Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
2
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
3
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
SNúcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
4
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
5
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
6
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora: Larissa Danielle Melo Costa
7
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
8
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Esta unidade fundamentará os conceitos para implementação 
de um Sistema de Gestão Ambiental. Especificamente, foram enfoca-
dos: a) os conceitos e políticas de gestão ambiental; e b) as etapas e 
ferramentas utilizadas para implementação de um sistema de gestão 
ambiental. Trata-se de uma pesquisa aplicada e descritiva, a fim de 
esclarecer ao máximo os conceitos de sistemas de gestão ambiental, 
e assim possibilitar a aplicação efetiva destes instrumentos na esfera 
empresarial. Justifica-se por causa do cenário globalizado e compe-
titivo do mercado, em que os consumidores exigem cada vez mais 
o comprometimento das empresas para com o desenvolvimento sus-
tentável de seus produtos, garantindo seus anseios sociais futuristas. 
A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental proporciona 
competitividade às empresas tanto para a sobrevivência no mercado, 
quanto para o controle dos aspectos ambientais. Evidencia também 
que ao garantir a sustentabilidade do processo de desenvolvimento 
sustentável, consequentemente, há a melhoria da qualidade ambien-
tal e de vida da população.
Sistema de Gestão Ambiental. Desenvolvimento Sustentável. Políticas 
Públicas. Certificação.
9
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
 CAPÍTULO 01
CARACTERIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
12
34
15
Contextualização e Definição da Gestão Ambiental _____________
Fases de Elaboração do Sistema de Gestão Ambiental __________
Políticas Públicas de Gestão Ambiental __________________________
 CAPÍTULO 02
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
Contextualização e Conceitos do Sistema de Gestão Ambiental __ 29
25Recapitulando ________________________________________________
21As Questões Ambientais em um Mundo Globalizado ____________
Recapitulando _________________________________________________ 44
 CAPÍTULO 03
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL À CERTIFICAÇÃO
Contextualização da Certificação Ambiental ___________________ 48
Desafios e Tendências do SGA para a Organização ______________ 54
Recapitulando ________________________________________________ 61
Fechando a Unidade ___________________________________________ 65
10
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Referências _____________________________________________________ 68
11
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
O desenvolvimento da civilização humana está intrinsecamen-
te relacionado com a incansável busca pela satisfação de suas neces-
sidades, o que implica na exploração da natureza. Mesmo possuindo 
tecnologias suficientes para não comprometer as condições naturais do 
meio ambiente, a interação das atividades antrópicas com os ecossis-
temas é constante.
Durante décadas, o meio ambiente não foi levado em conside-
ração, visto que havia a concepção de que os recursos e bens naturais 
eram infinitos, logo não havia motivos para se investir no desenvolvi-
mento de tecnologias que tivessem como foco o monitoramento e con-
trole dos processos industriais.
A questão ambiental passou a ser considerada apenas quan-
do as atividades produtivas de uma região começaram a interferir na 
qualidade de vida de outra. Assim, os aspectos ambientais e impactos 
potenciais deixaram de ser pontuais ou locais e passaram a ser vistos 
de forma holística e globalizada.
Atualmente, devido à crescente conscientização ambiental da 
humanidade e, aos esforços atribuídos pelas Organizações Não Gover-
namentais (ONGs) e aos Órgãos fiscalizadores, a adoção de práticas 
que visam melhorar o desempenho ambiental, como a implementação 
de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), é necessária para controlar 
os aspectos e impactos gerados pelas atividades, diminuírem os danos 
causados ao meio ambiente e atender as legislações ambientais.
No Brasil, a Norma mais adotada para o SGA é a NBR ISO 
14.001, pois esta Normaé internacional e abrange requisitos como o 
comprometimento da empresa com o meio ambiente, o controle das 
atividades potencialmente poluidoras, a responsabilidade por toda a ca-
deia de prestação de serviços e, a melhoria contínua do sistema.
12
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
CONTEXTUALIZAÇÃO E DEFINIÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL
O meio ambiente é um dos assuntos de maior foco na socieda-
de atual. Rotineiramente há notícias, reportagens, manchetes, artigos 
publicados, que envolvem este tema. 
Porém, o interesse e os debates iniciaram apenas nas últimas 
décadas, quando a qualidade de vida dos seres humanos passou a 
ser diretamente afetada. É o reflexo na inconsistência das modernas 
sociedades em se desenvolverem sem considerar as regras do ecossis-
tema, em que se enquadram: a utilização sem consciência dos recursos 
naturais finitos, o impacto da poluição sobre a fauna e a flora do meio 
ambiente, a interferência nos ciclos ecológicos, entre muitos outros im-
CARACTERIZAÇÃO DA GESTÃO
AMBIENTAL
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
12
13
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
pactos diretos e indiretos que podem ocorrer.
Para compreender como a gestão ambiental pode auxiliar no 
desenvolvimento econômico e social, é preciso primeiro entender a ex-
pressão meio ambiente, e assim inserir o conceito de desenvolvimento 
sustentável em todas as atividades humanas.
Meio Ambiente é tudo o que tem a ver com a vida de um ser ou de um grupo de 
seres vivos. Tudo o que tem a ver com a vida, sua manutenção e reprodução. 
Nesta definição estão: os elementos físicos (a terra, o ar, a água), o clima, os 
elementos vivos (as plantas, os animais, os homens), elementos culturais 
(os hábitos, os costumes, o saber, a história de cada grupo, de cada co-
munidade) e a maneira como estes elementos são tratados pela sociedade. 
Ou seja, como as atividades humanas interferem com estes elementos. Com-
põem também o meio ambiente as interações destes elementos entre si, e 
entre eles e as atividades humanas. Assim entendido, o meio ambiente não 
diz respeito apenas ao meio natural, mas também às vilas, cidades, todo o 
ambiente construído pelo homem (NEVES; TOSTES, 1992, p. 17).
Percebe-se que o meio ambiente não se restringe à vegetação, 
animais, solos, mas também a todos os elementos que interagem com a 
natureza. Não é apenas um recurso infinito à disposição do homem, ou 
objeto de pesquisa. É importante salientar que todos os seres vivos depen-
dem diretamente do meio ambiente para sobreviver, e que a geração de 
riquezas pode sim existir sem que haja a necessidade de comprometê-lo.
Tudo o que existe na natureza é denominado recurso natu-
ral. Os recursos naturais são globalmente classificados em:
Renováveis – Sendo aqueles que não se esgotam facilmen-
te, devido à sua alta velocidade em se renovarem e também sua ca-
pacidade de manutenção (ex. Biomassa, Energia solar, Solo).
Não Renováveis – Sendo os que levam muito tempo para 
se renovarem, ou não, podem ser regenerados e reutilizados em 
escala de maneira que possam sustentar a sua taxa de consumo 
(ex. Petróleo, Água, Carvão Mineral).
Ao passo que a humanidade intensifica o consumo dos recur-
sos naturais, o crescente risco de colapso nos ecossistemas globais é 
atenuado, ou seja, a capacidade de renovação fica comprometida, e 
uma sociedade sem recursos naturais disponíveis, é uma sociedade 
14
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
sem futuro (BARBIERI, 2016). 
Diante disto, é evidente o quanto é importante que haja pesqui-
sas científicas, desenvolvimento tecnológico, debates entres as nações, 
que fundamentem as mudanças de comportamentos, tanto pelas orga-
nizações quanto por cada ser humano, visando o bem social comum. 
Contudo, mudar um hábito é uma tarefa difícil. A exploração do 
meio ambiente se confunde com a própria história da civilização humana 
na Terra, pois tudo o que mantinha e alimentava a vida humana advinha 
dos recursos naturais. Enquanto as ferramentas manuais eram o principal 
meio de produção dos bens de consumo, manteve-se em equilíbrio com a 
natureza. Mas, com o acelerado crescimento populacional e de demanda 
por bens de consumo, teve-se início a crise ambiental e a conscientização 
da possibilidade de esgotamento dos recursos naturais (MOREIRA, 2013).
Os processos industriais não só causaram muitos danos am-
bientais devido ao enfoque no lucro rápido e na produção em massa. 
A industrialização acarretou no aumento de grandes aglomerações ur-
banas, intensificou problemas relacionados ao esgoto, poluição hídrica, 
descarte descontrolado e sem controle de resíduos, desmatamento, en-
tre outros (MOREIRA, 2013).
Sobretudo, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), co-
meçaram a surgir ativamente muitos movimentos de preservação am-
biental e Organizações Não Governamentais (ONGs), período este que 
deu início ao contexto denominado “despertar da consciência ecológi-
ca” (MOREIRA, 2013).
A consciência ecológica foi despertada a partir da tentativa 
de muitos países em promover seu autodesenvolvimento de ma-
neira que integrassem a preservação da natureza e dos recursos 
naturais. Foi a partir deste despertar que surgiram as principais 
conferências sobre a temática do meio ambiente, e consequente-
mente, a sociedade passou a versar sobre as melhores estratégias, 
metas e ações pautadas sob uma perspectiva ambiental.
Links de Acesso: https://nacoesunidas.org/acao/meio-am-
biente/, https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/confe-
rencias-sobre-meio-ambiente.htm 
Guia para todas as conferências já ocorridas: https://sus-
tainabledevelopment.un.org/conferences 
15
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
POLÍTICAS PÚBLICAS DE GESTÃO AMBIENTAL
O conceito de políticas públicas deve representar ou demons-
trar a maneira como a sociedade deseja resolver as problemáticas e as 
adversidades que surgem, e as políticas públicas ambientais não são 
diferentes. Entende-se que o sistema político tem origem com o início 
de um movimento reivindicatório da sociedade, relacionado a um pro-
blema ou discordância (COSTA et al. 2002). 
Sendo assim, as políticas ambientais são caracterizadas em 
relação ao seu temperamento e ao nível de entendimento, ou seja, em 
referência ao caráter delas, podendo ser classificadas em: públicas e 
privadas, e também quanto a sua abrangência: Políticas Internacionais, 
Federais, Estaduais ou Municipais (KRAEMER, 2012). 
As políticas públicas de gestão ambiental devem ter como prio-
ridade toda a gestão dos processos, de modo que suas ações protejam 
o meio ambiente, porém, as ações de políticas ambientais, fundamental-
mente, devem ser orientadoras para a finalidade de resolver os conflitos 
sociais e ambientais existentes, visando principalmente à conservação 
ambiental e a qualidade de vida da população (HAYASHI; SILVA, 2015). 
Partindo deste princípio, as políticas internacionais de gestão 
ambiental têm suas origens a partir de eventos, debates, e desastres 
ambientais envolvendo grande parte dos países do mundo. Exemplo 
disto são as conferências que ocorreram nos últimos setenta anos, 
como: Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvi-
mento, e a Rio-92, promovida pela ONU (HAYASHI; SILVA, 2015). 
Em relação aos aspectos privados das políticas ambientais a 
nível internacional, utilizam-se como base as considerações divulgadas, 
principalmente, pela Organização Internacional para Padronização (In-
ternational Organization for Standardization – ISO) e pela Organização 
Mundial de Comércio (OMC).
As Normas internacionais da série ISO 14000 (primeira edição 
em 1996) orienta a criação de sistemas de gestão ambiental para agestão das empresas no mundo, pautando os procedimentos mínimos 
necessários para a Avaliação do Ciclo de Vida do produto (ACV), e as 
normas internacionais da série ISO 9000 - NBR ISO 9001 (1980, 1987) 
orientando a criação de sistemas de gerenciamento da qualidade.
A OMC colabora por meio de restrições da comercialização de 
produtos desenvolvidos por empresas que estão envolvidas com pro-
blemas relativos às questões ambientais (HAYASHI; SILVA, 2015).
16
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Algumas políticas ambientais internacionais favorecem o 
relacionamento comercial das organizações a nível federal e inter-
nacional.
Veremos mais sobre as normas e princípios para certifica-
ção no capítulo 3. 
Em relação às políticas públicas ambientais no Brasil, desta-
ca-se a criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) 
(BRASIL, 1981), cujas funções são direcionadas a assessorar o gover-
no federal nas formulações da Política Nacional do Meio Ambiente e 
diretrizes governamentais ambientais para o país. O SISNAMA é condu-
zido por um órgão superior governamental, a presidência da república.
O SISNAMA funciona de forma semelhante ao Ministério do 
Meio Ambiente (MMA). Ele é formado pelos órgãos:
• CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, que é um 
órgão consultivo e deliberativo a nível federal.
• MMA – Ministério do Meio Ambiente, que elabora, aplica e 
supervisiona as normas ambientas em todo o país.
• IBAMA – Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis, órgão executivo (BRASIL, 1981).
• Órgãos Seccionais são as entidades estaduais responsáveis 
por todo o processo.
• Órgãos Locais controlam e gerenciam as boas práticas am-
bientais a nível municipal.
No Brasil, as políticas públicas de gestão ambiental e de sus-
tentabilidade, seguem as diretrizes para o desenvolvimento das políti-
cas ambientais públicas federais e diretrizes complementares estabele-
cidas na Constituição da República Federativa do Brasil (1988). 
A Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) Lei n.º 6.938 de 
31/08/1981 define diretrizes e normativas das políticas relacionadas ao 
meio ambiente, e estabelece que as funções e atribuições em relação 
ao poder público estão centradas na condução e execução. O Decreto 
n.º 99.274 de 06/06/1990, regulamenta a PNMA. 
Em nível de Estados, as políticas públicas são estabelecidas e 
gerenciadas pelas Secretarias de Estado do Meio Ambiente, enquanto 
os Conselhos Estaduais de Meio Ambiente representam os órgãos con-
sultivos e deliberativos, conforme a Constituição Federal (1988).
Por outro lado, os órgãos executivos são criados como funda-
17
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
ções ou empresas públicas que tem como finalidade a prestação de ser-
viços à administração, como, por exemplo, a CETESB (Companhia Am-
biental do Estado de São Paulo), ou no caso de outros Estados, onde o 
órgão executivo é algum dos departamentos ligados à Secretaria Estadu-
al de Meio Ambiente (CAGLIARI; FILHO SIMIONATTO; RAMBO, 2010). 
Em contra partida, a maioria dos municípios não possuem se-
cretaria municipal responsável pelas políticas públicas ambientais, ca-
recem de um conselho de meio ambiente que exerça funções consulti-
vas e deliberativas, e também de um órgão executivo, deixando a cargo 
do órgão estadual a responsabilidade executiva através de convênios 
firmados entre as prefeituras e os Estados (CAGLIARI; FILHO SIMIO-
NATTO; RAMBO, 2010). 
Entenda as principais regras e diretrizes das políticas, leis 
e decretos.
O sítio de cada órgão legislativo as fornece na íntegra.
Acesse o link: http://www2.planalto.gov.br/ 
A gestão ambiental na atualidade enfoca nos elementos natu-
rais mais específicos, aqueles elencados como de maior importância 
para a sociedade, tais como: a biodiversidade, unidades de conserva-
ção, recursos hídricos, solos, paisagens excepcionais, os sítios fósseis. 
Da mesma forma, as políticas públicas ambientais destinadas 
a fiscalização, o controle e estabelecimento de normas, são elaborados 
principalmente para os setores e atividades de cunho antrópico, aos 
processos e produtos com impactos ambientais, seus rejeitos, e sua 
influência na qualidade de vida, assim como em relação ao ambiente 
natural (CARVALHO et al, 2005). 
Paradigmas do Desenvolvimento Sustentável
O conceito de desenvolvimento sustentável como norma básica 
manifestou-se pela primeira vez na Conferência de Estocolmo de 1972, 
e foi designado, na época, como “Abordagem do ecodesenvolvimento” 
(SACHS, 1993), e largamente difundido a partir de então. Segundo o 
autor, o desenvolvimento da sociedade quando voltado para as neces-
sidades sociais mais abrangentes, diz respeito à melhoria da qualidade 
18
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
de vida da maior parte da população e ao cuidado com a preservação 
ambiental como uma responsabilidade para com as gerações futuras.
Para tanto, é necessário que três critérios sejam obedecidos 
ao mesmo tempo (SACHS, 1993): 
1) Equidade social – visa um conjunto de práticas que pretende 
demolir todas as barreiras sociais, culturais, econômicas e políticas que 
impliquem em exclusão ou desigualdade.
2) Prudência ecológica – reconhecendo, antes de qualquer coi-
sa, as incertezas existentes sobre as consequências ambientais poten-
cialmente perigosas desenvolvidas pelas atividades econômicas.
3) Eficiência econômica – os recursos são utilizados da melhor 
forma possível para satisfazer as necessidades e desejos da popula-
ção. Dito de outra forma, a existência de eficiência é sinônimo de au-
sência de desperdício.
No ano de 1987, a Comissão de Brundtland elaborou a versão 
final do Relatório Brundtland, documento este intitulado “Nosso Futuro Co-
mum”. Este documento conceitua e define o desenvolvimento sustentável.
Procura estabelecer uma relação harmônica do homem com a natureza, como 
o centro de um processo de desenvolvimento que procura satisfazer as neces-
sidades humanas e às aspirações humanas. Enfatiza que a pobreza é incom-
patível com o desenvolvimento sustentável e indica a necessidade de que a 
política ambiental deve ser par te integrante do processo de desenvolvimento 
e não mais uma responsabilidade setorial fragmentada (DIAS, 2017).
Este novo conceito surgiu a partir da necessidade de criação 
de um modelo de desenvolvimento que considere a questão ambiental, 
devido ao aumento da intervenção humana na natureza para a extração 
dos recursos naturais, com enfoque no crescimento econômico, aliado 
à igualdade social e ao equilíbrio ecológico.
O relatório em questão define também as premissas do que 
seriam o desenvolvimento sustentável, necessidades essenciais à so-
brevivência da população, limitações tecnológicas de exploração do 
meio ambiente, sendo o objetivo principal satisfazer as necessidades e 
aspirações humanas (DIAS, 2017).
