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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA CURSO DE HISTÓRIA I AVALIAÇÃO PARCIAL DE TEORIAS III Disciplina: Teorias da História III Professora: Régia Agostinho Alun@: Joabe da Silva Nascimento 01- Disserte sobre a metodologia do oficio do historiador segundo Marc Bloch em Apologia da História. O livro Apologia da História, de Marc Bloch, é considerado a base para o historiador, ou para aquele que usufrui da História como ciência. Em seus capítulos o autor desenvolve perguntas importantes acerca da História, sobre seu papel na sociedade, sobre a sua construção como ciência e sobre seus métodos. No primeiro capítulo, temos algumas subdivisões relativamente curtas. Nele Marc Bloch fala sobre a origem grega da palavra História, indicando o seu sentindo mais amplo. O autor traz especificidades que não pretendem encerrar a História numa definição, mas que tratam de refletir sobre as ferramentas do historiador e sobre a sua forma de fazer uma escolha na realidade imensa e confusa da nossa sociedade. Marc Bloch rejeita o lugar comum de dizer que a História, é a ciência do passado. Para ele, o objeto da História são os "homens". E portanto, sendo a ciência dos homens, requer uma grande sutileza de linguagem para traduzir fenômenos históricos muito delicados. Depois de tratar do que podemos chamar de objeto científico do historiador nos seus capítulos iniciais, Marc Bloch sublinha que este não é o suficiente para garantir que exista e para definir como uma ciência, porque está também repousa, entre outros, no método. Assim, para o autor, é necessário explicar o que é a observação científica, o que faz da história uma ciência. Seguindo as afirmações de Marc, podemos considerar que na questão de métodos, ele acredita que devemos dar importância para a “questão-problema”, que surge como parte importante da pesquisa, a qual o historiador à torna uma fonte histórica, como exemplo, os manuscritos, ou qualquer outra produção cultural humana. Essa questão precisa ter uma pergunta de base para ser explanada. Podemos ainda, observar a visão de Marc e suas críticas sobre a historiografia, na qual ele trata como uma historiografia factual, no sentido de se aproximar muito do jornalismo, dessa ideia do fato pelo fato, de uma narrativa cronológica e linear, que começa e termina em um tempo definido e especifico. Outra coisa importante a se observar dentro das metodologias levantadas por Marc, é a interdisciplinaridade da História. Pois desde o início a mesma foi atacada por autores de outras disciplinas, tendo que se firmar como uma ciência específica, diferente das outras chamadas de “ciências dos espíritos”, como a sociologia, por exemplo. Seguindo essa linha de pensamento, ele tenta afastar a História de uma análise puramente sociológica, baseando-a no tempo, não somente na análise do homem e das sociedades. Ao mesmo tempo, essa primeira geração dos Annales, possuem uma ideia de que a História mesmo sendo uma corrente própria, tendo seu estatuto epistemológico definido, ela acaba por se utilizar do conhecimento de outras matérias que não são puramente a História. Ou seja, os historiadores acabam dialogando com outras disciplinas, sendo uma das mais latentes para esses autores a Psicologia, que acaba por dar origem nessa relação História-Psicologia, a História das Mentalidades, a História da Psicologia Coletiva, e também a Geografia, pois como Historiadores, devemos nos situar não somente no Tempo, como também no Espaço. Então podemos considerar essa interdisciplinaridade como a segunda parte mais importante metodologicamente para o indivíduo que quer exercer a função de historiador. Para além disso, Marc Bloch ver o historiador com uma função social bem definida, onde além de ser uma pessoa que narra coisas no passado, ele acredita que a verdadeira ação do historiador seja a de não se fazer esquecer.