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21/11/2022
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TÓPICO 1 - FISIOPATOLOGIA DAS DOENÇAS METABÓLICAS
Fonseca et al. (2018) e Oliveira, Junior e Vencio (2017), apontam que a obesidade está
intimamente ligada a um dos maiores riscos para o aparecimento de doenças
cardiovasculares e câncer, predispondo a sociedade a mortalidade precoce. A obesidade
esta associada a um aumento da prevalência de diabetes tipo 2, doença da vesícula biliar
(VB), doença arterial coronariana (DAC), hipertensão arterial, osteoartrose (OA)
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FISIOPATOLOGIA DAS DOENÇAS METABÓLICAS - Síndrome metabólica
Síndrome metabólica, é a somatória de um conjunto de algumas doenças. As quais podem
ser e/ou estarem relacionadas aos fatores abaixo descritos, são estes:
o A obesidade (principalmente na região abdominal);
o Hipertensão Arterial Sistêmica (Pressão alta);
o Alterações de colesterol (hipercolesterolemia);
o Triglicérides;
o Hiperglicemia (Glicemia elevada).
A principal causa de uma síndrome metabólica, é a resistência à insulina.
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SÍNDROME METABÓLICAS – SINTOMAS MAIS COMUNS
Sintomas mais comuns da síndrome metabólica, que se dão como consequência das
doenças associadas. São eles:
oTriglicerídeos elevados, ou seja, o nível de gordura no sangue - 150mg/dl ou superior;
oPressão sanguínea alta - 135/85 mmHg ou superior;
oGlicose elevada - 110mg/dl ou superior (em jejum);
oGrande quantidade de gordura abdominal (homens cintura com mais de 102 cm.
Mulheres maior que 88 cm);
oBaixo HDL (bom colesterol) (homens menos que 40mg/dl e nas mulheres menos do que
50mg/dl).
SÍNDROME METABÓLICAS – PRINCIPAIS FATORES DE RISCOS
Os principais fatores de risco são aqueles que conduzem ao ganho de peso, como:
oAlimentação com excesso de carboidratos simples;
oGorduras saturadas;
oSedentarismo;
oAusência de prática de exercícios.
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O risco aumenta quando a pessoa tem um estilo de vida sedentário, e se acompanha ainda os seguintes
fatores:
• Aumento do peso, principalmente na região abdominal (circunferência da cintura).
• Cansaço.
• Dores articulares (devido à sobrecarga de peso).
• Síndrome da apneia obstrutiva do sono e roncos.
• Alterações menstruais nas mulheres, como por exemplo os ovários policísticos.
• Perda da libido em homens.
• Histórico de diabetes na família.
• Níveis elevados de gordura no sangue.
• Pressão alta.
• Problemas de colesterol.
• Dores de cabeça, mal-estar em geral, cansaço e tonturas ou zumbidos.
• Diabetes e alterações de glicemia, tais como:
◦ boca seca;
◦ perda de peso;
◦ polidipsia (muita sede);
◦ polifagia (muita fome);
◦ mal-estar geral;
◦ vertigens (tonturas);
◦ fadiga (cansaço);
◦ dentre outras manifestações.
SÍNDROME METABÓLICAS – PARTICULARIDADES
Existem dois sinais que atuam no corpo do ser humano que podem auxiliar a identificar o
desenvolvimento da resistência insulínica. São eles:
1. Acrocórdons: corresponde a um crescimento da pele do pescoço, podendo causar o
aparecimento de lesões que lembram pequenas verrugas.
2. Acantose nigricans: escurecimento da pele, chamado de hiperpigmentação, em regiões
específicas dos corpo, como as dobras, nas partes internas dos cotovelos, axilas, pescoço,
dentre outros.
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SÍNDROME METABÓLICAS – DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da síndrome metabólica, é feito através do exame físico e dos exames de
sangue. Também podem ser realizados os exames/acompanhamentos da medição da
pressão arterial. Estes exames podem ser:
1. Dosagens de colesterol total e frações;
2. Glicemia;
3. Exames hormonais e de funcionamento do fígado e rins.
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Orientações:
• Alimentos pobres em carboidratos simples e gorduras saturadas, alimentos ricos em fibras, 
carnes magras, frutas e vegetais é o primeiro passo para tratar e prevenir a síndrome 
metabólica.
• A realização de atividades e exercícios físicos regulares (cerca de 150 minutos por semana).
• Essencialmente manter o peso e controlar a pressão e o colesterol.
1 Vimos que a maioria dos sujeitos que desenvolvem a síndrome em algum
momento de suas vidas têm a tendência de agravar no envelhecimento.
Para que isso ocorra, leva-se em consideração que o risco aumente mais
pelo individuo ter um estilo de vida mais sedentário. Contudo, neste tópico
vimos exemplos que agravam a situação do sujeito. Com base nisso, cite
pelo menos cinco exemplos que o indivíduo pode conter em seu estilo de
vida, que possa detectar ou agravar a doença.
2 A síndrome metabólica corresponde a quais fatores para o seu
desenvolvimento?
3 Descreve um dos principais fatores para o desenvolvimento da síndrome
metabólica.
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TÓPICO 2: FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
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DOENÇAS QUE MAIS COMUMENTE ACOMETEM O HOMEM
As doenças endócrinas dizem respeito a uma secreção hormonal excessiva
ou uma secreção hormonal insuficiente, e podem ser o resultado de um
problema na própria glândula, ou por conta de o eixo hipotálamo-hipófise
estar fornecendo estímulo em excesso ou insuficiente.
São exemplos de doenças endócrinas:
• Hipertireoidismo.
• Hipotireoidismo.
• Doença de Cushing.
• Doença de Addison.
• Acromegalia.
• Baixa estatura em crianças.
• Diabetes.
• Distúrbios da puberdade e da função reprodutiva.
No organismo humano e nos mamíferos em geral, o sistema endócrino, através
de seus hormônios, participam do controle de quase ou de todas as funções
fisiológicas do organismo. Assim, os hormônios tem importante atuação em
todos os ciclos da vida, como na fertilidade e reprodução, na
fecundação, gestação e desenvolvimento fetal, na diferenciação sexual, na
puberdade e envelhecimento e nas funções cardíacas, musculares, digestão,
produção do sangue, humor e comportamento.