A transição de um modelo de desenvolvimento pautado na pre-
dação para um sustentável, de maneira a manter o equilíbrio com o 
meio ambiente, tem diversas implicações: alterar como a sociedade en-
xerga o meio ambiente, bem como a sua relação para com ele, tomando 
consciência de que ele não é somente uma fonte de matéria-prima e um 
depósito de resíduos; buscar um consumo racional dos recursos natu-
rais, modificando assim a atual organização social produtiva; e procurar 
práticas sustentáveis de produção (SOUZA, 2002).
19
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Para Barbieri e Cajazeira (2009), o desenvolvimento sustentá-
vel está apoiado nos seguintes pilares:
• Sustentabilidade social: consiste na equidade da distribuição 
dos bens e da renda, com o propósito de melhorar a qualidade de vida 
da população e desta forma reduzir as desigualdades sociais.
• Sustentabilidade econômica: consiste no conjunto de práticas 
econômicas,financeiras e administrativas que visam à distribuição efi-
ciente dos recursos produtivos.
• Sustentabilidade ecológica: consiste na proteção dos recur-
sos naturais, visando o aumento da capacidade de carga do planeta 
causando o menor impacto ambiental possível.
• Sustentabilidade cultural: busca o reconhecimento e o res-
peito para com todas as diversidades de costumes e tradições sociais.
• Sustentabilidade espacial: refere-se ao equilíbrio de todos os 
demais pilares da sustentabilidade.
Pautados nestes cinco pilares do desenvolvimento sustentável, 
é comum que eles sejam resumidos em apenas três dimensões essen-
ciais: Social, Econômica e Ambiental. Coral (2002) apresenta um modelo 
de sustentabilidade a ser aplicado pelas organizações na (figura 1.1).
Figura 1.1 – Tripé da Sustentabilidade. 
Fonte – CORAL, 2002.
20
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Dimensões essenciais:
1. Econômica – as empresas têm que ser economicamente 
viáveis.
2. Ambiental – a organização deve estar pautada na ecoe-
ficiência de todos os seus processos produtivos, adotando e apli-
cando o conceito de produção mais limpa, e abrangendo uma cul-
tura ambiental organizacional.
3. Social – deve satisfazer aos requisitos de proporcionar as 
melhores condições de trabalho aos seus colaboradores, buscando 
contemplar a diversidade cultural existente na sociedade em que atua.
Segundo Bebbington et al. (2007) e Singh et al. (2012), existe 
ampla e reconhecida necessidade de indivíduos, organizações e socie-
dades em encontrarem modelos, métricas e ferramentas para articular 
a medida e a extensão da sustentabilidade de atividades atuais. Nesse 
sentido, para alcançar o progresso em sustentabilidade, o desenvolvi-
mento de indicadores de sustentabilidade precisa ser sistematicamente 
monitorado, medido, quantificado e interpretado (Hardi; Zdan, 2010).
Nesta mesma ótica, diversos quadros que contemplam as vari-
áveis de sustentabilidade já são conhecidos e bem difundidos. Segundo 
os estudos de Buson (2009) e Buson et al. (2009), existem ao menos 
15 variáveis de sustentabilidade baseadas nas dimensões econômica, 
ambiental e social e que podem ser facilmente utilizadas pelos gestores 
de projetos. O (quadro 1.1) apresenta essas variáveis.
Quadro 1.1 – Variáveis das dimensões de sustentabilidade.
21
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: adaptado de BUZON (2009).
AS QUESTÕES AMBIENTAIS EM UM MUNDO GLOBALIZADO
A globalização se faz tão presente que é praticamente impossí-
vel pensar em um mundo sem as características que lhe foram impres-
sas. A intensificação dos mecanismos de produção em massa, a prolife-
ração das empresas transnacionais, a divisão do trabalho, a imposição 
da arbitrariedade sobre os preços e pessoas, a volatilidade das econo-
mias, o aumento das especulações em bolsas de valores, caracteriza a 
economia mundial atual. 
O desenvolvimento de tecnologias evidencia a percepção so-
bre como as barreiras territoriais diminuíram - a internet, os computado-
res e aparelhos celulares, a criação do Global Position System (GPS) 
identificando com precisão a localização de pessoas e objetos em qual-
quer ponto terrestre, a vasta gamas de redes sociais disponíveis – esta-
belecendo conexão em tempo real e proporcionando o fluxo de informa-
ções, pessoas, capitais, produtos e serviços (figura 1.2). 
22
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Figura 1.2 – Globalização: conectando pessoas. 
 
Fonte – JEMASTOCK, 2019.
Neste processo de transformação, o ser humano se reinventa 
a todo o momento. Ele cria novas culturas, produz bens materiais, agre-
ga valores, amplia os modos de fazer e de pensar, de interagir entre si e 
com toda a natureza. São essas condutas e diversificação que determi-
nam a magnitude dos problemas ambientais (QUINTAS 2006). 
Em paralelo ao desenvolvimento tecnológico, é possível obser-
var que os debates sobre a conservação ambiental têm expandindo. No 
contexto empresarial, a gestão ambiental é uma ferramenta que viabili-
za uma produção modernizada, aumenta a competitividade de merca-
do, auxilia na redução de custos e, ao mesmo tempo, possibilita que a 
organização faça uso responsável dos recursos naturais e minimize os 
danos gerados sobre o meio ambiente (CAMPO; MELO 2008). 
Ao optar por utilizar um sistema de gestão ambiental, segun-
do Lopes (2004), as empresas possuem três níveis de opções: fazer o 
mínimo para estar conforme aos requisitos legais, adotar uma postura 
proativa ou aderir uma gestão voltada para a sustentabilidade. 
É importante ressaltar que simultâneo ao processo de globalização, várias es-
pécies de problemas ocorrem. Alguns com efeitos imediatos e outros com efei-
tos imperceptíveis em curto prazo. Para os primeiros problemas, as legislações 
dos Estados buscam soluções práticas, como a imposição de sanções e obri-
gações de reparar os danos provocados. Já para os segundos, não há meio de 
se prever o que poderá ocorrer, como é o caso das emissões de gases-estufa, a 
contaminação de águas por metais pesados, a poluição causada por acidentes 
nucleares. Na esfera internacional, ocorrem tratativas no sentido de preservar o 
meio ambiente, diminuindo os riscos de danos ecológicos, bem como no sentido 
de minimizar as agressões já existentes. Em relação ao meio ambiente, em que 
as normas de Direito Internacional não têm cogência, e, portanto, não impõem 
sanções jurídicas para quem não as cumpre, a ausência de imposição não é 
elemento determinante para que a coletividade de Estados pactuantes deixe de 
observá-las. Especificamente em relação ao Protocolo de Kyoto, norma jurídica 
23
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
de Direito Internacional, composta com conteúdo moral e, ao mesmo tempo, au-
sente de cogência, na qual está disposto que os Estados devem colaborar para 
reduzir as emissões de gases-estufa (prevenindo o aquecimento da temperatura 
global), mesmo que não se tenha mecanismo sancionatório para quem deixe de 
cumprir o que está estabelecido, existe o dever – ao menos o moral – de todos 
os países colaborarem, restando, quanto àqueles que aderem ao disposto na 
norma, a efetividade da obrigação. É exatamente o que ocorre em decorrência 
da carga valorativa colocada no texto do Protocolo de Kyoto (um dos mais im-
portantes documentos ambientais). Existe disposição expressa na normativa no 
sentido de que é necessária a coordenação dos países integrantes das Nações 
Unidas a fim de que os efeitos nocivos ao meio ambiente sejam amenizados e, 
como consequência, a humanidade, os seres vivos e o planeta, como um todo, 
possam coexistir em harmonia (CAGLIARI; FILHO; RAMBO, 2010, p. 284).
Muitas vezes, estar em conformidade legal não é um requi-
sito respeitado pelos responsáveis. 
A falta de fiscalização e possíveis sanções acabam incenti-
vando a continuidade do desenvolvimento predatório. Poderíamos 
concluir que os Estados são incapazes, sozinhos, em encontrar as 
soluções cabíveis?
Em relação às normas de Direito Ambiental, entretanto, o fator 
base é o princípio da responsabilidade. Rico (2004) explica que o pla-
nejamento estratégico deve englobar os conceitos e práticas da respon-
sabilidade social empresarial. Este tipo de gestão é baseado na ética e 
transparência da empresa, perante seus clientes, fornecedores e demais 
pessoas vinculadas em seu ciclo de vida. O mercado consumidor valoriza 
a conduta de responsabilidade social e ambiental que a empresa pratica.
Portanto, a partir da década de 1970, as empresas deixam de 
enxergar os gastos com o aprimoramento no desempenho ambiental 
como despesas, e passam a considerá-los como investimentos, que 
podem gerar uma vantagem competitiva no mercado ao qual estão ou 
querem se inserir. Além disso, as catástrofes ambientais, os debates, 
conferências, tratadosinternacionais, contribuíram para que o meio 
ambiente, a questão de conservação ambiental, e o desenvolvimento 
sustentável, fizessem, a partir de então, parte da ótica de visão das or-
ganizações (CAMPO; MELO 2008).
