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História de Canudos e seus pontos turísticos

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História
Pintura retratando o Arraial de Belo Monte.
O povoamento da região de Canudos se deu nos séculos XVII e XVIII, com a expansão dos currais da Casa da Torre, da família Garcia d'Ávila, pelo atual noroeste baiano, incluindo pela bacia do Rio Vaza-Barris. A pecuária traz vaqueiros baianos. Ao mesmo tempo, jesuítas criam missões para a proteção e catequese dos indígenas kiriris.
No século XVIII, surge, nos arredores da Fazenda Canudos, pertencente à Casa da Torre, nas margens do Rio Vaza-Barris, uma pequena aldeia, nomeada "Canudos", devido à planta canudo-de-pito, típica da região.
Em 1890, a aldeia de cinquenta casas estava abandonada. Três anos depois, em 1893, o líder religioso cearense Antônio Conselheiro e seus seguidores, após longas andanças pelo sertão nordestino, acabam chegando no povoado abandonado, repovoando-o e rebatizando-o de "Belo Monte".
O povoado de Belo Monte começou a atrair milhares de pessoas, entre sertanejos, escravos recém-libertos e indígenas. Era considerado uma uma "utopia cristã". Seus habitantes eram autossuficientes, com roças e rebanhos coletivos. Chegou a ter, em seu auge, cerca de 25 mil habitantes.[8]
O povoado começou a ser visto como uma ameaça pelos coronéis latifundiários locais e pelos governos baiano e o brasileiro. Então, tropas federais e estaduais começam a atacar o povoado em outubro de 1896, iniciando assim a Guerra de Canudos. As três primeiras investidas fracassaram. A quarta ocorreu em outubro de 1897, cerca de quinze dias após a morte de Antônio Conselheiro, e culminou na destruição da comunidade.
O engenheiro militar e jornalista Euclides da Cunha esteve na Guerra de Canudos e seus relatos sobre a guerra, seus habitantes e as características sertanejas originaram sua obra mais conhecida, "Os Sertões" (1902).
Por volta de 1910, os pouquíssimos sobreviventes da Guerra de Canudos fundam outro povoado de nome Canudos, no local da antiga comunidade de Belo Monte. Era a segunda Canudos da região. Depois de uma visita do presidente Getúlio Vargas, em 1940, decidiu-se construir um açude no local.
Em 1950, com o início das obras de construção da barragem que inundaria o vilarejo de Canudos, os habitantes começaram a sair, partindo para outras localidades da região, principalmente Bendegó, Uauá, Euclides da Cunha e Feira de Santana. Além disso, um novo vilarejo formou-se aos pés da barragem em construção, numa antiga fazenda chamada Cocorobó, a 20 km da segunda Canudos. Com o término das obras, o local onde ficava a segunda Canudos desapareceu por sob as águas do Açude de Cocorobó em 1969. Um pequeno bairro do vilarejo ficou fora das águas, e hoje é chamado de Canudos Velho.
A Lei Estadual nº 4.405, de 25 de fevereiro de 1985, emancipa o vilarejo de Cocorobó do município de Euclides da Cunha. Aproveitando a fama do nome, o novo município foi batizado de Canudos, tornando-se assim a terceira localidade com este nome.
Em épocas de seca, é possível ver as ruínas da primeira Canudos.[9][10]
Pontos turísticos
Seus maiores pontos turísticos são:
· o Parque Estadual de Canudos, que preserva alguns pontos onde ocorreram as batalhas da Guerra de Canudos, dentre eles o Alto do Mário, o Alto da Favela e a sede da Fazenda Velha - onde morreu o Coronel Moreira César, conhecido como o corta-cabeças, em sua desastrada tentativa de conquistar Canudos.
· o IPMC - Instituto Popular Memorial de Canudos, que preserva o Cruzeiro de Antônio Conselheiro crivado de balas durante a guerra, além de uma coleção de arte popular inspirada na história do Belo Monte e uma pequena biblioteca sobre a guerra de Canudos e questões camponesas.
· o Memorial Antônio Conselheiro, mantido pela UNEB, que guarda achados arqueológicos da região, além de algumas roupas e máscaras usadas na produção do filme "A Guerra de Canudos" de Sérgio Rezende.
· a Estação Biológica de Canudos, mantida pela Fundação Biodiversitas[11]
· o Museu Histórico de Canudos, que guarda artefatos da Guerra de Canudos, entre outros objetos históricos do período. Criado pelo Sr. Manoel Travessa, está localizado no povoado de Canudos Velho, local habitado mais próximo de onde foram os conflitos.

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