Desta forma, o sistema endócrino controla, interage, estimula, suprime e
modula todas as funções orgânicas, produzindo um estado de equilíbrio
contínuo de todas as suas funções.
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 A concentração da maioria dos hormônios diminui com o envelhecimento.
 Mesmo que não ocorra uma diminuição das concentrações hormonais, a função endócrina normalmente
diminui com a idade, pois os receptores hormonais se tornam menos sensíveis.
Alguns hormônios, cuja concentração diminui, incluem:
• Estrogênio (em mulheres).
• Testosterona (em homens).
• Hormônio do crescimento.
• Melatonina.
Os hormônios cujos níveis costumam permanecer inalterados ou sofrer
apenas uma pequena redução, são:
• Cortisol.
• Insulina.
• Hormônios tireoidianos.
Já os hormônios nos quais os níveis podem aumentar, são:
• Hormônio folículo-estimulante.
• Hormônio luteinizante.
• Noradrenalina.
• Adrenalina, em pessoas muito idosas.
• Hormônio da paratireoide
1 Cite dois exemplos que correspondem aos sintomas da
doença endócrina.
2 Cite os hormônios cujos níveis costumam permanecer
inalterados ou sofrer apenas uma pequena redução.
3 As doenças endócrinas se relacionam a qual motivo pelo seu
aparecimento?
4 Quais as principais glândulas do corpo humano?
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TÓPICO 3: FISIOPATOLOGIA DAS DOENÇAS QUE MAIS COMUMENTE 
ACOMETEM O HOMEM
Osteoartrite
Osteoartrite é a forma mais comum de artrite, caracterizada por degeneração das cartilagens acompanhada de
alterações das estruturas ósseas vizinhas. As mais atingidas são as articulações das mãos, joelhos, coxofemurais (ligação
da coxa com o quadril) a coluna.
Sua incidência aumenta com a faixa etária, estando presente radiologicamente em um terço da população com mais de 
65 anos de idade. Além da faixa etária. Uma das características mais marcantes da dor na osteoartrite é a sua melhora
com o repouso.
Sintomas sistêmicos relacionados as doenças reumáticas, como:
oFebre de origem indeterminada
oExantema,
oVasculite,
oLinfadenopatia
oHepatoesplenomegalia,
oAssociados ou não a queixas musculoesqueléticas como artrite, artralgia e miosite, podem também corresponder aos
primeiros sintomas de doenças neoplásicas.
CAUSAS DE ARTROSE
A osteoartrite é um processo natural do envelhecimento, mas o desgaste pode ser acentuado por diversos fatores.
Causas primárias: Em boa parte dos pacientesnão há fatores que justifiquem o quadro de osteoartrite. Talvez
anormalidades anatômicas sutis, como pequenas irregularidades na superfície articular, levem ao desgaste da cartilagem. O
exercício atlético, quando não excessivo nem associado a traumatismos, não predispõe à enfermidade. Ao contrário, a
obesidade, esforços físicos repetitivos e esportes com impacto são fatores de risco. Por outro lado, o condicionamento
através de exercícios aeróbicos pode reduzir os sintomas.
Causas secundárias: As osteoartrites secundárias podem se instalar como consequência de traumas, doenças
reumatológicas inflamatórias, necrose óssea, injeções intra-articulares repetidas de cortisona, doenças congênitas do
esqueleto, doenças metabólicas e endócrinas, enfermidades em que há comprometimento de nervos periféricos e outras.
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SINTOMAS DE ARTROSE
Indivíduos abaixo dos 40 anos não costumam apresentar sintomas. A evolução geralmente é lenta, mas a piora é
progressiva com o passar dos anos.
Quando há sintomas, eles podem permanecer leves ou mesmo desaparecer por longos períodos. Quando há sintomas,
geralmente são:
•Dor nas articulações, que começa aos poucos e aumenta de intensidade no decorrer dos anos. Caracteristicamente,
nas fases iniciais a dor surge com o movimento e vai embora com o repouso;
•Rigidez e diminuição da mobilidade articular. O enrijecimento tende a desaparecer segundos ou minutos depois que
a pessoa começa a se movimentar, diferença importante com os casos de artrite reumatoide, em que pode persistir
por horas;
•Perda de flexibilidade. Em alguns casos a pessoa pode não conseguir dobrar como antes aquela articulação;
•Rangidos e estalos na articulação;
•Inchaço, quando há inflamação.
ARTICULAÇÕES MAIS ACOMETIDAS
1) Mãos
Afeta principalmente as articulações entre a segunda (média) e a terceira falange (distal), provocando abaulamentos
articulares (as articulações ficam curvadas, com os chamados nódulos de Heberden). Mais raramente, esses nódulos surgem
na articulação da primeira (proximal) com a segunda falange (nódulos de Bouchard).
Pode haver vermelhidão local, dor e inchaço por períodos variáveis. A limitação do movimento costuma estar ausente ou ser
discreta.
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2) Joelhos
Por ser uma articulação que suporta peso, limitações de movimento não são raras. Derrames articulares, dor e alargamento
das estruturas ósseas vizinhas à articulação, com ou sem crepitação (como se houvesse areia na junta), podem estar
presentes. O joelho permanece estável até as fases mais avançadas, quando aparecem deformidades que desalinham os
ossos.
3) Coxofemorais
A dor é sentida na virilha ou na região lateral da articulação, com eventual irradiação para as nádegas ou para os joelhos,
confundindo o quadro. Como defesa, os pacientes rodam a coxa para fora e dobram a perna, dando a impressão de que o
membro sofreu encurtamento. O comprometimento, às vezes, acontece nos dois lados e é incapacitante para atividades
simples.
4) Coluna
Quando o envolvimento do tecido fibroelástico — que constitui o disco entre as vértebras — e as alterações ósseas
vizinhas comprimem as raízes nervosas que emergem da coluna, surgem dor, espasmos, atrofias musculares e limitação
dos movimentos. Os locais mais acometidos são a coluna cervical baixa (no pescoço próximo dos ombros) e as últimas
vértebras lombares (pouco acima das nádegas). A radiografia pode mostrar a presença de osteofitose (bico de papagaio),
cuja presença não guarda relação direta com a dor.
