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Doenças causadas por helmintos

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DOENÇAS CAUSADAS 
POR HELMINTOS
Dra. Elyda Gonçalves
INTRODUÇÃO
NEMATELMINTOS
Nematos=filamento
- 500 mil espécies
Muitos habitats, grandes pops
- 80 mil espécies são parasitas vertebrados
- 197 são gastrointestinais
- 50 espécies parasitam o homem
INTRODUÇÃO
• Epidemiologia
CARACTERÍSTICAS
- Tamanho variado (1mm até > 1m)
- Fusiformes, alongados
- Boca e ânus
- Muitos ovos, casca espessa
-Parasitas: dióicos (♂ e ♀), ♀ > ♂
(exceção: Strongyloides)
-Parasitas intestinais 
humanos: monoxenos
DESENVOLVIMENTO DOS 
NEMATÓIDES
Estágio
embrionário
Estágio Larval Estágio Adulto
Larvas: menores e sexualmente imaturas, aeróbicas
(aeróbico facultativo)
ESTRUTURA DO CORPO
Cutícula- exoesqueleto
* Proteção
* Locomoção (extensão-retração)
- Estratificada
- Poder ter estriações, cristas e expansões
- Proteínas, lipídeos e carboidratos
- Pouco permeável (SDigestivo e SExcretor)
- Entrada de oxigênio 
- Crescimento-síntese (Ascaris:mm-20cm)
SISTEMA REPRODUTOR
Machos 
- 1 testículo
- Cloaca
- Órgãos acessórios cópula (espículos)
- Espermatozóides amebóides
Fêmeas
- 1 ou 2 ovários
- Útero com espermatozóides
- Fecundação no útero
- Vagina
Dra. Elyda Gonçalves
@professoraelydadelima
/professoraelydadelima
ASCARIDÍASE: Ascaris lumbricoides
Sub-reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Secemen
Família: Ascarididae
Gênero: Ascaris
Espécie: Ascaris lumbricoides
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(COMITÊ DE SISTEMÁTICA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE PROTOZOOLOGIA)
São popularmente 
conhecidos como 
lombriga ou bicha,
causando a doença 
denominada ascaridíase, ↓ 
ascaridose ou ascariose.
O A. lumbricoides é encontrado em quase todos os países do
mundo e ocorre com frequência variada em virtude das condições
climáticas, ambientais e, principalmente, do grau de
desenvolvimento socioeconômico da população.
ASCARIDÍASE: Ascaris lumbricoides
Afeta 0,8 bilhões de pessoas, ~ 60 mil mortes/ano 
70 - 90% crianças (±10 anos)
ASCARIDÍASE: Ascaris lumbricoides
• Parasita exclusivamente 
humano*
– A. suum Goeze, 1882- suíno -
zoonose
• Maior nematóide intestinal 
humano
• ~10 parasitos por pessoa 
(700)
• 200.000 ovos por dia 
(resistentes)
• 90% jejuno (íleo>duodeno, 
estômago)
Boca com três lábios 
com serrilha de dentículos 
ASCARIDÍASE: Ascaris lumbricoides
• Ascaris lumbricoides é o agente etiológico da 
ascaridíase;
• MORFOLOGIA:
Macho: ± 20 - 30 cm 
Fêmea: ± 30 - 40 cm 
ADULTO
ASCARIDÍASE: Ascaris lumbricoides
• MORFOLOGIA:Ovos: ± 50 μm
Fértil
Infértil
Liso (fértil)
Memb. Mamilonada
Memb. Albuminoide e 
Memb. Lipídica
Embrião em 
desenvolvimento
CICLO BIOLÓGICO 
• Ciclo evolutivo: monoxênico
L3
Fêmeas vivem 12-18 
meses
~ 2 meses de ovo a adulto
TRANSMISSÃO
• Transmissão oro-fecal (ovos)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Proporcional à carga parasitas
• Geralmente assintomáticos
• Pulmões
– Edema inflamatório
– Pneumonia
– Síndrome de Loeffler (eusinófilos)
• Intestino
– Dor abdominal
– Náusea, emagrecimento
– Má absorção de nutrientes
– Diarréia
– Obstrução intestinal
– Perfuração do intestino
• Infecções intensas (problemas hepáticos), crianças
DIAGNÓSTICO
• Clínico
• Laboratorial
– Exame de fezes (ovos)
– Observação do verme
– Radiografias
– Imunológicos (ruins)
colonoscopia Ascaris
endoscopia Ascaris
TRATAMENTO
• Tetramisole (Ascaridil®), Piperazina 
(Piperazil®)
• Mebendazole (Pantelmin®), 
Albendazole (Zentel®)
• Invermectin
• Cirurgia
• Não são eficazes contra 
as larvas
• Tratamento deve ser 
repetido
• Exame de fezes deve ser 
repetido
PROFILAXIA
• Higiene
• Saneamento
– Ovos sobrevivem a tratamento de esgotos mas 
não aquecimento a 50⁰C
– Ovos podem ser aspirados com poeira, 100 –
250 ovos por grama de terra.