24
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
A responsabilidade social empresarial teve início nos Es-
tados Unidos, mas infelizmente, ainda não é uma realidade global.
 Além disso, as empresas devem guiar suas metas empresa-
riais de modo a convergir com os conceitos de desenvolvimento susten-
tável, promover a redução da desigualdade socioeconômica para com 
as gerações futuras, buscar a conservação do meio ambiente e mitiga-
ção dos danos ambientais.
Existem três razões que influenciam a organização em buscar 
a melhora de sua performance ambiental, sendo elas: enquadrar-se aos 
padrões internacionais de proteção ambiental, que tem apontado para 
exigências de comercialização dos produtos; a divulgação em mídias 
sobre os danos ambientais causados pela organização; pressão ecoló-
gica por parte dos consumidores, investidores e também da concorrên-
cia, a fim de obter melhor reputação no mercado (SOUZA, 2002). 
Portanto, o conceito de desenvolvimento sustentável aliado à 
preocupação e responsabilidade social empresarial expressa a capaci-
dade de as empresas produzirem bens de consumo ou serviços econo-
mizando recursos e energia (VINHA, 2010), diminuindo o desperdício dos 
recursos naturais e ampliando o conceito de ecoeficiência empresarial.
É relevante destacar que, conforme Dias (2006), as empresas 
exploram o meio ambiente, utilizando um bem comum para obter lucro 
individual, porém os danos ambientais que elas podem causar afetam o 
bem-estar de toda a população. A partir disso, justifica-se a necessida-
de da gestão ambiental nas atividades organizacionais, de forma que a 
empresa respeite os recursos naturais, e utilize os recursos tecnológi-
cos, humanos e financeiros. 
O impacto ambiental causado pelas atividades pode ser me-
dido, corrigido e gerenciado por procedimentos que permitem a previ-
são e a mitigação dos danos ambientais (RODRIGUES et al. 2006). As 
Avaliações de Impacto Ambiental (AIA) servem como instrumento para 
minimizar os eventuais danos ao meio ambiente, indicam tecnologias 
que maximizem a produção e a utilização dos recursos naturais, a partir 
da implementação do SGA (RODRIGUES et al., 2006).
25
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: COPASA Prova: Analista de Sa-
neamento - Biólogo Nível: Médio.
A normatização sobre política e gestão ambiental no Brasil inclui 
os Níveis Federal, Estadual e Municipal. São dispositivos legais 
vigentes do Nível Municipal:
a) Decretos.
b) Portarias.
c) Resoluções CONAMA.
d) Leis urbanísticas.
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: COPASA Prova: Analista de 
Saneamento – Engenheiro Ambiental Nível: Médio.
São critérios úteis para se definir as questões relevantes, quando 
do planejamento de um estudo de impacto ambiental, exceto:
a) A experiência profissional dos analistas.
b) A opinião do público.
c) O custo das medidas mitigatórias.
d) Os requisitos legais.
QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: Enge-
nheiro de Meio Ambiente Júnior Nível: Fácil.
Sobre o desenvolvimento sustentável, considere o trecho abaixo:
Esta é uma Agenda de alcance e significado sem precedentes. Ela 
é aceita por todos os países e é aplicável a todos, levando em con-
ta as diferentes realidades nacionais, as capacidades e os níveis 
de desenvolvimento, respeitando as políticas e as prioridades na-
cionais. São objetivos e metas universais que se aplicam ao mun-
do todo, tanto aos países desenvolvidos quanto aos em desenvol-
vimento. Eles são integrados e indivisíveis, e mesclam, de forma 
equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável.
Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvi-
mento Sustentável. Disponível em <http://www.itamaraty.gov.br/
images/ed_ desenvsust/Agenda2030-completo-site.pdf>. Acesso 
em: 05 mar. 2018.
Adaptado. Quais são as três dimensões do desenvolvimento sus-
tentável a que o texto faz referência?
a) Ambiental; Geográfica e Social.
26
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
b) Ambiental; Transnacional e Ética.
c) Diversidade; Social e Transnacional.
d) Econômica; Energética e Social.
e) Econômica; Social e Ambiental.
QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: SEGEP-MA Prova: FCC - 2016 - SE-
GEP-MA - Analista Ambiental – Engenheiro Ambiental
Na última Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento 
Sustentável − Rio+20, foi firmado uma nova agenda através do do-
cumento Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o De-
senvolvimento Sustentável, que definiu 17 objetivos para os pró-
ximos 15 anos. São objetivos ligados à sustentabilidade ambiental 
expressos no documento:
a) Estimular medidas para combater agentes nocivos à camada de ozônio.
b) Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
c) Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento 
sustentável.
d) Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável.
e) Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e os 
seus impactos.
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: Assistente Social 
Nível: Médio.
Segundo Kibert (2003), construção sustentável é: a criação e ges-
tão responsável de um ambiente construído saudável, tendo em 
consideração os princípios ecológicos para evitar danos ambien-
tais e a utilização eficiente dos recursos. No âmbito do ciclo de 
vida e do uso de recursos ambientais, Kibert estabeleceu os prin-
cípios básicos que consistem, dentre outros, em:
a) 1. Manter e restaurar a biodiversidade; 2. Minimizar o consumo de 
recursos; e 3. Minimizar a poluição do ar, solo e água.
b) 1. Criar uma estrutura de abordagem e terminologia que adicione 
valor às agendas nacionais ou regionais e sub setoriais; 2. Criar uma 
agenda para atividades locais realizadas pelo CIB e pelas suas organi-
zações internacionais parceiras; e 3. Criar um documento fonte para a 
definição de atividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D).
c) 1. Identificar estratégias e discutição do conceito de construção sus-
tentável; 2. Identificar os principais tópicos de sustentabilidade pertinen-
tes à indústria da construção; ambiente e construção sustentável; e 3. 
Implementação de um programa de ação, apresentando as recomenda-
27
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
ções no sentido do estabelecimento de metas políticas claras.
d) 1. Reduzir o consumo de recursos; 2. Reutilizar os recursos sempre 
que possível; e 3. Reciclar materiais em fim de vida do edifício e utilizar 
recursos recicláveis.
e) 1. Aumentar a sensibilização para as questões ambientais; 2. Despo-
luir o ar e a água; e 3. Incentivar as melhores práticas dos condomínios 
fechados.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
O setor de concessionárias de veículos pesados é constituído por em-
presas de grande porte multinacionais. Estas empresas se destacam 
pela revenda de caminhões e por prestar serviços de manutenção. Para 
atender às exigências do consumidor, obter vantagens competitivas e 
diferenciais no mercado nacional e internacional, o setor buscar aprimo-
rar suas atividades ao desenvolvimento sustentável diminuindo desper-
dícios e passivos ambientais. Como instrumento de práticas sustentá-
veis, utilizam a gestão ambiental para favorecer a gestão de negócios.
Com base nas informações acima, descreva as principais ações que 
este setor empresarial deve tomar em relação aos pilares da susten-
tabilidade. Leve em consideração os pilares da sustentabilidade e as 
dimensões essenciais.
TREINO INÉDITO
A responsabilidade social empresarial, quando relacionada ao de-
senvolvimento ambiental,pode ser definida como:
a) consequência da globalização e normas estabelecidas pelo mercado.
b) Utilizando os recursos naturais até o seu esgotamento.
c) Aplicação da gestão pautada no desenvolvimento e proporcionando 
ambiente de trabalho adequado.
d) capacidade de as empresas produzirem bens de consumo ou serviços 
economizando recursos naturais, ou pela diminuição do desperdício.
e) Resultado de suas metas econômicas associadas com suas políticas 
internas.
NA MÍDIA
BANCO DO BRASIL É CONSIDERADO O MAIS SUSTENTÁVEL DO 
MUNDO
O Banco do Brasil foi considerado a instituição financeira mais sustentá-
vel do mundo e está entre os tops 10 Corporações Mais Sustentáveis no 
ranking Global 100 de 2019, da Corporate Knights. O anúncio foi feito 
hoje (22), no Fórum Mundial Econômico em Davos, na Suíça. Alocação 
de R$ 193 bil na economia verde impulsionou classificação do BB no 
28
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
ranking – Arquivo/Agência Brasil.
Dentre as mais de 7.500 empresas avaliadas, o BB ficou em primeiro 
lugar no segmento financeiro e em oitavo no ranking mundial.
Segundo o BB, um dos destaques do banco para a classificação na lista 
de 2019 foi à alocação de R$ 193 bilhões em setores da chamada eco-
nomia verde, que tem como caraterísticas a baixa emissão de carbono, 
eficiência no uso de recursos e busca pela inclusão social.
O Global 100 é um índice que classifica as empresas pela excelência 
em sustentabilidade, considerando as dimensões econômica, social e 
ambiental. A metodologia de avaliação é baseada em 21 indicadores de 
desempenho como: práticas de governança corporativa; racionalização 
de recursos naturais, resíduos e emissões; gestão de fornecedores; boas 
práticas com funcionários; capacidade de inovação; receita obtida de pro-
dutos ou serviços com benefícios sociais ambientais, entre outros.
Para determinar o ranking, foram analisadas 7.536 empresas de 21 paí-
ses diferentes com base em dados públicos, dados financeiros e relató-
rios de sustentabilidade, dentre outros e por meio do contato direto com 
empresas com ações negociadas em bolsas de valores, com receita bru-
ta anual superior a US$ 1 bilhão e questionário específico, onde as em-
presas selecionadas são convidadas a complementar suas informações.
Fonte: Jornal de Piracicaba
Data: 22 jan 2019.
Leia a notícia na íntegra: 
http://www.jornaldepiracicaba.com.br/banco-do-brasil-e-considerado-o-
-mais-sustentavel-do-mundo/
NA PRÁTICA
Os debates e discussões acerca do desenvolvimento sustentável são 
essenciais para o crescimento econômico. A produção de produtos e for-
necimento de serviços que visam o consumo consciente dos recursos 
naturais são questões atuais no ambiente empresarial, seja como estra-
tégia competitiva de mercado ou como atendimento aos requisitos legais.
Infelizmente, as legislações ambientais não são globalmente obrigató-
rias e padronizadas, causando uma instabilidade na balança da susten-
tabilidade se analisada pela ótica em que o meio ambiente não é um 
recurso individual e infinito.
A população tem o papel central e fundamental em pressionar o governo 
e as organizações, a fim de transformar as leis e a gestão empresarial em 
requisitos eficientes e suficientes para o desenvolvimento sustentável.
29
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
CONTEXTUALIZAÇÃO E CONCEITOS DO SISTEMA DE GESTÃO 
AMBIENTAL
Para gerir ambientalmente um empreendimento, qualquer que 
seja o empreendimento rural ou urbano, de pequeno, médio ou grande 
porte, é possível fazê-lo a partir dos conhecimentos e funções que já 
existem, por meio das pessoas que estão envolvidas, para atingir os ob-
jetivos desse empreendimento de forma eficiente. Portanto, para colocar 
a gestão ambiental em prática, o enfoque deve estar direcionado tanto no 
objetivo da organização, quanto nos processos que ela executa.
É sabido que gestão é o ato de gerir, gerenciar, administrar, 
organizar, planejar, pensar. A partir disto, a gestão ambiental pode ser 
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL
29
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
30
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
definida como o ato de gerir o processo de maneira eficiente, do ponto 
de vista das técnicas, das pessoas e do ambiente do qual são retirados 
os recursos de natureza que são transformados em produto no mercado 
(DAL FORNO, 2017). 
O conjunto de exigências legais às quais as organizações estão 
submetidas compõem os chamados Sistemas de Gestão Ambiental (SGA). 
O SGA está imediatamente ligado à gestão dos impactos ambientais gera-
dos em cada processo que a organização executa: Quais são as atividades 
e os aspectos ambientais que causam impactos? Quais os resíduos gera-
dos pelo processo de produção? Esses impactos são positivos ou negati-
vos? Afeta o meio ambiente e a sociedade? Em qual magnitude?
O planejamento consiste em implementar de forma efetiva 
o sistema de gestão ambiental. Ele auxilia de forma a melhorar o 
processo, a prevenir ou minimizar os impactos e a utilizar, cons-
cientemente, os recursos da natureza, independentemente se o 
objetivo final da organização é o de ter um produto certificado, um 
produto com selo verde (DAL FORNO, 2017).
O SGA, segundo a ABNT (2015), é o conjunto formado pela 
estrutura organizacional, responsabilidades, práticas, procedimentos, 
processos e recursos necessários para implementar e manter o geren-
ciamento ambiental. O SGA mais conhecido e aceito internacionalmen-
te é o elaborado pela British Standard Institution (BSI) e especificado 
pela BS 7750 (Specification for Environmental Management Systems) 
em 1992. Esta especificação é compatível com a ISO 9000 Sistemas 
de Gestão de Qualidade da União Europeia. Segundo Nahuz (1995), o 
SGA pode ser resumido nos seguintes requisitos para implementação: 
• Política ambiental – definir e documentar a política ambiental 
relevante às suas atividades. Ela também deve ser divulgada e de fácil 
acesso a todas as pessoas da empresa e público interessado;
• Organização e pessoal – ter equipe multidisciplinar, além de 
definir e documentar suas responsabilidades e autoridades;
• Normas ambientais e registro de efeitos – definir e manter 
os procedimentos adequados para conhecer toda a legislação ambien-
tal aplicável à área de atuação da organização. Além de estabelecer 
e manter formas de identificar, avaliar e registrar os diversos tipos de 
impacto ambiental em sua área de atuação;
31
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
• Objetivos e metas – estabelecer e quantificar os objetivos e 
metas ambientais compatíveis com as atividades da organização;
• Programa de gestão ambiental – estabelecer e manter um 
programa para atingir os objetivos e metas propostas, com todos os 
meios necessários (pessoas, recursos, tempo, etc.);
• Manuais – elaborar e atualizar os manuais e documentações 
necessárias para implementar o programa estabelecido;
• Controle operacional – definir as funções, atividades e os pro-
cessos que possam afetar significativamente o ambiente, e sobre ele 
incidir cuidadosos controles;
• Registros – estabelecer e manter registros para demonstrar 
o preenchimento dos requisitos ambientais legais, além dos objetivos e 
metas alcançados;
• Auditorias – definir critérios e procedimentos para a aplicação 
de auditorias ambientais periódicas;
• Revisões – revisar periodicamente o SGA para avaliar a sua 
eficácia, e buscar seu contínuo aperfeiçoamento.
Existem metodologias propostas para otimizar o planejamento 
de um SGA. A melhoria contínua de um processo, demonstrado pela (fi-
gura 2.1), é uma delas, e está representada numa espiral onde o ciclo 
tem o seu início, passa por todas as etapas e sempre se repete após as 
análises críticas dos representantes da empresa, a partir da aplicação dapolítica ambiental, a implementação e a operação dos processos, a verifi-
cação e as ações corretivas para sanar um problema que foi identificado. 
Figura 2.1 – Melhoria contínua do processo.
 
Fonte: ABNT, 2015.
32
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Para exemplificar, analise o seguinte problema: 
Uma empresa gasta água excessivamente para executar 
os seus processos. A água que ela devolve ao meio ambiente está 
fora dos padrões de lançamento.
Em uma situação como esta qual é o procedimento mais 
adequado para corrigir esta situação? 
Após verificados todos processos e as possibilidades, de-
ve-se sempre buscar a melhoria contínua do processo, de maneira 
analítica dos ciclos de vida de seus produtos, e assim, após verifica-
das as possibilidades da busca de uma outra matéria-prima, de uma 
fonte energética, ou demais possibilidades de melhoria para o ciclo.
Com esta ação, o sistema de produção estará muito mais 
limpo.
As leis e as normas devem estabelecer os meios para avaliar 
empresas e produtos. Para que uma empresa tenha um SGA com uma 
performance ambiental eficiente, é preciso desenvolver estratégias para 
que o desenvolvimento sustentável ocorra. Para tanto, as normas e as leis 
disponíveis rótulos, selos, certificados, entre outros auxiliam na eficácia.
Ademais, no contexto empresarial, a gestão ambiental é uma 
das mais importantes ferramentas para a modernização da produção, 
competitividade dos concorrentes (Campos; Melo 2008), redução de 
custos e, ao mesmo tempo, a diminuição dos danos ocasionados e uso 
responsável dos recursos ambientais. 
As empresas ao optarem pela utilização de um SGA, segundo 
Lopes (2004), possuem três níveis de escolhas: 
1. Podem se limitar em atender as conformidades legais vigentes;
2. Podem além de atender as conformidades legais, também 
adotar uma postura proativa para com o meio ambiente;
3. Ou, além das opções anteriores, ainda orientar-se para a 
sustentabilidade (fluxograma 2.1).
33
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fluxograma 2.1 – Estrutura do SGA.
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Conforme abordado, o SGA configura-se como um conjunto de 
políticas, planejamentos e ações que envolvem a esfera social, técnica, 
econômica e produtiva, com o intuito de desempenhar um papel coe-
rente com o conceito do desenvolvimento sustentável sustentado pelas 
legislações ambientais em vigência (NASCIMENTO, 2012). 
A Norma ISO 14000 da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), regulamenta os procedimentos padrões neces-
sários para a implementação, a operação e a certificação dos SGA. 
Esta Norma visa traçar procedimentos que auxiliem as organiza-
34
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
ções na identificação e no gerenciamento de seus próprios danos 
causados sobre o meio ambiente. 
Desta maneira, as ações voltadas à redução dos riscos 
ambientais passam, então, a compor o processo regular de ges-
tão empresarial. Com a implementação e implantação adequada do 
SGA, há a possibilidade da certificação ambiental (selo verde) de 
seus produtos e serviços, que passam a ser reconhecidos interna-
cionalmente (NASCIMENTO, 2012; POMBO e MAGRINI, 2008).
Assim, o Sistema de Gestão Ambiental é composto por diferen-
tes elementos que atuam de forma direta em cada etapa de produção, 
possibilitando a adequação às normas ambientais estabelecidas inter-
nacionalmente (figura 2.2). O processo percorrido pelo SGA envolve 
desde a elaboração da política ambiental da empresa, passando pela 
concepção, planejamento, implementação/operação, monitoramento e 
avaliação do sistema executado (TIBOR; FELDMAN, 1996).