TRATAMENTO
Não existe tratamento que retarde a evolução ou reverta o processo patológico, mas o condicionamento físico com
exercícios aeróbicos (como natação e caminhada) é uma medida importante para controle dos sintomas.
O principal objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e permitir que os portadores levem vida normal, sem dor ou
limitações de movimento. Ácido acetilsalicílico e analgésicos comuns, como acetaminofeno ou dipirona, podem ser
úteis para tratar episódios isolados de dor, mas sua ação é pouco duradoura. É necessário cautela com o uso frequente
de ácido acetilsalicílico, pois ele pode alterar a coagulação e causar sangramentos.
Corticosteroides não são indicados. Em casos excepcionais, a injeção intra-articular está indicada para aliviar dores
rebeldes, mas a repetição é capaz de lesar ainda mais os tecidos, agravando o quadro.
Embora a osteoartrite seja considerada uma enfermidade não inflamatória, as alterações que ocorrem nas cartilagens
articulares costumam atrair inflamações para o local. Esse componente pode ser reduzido com drogas que pertencem à
classe dos anti-inflamatórios não esteroides (AINE), mas esse uso deve se limitar aos casos de inflamação.
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Fibromialgia
A fibromialgia (FM), pode ser entendida como uma síndrome clínica dolorosa motivada e/ou associada
a outros sintomas, recebendo denominação de Síndrome da Fibromialgia. A denominação fibromialgia,
palavra derivada do latim fibro (tecido fibroso, presente em ligamentos, tendões e fáscias), e do grego
mio (tecido muscular), algos (dor) e ia (condição), com o intuito de substituir o termo fibrosite
(HELFENSTEIN JUNIOR; GOLDENFUM; SIENA, 2012).
Segundo os autores supracitados, a FM ocorre em qualquer idade e é diagnosticada muito mais
frequentemente no sexo feminino.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto aos seus critérios classificatórios existe a presença na história clínica de dor generalizada, afetando
o esqueleto axial e periférico, acima e abaixo da cintura, com duração superior a três meses; e do exame 
sico com dor à palpação com força aplicada de 4 kg/cm2 em pelo menos 11 dos seguintes 18 tender
points (9 pares):
1 - inserção dos músculos suboccipitais na nuca;
2 - ligamentos dos processos transversos da quinta à sétima vértebra cervical;
3 - borda rostral do trapézio;
4 - origem do músculo supraespinhal;
5 - junção do músculo peitoral com a articulação costocondral da segunda costela;
6 - dois centímetros abaixo do epicôndilo lateral do cotovelo;
7 - quadrante súpero-externo da região glútea, abaixo da espinha ilíaca;
8 - inserções musculares no trocanter femoral;
9 - coxim gorduroso, pouco acima da linha média do joelho
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SINTOMAS DA FIBROMIALGIA
•Dor generalizada e recidivante;
•Fadiga;
•Falta de disposição e energia;
•Alterações do sono que é pouco reparador;
•Síndrome do cólon irritável;
•Sensibilidade durante a micção;
•Cefaleia;
•Distúrbios emocionais e psicológicos.
TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA
O tratamento da enfermidade exige cuidados multidisciplinares. No entanto, têm-se mostrado eficaz para o
controle da doença:
•Uso de analgésicos e antiiflamatórios associados a antidepressivos tricíclicos;
•Atividade física regular ajuda contra as dores da fibromialgia;
•Acompanhamento psicológico e emocional;
•Massagens e acupuntura.
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Osteoporose
A influência do ciclo circadiano na osteoporose pode ser traduzida em várias formas, sendo pela carência da luz
do sol (fixação da vitamina D), fatores genéticos relacionados a questões hormonais e ao uso de medicamentosos,
ciclo circadiano é o fato de que a maioria (75%) das quedas que acarretam fraturas de colo do fêmur e de punho
ocorre à noite na própria residência, geralmente quando o individuo com mais de 70 anos que tem osteoporose
acorda para ir ao banheiro (SHERWOOD, 2011).
A osteoporose, é uma doença caracterizada pela fragilidade óssea e alterações na sua microarquitetura, tem como
desfecho clínico mais importante a ocorrência de fraturas por baixo impacto e afeta mais de 200 milhões de
pessoas em todo o mundo
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CAUSAS E FATORES DE RISCO DA OSTEOPOROSE
•História familiar da doença;
•Pessoas de pele branca, baixas e magras;
•Asiáticos;
•Deficiência na produção de hormônios;
•Medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia;
•Alimentação deficiente em cálcio e vitamina D;
•Baixa exposição à luz solar;
•Imobilização e repouso prolongados;
•Sedentarismo;
•Tabagismo;
•Consumo de álcool;
•Certos tiposde câncer;
•Algumas doenças reumatológicas, endócrinas e hepáticas.
Sintomas
A osteoporose é uma doença de instalação silenciosa. O primeiro sinal pode aparecer quando ela está
numa fase mais avançada e costuma ser a fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito
fraco, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço por menor que sejam.
As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna
e à diminuição da estatura e as fraturas do colo do fêmur, punho (osso rádio) e costelas. Nas fases em
que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura ou o desgaste
ósseo.
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DIAGNÓSTICO
A densitometria óssea por raios X é um exame não invasivo fundamental para o
diagnóstico da osteoporose. Ele possibilita medir a densidade mineral do osso na
coluna lombar e no fêmur para compará-la com valores de referência pré-
estabelecidos. Os resultados são classificados em três faixas de densidade
decrescente: normal, osteopenia e osteoporose.
PREVENÇÃO
Como até os 20 anos, 90% do esqueleto humano
estão prontos, medidas de prevenção contra a
osteoporose devem ser tomadas desde a infância e,
especialmente, na adolescência para garantir a
formação da maior massa óssea possível. Para
tanto, é preciso pôr em prática três medidas básicas:
ingerir cálcio, tomar sol para fixar a vitamina D no
organismo e fazer exercícios físicos, Na verdade,
essas regras devem ser mantidas durante toda a
vida.
Principalmente, a atividade física tem efeito
protetor sobre o tônus e a massa muscular, que se
reflete na melhora do equilíbrio e ajuda a evitar as
quedas ao longo da vida.
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TRATAMENTO
Como a osteoporose pode ter diferentes causas, é indispensável determinar o que provocou a condição,
antes de propor o tratamento, que deve ter por objetivo evitar fraturas, diminuir a dor, quando existe, e
manter a função.
Existem várias classes de medicamentos que podem ser utilizadas de acordo com o quadro de cada
paciente. São elas: os hormônios sexuais, os bisfosfanatos, grupo que inclui diversas drogas (o mais
comum é o alendronato), os modeladores de receptores de estrogênio e a calcitonina de salmão. A
administração subcutânea diária do hormônio das paratireoides está reservada para os casos mais graves
de osteoporose, e para os intolerantes aos bisfosfonatos.
Gota
A gota é uma doença caracterizada pelo acúmulo de cristais de urato 
monossódico (UM) em articulações, tecido sinovial, ossos e pele,
independentemente da presença ou ausência de manifestações clínicas. ESSE
ACÚMULO É DECORRENTE DA HIPERURICEMIA PERSISTENTE.
Os cristais de UM são a forma sólida do ácido úrico, produto final do
metabolismo das purinas, que podem se acumular em tecidos orgânicos.
Caracterizada pela elevação de ácido úrico no sangue, essa irregularidade leva
a um aumento de depósito de cristais de monourato de sódio nas estruturas
articulares.
Esse depósito, gera os surtos de artrite aguda secundária, desencadeando dor e
limitações de movimento durante as crises a seus portadores (AZEVEDO et al.
(2017); HALL; GUYTON, 2017).
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SINTOMAS
Na maioria das vezes, o sintoma inicial é um inchaço na articulação do dedo grande do pé acompanhado de dor
muito forte. A primeira crise pode durar de três a dez dias. Após esse período, o paciente volta a levar vida normal, o
que geralmente faz com que não procure ajuda médica imediatamente.
Uma nova crise pode surgir em meses ou anos e comprometer a mesma ou outras articulações. Geralmente, as crises
de artrite aparecem nos membros inferiores, mas pode haver comprometimento de qualquer articulação.
Sem tratamento, o intervalo entre as crises tende a diminuir e a intensidade da dor a aumentar.
Portador de gota, que não se trata, pode ter as articulações deformadas e ainda apresentar depósitos de cristais de
monourato de sódio em cartilagens, tendões e bursas.
DIAGNÓSTICO
Só é possível fazer o diagnóstico de gota na primeira crise se forem encontrados cristais
de monorauto de sódio no líquido aspirado da articulação. Caso contrário, não é possível
definir o diagnóstico antes de descartar outras causas possíveis do distúrbio. Se a taxa de
ácido úrico estiver normal durante a crise, mas mesmo assim houver suspeita do
desenvolvimento da doença, o médico deverá pedir nova dosagem dentro de duas
semanas.
Um exame de raio-X pode ajudar a definir o quadro.
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TRATAMENTO
Não há cura definitiva para a gota, já que a maioria dos casos acontece devido a falhas na eliminação ou
na produção do ácido úrico. Como ambas as causas são genéticas, o tratamento não é definitivo.
Geralmente são indicados dieta e medicamentos para diminuir a taxa de ácido úrico no sangue e,
consequentemente, evitar as crises de gota.
Tendinites
Tendinite, esta é a inflamação ou irritação de um tendão (parte final do músculo, como uma corda
fibrosa que faz a fixação dos músculos aos ossos).
É uma inflamação caracteriza pela presença de dor e inchaço do tendão, podendo ocorrer em
qualquer tendão do corpo, mas ela é mais frequente nos ombros, cotovelos, punhos e joelho. A
doença atinge homens e mulheres com a mesma proporção.
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Suas causas costumam estar relacionadas, principalmente, a alguns 
fatores de risco, como:
– Falta de alongamento muscular;
– Falta de condicionamento físico em geral;
– Postura inadequada;
– Movimentos repetitivos, principalmente no uso de computadores, tablets 
ou celulares;
– Carregar peso excessivo;
– Idade do paciente – com o passar dos anos, a circulação sanguínea 
para o tendão fica deficiente;
– Estresse, pois ocasiona contratura muscular e fadiga, prejudicando os 
tendões;
– Atividades esportivas em excesso ou com técnica/material inadequado;
– Doenças autoimunes.
– Trauma/lesão por acidentes ou quedas
Todas essas causas levam ao desencadeamento de respostas 
inflamatórias nos tendões. Quando não tratada, a tendinite pode levar ao 
espessamento e a irregularidades nos tendões, que ficam mais frágeis.
Os principais sintomas da tendinite são:
– Dor no local atingido;
– Dificuldade de realizar movimentos, antes comuns, como escovar os dentes, pentear o cabelo, abrir uma 
porta, cruzar a perna, etc.
– Inchaço e vermelhidão na zona afetada.
Diagnóstico
O diagnóstico da tendinite é feito, primeiramente, pela avaliação clínica. O médico pode pedir alguns exames 
de imagem, para avaliar possíveis alterações, gravidade da lesão e calcificações no tendão.
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Tratamento
Normalmente é indicado que o paciente pare com a atividade causadora da tendinite. O médico poderá
prescrever anti-inflamatórios para aliviar a dor, assim como sessões de fisioterapia, para fortalecer e alongar a
musculatura da região atingida. Além disso, contribuem para o tratamento da tendinite:
Medidas para aliviar a dor:
– Repouso do tendão afetado (tipoia para o ombro, tala para o punho, etc). O tempo de repouso deve ser 
determinado pelo médico – períodos de repouso prolongados podem acarretar aderências e atrofia muscular e 
são prejudiciais.
– Aplicação cuidadosa de gelo para diminuir a inflamação
– Eventuais medicamentos anti-inflamatórios prescritos pelo seu médico
– Acupuntura
– Fisioterapia para analgesia (ultrassom, laser, massagem miofacial, entre outras).
– Medidas para evitar que a dor volte
– Correções da postura e melhoria da ergonomia no trabalho
– Alongamento dos músculos envolvidos
– Fortalecimento muscular
– Respeitar o aviso da dor
– Mudanças de hábitos – adotar pausas durante o trabalho.
Bursites
Bursites, o referido termo refere-se a inflamação ou irritação de uma “bursa”, sendo esta uma pequena bolsa
localizada entre o osso e outras estruturas móveis, como músculos, pele e/ou tendões
Os sintomas mais comuns da bursite são:
•Dor;
•Edema (inchaço);
•Inflamação;
•Restrição de movimento.
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CAUSAS
Entre as causas da bursite destacam-se:
•Traumatismos;
•Infecções;
•Lesões por esforço;
•Uso excessivo das articulações;•Movimentos repetitivo;
•Artrite (inflamação das articulações);
•Gota (depósito de cristais de ácido úrico nas articulações).
TRATAMENTO
O tratamento de bursite deve ser feito sob orientação médica e inclui o uso de anti-inflamatórios, relaxantes musculares,
aplicações de gelo e redução dos movimentos na área afetada. Exercícios fisioterápicos podem ajudar, desde que
orientados por profissionais especializados. Casos mais graves podem exigir intervenção cirúrgica.
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Febre reumática
A Febre Reumática (FR) é uma doença inflamatória, sistêmica, deflagrada pelo agente infeccioso
Streptococcus ß-hemolítico do grupo A, que ocorre em pessoas geneticamente predispostas.
•É uma doença autoimune caracterizada pela inflamação de vários tecidos do corpo, resultando em dor nas
articulações, surgimento de nódulos na pele, problemas cardíacos, fraqueza muscular e movimentos
involuntários.
•A febre reumática normalmente acontece após um episódio de infecção e inflamação da garganta não
tratada corretamente e causada pela bactéria Streptococcus pyogenes. A infecção por essa bactéria é mais
comum em crianças e adolescentes até os 15 anos, mas pode acontecer em pessoas de qualquer idade.
•Por isso, em caso de sinais e sintomas de faringite e amigdalite recorrente, é recomendado consultar o
médico para que possa ser iniciado o tratamento adequado para evitar as complicações da infecção
por Streptococcus pyogenes.
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Principais sintomas
Quando a infecção pela bactéria Streptococcus pyogenes não é tratada
corretamente com o uso de antibióticos, de acordo com a indicação
pelo pediatra ou clínico geral, os anticorpos produzidos na
inflamação podem atacar diversos órgãos do corpo, como articulações,
coração, pele e cérebro.
Assim, além de febre, que pode chegar a 39ºC, os principais sintomas
da febre reumática são:
•Sintomas articulares: dor e inchaço de articulações, como joelhos,
cotovelos, tornozelos e punhos, que têm um padrão migratório, ou seja,
esta inflamação pode alternar de uma articulação para outra, e pode
durar até 3 meses;
•Sintomas cardíacos: falta de ar, cansaço, dor no peito, tosse, inchaço
nas pernas e sopro cardíaco podem ser causados devido a inflamação
das válvulas e músculos do coração;
•Sintomas neurológicos: movimentos involuntários do corpo,
como levantar braços ou pernas sem a pessoa querer, sendo essas
manifestações neurológicas conhecidas como coreia. Também pode
acontecer a oscilação constante do humor, fala arrastada e fraqueza
muscular;
•Sintomas da pele: nódulos sob a pele ou manchas avermelhadas.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da febre reumática é feito pelo clínico geral, reumatologista ou
pediatra com base na presença dos principais sintomas e exame físico do paciente
e resultado de alguns exames de sangue que demonstram inflamação, como VHS
e PCR.
Além disso, é investigada a presença do anticorpo contra a bactéria da febre
reumática, que é detectado por exames de secreções da garganta e de sangue,
como o exame ASLO, sendo esse exame importante para confirmar a infecção
pela bactéria e confirmar o diagnóstico.
Como é feito o tratamento
A febre reumática tem cura, e o tratamento é feito com o uso de antibióticos, como
o Benzetacil, prescritos pelo pediatra, reumatologista ou clínico geral. Já os
sintomas de inflamação nas articulações e coração podem ser aliviados com
repouso e uso de anti-inflamatórios, como ibuprofeno e prednisona, por exemplo.
Dependendo da gravidade da febre reumática, o médico pode indicar que as
injeções intramusculares de Benzetacil sejam realizadas com o intervalo de 21
dias, podendo durar até os 25 anos da pessoa dependendo do grau de
comprometimento cardíaco.
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Artrite reumatoide
A Artrite Reumatoide (AR), é uma Doença Autoimune (DAI) sistêmica comum, cuja prevalência é estimada em
1% da população mundial.
O desenvolvimento das DAIs é influenciado por fatores hormonais, ambientais e imunológicos, que atuam em
conjunto sobre indivíduos geneticamente suscetíveis.
Quanto a fisiopatologia da AR, esta é resultante da ação das células T e B autorreativas, que levam à
Sinovite, à infiltração celular e a um processo desorganizado de destruíção e remodelação óssea. A
membrana sinovial é a principal fonte de citocinas pró-inflamatórias e proteases e, em conjunto com
osteoclastos e condrócitos, promove a destruição articular. Projeções de tecido proliferativo penetram na
cavidade articular, invadindo a cartilagem e o tecido ósseo, formando o pannus, característico da AR (PORTH;
KUNERT, 2004; HALL; GUYTON, 2017).
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SINTOMAS
No início, os sintomas da artrite reumatoide podem ser insidiosos e comuns a outras enfermidades ou ocorrer abrupta e 
simultaneamente. Os mais comuns são rigidez matinal que regride durante o dia, mal-estar, diminuição do apetite, perda de 
peso, cansaço, febre baixa, inchaço nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, que se deformam com a evolução da 
doença.
O diagnóstico de artrite reumatoide leva em conta os sintomas, o
resultado de exames laboratoriais (VHS, proteína C-reativa e fator
reumatoide) e por imagem (raios X, ressonância magnética,
ultrassonografia articular).
•Rigidez matinal;
•Artrite de três ou mais áreas, com sinais de inflamação;
•Artrite de articulação das mãos ou punhos (pelo menos 1 área com
edema);
•Artrite simétrica (a simetria não precisa ser perfeita);
•Nódulos reumatoides ;
•Fator reumatoide sérico positivo;
•Alterações radiográficas (erosões ou descalcificações articulares).
TRATAMENTO
Quanto mais cedo for diagnosticada a artrite reumatoide e iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico.
Embora ainda não se conheçam os recursos para a cura definitiva, é possível obter a remissão dos sintomas,
preservar a capacidade funcional e evitar a progressão das deformidades.
Repouso só deve ser indicado em quadros muito dolorosos e por pouco tempo. Atividade física e fisioterapia
são importantes para controlar o comprometimento das articulações e a perda da mobilidade.
O tratamento medicamentoso inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE), cortiscoroides e
drogas imunossupressoras, como o metrotrexato e a ciclosporina. Alguns medicamentos mais recentes,
desenvolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades
terapêuticas.
A cirurgia e a colocação de próteses articulares podem representar uma opção de tratamento, nos estágios
avançados da doença.
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Tumefação ou Tumor
Tumor é um crescimento anormal de células em qualquer tecido do corpo.
A divisão celular é rigorosamente controlada pelo nosso organismo, de maneira que tenham sempre
novas células substituindo as antigas, sem haver também uma produção (TEIXEIRA, 2007).
O tumor se forma quando que por algum motivo, uma ou mais células do corpo sofrem uma mutação
genética, ou seja, de uma alteração no DNA e deixam de morrer e o organismo não percebe isso.
Dessa forma, o corpo continua a produzir novas células, sem que as antigas morram. Ou seja, as
alterações causam um crescimento e desenvolvimento anormal nas células. Tumores benignos e
malignos podem ser graves, a depender do local que crescem e sua capacidade de se espalhar para
outros órgãos (metástase), deste modo, às vezes eles necessitam de tratamento e outras vezes não.
Tumefação ou Tumor
Quando o equilíbrio entre a divisão e a morte celular é alterado, pode formar-se um tumor. Alguns tumores são
mais comuns em um gênero do que outros. Alguns possuem maior ocorrência entre crianças ou idosos. Outros
são associados à dieta, ao ambiente e ao histórico familiar, são eles:
oExposição a toxinas ambientais, como poluição, radiação e fumo passivo;
oGenética;
oDieta desequilibrada, pobre em frutas, verduras e legumes;
oEstresse;
oTrauma ou lesão local;
oInflamação ou infecção;
oObesidade;
oTabagismo;
oIngestão abusiva de bebidas alcoólicas;
oExposição excessiva ao sol (Importante: evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção
adequada, comochapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios).
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Tumefação ou Tumor
As células cancerosas apresentam quatro características que as distinguem das
células normais. São elas:
oProliferação descontrolada;
oDiferenciação e perda de função;
oPoder de invasão;
oCapacidade de sofrer metástases
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Queimaduras
As queimaduras são lesões na pele resultantes da ação do calor excessivo e/ou por aplicação do frio ou
por meio de agentes químicos (como soda cáustica e ácido clorídrico), ação de danos gerados por
animais e plantas e ainda, ocasionadas pelo látex, água viva, por descargas elétricas, dentre outros.
Quando ocorre uma lesão por queimadura, esta compromete a integridade funcional da pele, sendo
esta responsável pela homeostase hidroeletrolítica, pelo controle da temperatura interna, flexibilidade
e lubrificação da superfície corporal.
Feridas geradas por queimadura a princípio podem ser consideradas como estéril, porém, as lesões se
não tratadas podem evoluir para tecido necrótico (desvitalizado / sem vida), tornando-se colonizado
por germes (bactérias endógenas e exógenas), as quais são produtoras de proteases, levando à
liquefação.
Queimaduras
CLASSIFICAÇÃO DA QUEIMADURA OU GRAU DE PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA
oEscaldadura (queimadura por líquidos quentes) – é a principal causa em menores de 5 anos;
oContato com fogo e objetos quentes – as queimaduras por chamas são mais graves, atingem maior extensão e
profundidade da pele. O álcool é um importante agente causador;
oQueimadura provocada por substâncias químicas – a ingestão de soda cáustica continua sendo a maior fonte de
queimaduras químicas em crianças, ingestão de pequenas pilhas, baterias de relógios e de aparelhos eletrônicos,
sendo estes considerados como perigosos por possuírem conteúdo corrosivo;
oQueimadura por exposição à eletricidade – os acidentes por fios e aparelhos elétricos acometem mais as
crianças menores de 5 anos. Também são vítimas os adolescentes que ao empinar ou retirar pipas da rede elétrica
têm contato com fios de alta tensão;
oExposição excessiva ao sol.
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Queimaduras
GRAU DE COMPROMETIMENTO
oPrimeiro grau (espessura superficial) – eritema solar:
o Afeta somente a epiderme, sem formar bolhas;
o Apresenta vermelhidão, dor, edema e descama em 4 a 6 dias.
oSegundo grau (espessura parcial-superficial e profunda):
o Afeta a epiderme e parte da derme, forma bolhas ou flictenas;
o Superficial: a base da bolha é rósea, úmida e dolorosa;
o Profunda: a base da bolha é branca, seca, indolor e menos dolorosa (profunda);
o A restauração das lesões ocorre entre 7 e 21 dias.
oTerceiro grau (espessura total):
o Afeta a epiderme, a derme e estruturas profundas;
o É indolor;
o Existe a presença de placa esbranquiçada ou enegrecida;
o Possui textura coreácea (quando a sua textura é semelhante a couro e se quebra facilmente);
o Não reepiteliza e necessita de enxertia de pele (indicada também para o segundo grau profundo).
Primeiro grau
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Segundo grau Terceiro grau
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DOENÇAS QUE ENVOLVEM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
A função mais importante do encéfalo, refere-se em servir
como estrutura física subjacente à mente.
Do o ponto de vista biológico, a função mais importante do
encéfalo é receber informações sensoriais de origem tanto
internas quanto externas, e em resposta gerar reações,
comportamentos e estímulos que promovam de forma mais
primitiva e autônoma a sobrevivência imediata da espécie, e
,em escala mais abrangente, o bem-estar pleno e duradouro
do animal.