Dra. Elyda Gonçalves
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TRICURÍASE: Trichuris trichiura
Sub-reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Trichurida
Família: Trichuridae
Gênero: Trichuris
Espécie: Trichuris trichiura
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(COMITÊ DE SISTEMÁTICA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE PROTOZOOLOGIA)
A tricuríase é uma 
parasitose muito comum 
em países 
subdesenvolvidos.
O Trichuris trichiura é um nematódeo geralmente associado a
infecções pelo Ascaris lumbricoides. É um parasito que não se
adapta bem a locais áridos ou muito frios.
• Epidemiologia
• Parasito cosmopolita;
• Prevalência associada com a ascaridíase;
• Bastante frequente áreas rurais e periferia das grandes 
cidades sem saneamento básico adequado;
• Medidas de controle relacionada com parasitos 
denominados de “geo-helmintos”.
TRICURÍASE: Trichuris trichiura
TRICURÍASE: Trichuris trichiura
0,6 bilhão de indivíduos parasitados 
10.000 mortes / ano (Ojha et al., 2014)
TRICURÍASE: Trichuris trichiura
• Parasita humano 
(macacos, suínos) 
com 3-5cm
• Peças bucais 
rudimentares
• Vivem no ceco e no 
cólon por 4-5 anos
• 2-10 parasitos (até 
1000)
TRICURÍASE: Trichuris trichiura
• MORFOLOGIA:
Macho: menor
Fêmea: maior 
ADULTO 
(3 a 5cm)
TRICURÍASE: Trichuris trichiura
• MORFOLOGIA: ovos
– 50um x 22um 
– 3.000 - 7.000 ovos / dia 
– Só embrionam no meio exterior (3 semanas) 
– Viáveis por vários meses 
– Eclodem no intestino delgado
CICLO BIOLÓGICO 
• Ciclo evolutivo: monoxênico
Embrionamento: 
3 semanas
Ovo com L3
2 mudas
Larvas incubam-se no 
intestino delgado
CICLO: 3 MESES CICLO: 3 MESES 
TRICURÍASE: Trichuris trichiura
TRANSMISSÃO
PROFILAXIA
• Ingestão ovos do ambiente
• Cuidados na preparação de 
alimentos
• Higiene corporal 
• Tratamento dos doentes.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Geralmente assintomáticos
• Infecções maiores: úlceras e abcessos nos pontos de 
fixação
• Infecções maciças:
– Irritações nas terminações nervosas
– Dor abdominal, diarreia, perda de peso
– Anemia proporcional a parasitemia
– (5µl sangue/dia/verme)
– Prolapso retal
Formas adultas de Trichuris trichiura na mucosa do reto 
prolapsado.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
• Busca de ovos nas fezes
 Exame parasitológico de fezes (EPF)
• Métodos de sedimentação (Lutz); 
• Flutuação (Willys)
• Tratamento:
 Benzimidazóis
– Mebendazol, Albendazol
 Pamoato de Oxantel
Dra. Elyda Gonçalves
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ENTEROBIOSE/OXIUROSE: 
Enterobius vermicularis
Sub-reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Oxyurida
Família: Oxyuridaedae
Gênero: Enterobius
Espécie: Enterobius vermicularis
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(COMITