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Traumatismo dentario na denticao decidua

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Traumatismo dentário na
dentição decídua
Aula 05- 10/11
O que é?
Fatores
ecnômicos
Problema de saúde
pública
Estética
Fatores
psicológicos
Função
Prevalência:
“ O traumatismo na dentição é um problema que pode acontecer, os profissionais em geral precisam estar aptos a pelo menos
receber o paciente, fazer a urgência e encaminha-lo ao tratamento especializado”
O trauma dental é considerado um problema de saúde pública, por isso precisamos estar atentos e sempre atualizados, até
porque isso compromete o psicológico não só da criança como também dos seus familiares, compromete a questão econômica da
família, além de envolver também a função e estética impactando diretamente na qualidade de vida da criança.
Tecidos de sustentação: luxação lateral (33,4%), intrusão (29,3%) e avulsão (14,1%)
 >meninos – 31 a 40%
Meninas – 16% a 30%
Incisivos centrais superiores – 60% (seguidos pelos incisivos laterais superiores e incisivos centrais inferiores)
Na dentição decídua, os traumas aos tecidos de sustentação são os mais prevalentes porque as crianças apresentam os ossos
mais resilientes/flexíveis, não significa que elas não terão fraturas, porém, a chance de fratura é menos porque o osso amortece
as forças, prevalecendo as luxações e subluxações.
Os pré-escolares são mais suscetíveis ao trauma porque ainda não possuem uma coordenação motora definida, sendo mais
suscetíveis a queda, e nesse momento estão começando a andar/caminhar, e as crianças de hoje não querem passar por essa
fase, mas levantar e correr! Essa faixa etária é muito predisposta a cair a bater a boca, sendo necessário conversar com os pais
sobre esse período e estar atento para os casos de recidivas (chance grande de cair e bater o mesmo dente).
Também vale ressaltar que os meninos sofrem mais traumas de que as meninas, isso acontece porque alguns autores defendem
que os meninos se envolvem em mais tarefas e esportes radicais, porém, hoje em dia, essa relação está bem próxima da
igualdade.
Os ICS superiores são os dentes mais envolvidos em trauma porque estão mais expostos ao meio externo.
Fatores etiológicos:
 Existem vários fatores envolvidos no trauma de dentes, sendo o mais prevalente, a queda, entretanto, além da queda pode
existir outros fatores, são eles:
1. Queda;
2. Acidentes automobilísticos.
3. Acidentes esportivos;
4. Colisões.
5. Violência (abuso infantil);
6. Uso de smartphones (baseado em estudo recente (2019). Isso acontece principalmente devido ao grande tempo de uso que
as crianças utilizam os celulares, em posição supinadas, o que favorece acidentes na região da boca. Conversar com os pais
e responsáveis sobre o uso e as limitações, lembrando que as crianças só podem usar as telas a partir dos 2 anos, e com
restrições – evitar usar celular deitado e tomar um cuidado maior.
Fatores predisponentes:
 1. Sobressaliência acentuada (Overjet- fase do patinho feio, com incisivos superiores mais proeminentes);
2. Obesidade (dificuldade de locomoção/motricidade, desequilíbrio)
3. Problemas neurológicos – paralisia cerebral, epilepsia,etc.
4. Mordida cruzada anterior;
5. Mordida aberta
6. Lábio curto/hipotônico (crianças que não tem selamento labial adequado, deixando os dentes expostos).
Protocolo de atendimento:
 A primeira coisa que precisamos fazer frente ao trauma, é estabelecer um protocolo de atendimento organizado e adequado,
onde nele nós precisamos: Realizar anamnese, exame clínico e solicitar um exame radiográfico. Todas essas etapas precisam ser
feitas com atenção e qualidade para chegarmos ao diagnóstico certo.
Anamnese:
Primeiramente faz-se a coleta de dados gerais do paciente, como:
Identificação do paciente;
História médica: anomalias cardíacas (para saber se terá a necessidade de fazer profilaxia antibiótica), vacinas (principalmente
a vacina antitetânica, caso não devemos orientar a se vacinar), alergias, distúrbios sanguíneos.