O encéfalo controla o comportamento seja ativando músculos,
seja causando a secreção glandular de substâncias químicas,
como os hormônios (PORTH; KUNERT, 2004).
DOENÇAS QUE ENVOLVEM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
O Acidente Vascular Encefálico (AVE), é um evento clínico que ocorre quando a interrupção no suprimento
sanguíneo arterial a estrutura cerebral (massa encefálica), seja por uma interrupção temporária (Transitório),
permanente (Isquêmica) ou pela ruptura do ramo arterial o qual supri o encéfalo com sangue oxigenado
(Hemorrágico). É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte,
incapacitação e internações em todo o mundo (SHERWOOD, 2011). A referida enfermidade possui como
características clínicas as seguintes manifestações, tais como:
oAstenia (fraqueza) nos membros;
oFormigamento na face, no braço ou na(s) perna(s), podendo ser localizado no hemicorpo (em um lado do corpo)
ou em ambos os lados (bilateralmente);
oConfusão mental;
oDislalia (alteração da fala);
oAfasia (dificuldade para deglutir;
oObnubilação (borramento visual ou alteração na visão (em um ou ambos os olhos));
oAlteração do equilíbrio, coordenação ou alteração no andar;
oVertigens (tontura);
oCefaleia (dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente);
oDentre outra manifestações.
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Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Acidente vascular encefálico (AVE) – também conhecido como acidente vascular
cerebral (AVC), ou ainda derrame cerebral – é uma doença frequente e muito
grave. Existem dois tipos de AVE: o isquêmico e o hemorrágico.
O AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Responsável pela
morte de células nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode se originar de
uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico,
ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico.
AVC hemorrágico: que é mais agressivo e se dá quando um vaso sanguíneo ou
artéria se rompe, causando vazamento do sangue; AVC isquêmico: que pode
ocorrer quando há um entupimento do vaso sanguíneo por
acúmulo de placas de gordura em suas paredes ou por um coágulo entupir o
vaso e impedir o fluxo de sangue.
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Acidente Vascular Transitório (AVET)
Pequeno ataque semelhante ao acidente vascular cerebral que, apesar de
desaparecer depois de minutos ou horas, ainda requer atenção médica imediata
para ser diferenciado de um verdadeiro acidente vascular cerebral.
O ataque isquêmico transitório pode ser um sinal de alerta de um futuro acidente
vascular cerebral.
Os sintomas incluem fraqueza em um lado do corpo, problemas de visão e fala
arrastada. Eles são transitórios e costumam desaparecer em 24 horas.
O tratamento inclui medicação, cirurgia e mudanças para ter um estilo de vida
saudável.
DOENÇAS QUE ENVOLVEM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Epilepsia
A epilepsia, é uma alteração na atividade elétrica do cérebro que pode ser temporária e reversível e/ou com
episódios permanentes, os quais produzem manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou
neurovegetativas, em decorrência de descarga elétrica excessiva.
A epilepsia é uma doença neurológica do sistema nervoso central em que a atividade do cérebro, os
impulsos elétricos dos neurônios e os sinais químicos cerebrais se tornam anormais, deixando sua atividade
desordenada, causando sintomas como convulsões, movimentos descontrolados do corpo ou alterando o
comportamento e as sensações, podendo levar até a perda de consciência.
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DOENÇAS QUE ENVOLVEM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Várias são as condições que podem estar associadas à epilepsia; dentre as principais causas,
podemos citar:
•Lesões cerebrais;
•Infecções (como meningites e encefalites);
•Complicações parto; e.
•Desordens genéticas.
Sintomas de epilepsia generalizada
•Cair no chão;
•Contrações descontroladas e involuntárias dos músculos do corpo;
•Rigidez dos músculos, especialmente dos braços, pernas e tórax;
•Salivar muito, chegando a babar;
•Morder a língua e ranger os dentes;
•Incontinência urinária;
•Dificuldade em respirar;
•Pele avermelhada;
DOENÇAS QUE ENVOLVEM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Cefaleias
A cefaleia, é o termo usado para descrever qualquer dor que
ocorra numa ou mais áreas do crânio (face, boca ou pescoço).
A prevalência da cefaleia ao longo da vida é elevada (94% dos
homens e 99% das mulheres) e cerca de 70% das pessoas
apresentaramo sintoma no último ano.
As cefaleias primárias, são doenças cujo sintoma principal,
porém não único, são episódios recorrentes de dor de cabeça.
Já as cefaleias secundárias, são o sintoma de uma doença
subjacente, neurológica ou sistêmica.
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DOENÇAS QUE ENVOLVEM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso (DDSN)
Existem vários fatores que podem causar morte celular e degeneração. Esses fatores
podem ser mutações genéticas, infecções virais, drogas psicotrópicas, intoxicação por
metais, poluição, entre outros. As doenças nervosas degenerativas mais conhecidas
são a esclerose múltipla, a doença de Parkinson, a doença de Huntington e a doença
de Alzheimer.
DOENÇAS QUE ENVOLVEM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
A Doença de Parkinson, manifesta-se, geralmente, a partir dos 60 anos de idade e é causada por alterações
nos neurónios que constituem a "substância negra" e o corpo estriado, dois importantes centros motores do
cérebro. A pessoa afetada passa a apresentar movimentos lentos, rigidez corporal, tremores incontroláveis,
além de acentuada redução na quantidade de dopamina, que é uma substância neurotransmissora fabricada
pelos neurónios do corpo (SHERWOOD, 2011).
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Para diagnosticar a doença de Parkinson, o neurologista ou geriatra devem avaliar a presença destes sinais e
sintomas, além da história clínica e do exame físico, sendo necessário que pelo menos 3 deles estejam
presentes.
Além disto, outros sintomas que estão muito presentes nesta doença são:
•Diminuição das expressões do rosto;
•Dificuldade para falar, com voz rouca e arrastada;
•Diminuição do piscar dos olhos;
•Alterações do sono, como insônia, pesadelos, sonambulismo;
•Engasgos e dificuldade para engolir alimentos;
•Dermatites na pele;
•Dificuldade para sentir cheiros;
•Prisão de ventre;
•Depressão.