Fluxograma 2.2 – Fases/Etapas do Sistema de Gestão Ambiental.
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
FASES DE ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
Fase 1: Política ambiental
A política ambiental é caracterizada pelo conjunto de ações que 
aborda as questões ambientais com a produção. Para tanto, a ISO 14001 
estabelece que a alta administração da empresa seja responsável por de-
finir os objetivos e metas que compõem a política ambiental (ABNT, 2015). 
Segundo a ABNT (2015), a política deve estar de acordo tanto 
com a natureza, quanto com a escala dos impactos ambientais que po-
dem ser causados em cada processo que a empresa executa, e ainda, 
deve se comprometer a criar ações para prevenir os danos ambientais, 
e buscar constantemente por melhorias em seu desempenho ambiental.
A ISO 14004 é a Norma que estabelece os procedimentos in-
35
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
ternos do SGA. Ela recomenda os critérios que devem conter a política 
ambiental, considerando todos os elementos do SGA descritos na série 
ISO 14000. Os princípios que podem orientar o desenvolvimento da 
política ambiental são (BARBIERI, 2016):
• Missão, visão, valores e crenças da organização;
• Integração com outras políticas da organização;
• Requisitos das partes interessadas e comunicação com elas;
• Princípios orientadores;
• Condições locais ou regionais específicas;
• Compromissos com a prevenção da poluição e a melhoria 
contínua;
• Compromisso com o atendimento aos requisitos legais e ou-
tros subscritos pela organização.
Todos os impactos ambientais que as atividades empresariais 
causam, podem ser medidos, corrigidos e gerenciados através de pro-
cedimentos que permitem a previsão, a análise e a mitigação dos danos 
ambientais (RODRIGUES et al. 2006). A Avaliação de Impacto Ambiental 
(AIA) é a principal ferramenta para a minimização destes efeitos negati-
vos, que além de indicar tecnologias para maximizar a eficiência da pro-
dução e a utilização dos recursos naturais, também promovem a imple-
mentação de sistemas de gestão ambiental (RODRIGUES et al., 2006).
Estar em conformidade com a legislação vigente é uma obrigato-
riedade, e depende, necessariamente, do comprometimento da alta admi-
nistração em fornecer estruturas adequadas para a implantação e a me-
lhoria contínua dos objetivos e metas pré-definidos no início do SGA. Além 
disto, a política ambiental deve sempre estar acessível ao público interno e 
externo da organização, estar devidamente documentada, implementada, 
e abranger os diferentes setores da empresa (NASCIMENTO, 2012).
A Norma ABNT ISO 14001 requer que seja definida a Polí-
tica Ambiental dentro do escopo do Sistema de Gestão Ambiental 
(SGA) da sua empresa:
a) Deve ser apropriada ao propósito e contexto da organi-
zação, incluindo natureza, escala e impactos ambientais das ativi-
dades, produtos e serviços.
b) Os verbos devem estar no infinitivo;
c) Evidencie o comprometimento em atender os requisitos 
legais e a proteção ao Meio Ambiente;
36
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
d) Considere a prevenção de poluição e outros compro-
missos específicos pertinentes ao contexto da organização.
e) Esteja comprometida com a melhoria continua do SGA, 
para aumentar o desempenho ambiental.
Acesse o link: https://www.iqualidade.com.br/como-deve-
-ser-a-politica-ambiental/
Fase 2: Planejamento
Após a definição da política ambiental, a administração é a res-
ponsável pelo planejamento do SGA. Nesta etapa, a equipe multidiscipli-
nar deve mapear e analisar as atividades da organização, a fim de identifi-
car os aspectos ambientais e seus respectivos impactos. O planejamento 
deve ser fundamentado nos requisitos legais, na política ambiental seus 
objetivos e metas, e nos recursos financeiros que a organização dispõe 
para investir em tecnologias disponíveis (DAL FORNO, 2017). 
Além das informações levantadas pelo mapeamento e pela 
análise dos processos, a percepção dos funcionários quanto às ques-
tões ambientais também é de suma importância. Informações como a 
geração e destinação de resíduos e eficiência no consumo de águae 
energia são algumas das informações relevantes para o planejamento 
do SGA, e obtidas através dos funcionários.
Os programas são definidos de acordo com o tipo de aborda-
gem nas quais os problemas ambientais serão tratados, podendo ser 
(SANTANA, 2012):
• Controle da poluição: representa um custo financeiro para a 
empresa ao aplicar a ação corretiva e atender os requisitos legais.
• Prevenção da poluição: desenvolver ações corretivas e pre-
ventivas com a finalidade de evitar os danos ambientais. Esta aborda-
gem tende reduzir os custos e melhorar a economia de insumos através 
do seu uso eficiente ao utilizar tecnologias limpas.
• Abordagem estratégica: representa vantagem competitiva 
quando reduz os custos e melhora a economia de insumos através do 
seu uso eficiente ao utilizar tecnologias limpas.
É importante frisar que a análise de melhoria contínua dos pro-
gramas deve ser feita e atualizadas de acordo com a alteração ou inser-
ção de novas atividades produtivas e serviços na empresa.
37
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Aspectos Ambientais
Os aspectos ambientais, segundo ABNT (2015), são definidos 
como os elementos das atividades, produtos ou serviços da organiza-
ção que interagem com o meio ambiente, podendo causar ou não danos 
ambientais. O aspecto ambiental é a causa, e o impacto ambiental é o 
efeito, ou seja, a condição de modificação do meio ambiente.
Segundo Dal Forno (2017) é a partir da identificação dos as-
pectos ambientais que os programas de gestão ambiental são definidos. 
Cada programa deve ser coerente com a realidade da empresa e de-
vem possibilitar o alcance de seus objetivos, levando em consideração 
os impactos significativos, e garantindo sua execução com eficiência e 
com maior probabilidade de êxito tanto no estabelecimento, quanto na 
implementação e manutenção do SGA.
A norma recomenda que para cada aspecto ambiental significa-
tivo, sejam selecionados: as emissões atmosféricas, os lançamentos em 
corpos d’água e no solo, o uso de matérias-primas, energia e recursos 
naturais, emissões de energia, resíduos e subprodutos (fluxograma 2.3).
Fluxograma 2.3 – Planejamento do SGA.
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Para determinar a significância dos aspectos ambientais, é reco-
mendado levar em consideração os critérios ambientais – escala severida-
de e duração do impacto, tamanho e frequência; requisitos legais – limites 
38
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
de emissão e lançamento; e a relevância do valor que o impacto tem para 
a comunidade interna e externa da organização (BARBIERI, 2016).
As escalas podem ser qualitativas: baixa, média ou alta fre-
quência de ocorrência, ou quantitativas com valores de 1 a 5, onde 1 
representa uma frequência baixa, e 5 muito alta.
De forma geral, segundo Barbieri (2016), os seguintes critérios 
devem ser considerados na avaliação dos aspectos ou impactos am-
bientais:
1) Abrangência: se geram consequências nacionais ou globais;
2) Severidade: indica o grau de intensidade dos danos ao meio 
ambiente;
3) Frequência da ocorrência: periodicidade diária, semanal, 
mensal, anual;
4) Controle: probabilidade de escapar ao controle.
Requisitos Legais
É obrigação da organização estabelecer, implementar e man-
ter os procedimentos para a identificação dos requisitos legais referen-
tes aos aspectos ambientais avaliados. Os requisitos aplicáveis devem 
abranger a esfera federal, estadual, municipal e interna.
A aplicação dos requisitos legais deve ser efetiva em todas as 
fases do SGA, pois o critério de conformidade legal não se aplica ape-
nas na fase inicial do sistema de gestão.
A validação dos aspectos ambientais geralmente é feita 
em formato de Checklist. Em relação aos requisitos legais, o pre-
enchimento do Checklist deve ser feito em função de: está Confor-
me (C), Não Conforme (NC) e Não se Aplica (NA). 
Caso seja necessário, também é possível colocar um cam-
po de observação, para incluir detalhes sobre aquele item, e até 
mesmo à qual legislação ele está submetido.
Fase 3: Implementação e Operação
De acordo com a Norma ABNT (2015), na fase de implemen-
tação e operação, a organização deve identificar as operações e ati-
39
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
vidades que estão associadas aos aspectos ambientais significativos, 
pré-definidos em sua política ambiental.
A organização é responsável por capacitar, treinar, educar e 
fornecer quaisquer recursos para que as pessoas que trabalham com 
ela, ou em seu nome, exerçam suas funções sem causar potenciais im-
pactos ao meio ambiente (BARBIERI, 2016). O nível de capacitação dos 
colaboradores fica a critério de decisão da alta administração, porém, a 
Norma ISO 14004 recomenda os seguintes elementos como guia:
a) Identificação das necessidades de treinamento dos colabo-
radores.
b) Desenvolvimento de um plano de treinamento que atenda às 
necessidades definidas.
c) Verificação da conformidade do programa com os requisitos 
legais e/ou organizacionais.
d) Treinamento de grupos específicos de colaboradores.
e) Documentação e avaliação do treinamento recebido.