Nessa etapa, é importante que se faça o questionamento diretamente para a criança (se ela tiver a capacidade de responder),
para avaliar o grau de consciência da criança e estabelecer o vínculo.
Capacidade de andar
sem auxílio
Quando, onde e como ocorreu o trauma?
Tratamento prévio?
Histórico de traumas dentais?
Sintomas atuais?
Depois faz-se a coleta de dados sobre a história do trauma, e perguntas, como:
Serve para determinar o tipo de tratamento e a abordagem do tratamento.
A próxima etapa é o exame clínico, onde devemos avaliar o paciente como um todo.
Ausência de vômito
ou náuseas
Movimentos oculares
regulares
Ausência de
comprometimento
das vias aéreas
Ausência de
manifestações
neurológicas
Se o paciente
apresentar esses
parâmetros, deve ser
encaminhado para o
médico
Lacerações, contusões e abrasões na pele.
Corpos estranhos: contaminação ----profilaxia antibiótica ou antitetânica;
Ferimentos no mento ----fratura de côndilo;
Queimaduras, marca de mão ou cinto.
Palpação de ossos faciais e ATM;
Verificar anormalidades/degraus sugerindo fraturas ósseas;
Limitações de abertura e fechamento de boca.
Gengiva – presença de fístulas, lacerações, etc;
Mucosa bucal;
Língua;
Assoalho da boca – avaliação minuciosa pois pode estar relacionada a fratura mandibular, principalmente se as crianças
estiverem com o assoalho muito roxo e edemaciado (hematoma submucoso); E a presença de fragmento retido provoca
infecções e compromete o processo de cicatrização----sempre fazer palpação e avaliação radiográfica.
A próxima etapa do exame clínico é o exame extra-oral. Será avaliado tecido mole e tecido duro.
Tecidos moles:
Tecidos duros:
A avaliação intra-oral de tecidos moles e duros também é realizada:
Tecidos moles:
Avaliação de deslocamento dentários:
Direção;
Extensão da luxação;
Exame dos tecidos ósseos: Contornos irregulares indicam fratura óssea, geralmente observa-se a direção do deslocamento. Sempre
palpar (verificar se houve fraturas tanto de parede com o osso alveolar) delicadamente para saber se tem mobilidade e
deslocamento dentário. Precisamos ir com o dedo e avaliar se há presença de fraturas e até mesmo a direção do deslocamento da
fratura.
Exame dos tecidos dentais: Verificar se há presença de trincas/fraturas, complicações pulpares, alteração de cor, para então optar-
se por um tipo de conduta específico para o caso.
A alteração de cor é um requesito muito importante, já que pode indicar uma necrose pulpar ou calcificação pulpar. O tratamento da
necrose seria através da endodontia, enquanto na calcificação pode-se apenas acompanhar, a mesma inclusive só ira ocorrer depois
de meses do trauma, enquanto a necrose se manifesta rapidamente, com coloração amarelo meio acinzentado, enquanto a
calcificação se apresenta de forma do amarelo-vivo.
Muito cuidado com as alterações de cor que o dente pode apresentar. Em alguns casos, os pais relatam que depois de algumas
semanas do trauma, o dente começou a mudar de cor, e geralmente a mudança de cor em até um mês após o trauma, a chance da
polpa reagir de forma favorável é melhor. Quando acontece em dois meses, a chance de uma necrose é maior, sendo o prognóstico
desfavorável. Vale ressaltar que nem toda mudança de cor é considerada necrose.
Tecidos duros:
Caso clínico: fratura de borda incisiva com fragmentos inseridos na mucosa – pode ser expelido (a remoção é feita quando o fragmento
esta quase saindo) ou reabsorvido.
Sempre que o dente decíduo comprometer a integridade do dente permanente, não pode-se deixa-lo na boca, o certo é extraí-lo, pois todo
o tratamento gira em torno de manter a integridade do permanente.
