA é uma “alteração” caracterizada pelo elevado nível de glicose no sangue podendo ou não ser patológica. Os níveis normais de glicose no sangue são de até 99 mg/dL pré-prandial (antes de comer) e de até 140 mg/dL pós-prandial (depois de comer). ▪ Ao contrário da hiperglicemia, a HIPOGLICEMIA é uma “alteração” caracterizada pelo baixo nível de glicose no sangue podendo ou não ser patológica. Os níveis normais de glicose no sangue é de no mínimo 70 mg/dL pré-prandial (antes de comer) e pós- prandial (depois de comer). HIPERGLICEMIA ✓ Boca seca; ✓ Sede; ✓ Muita urina; ✓ Fome; ✓ Cansaço; ✓ Dor de cabeça; ✓ Enjoo; ✓ Sonolência; ✓ Dificuldade para respirar e ✓ Hálito de maçã ou acetona (cetose) HIPOGLICEMIA ✓ Tremores ✓ Tontura ✓ Suor ✓ Fome ✓ Dor de cabeça ✓ Palidez ✓ Mudanças bruscas de humor ou comportamento ✓ Movimentos desajeitados ✓ Apreensão ✓ Dificuldade em prestar atenção ou confusão ✓ Sensações de formigamento em torno da boca HORMÔNIO INSULINA: ▪ Produzido nas Ilhotas de Langerhans - células beta. ▪ Aumento do transporte de glicose através da membrana celular; ▪ Aumento da intensidade do metabolismo da glicose; ▪ Ausência parcial ou total de insulina (diabetes). HORMÔNIO GLUCAGON: ▪ Produzido nas Ilhotas de Langerhans - células alfa. ▪ Aumento da concentração sanguínea de glicose através: ▪ Ação direta no fracionamento do glicogênio hepático em glicose; ▪ Conversão do aminoácido em glicose (glicogênese). ▪ O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos. ▪ Atinge proporções epidêmicas, com estimativa de 425 milhões de pessoas com DM mundialmente. ▪ A hiperglicemia persistente está associada a complicações crônicas micro e macrovasculares, aumento de morbidade, redução da qualidade de vida e elevação da taxa de mortalidade. ▪ A classificação do DM baseia-se em sua etiologia. Os fatores causais dos principais tipos de DM – genéticos, biológicos e ambientais – ainda não são completamente conhecidos. ▪ O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e uma doença autoimune, poligênica, decorrente de destruição das células β pancreáticas, ocasionando deficiência completa na produção de insulina. ▪ Estima-se que mais de 30 mil brasileiros sejam portadores de DM1 e que o Brasil ocupe o terceiro lugar em prevalência de DM1 no mundo, segundo a Internacional Diabetes Federation. Embora a prevalência de DM1 esteja aumentando, corresponde a apenas 5 a 10% de todos os casos de DM. E mais frequentemente diagnosticado em crianças, adolescentes e, em alguns casos, em adultos jovens, afetando igualmente homens e mulheres. ▪ Subdivide-se em DM tipo 1A e DM tipo 1B, a depender da presença ou da ausência laboratorial de autoanticorpos circulantes, respectivamente. ▪ O diabetes mellitus 2 (DM2) corresponde a 90 a 95% de todos os casos de DM. Possui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genéticos e ambiental. Geralmente, o DM2 acomete indivíduos a partir da quarta década de vida, embora se descreva, em alguns países, aumento na sua incidência em crianças e jovens. Trata-se de doença poligênica, com forte herança familiar, ainda não completamente esclarecida, cuja ocorrência tem contribuição significativa de fatores ambientais. Dentre eles, hábitos dietéticos e inatividade física, que contribuem para a obesidade. ▪ O desenvolvimento e a perpetuação da hiperglicemia ocorrem concomitantemente com hiperglucagonemia, resistência dos tecidos periféricos a ação da insulina, aumento da produção hepática de glicose, aumento de lipólise e consequente aumento de ácidos graxos livres circulantes, aumento da reabsorção renal de glicose e graus variados de deficiência na síntese e na secreção de insulina pela célula β pancreática. Sua fisiopatologia, diferentemente dos marcadores presentes no DM1, não apresenta indicadores específicos da doença. Em pelo menos 80 a 90% dos casos, associa-se ao excesso de peso e a outros componentes da síndrome metabólica. ▪ Na maioria das vezes, a doença é assintomática ou oligossintomática por longo período, sendo o diagnóstico realizado por dosagens laboratoriais de rotina ou manifestações das complicações crônicas. Com menor frequência, indivíduos com DM2 apresentam sintomas clássicos de hiperglicemia (poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento inexplicado). Embora a cetoacidose diabética seja rara como manifestação inicial do DM2, tem-se observado aumento no número desses casos. ▪ A gestação consiste em condição diabetogênica, uma vez que a placenta produz hormônios hiperglicemiantes e enzimas placentárias que degradam a insulina, com consequente aumento compensatório na