Como é feito o tratamento
O tratamento para doença de Parkinson é feito com o uso de medicamentos por toda a vida, que ajudam a
diminuir os sintomas e atrasar a progressão da doença. O principal medicamento utilizado é a levodopa, que
ajuda a repor a quantidade da dopamina, importante neurotransmissor para o controle dos movimentos.
Outros remédios que também são utilizados para melhorar os sintomas são biperideno, amantadina, selegilina,
bromocriptina ou pramipexol, principalmente nas fases iniciais. A fisioterapia, atividade física e a terapia
ocupacional também são muito importantes para auxiliar o tratamento do Parkinson, por incentivar a
restauração e a recuperação dos movimentos.
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DOENÇAS QUE ENVOLVEM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Doença de Huntington, esta começa a manifestar-se por volta dos 40 anos de idade. A pessoa perde
progressivamente a coordenação dos movimentos voluntários, a capacidade intelectual e a memória. Esta
doença é causada pela morte dos neurónios do corpo estriado. Pode ser hereditária, causada por uma
mutação genética.
Principais sintomas
Os sintomas da doença de Huntington podem variar de pessoa para pessoa, podendo evoluir mais
rapidamente ou ser mais intensos de acordo com a realização ou não do tratamento. Os principais sintomas
relacionados com a doença de Huntington são:
•Movimentos involuntários rápidos, chamados de coreia, que começam localizados em um membro do corpo,
mas que, com o tempo, acometem várias partes do corpo.
•Dificuldade para andar, falar e manter o olhar, ou outras alterações do movimento;
•Rigidez ou tremor dos músculos;
•Alterações do comportamento, com depressão, tendência suicida e psicose;
•Alterações da memória, e dificuldades para se comunicar;
•Dificuldade para falar e engolir, aumentando o risco de engasgamento.
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Causa da doença de Huntington
A doença de Huntington ocorre por uma alteração genética, que é passada de forma hereditária, e que
determina uma degeneração de regiões importantes do cérebro. A alteração genética desta doença é do tipo
dominante, o que significa que basta herdar o gene de um dos pais para ter o risco de desenvolvê-la.
Assim, como consequência da alteração genética, há produção de uma forma alterada de uma proteína, o
que resulta na morte das células nervosas de algumas partes do cérebro e favorece o desenvolvimento dos
sintomas.
Como é feito o tratamento
O tratamento da doença de Huntington deve ser feito sob orientação do neurologista e psiquiatra, que irão a
avaliar a presença de sintomas e orientar o uso de medicamentos para melhorar a qualidade de vida da
pessoa. Assim, alguns dos medicamentos que podem ser indicados são:
•Remédios que controlam as alterações do movimento, como Tetrabenazina ou Amantadina, pois atuam
em neurotransmissores do cérebro para controlar estes tipos de alterações;
•Remédios que controlam a psicose, como Clozapina, Quetiapina ou Risperidona, que ajudam a diminuir
sintomas psicóticos e alteração do comportamento;
•Antidepressivos, como Sertralina, Citalopram e Mirtazapina, que podem ser utilizados para melhorar o
humor e acalmar as pessoas que ficam muito agitadas;
•Estabilizadores do humor, como Carbamazepina, Lamotrigina e Ácido valpróico, que são indicados para
controlar impulsos e compulsões do comportamento.
DOENÇAS QUE ENVOLVEM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Doença de Alzheimer, esta doença manifesta-se por volta dos 50 anos e caracteriza-se por uma
deterioração intelectual profunda, desorientando a pessoa que perde, progressivamente, a memória, as
capacidades de aprender e de falar. Esta doença é considerada a primeira causa de demência senil.
A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela
deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma
variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.
O que causa o Alzheimer?
A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja
geneticamente determinada. A Doença de Alzheimer é a forma
mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de
idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de
demência nessa população.
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Quais os estágio(fases) da doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o
que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas
acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:
•Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.
•Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos.
Agitação e insônia.
•Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade
para comer. Deficiência motora progressiva.
•Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.
Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão:
•falta de memória para acontecimentos recentes;
•repetição da mesma pergunta várias vezes;
•dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
•incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
•dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
•dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;
•irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais
ou auditivos, tendência ao isolamento.
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Como prevenir a Doença de Alzheimer?
A Doença de Alzheimer ainda não possui uma forma de prevenção específica, no entanto os
médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social, regada a bons hábitos e
estilos, pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença.
Com isso, as principais formas de prevenir, não apenas o Alzheimer, mas outras doenças
crônicas como diabetes, câncer e hipertensão, por exemplo, são:
•Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa.•Fazer exercícios de aritmética.
•Jogos inteligentes.
•Atividades em grupo.
•Não fumar.
•Não consumir bebida alcoólica.
•Ter alimentação saudável e regrada.
•Fazer prática de atividades físicas regulares.
Esclerose múltipla
• É uma doença neurológica que se declara
entre os 20 e os 40 anos e que se
caracteriza pela destruição focal de
componentes do sistema nervoso. Essas
lesões são provocadas por linfócitos T ou
por mediadores químicos libertados pelo
sistema imunitário (doença autoimune).
• A esclerose múltipla é uma doença
autoimune que atinge o cérebro, os nervos
ópticos e a medula espinhal. O sistema
imunológico ataca a camada protetora
que envolve os neurônios, chamada
mielina, e atrapalha o envio dos comandos
do cérebro para o resto do corpo. Esse
processo é chamado de desmielinização.
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Os sintomas da esclerose múltipla incluem:
•Cansaço excessivo;
•Sensação de dormência ou formigamento nos braços ou pernas;
•Falta de força muscular;
•Rigidez ou espasmo muscular;
•Tremor;
•Dor de cabeça ou enxaqueca;
•Lapsos de memória e dificuldade de concentração;
•Incontinência urinária ou fecal;
•Problemas de visão como visão dupla, nublada ou borrada;
•Dificuldade para falar ou engolir;
•Alterações no andar ou perda do equilíbrio;
•Falta de ar;
•Depressão.
O tratamento consiste no uso de imunossupressores
Fisioterapia e medicamentos que suprimem o sistema
imunológico podem ajudar a combater os sintomas e
retardar a progressão da doença.
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