Em casos de suspeita de aspiração/deglutição deve-se solicitar um raio X de tórax.
Avulsão → aspiração/deglutição;
Luxação intrusiva 
Relação com o sucessor
permanente.
Em casos de luxação intrusiva deve-se realizar a
técnica radiográfica lateral de nariz para verificar a
relação do dente decíduo com o permanente após a
intrusão.
Avaliação da oclusão:
Mobilidade dos dentes:
Teste de percussão:
Em criança não é indicado realizar esse teste, porque é um teste que gera desconforto, e muitasvezes, a criança não tem maturidade
suficiente para receber esse desconforto, não sabendo responder ao certo se está doendo ou não, o grau dessa dor, além disso é um teste
que prejudica o controle do medo dentro do consultório.
Sensibilidade ao teste de percussão indica: 
Danos ao ligamento periodontal (teste também realizado com o cabo do espelho----se for feito em crianças, deve ser feito de maneira
cautelosa); 
Som sólido metálico: indica dente travado no osso (anquilose) 
Som surdo: indica subluxação ou luxação extrusiva.
Teste de vitalidade pulpar:
No caso de: Fratura de maxila, mandíbula ou do processo alveolar, deve-se solicitar uma tomografia computadorizada (se o paciente puder
arcar com os custos) pois é através desse exame que conseguimos confirmar ou descartar qualquer suspeita de fratura óssea com mais
precisão.
Tomografia computadorizada
Axial x horizontal:
Como é feito o teste de mobilidade? utiliza-se o cabo do espelho, pois se trata de um instrumento rígido. Vale ressaltar que realizar o
teste com a ponta do dedo pode dar um falso positivo ou negativo, pois o dedo não é rígido como o cabo do espelho.
Com relação aos dentes decíduos pelo fato dele sofre rizólise, a mobilidade durante o teste pode estar associada ao quadro de reabsorção
radicular fisiológica(normal), e não a fraturas.
Crianças pequenas não apresentam habilidade de informar suas reações.
Os dentes decíduos sofrem degeneração pulpar, então eles não respondem de forma satisfatória ao
teste de percussão/vitalidade.
Além disso, esses testes quando feitos em crianças pequenas, podem acabar descompensando o
seu comportamento por se tratar de testes descondortáveis e dolorosos.
Exame radiográfico:
Diagnóstico:
Tecidos
dentários
Fundamental para o diagnóstico, pois:
Determina extensão do dano ao dente estruturas associadas;
Relação entre o dente decíduo e seu sucessor permanente;
Revela traumatismo que afetam a porção radicular e as estruturas periodontais.
PERIAPICAL (e periapical modificada, com filme periapical de adulto para fazer uma oclusal com feixe na direção a ponta do nariz);
Oclusal
PERFIL--- dependendo do tipo, principalmente se for do tipo luxação lateral ou intrusão para avaliar a relação com o dente permanente
(Lateral de nariz).
PANORÂMICA ----não é tão indicada, geralmente é indicada quando se tem suspeita de fratura de base óssea.
TOMOGRAFIA ---Semelhante a panorâmica, utilizada nos casos de fratura de base óssea, fratura de côndilo...
 Periapical modificada:
Coloca-se o filme na horizontal, e o paciente vai morder – pode utilizar o posicionador anterior também, o paciente morde e coloca o
feixe na ponta do nariz, ou na direção do posicionador.
 Lateral de Fazzi
Pode ser realizada com o filme oclusal ou periapical de adulto e é uma técnica indicada somente para crianças pequenas. Nessa técnica
se observa a relação do dente decíduo com o sucessor permanente. O dente permanente fica guardado por palatina, e quando a raiz se
desloca para a vestibular não compromete o permanente, mas quando vai para a palatina sim.