produção de insulina e na resistência a insulina, podendo evoluir com disfunção das células β. ▪ Trata-se de uma intolerância a carboidratos de gravidade variável, que se iniciou durante a gestação atual, sem ter previamente preenchido os critérios diagnósticos de DM. ▪ O DMG traz riscos tanto para a mãe quanto para o feto e o neonato, sendo geralmente diagnosticado no segundo ou terceiro trimestres da gestação. Pode ser transitório ou persistir apos o parto, caracterizando-se como importante fator de risco independente para desenvolvimento futuro de DM2. ▪ A prevalência varia de 1 a 14% a depender da população estudada e do critério diagnostico adotado. Vários fatores de risco foram associados ao desenvolvimento de DMG. ▪ Glicemia em jejum: deve ser coletada em sangue periférico após jejum calórico de no mínimo 8 horas; ▪ TOTG (Teste oral de tolerância a glicose): previamente a ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água, coleta-se uma amostra de sangue em jejum para determinação da glicemia; coleta-se outra, então, após 2 horas da sobrecarga oral. Importante reforçar que a dieta deve ser a habitual e sem restrição de carboidratos pelo menos nos 3 dias anteriores a realização do teste. Permite avaliação da glicemia após sobrecarga, que pode ser a única alteração detectável no início do DM, refletindo a perda de primeira fase da secreção de insulina; ▪ Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer menor variabilidade dia a dia e independer do estado de jejum para sua determinação. Vale reforçar que se trata de medida indireta da glicemia, que sofre interferência de algumas situações, como anemias, hemoglobinopatias e uremia, nas quais e preferível diagnosticar o estado de tolerância a glicose com base na dosagem glicêmica direta. Outros fatores, como idade e etnia, também podem interferir no resultado da HbA1c. ▪ Jejum: é necessário que opaciente fique de 8 horas de jejum para realizar este exame. ▪ OBS: Para todos os exames, nunca deixe de se alimentar por mais de 14 horas. “Nada mais pode ser coletado depois desse tempo, porque o organismo usa sua reserva e começa a queimar gordura, proteína, alterando os parâmetros laboratoriais” Nairo Sumita – assessor médico na área de bioquímica clínica do Fleury. ▪ Coleta: ▪ Método: Enzimático Colorimétrico. ▪ A determinação da glicose por métodos enzimáticos, combina elevada especificidade de ação das enzimas com a simplicidade operacional envolvida. O método proposto é facilmente automatizável, adaptando-se a todos os analisadores automáticos disponíveis. ▪ Princípio do Método: ▪ No método enzimático-colorimétrico, a glicose da amostra sofre a ação da glicose oxidase (GOD) em presença de oxigênio produzindo ácido glicônico e peróxido de hidrogênio; este, em presença de fenol e de 4-aminoantipirina, sofre a ação da peroxidase (POD) produzindo um composto róseo-avermelhado (quinoneimina) com máximo de absorção em 500nm. A intensidade de cor produzida é proporcional à concentração de Glicose. ▪ A glicemia pós-prandial corresponde à avaliação da glicose no sangue 1 a 2 horas após a alimentação. ▪ Sabe-se que as concentrações de glicose no sangue começam a subir, aproximadamente, 10 minutos depois do início da alimentação, como resultado da absorção dos hidratos de carbono. ▪ A magnitude e o tempo do pico de concentração da glicose no sangue, após a refeição, dependem de uma série de fatores, tais como o tempo em que esta é medida, a quantidade e a composição da alimentação. ▪ Em indivíduos que não têm diabetes, o pico da glicose no sangue, que ocorre cerca de 1 a 2 horas após o início da alimentação, raramente ultrapassa o valor de 140 mg/dL e retorna aos valores de antes da refeição, dentro de 2 a 3 horas. ▪ Nos indivíduos com diabetes, os níveis de glicemia pós-prandial poderão apresentar-se mais elevados e permanecem por um período mais prolongado. ▪ Jejum: NÃO !! ▪ O paciente que for realizar este exame deverá estar realizando a coleta de sangue 1 ou 2 horas após uma refeição diária normal (normalmente almoço) de acordo com o pedido médico. ▪ Método: Enzimático Colorimétrico. ▪ A determinação da glicose por métodos enzimáticos, combina elevada especificidade de ação das enzimas com a simplicidade operacional envolvida. O método proposto é facilmente automatizável, adaptando-se a todos os analisadores automáticos disponíveis. ▪ Princípio do Método: ▪ No método enzimático-colorimétrico, a glicose da amostra sofre a ação da glicose oxidase (GOD) em presença de oxigênio produzindo ácido glicônico e peróxido de hidrogênio; este, em presença de fenol e de 