Deve-se, também, desenvolver controles operacionais asso-
ciados aos seus aspectos ambientais significativos a partir do estabele-
cimento, implementação e manutenção de procedimentos documenta-
dos, incluindo critérios operacionais.
A efetiva implementação da política ambiental e cumprimento 
dos seus objetivos e metas, depende do desenvolvimento de mecanis-
mos de apoio à sua sustentação. Para tanto, a ABNT (2015) estabelece 
sete critérios fundamentais:
• Estrutura e responsabilidade – definir, documentar e comunicar 
a estrutura do SGA. Promove recursos (humanos, tecnológicos, financei-
ros). Estabelece representantes e respectivas responsabilidades;
• Treinamento, conscientização e competência – capacitação 
dos recursos humanos baseada na educação, treinamento e experiên-
cias de todos os envolvidos;
• Comunicação – comunicação interna possibilitando aos co-
laboradores o contato com as informações e experiências em todos os 
níveis do SGA. Comunicação externa proporcionando transparência e o 
aumento da credibilidade da empresa;
• Documentação do SGA – deve ser elaborada de forma di-
reta, objetiva, e mantidas em forma eletrônica ou física (papel). Deve 
também descrever os elementos centrais, e promover relação com os 
demais documentos da empresa;
• Controle de documentos – os documentos devem ser manti-
dos em local seguro e de fácil acesso, possuir datas e versões, assegu-
rando que estejam acessíveis e disponíveis numa versão atualizada e 
sejam revisados (quando necessário);
40
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
• Controle operacional – é necessário conhecer e controlar as 
atividades que causam impactos ambientais significativos, relacionar os 
parâmetros chaves para a performance ambiental, comunicar as diretri-
zes internas para os fornecedores e clientes, e revisar os procedimen-
tos visando a melhoria da performance ambiental;
• Preparação e atendimento a emergências – devem ser reali-
zados testes periódicos e pró-ativos dos planos de ação e após a ocor-
rência de acidentes, revisar os planos para a melhoria contínua.
Na fase de implementação e operação, os processos devem 
ser analisados individualmente conforme o (fluxograma 2.4).
Fluxograma 2.4 – Implementação e operação do SGA.
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Fase 4: Verificação e Ação Corretiva
Monitorar significa acompanhar uma atividade a partir das in-
formações coletadas ou observadas. Portanto, é nesta fase, de verifi-
cação e elaboração de ações corretivas, em que há a averiguação e 
determinação se o SGA está ou não operando em conformidade legal, 
e propõe correções quando pertinentes. Segundo Nicolella, Marques 
e Skorupa (2004), a verificaçãoe correção são compostas por quatro 
características básicas: monitoramento e medição; não conformidades, 
ações corretivas e preventivas; registros e auditoria.
O monitoramento e a medição são realizados em todas as fa-
ses do SGA, prevendo as ações de monitoramento e controle a fim de 
identificar a existência de eventuais problemas e os meios de corrigi-los 
41
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
(NICOLELLA; MARQUES; SKORUPA, 2004). Para tanto, é acompanha-
da a evolução dos dados dos processos e do desempenho ambiental da 
empresa, mantendo-os dentro dos limites preestabelecidos. Estes limi-
tes são estabelecidos pelas legislações ambientais, e devem ter suas 
características medidas e resultados comparados periodicamente. O 
(quadro 2.2) exemplifica como deve ser o monitoramento e a medição.
Quadro 2.2 – Exemplo de monitoramento e medição de aspecto ambiental.
Fonte: BARBIERI, 2016.
Quando algum aspecto ambiental está em não conformidade, 
ou seja, não atende a algum requisito do SGA, é necessário eliminar a 
causa desta não conformidade a partir de uma ação corretiva. A elabo-
ração da ação preventiva é essencial para que esta não conformidade 
tenha uma probabilidade menor de recorrência.
Para que a organização cumpra a sua responsabilidade de es-
tabelecer, implementar e manter procedimentos capazes de tratar as 
não conformidades, sejam elas potenciais ou reais, ela deve seguir al-
guns requisitos base para estes procedimentos (BARBIERI, 2016):
• Identificar e corrigir não conformidades, e se necessário, exe-
cutar ações para mitigar seus impactos ambientais;
• Investigar as causas das não conformidades, e executar 
ações preventivas;
• Avaliar a necessidade de ações preventivas, com o intuito de 
evitar a sua ocorrência;
42
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
• Registrar os resultados das ações corretivas e preventivas 
executadas;
• Analisar a eficácia dessas ações.
Para auxiliar na identificação dos impactos ambientais, 
existem algumas metodologias mundialmente utilizadas. No Bra-
sil, as principais são: método AD-HOC, método checklist, métodos 
de matrizes de interação, e redes de interação.
Para saber mais sobre cada método e informações sobre 
outros métodos, leia a seguinte bibliografia:
CREMONEZ, Filipe Eliazar, et al. Avaliação de impacto am-
biental: metodologias aplicadas no Brasil. Remoa: Santa Maria, v. 
13, n. 5, p. 3821-3830, 2014.
Todas as fases do SGA devem ser registradas e mantidas em lo-
cal seguro. Estes registros devem ser claros e objetivos quanto ao seu con-
teúdo, e estarem prontamente disponíveis para consulta. O tempo de re-
tenção da documentação deve ser estabelecido e registrado (ABNT, 2015).
Ao final da fase de verificação e correção do SGA, é im-
portante que a organização seja auditada (auditoria interna), para 
validar os requisitos do SGA e fornecer informações e resultados 
para a alta administração.
A auditoria deve ser feita periodicamente.
Fase 5: Análise e Avaliação Crítica
A fase de análise e avaliação crítica constitui a última etapa do 
SGA, como mostrado no fluxograma 2.1. Segundo a ISO 14001, periodi-
camente, a alta administração da organização deve analisar o SGA para 
assegurar a melhoria contínua dos requisitos aplicados (ABNT, 2015). 
Este é o momento da administração identificar a necessidade 
de possíveis alterações em sua Política Ambiental, nos seus objetivos 
43
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
e metas, ou em outros elementos do sistema. De forma geral, aqui o 
processo de gestão pode ser revisado, validado, e melhorado.
44
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ Órgão: Câmara 
Municipal do Rio de Janeiro Prova: FJG - RIO - 2014 - Câmara Munici-
pal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo - Engenharia e Arquitetura
Na implantação do Sistema de Gestão Ambiental conforme a NBR 
ISO 14001:2004 – Sistemas de Gestão Ambiental – Requisitos com 
orientações para uso, na etapa referente ao planejamento, a em-
presa deve, entre outros requisitos:
a) Estabelecer, implementar e manter procedimentos para determinar 
os aspectos que tenham ou possam ter impactos significativos sobre o 
meio ambiente.
b) Assegurar a disponibilidade de recursos essenciais para estabelecer, 
implementar, manter e melhorar o sistema de gestão ambiental.
c) Identificar as necessidades de treinamento associadas com seus as-
pectos ambientais e seu sistema da gestão ambiental.
d) Estabelecer, implementar e manter procedimentos para a comunica-
ção interna entre vários níveis e funções da organização.
QUESTÃO 2
Ano: 2014 Banca: IBGE Órgão: CAEMA/MA Prova: Técnico Am-
biental Nível: Médio.
A Gestão Ambiental é o principal instrumento para obter um desen-
volvimento industrial sustentável. Sobre a implantação do Sistema 
de Gestão Ambiental (SGA) é incorreto afirmar que:
a) O processo de gestão ambiental nas empresas está profundamente 
vinculado a normas que são elaboradas pelas instituições públicas (pre-
feituras, governos estaduais e federais) sobre meio ambiente.
b) As normas legais são referências obrigatórias para as empresas que 
pretendem implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA).
c) Há inúmeras vantagens e benefícios que as empresas poderão obter ao 
optarem por adotar políticas preventivas em relação à gestão ambiental.
d) Em função da cultura ambiental predominante nas empresas, a maior 
parte dos esforços tecnológicos e financeiros que são aplicados ao 
SGA, está ligada à aplicação de técnicas corretivas.
e) A gestão ambiental é aplicável apenas para empresas de médio e 
grande porte, tendo em vista que são poluidores em grande potencial e 
que mais prejudicam o meio ambiente.
QUESTÃO 3
Ano: 2014 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: IF-SP 
45
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Prova: FUNDEP - 2014 - IF-SP - Professor - Direito
O princípio ambiental que orienta que as questões ambientais de-
vem ser consideradas em todas as atividades humanas é o:
a) Princípio da educação ambiental.
b) Princípio da ubiquidade.
c) Princípio da função socioambiental.
d) Princípio da equidade.
QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: CODEBA Prova: FGV - 2016 - CODE-
BA - Analista Portuário - Sanitarista
O método que surgiu da necessidade de se identificar os impactos 
indiretos ou de ordem superior, destacados dos impactos primá-
rios ou diretos, que possui uma metodologia que estabelece uma 
sequência de impactos ambientais a partir de uma determinada in-
tervenção, utilizando um método gráfico para definir as relações de 
precedência entre as ações praticadas pelo empreendimento e os 
consequentes impactos de primeira e demais ordens é denominado:
a) Método Ad Hoc ou grupo multidisciplinar.
b) Método das listagens ponderais.
c) Método das redes de interação.
d) Método da superposição de cartas.
e) Método das matrizes de interação.
QUESTÃO 5
Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Presidente Pru-
dente – SP Prova: Tecnólogo em Gestão Ambiental Nível: Médio.
Em um sistema de gestão ambiental, podemos classificar os indi-
cadores de desempenho ambiental em: indicadores de desempe-
nho de gestão e indicadores de desempenho operacional. Como 
indicadores de desempenho operacional, é correto citar:
a) Relações com a comunidade e emissões para a atmosfera.
b) Implantação de políticas e programas e conformidade legal.
c) Manutenção das instalações físicas e número de programas educa-
cionais ambientais.
d) Gastos associados com a gestão e controle ambiental e fornecimento 
de insumos.
e) Entrada de materiais e resíduos gerados sólidos, líquidos etc.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pode ser aplicado em qualquer 
setor de atividade,e ele não é uma exigência legal. Com base nesta 
46
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
afirmação, defina o que é sistema de gestão ambiental e como é possí-
vel obter a certificação ambiental.
TREINO INÉDITO
Uma empresa tem a intenção de implantar o Sistema de Gestão 
Ambiental (SGA) para obter a certificação ambiental. Um elemento 
imprescindível para a elaboração da política ambiental é estabele-
cer a (o):
a) Missão, visão, valores e crenças da organização.
b) Frequências dos impactos ambientais.
c) Viabilidade técnica dos processos.
d) Treinamento inicial dos colaboradores.
NA MÍDIA
EMPRESAS LIDERAM O BIG-BANG ECOLÓGICO
Pelo quarto ano consecutivo, a operação editorial Solutions&Co reúne 20 
importantes jornais econômicos de todo o mundo para destacar soluções 
concretas da ofensiva contra as mudanças climáticas. Em 2015, nações 
de todo o mundo mandaram uma forte mensagem ao assinarem o Acordo 
de Paris, na COP 21. No entanto, a batalha contra as mudanças climáti-
cas está longe de terminar. Os países signatários ainda não se compro-
meteram com medidas concretas. Enumerá-las é uma meta da COP 24, 
que acontece de 3 a 14 de dezembro, em Katowice, na Polônia. Apesar 
desses passos, seria um erro pensar que somente os governos poderão 
conter o aquecimento global. O último relatório de cientistas do Painel 
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é claro: para limi-
tar nosso impacto sobre o clima, devemos todos nos comprometer com 
"mudanças rápidas, de longo alcance e sem precedentes, em todos os 
aspectos da sociedade". Para as empresas, é uma ótima oportunidade 
para repensar seus modelos de negócios e inseri-los na sociedade. Nos 
Estados Unidos, muitos no setor privado entendem o que está em jogo 
e estão se preparando para liderar a batalha climática após a decisão 
do governo do país de se retirar do Acordo de Paris. Nos últimos anos, 
empresas em todo o mundo aliaram lucros ao respeito ao meio ambiente. 
Mas elas devem ir mais longe e se tornar pontas de lança desse big-bang 
ecológico, acelerando e ampliando soluções concretas para conter o au-
mento das emissões dos gases estufa. Para limitar as consequências 
devastadoras das mudanças climáticas e garantir condições de vida sus-
tentáveis para as diferentes espécies do planeta incluindo seres huma-
nos, devemos reduzir nossas emissões de CO2 em até 45%, em relação 
aos níveis de 2010, antes de 2030; e atingir a neutralidade de carbono 
até 2050. Em outras palavras, cada grama de CO2 emitido na atmosfera 
47
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
terá que ser compensado por práticas sustentáveis. A missão não é im-
possível, segundo o IPCC. Alguma das medidas necessárias para nos 
mantermos abaixo de um aumento de 1,5°C já estão em andamento, mas 
é vital ampliar e acelerar sua implementação.
Fonte: Valor Econômico
Data: 03 dez 2018.
Leia a notícia na íntegra: 
https://www.valor.com.br/agro/6009445/empresas-lideram-o-big-bang-
-ecologico
NA PRÁTICA
A utilização do Sistema de Gestão Ambiental é uma das principais fer-
ramentas que buscam o desenvolvimento sustentável. O SGA pode ser 
aplicado em qualquer ramo de atividade, e devem obedecer algumas 
recomendações que a série ISO 14000 faz. A estrutura dele segue a se-
guinte ordem: elaboração da política ambiental, planejamento, implan-
tação, verificação e certificação.
O SGA tem como base os aspectos e impactos ambientais identificados 
em todos os processos que a organização exerce. Eles podem gerar 
impactos ambientais positivos ou negativos, e para cada impacto nega-
tivo, deve haver programas e planos de ações a fim de corrigir, prevenir 
e até mitigar o dano causado.
A alta administração deve manter uma política de avaliação contínua 
em cada fase do SGA, visando à máxima eficiência do sistema. Para 
tanto, é realizada auditoria interna, que fornece os resultados e informa-
ções necessárias para as tomadas de decisões administrativas.
Após todos estes procedimentos, a organização, pode ainda, ser certifi-
cada ambientalmente pela ISO 14001.
48
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
CONTEXTUALIZAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL
Cada vez mais as organizações estão buscando formas de de-
monstrar o seu desempenho ambiental e sua conduta ambientalmente 
correta. Isto tem sido alcançado com a prevenção, redução e controle 
dos impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços.
Estas condutas tem como fator inicial o atendimento aos re-
quisitos legais, que refletem a crescente exigência da população sobre 
os impactos que estas organizações podem causar no meio ambiente.
A legislação brasileira é uma das mais completas do mundo (Al-
buquerque, 2011), punindo com multas que chegam ao valor de R$ 50 mi-
lhões de reais às ações consideradas crimes ambientais. A utilização das 
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
À CERTIFICAÇÃO
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
48
49
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
padronizações sistemáticas definidas no SGA possibilita que a organização 
atenda aos requisitos legais de modo a prevenir a autuação da empresa.
A série ISO 14000 é uma Norma internacional que teve início 
em 1996, e trata do Sistema de Gestão Ambiental. A partir desta data, 
outras normas foram elaboradas sobre este mesmo assunto, como: au-
ditoria e rotulagem ambiental, e avaliação do ciclo de vida do produto. 
Estas normas tem por base o ciclo Plan-Do-Check-Act (PDCA).
O ciclo PDCA (figura 3.1) foi criado para efeito da gestão da qua-
lidade, e passou a ser o modelo padrão de gestão quando o assunto é 
implementar melhorias de modo sistemático e contínuo. O objetivo deste 
ciclo é tornar os processos de gestão mais ágeis, claros e objetivos.
A criação do PCDA está fundamentada em cinco passos:
• Perceber a dificuldade;
• Localizar o problema;
• Definir o problema;
• Sugerir possíveis soluções e desenvolver através do raciocí-
nio as influências sugeridas;
• Observar posteriormente as soluções aplicadas, que levam a 
sua aceitação ou rejeição.
Figura 3.1 – Ciclo PCDA.
 
Fonte – HORIZONTE EDUCACIONAL, 2018.
O estágio inicial do ciclo PDCA é o planejamento da ação, após 
o planejamento estar completo, tudo o que foi planejado é executado, 
gerando a necessidade de verificar constantemente cada ação que foi 
executada. Concluída estas três etapas iniciais, o gestor passa a im-
50
SI
ST
E
M
A
 D
E
 G
E
ST
Ã
O
 A
M
B
IE
N
TA
L 
- 
G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
plantar medidas de correção das ações que tiveram falhas durante o 
processo (PERIARD, 2011).
A etapa de planejamento foca na parte estratégica, ou seja, é a 
etapa onde há o levantamento e analise de informações para estabele-
cer os objetivos e metas. Após isto, é necessário definir qual a metodo-
logia utilizada para chegar ao objetivo final, bem como as pessoas que 
comporão a equipe executora do processo.
A etapa de planejamento é dividida e quatro fases:
1) Identificação do problema;
2) Observação do problema;
3) Análise do problema;
4) Plano de ação.
Na fase de execução (DO), é onde efetivamente se coloca em 
prática a execução do plano de ação criado no planejamento. Essa é 
uma das etapas mais importantes do ciclo e deve ser executada confor-
me planejado.
É importante anotar e evidenciar os resultados bons ou ruins 
de cada tarefa concluída. Isso permite um aprendizado necessário ao 
time envolvido durante o processo.
No Check, é onde acontece a verificação do que foi executado 
e dos resultados obtidos com o plano de ação. Essa fase pode ser de-
senvolvida ao longo da execução do Plano de Ação ou, então, formal-
mente ao término do mesmo, podendo inclusive envolver pessoas ou 
grupos externos ao time responsável pela solução do problema.
Essa verificação consiste em confirmar se o que

Mais conteúdos dessa disciplina