 
Tecidos
moles
Tecidos de
sustentação
Tecido ósseo
Fraturas
coronárias
Fraturas corono-
radiculares
 Fraturas
radiculares
Contusão 
Abrasão
Laceração
Concussão e
subluxação
Alvusão
Luxação lateral, intrusiva e
extrusiva.
Comunicação da cavidade
alveolar
Fratura da parede alveolar,
processo alveolar e
maxila
Tratamento:
Tipo de dente afetado;
Estágio de formação radicular;
Grau de mobilidade;
Nível de colaboração do paciente;
Vitalidade pulpar;
 É multidisciplinar; 
 O tratamento é diferente na dentição decídua porque há o intimo contato da raiz do dente decíduo com a
coroa do sucessor permanente.
 O tratamento escolhido é sempre pensando na integridade do germe do permanente.
Para fazer o tratamento deve ser considerado os seguintes fatores antes:
Lesão aos tecidos moles:
Contusão:
 Hematoma provocado por impactos com objetos rombos que leva a hemorragias e edemas com mucosas
íntegras
Tratamento:
 Deve-se fazer orientação de higiene e de dieta leve/alimentação pastosa
Abrasão:
 Ferimento em que há remoção de camada superficial de tecido, deixando a gengiva áspera e sangrante--
atrição tecidual
Tratamento:
 Deve-se fazer orientação de higiene e de dieta leve/alimentação pastosa
Laceração:
 Perfuração por objetos cortantes que mostra solução de continuidade. Observar se houve fratura dentária para verificar se
não há a presença de nenhum corpo estranho.
Tratamento:
 Deve-se fazer orientação de higiene e sutura.
Lesão aos tecidos duros:
Comunicação da cavidade alveolar:
 Compressão ou esmagamento
Luxação intrusiva ou lateral.
Fratura do processo alveolar e da parede alveolar
Parede alveolar quando envolve apenas um dente;
Processo alveolar quando envolve vários dentes;
Tratamento: o reposicionamento da região fraturada precisa ocorrer com pressão bidigital, e
caso haja envolvimento de osso, a contenção tem que ser RÍGIDA e aguardar de 3 a 4 semanas.
Faz a orientação de dieta e orientação de higiene.
Proservação: monitoração clínica e radiográfica até a erupção do sucessor permanente
Lesão aos tecidos dentários:
Trinca de esmalte:
Fratura incompleta do esmalte (rachadura ou fissura), sem perda de estrutura dentária.
O exame radiográfico tem de ser realizado sempre que há relato de traumatismo dentário, porém trincas de esmalte não são
visíveis em radiografias periapicais;
Tratamento:
Não exigem o tratamento específico, apenas acompanhamento clínico e radiográfico, pois muitas vezes, nesses traumas de
baixo impacto, o dente pode reagir de forma tardia. Pode ser realizada também fluorterapia.
Fratura de esmalte:
Fratura não complicada:
Perda de estrutura restrita ao esmalte, RX → Perda superficial do esmalte sem envolvimento da dentina
Tratamento:
Não exigem o tratamento, mas para fraturas que envolvem apenas esmalte, basta eventual desgaste e polimento do dente
com o intuito de evitar lacerações nos tecidos moles (lábio e língua). Indica-se aplicação de flúor no dente fraturado.
Pode-se também restaurar o dente devolvendo sua forma anatômica original, caso haja preocupação estética dos
responsáveis, no entanto geralmente evitam-se desgastes adicionais;
Perda de estrutura dentária limitada a esmalte e dentina, SEM exposição pulpar.
RX → tamanho da câmara pulpar, o estágio de desenvolvimento radicular e o nível de reabsorção das raízes. Avaliar também os tecidos
periapicais.
Tratamento:
Restauração e dependendo da profundidade é importante se pensar na proteção do complexo dentinho- pulpar (fina camada de dentina).
Também pode se realizar a colagem do fragmento coronário, porém é pouco utilizado (não se faz em dente decíduo por conta do tamanho do
dente que é menor).
