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1 EPILEPSIA DANIELY ALVES DALLA ZANA FRAZÃO - MEDICINA EPILEPSIA E CRISES EPILÉTICAS Definições Doença muito comum Uma doença com prevalência da primeira infância. Morbidade associada a doença. Morbidade associada ao tratamento Desinformação e estigma Crise epiléptica Ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas devido a uma atividade neuronal síncrona e excessiva no cérebro. Fenômeno transitório causado por atividade elétrica anormal (alguns neurônios disparam juntos e excessivamente) Crises focal (restrita a um hemisfério) x crises generalizadas (começa em um ponto, mas envolve redes neurônios nos dois hemisférios do cérebro) Crises focais podem, com a propagação da descarga, se transformar em crises secundariamente generalizadas. Essas descargas podem ser vistas pelo EEG. Motores Mioclônia abalos arrítmicos (contrações musculares breves, parecendo choques) Clônica abalos rítmicos (cada contração muscular é seguida de relaxamento, originando abalos musculares sucessivos) Tônica Posturas em extensão ou flexão (O aumento da contração muscular – significando contração muscular mantida com duração de poucos segundos a minutos) Automatismos Comportamentos automáticos Atônica Queda hipotônica (perda ou diminuição abrupta do tônus muscular por dois ou mais segundos) Espasmos Flexões do corpo Hipercinética Debater/pedalar Não motores Emocional emoções Sensorial sensações Cognitiva distúrbio de linguagem, pensamento e memoria Perda comportamental Autonômicas rubor, sudorese e piloereção Epilepsia Predisposição a gerar crises epilépticas Para diagnostico de epilepsia é necessário que o indivíduo tenha apresentado duas ou mais crises nos últimos 12 meses sem evidencia de insultos agudos como febre, ingestão de álcool ou intoxicação por drogas ou abstinência. ILAE, 2014 Duas crises não provocadas (24h) Crise- nova recorrência > 60% Síndrome epiléptica Fisiopatologia 2 EPILEPSIA DANIELY ALVES DALLA ZANA FRAZÃO - MEDICINA Adquirida x genética Lesão axonal canais de sódio Genéticas canalopatia Topografia Área restrita em um hemisfério Área ampla em um hemisfério Comprometimento de ambos hemisférios Focal ou parciais Clínica e eletroencefalograficamente Crises parciais simples quando há preservação da consciência Crises parciais complexas quando há comprometimento Crises generalizadas Indicam envolvimento de ambos os hemisférios do cérebro. A consciência é sempre comprometida, exceto nas crises mioclônicas, que são eventos epilépticos generalizados muito breves, com duração de poucos segundos, nos quais a consciência é provavelmente preservada. Crises tônico-clônico São caracterizadas por perda abrupta da consciência com contração tônica e depois Clônica dos quatros membros, apneia, liberação esfincteriana, sialorreia e mordedura de língua, durante cerca de 1 minuto. Na fase de contração tônica o ar pode ser expulso através da glote fechada, o que resulta no grito epiléptico. O período pós-crítico é caracterizado por confusão menta e sonolência. Crises epilépticas Algumas características aumentam a probabilidade de se tratar de uma crise epiléptica real: Presença de língua mordida Desvio cefálico lateral persistente durante a crise Posturas não usuais de tronco e membros durante a crise Contração muscular prolongada de membros (atentar que pacientes com sincope podem apresentar abalos musculares de curta duração) Confusão mental prolongada após a crise (pós-ictal) Crises epilépticas São traduzidas por manifestações neurológicas variadas e dependentes do local em que estas ocorram. Onde começa Nível de consciência Outras características A história clinica é a ferramenta mais importante para avaliação de pacientes com possível crise epiléptica. As informações clinicas devem ser, preferencialmente, confirmadas por alguém que tenha testemunhado o evento. O primeiro passo visa identificar características do episódio (sintomas prodromicos, sinais e sintomas iniciais, alteração de consciência e sintomas pós- evento) e auxiliam a classificar a crise como de início focal ou generalizada. Investigação Anamnese: Tempo do surgimento Número de crises/frequência Caracterização: Inicio Durante Após (pós-ictal) Fatores desencadeantes Uso de drogas antiepilépticas Comorbidades Antecedentes familiares Exame físico Exame físico geral + exame neurológico Atenção especial à pele (sinais de autolesão, maculas, angiofibromas), ao aparelho cardiovascular (hipotensão ortostática, sopros cardíacos) e fundoscopia (hipertensão intracraniana) Exames complementares: Laboratoriais 3 EPILEPSIA DANIELY ALVES DALLA ZANA FRAZÃO - MEDICINA Cálcio, sódio, magnésio Função renal Glicemia Hemograma Neuroimagem (TC ou RNM) ECG Eletroencefalograma (eeg) Diagnostico diferencial Sincope Reflexa Ortostática Cardiogênica Convulsão psicogênica não epiléptica Causada por estresse emocional, não há alterações elétrica cerebral Distúrbios do sono Semiologia das crises Classificação dos tipos de crise Tipo: generalizada x focal Etiologia Genética Estrutural/metabólico Causa desconhecida Classificação de 1981 Idiopática Sintomática Criptogenica Status epilepticus Subtipos: Convulsivo: Tonico-clônico generalizado: Tonico-clonicas que duram pelo menos mais que 5 minutos ou um conjunto de crises sem retorno ao basal Crise motora generalizada única ou conjunto de crises com duração suficiente para causar lesão cerebral, outros órgãos ou insuficiência respiratória. Parcial: Abalos envolvendo pequenas áreas dos membros, tronco ou face, nistagmos, tremor palaral, Asterix Status parcial complexo: alteração da cognição, automatismo, hiperoralidade, estalidos orais, movimentos anormais dos olhos. Não convulsivo: Condição em que atividade epiléptica eletrográfica é prolongada e resulta em sintomas clinicos não convulsivos, que dependem do nível de desenvolvimento e integridade cerebral, encefalopatia, tipo de crise e localização anatômica da atividade. Taxa de mortalidade – 10 a 33% causas: AVC, interrupção da medicação, trauma, hemorragia intracraniana, infecção do SNC, neoplasia, HIC, lesões inflamatórias ou estruturais. SUDEP Morte súbita inesperada em epilepsia Causa mais comum de morte em indivíduos com epilepsia refrataria Em geral ocorrem em indivíduos < 40 anos e sem outra comorbidades Fisiopatologia ainda desconhecida Fatores de risco: idade de início da epilepsia, duração do diagnostico, convulsões noturnas, demência, asma, abuso de álcool Principal tratamento é o controle das crises Tratamento da epilepsia Duas ou mais crises não provocadas (diagnostico de epilepsia) Crise única em paciente com maior risco de recorrência por: História de crise epiléptica tardia (ocorre 1 semana após episódio de TCE grave ou AVC) 4 EPILEPSIA DANIELY ALVES DALLA ZANA FRAZÃO - MEDICINA Alterações relevantes no EEG Exame de neuroimagem com lesão significativa Anormalidade no exame neurológico que sugira lesão cerebral focal
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