4-aminoantipirina, sofre a ação da peroxidase (POD) produzindo um composto róseo-avermelhado (quinoneimina) com máximo de absorção em 500nm. A intensidade de cor produzida é proporcional à concentração de Glicose. ✓O Teste Oral de Tolerância à Glicose também conhecido como Curva de Tolerância a Glicose ou ainda curva glicêmica é um exame auxiliar no diagnóstico do Diabetes Mellitus e da Hipoglicemia. ✓Assim sendo, o teste de tolerância à glicose normalmente é utilizado quando os critérios anteriores não permitem o diagnóstico do Diabetes Mellitus, mas ocorre persistência de sinais e sintomas clínicos. ✓Alguns critérios normalmente são avaliados e confirmados previamente ao pedido do exame de GTT como por exemplo: 1. Sintomas de poliúria, polidipsia e perda de peso sem causa aparente, acrescidos de glicemia casual acima de 200mg/dl. 2. Glicemia de jejum ≥ 126mg/dl. 3. Glicemia de 2 horas após sobrecarga de 75g de glicose anidra (dextrosol) acima de 200 mg/dl. ✓O teste de tolerância a glicose pode ser realizado de duas formas: 1. Curva Reduzida 2. Curva Clássica ▪ É realizada da seguinte maneira: 1. Dosa-se a glicemia do paciente em jejum de 8 a 10 horas; 2. Em níveis toleráveis de glicemia é administrado 75 gramas de dextrose via oral; 3. Espera-se 120 minutos após a ingestão da dextrose e realiza-se uma nova dosagem da glicemia. ▪ É realizada da seguinte maneira: 1. Dosa-se a glicemia do paciente em jejum de 8 a 10 horas; 2. Em níveis toleráveis de glicemia é administrado 75 gramas de dextrose via oral; 3. E continua-se dosando a glicemia em intervalos sequenciais de tempo que são de 30’,60’,90’,120’ e até 180’ após a ingestão da dextrose. ▪ Jejum: é necessário que o paciente fique de 8 a 10 horas de jejum para realizar este exame. ▪ Sobre a administração da DEXTROSE para a avaliação das curvas é importante salientar que: A recomendação para estímulo com dextrose é de 1,75 g para cada quilograma de peso até a dose máxima de 75 g de glicose, ou seja, os indivíduos com peso superior a 43 kg devem ingerir a dose máxima de 75 gramas. ▪ Método: Enzimático Colorimétrico. ▪ A determinação da glicose por métodos enzimáticos, combina elevada especificidade de ação das enzimas com a simplicidade operacional envolvida. O método proposto é facilmente automatizável, adaptando-se a todos os analisadores automáticos disponíveis. ▪ Princípio do Método: ▪ No método enzimático-colorimétrico, a glicose da amostra sofre a ação da glicose oxidase (GOD) em presença de oxigênio produzindo ácido glicônico e peróxido de hidrogênio; este, em presença de fenol e de 4-aminoantipirina, sofre a ação da peroxidase (POD) produzindo um composto róseo-avermelhado (quinoneimina) com máximo de absorção em 500nm. A intensidade de cor produzida é proporcional à concentração de Glicose. ▪ Jejum: O paciente não precisa estar em jejum, entretanto, resultados mais acurados são obtidos em amostras isentas de turbidez decorrentes da hipertrigliceridemia. Por esta razão, é recomendada a coleta de sangue pelo menos duas horas após a ingestão de alimentos. ▪ Coleta: O sangue pode ser obtido por punção venosa ou por punção capilar. Os tubos devem conter o anticoagulante especificado pelo fabricante (EDTA é o mais usado). Em alguns sistemas, a heparina é aceitável. ▪ Método: Cromatográfico. ▪ O método proposto poderá ser automatizável, adaptando-se a todos os analisadores automáticos disponíveis. ▪ Princípio do Método: Segundo este princípio, a determinação do percentual de glicohemoglobina no sangue é feita através da troca catiônica em tubos, sem a necessidade do uso de padrões secundários internos. ▪ Baseia-se em dois tubos, um contendo uma suspensão de resina de troca catiônica fraca capaz de ligar todas as frações da hemoglobina exceto as frações glicadas e outro contendo a mesma resina na mesma concentração, mas em condições não ligantes de nenhuma das frações. Após adição de um hemolisado ao primeiro tubo e separação mecânica das frações ligadas e não ligadas, estas últimas contidas no sobrenadante, procede-se à leitura espectrofotométrica desta fração, em 415 nm, que corresponderá à glicohemoglobina. Devido às condições não ligantes da resina, a adição do hemolisado ao segundo tubo fornecerá, após as mesmas operações, uma leitura espectrofotométrica que corresponderá à hemoglobina total. A relação entre as duas leituras fornecerá o percentual de glicohemoglobina na amostra. O hemolisante empregado contém concentrações elevadas de íons borato, visando a eliminação rápida da fração lábil da glicohemoglobina (aldimina).
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