Restauração da estética e função com resina composta
Fratura complicada:
Fraturas coronoradicular:
Perda de estrutura dentária que envolve esmalte, dentina COM exposição pulpar.
Nesses casos, a criança chega com muita dor e falta de apetite.
Precisa ser feito a remoção do fragmento, avaliar como está a estrutura remanescente, e iniciar o tratamento endodôntico.
RX → tamanho da câmara pulpar, o estágio de desenvolvimento dos permanentes e reabsorção das raízes do decíduo (+ 2/3 de
reabsorção faz a extração).
Tratamento:
Depende da integridade dos tecidos envolvidos. Se o paciente é menor de 2 anos e apresenta uma micro exposição pulpar, sem
contaminação, sem sangramento abundante, faz-se o capeamento direto (pacientes acima de 2 anos pode ser que não tenha um
prognóstico favorável) ou pulpotomia (remoção parcial da polpa) em casos de polpa resistente ao corte, de vermelho- vivo ou, caso
insucesso nas anteriores, faz-se tratamento endodôntico – restaurar a estética e função.
-Acompanhamento clinico e radiográfico até a erupção do permanente.
Não-complicadas
Solução de continuidade que envolve esmalte, dentina e cemento, SEM comprometimento pulpar.
Complicadas
Solução de continuidade que envolve esmalte, dentina e cemento, COM envolvimentopulpar
Nesse tipo de fratura, muitas vezes não se consegue salvar o dente porque crianças não se faz aumento de coroa (porque pode induzir uma
reabsorção patológica da polpa e uma alteração óssea) e geralmente nesses tipos de fratura término encontra-se subgengivalmente.
Quando está muito abaixo da gengiva, não se consegue fazer um vedamento adequado, ocasionando a extração do dente.
Clinicamente, a criança apresenta muito desconforto, principalmente durante a mastigação.
Extensão além do limite gengival; exposição pulpar; dor e mobilidade durante a mastigação.
RX → periapical e oclusal. Estágio de desenvolvimento radicular e extensão da fratura.
Tratamento:
Depende de sua extensão subgengival. Remove-se o fragmento para verificar tal extensão. Quando a fratura se estende 2 mm além do
limite gengival, a exodontia é o tratamento de escolha. Porém, se a criança colabora e a fratura está aquém do limite gengival, é possível
optar por restauração com resina composta;
Acompanhamento clinico e radiográfico até a erupção do permanente.
Fraturas radiculares:
Fraturas transversais nos terços apical e médio: reposicionamento por pressão digital para aproximação dos fragmentos, quando o
tratamento é imediato. Se for tardio ocorre interposição do coágulo, o que dificulta essa manobra. Fraturas de terço apical
normalmente se recuperam sem tratamento, no entanto, nas fraturas de terço médio e sobretudo naquelas com mobilidade do dente
envolvido, faz-se necessária contenção rígida por um período de 90 a 120 dias. Acompanha-se radiograficamente a formação do
reparo para a remoção da contenção;
Fraturas transversais no terço cervical: exodontia, uma vez que a mobilidade do fragmento coronário inviabiliza a contenção. A
literatura aponta a não necessidade de remover o fragmento radicular, pois ele deverá passar pelo processo de rizólise fisiológica;
Fraturas longitudinais ou oblíquas: exodontia é o tratamento de escolha.
Solução de continuidade envolvendo dentina, cemento e polpa.
Fraturas VERTICAIS, LONGITUDINAIS/OBLÍQUA (prognóstico desfavorável) e HORIZONTAL (prognóstico favorável).
Fraturas longitudinais/oblíquas geralmente se extrai porque não se consegue consolidar o fragmento ao substrato. Clinicamente poderá ser
observado ligeiro deslocamento da coroa associado a pequena extrusão. Apalpa-se a área afetada para verificar se há dor ao toque e/ou
presença de mobilidade e para descartar fratura óssea. Comumente, a mobilidade por fratura alveolar acontece em bloco, ou seja, ao testar
um dente, os elementos adjacentes também apresentam mobilidade. O exame radiográfico periapical e oclusal determinará se a mobilidade
dentária acontece em virtude de luxação ou da presença de fratura radicular, e estágio de desenvolvimento radicular.
Tratamento:
Depende da localização (terços apical, médio ou cervical) e direção da linha de fratura (orientação transversal ou longitudinal):
Lesão aos tecidos de sustentação
Concussão:
Subluxação
Trata-se de traumatismo de pequena intensidade causo por imapacto que envolve hemorragia e edema do ligamento
periodontal, porém sem ruptura de fibras. Não provoca deslocamento, mobilidade dentária ou sangramento do sulco
gengival. 
Sensibilidade ao toque durante a mastigação
Sem alterações radiográficas.
Tratamento: 
Não requer intervenção imediata, mas faz-se orientação de higiene e de dieta pastosa e líquida, sobretudo nas
primeiras 48 horas, e restringe-se o uso de chupetas e mamadeiras
Traumatismo de intensidade baixa a moderada que provoca ruptura de algumas fibras do ligamento periodontal e leva à
mobilidade sem, contudo, provocar deslocamento dentário. Sangramento no sulco gengival pode estar presente.
Tratamento: 
Não requer intervenção imediata, mas faz-se orientação de higiene(Aplicação de solução de clorexidina 0,12%) e de
dieta pastosa e líquida, sobretudo nas primeiras 48 horas, e restringe-se o uso de chupetas e mamadeiras
Acompanhamento clínico e radiográfico
Luxação lateral
Trata-se de traumatismo de maior intensidade que leva a deslocamentos dentários nos sentidos palatino, vestibular,
mesial ou distal. 
Aspectos clínicos: mobilidade, sangramento, laceração e esmagamento dos tecidos periodontais –consequentemente vai
levar o paciente para um quadro de necrose.
Aspectos radiográficos: geralmente se faz a radiográfica lateral para avaliar a relação com o permanente (mas em alguns
casos, pode ser fazer a periapical e a oclusal).
Tratamento: 
Vai depender de uma série de fatores, tais como magnitude do deslocamento, grau de desenvolvimento dentário e sua
relação com o sucessor permanente, procura por tratamento imediata ou tardia e grau de cooperação da criança ao
tratamento proposto. Deslocamentos muito pequenos sem interferência oclusal, a musculatura da língua e do lábio
tendem a reposicionar o dente sem qualquer outra intervenção. No caso de deslocamentos não muito extensos, em
condições favoráveis, ou seja, dentes em estágio inicial de rizólise (menos de 1/3 de reabsorção), sentido do
deslocamento contrário ao dente permanente (coroa para palatino – raiz para vestibular), busca por tratamento nas
primeiras horas após o trauma e criança colaboradora, faz-se a reposição sob anestesia local, pressionando
bidigitalmente o dente. Caso haja mobilidade, está indicada contenção flexível ou semirrígida por dez a 14 dias.
Persistindo a interferência oclusal, ocorre o desgaste incisal. Se os deslocamentos forem de grande intensidade ou em
direção ao germe do permanente, a extração é o tratamento de escolha. Em todas as situações os responsáveis devem
ser orientados quanto à dieta leve, restrição ao uso de chupetas e mamadeiras e ao controle mecânico e químico de
biofilme.
Luxação intrusiva
Também denominada intrusão, é o deslocamento dentário para o interior do seu alvéolo. É considerada grau I (suave)
quando mais de 50% da coroa fica visível, grau II (moderada) quando menos de 50% da coroa pode ser vista e grau III
(severa) quando há intrusão total da coroa. Geralmente se dá por vestibular em relação ao germe do dente permanente,
mas é possível acontecer em sua direção.
Clinicamente observamos: abaulamento da tábua óssea; Tecidos moles adjacentes edemaciados; Insensível a percussão
e firme no alvéolo; Som a percussão é metálico e agudo, bem característico (como se tivesse batendo ao fundo de uma
panela)
Radiograficamente: Desaparecimento parcial ou total do espaço periodontal por conta do movimento axial do dente.
Deve-se utilizar as técnicas Periapical, oclusal e lateral
Tratamento: 
Deslocamento no sentido labial (aguardar a reerupção – 2 a 4 semanas).
Fratura da tábua óssea e deslocamento no sentido do germe permanente – EXODONTIA
Dieta líquida e pastosa nas primeiras 48 horas.
Acompanhamento clinico e radiográfico até a erupção do permanente.
Luxação extrusiva
Também denominada extrusão, é o deslocamento parcial do dente para fora de seu alvéolo.
Rompimento do feixe vásculo-nervoso e rompimento das dibras do ligamento periodontal, podendo levar a necrose.
Aspectos clínicos: Desnível oclusal em relação ao homólogo; Abundante hemorragia local; Coroa levemente desviada
para lingual/palatina.
radiograficamente: Periapical e oclusal, Espaço do ligamento periodontal aumentado.
Tratamento: 
Depende dos mesmos fatores analisados na luxação lateral, como magnitude do deslocamento, grau de desenvolvimento
dentário e sua relação com o sucessor permanente, procura por tratamento imediata ou tardia e grau de cooperação da
criança ao tratamento proposto. Em casos de pequenos deslocamentos deve-se observar se interferências oclusais não
foram ocasionadas pela nova posição dental, pois, se isso ocorrer, pequenos desgastes são indicados. Com tratamento
imediato pode-se tentar o reposicionamento. Se o atendimento for tardio, acontecem diminuição da mobilidade e
formação do coágulo; em tal caso a melhor opção é deixá-los nessa nova posição. Em graus de mobilidade excessivos e
extrusões severas (geralmente mais que 3 mm) a exodontia é a alternativa mais recomendada;
Avulsão
Tambémdenominada luxação total, é o deslocamento completo do dente para fora de seu alvéolo.
Aspectos clínicos: Pode estar associado a lesão de tecido mole. Avaliar possibilidade de deglutição ou aspiração.
Radiográficos: Fraturas de parede alveolar e alterações na posição do germe permanente, usando técnicas periapical e
oclusal.
Tratamento: 
Diferentemente do que ocorre na dentição permanente, o reimplante não está indicado na dentição decídua por ser um
procedimento que envolve condições muito específicas para o seu sucesso e pela possibilidade de lesão do germe do
permanente, pois é possível que o coágulo seja forçado para o interior da região do folículo. A melhor opção é a
reabilitação protética, que pode ser complicada em crianças de baixa idade, mas importante por questões estéticas e
funcionais;
Instruções ao paciente:
1.Boa higiene oral;
2. Alimentação
3. Revisão de trauma;
4. Vacina anti-tetânica;
5. Eliminação de hábitos bucais
Reações do dente decíduo ao trauma
Hemorragia pulpar: alteração de cor da coroa para o vermelho;
Alteração de cor: mais frequente, porém nem sempre significa necrose
Reabsorção substitutiva;
Reabsorção radicular externa;
Reabsorção radicular interna: alteração de cor da coroa para rosa.
Sequelas em dentes permanentes:
Hipocalcificação do esmalte;
Hipoplasia de esmalte;
Dilaceração coronária.
Duplicação radicular;
Suspensão da rizogênese
Dilaceração radicular.
Distúrbios de erupção;
Malformações (odontomas, supranumerários);
Sequestro do germe dentário.
Danos a porção coronária:
Danos a porção radicular:
Danos ao germe dentário:
Prevenção:
 Usar protetores bucais ao praticar esportes e devido ao crescimento das crianças, ela terá que realizar a troca
desse protetor a cada 3 meses.
Cinto de segurança
Casa e parque com cercas em áreas de escada
Manual de orientação.
A prevenção do trauma é feita através de medidas de segurança para a criança. Sendo assim fazemos a orientação
aos pais e responsáveis:

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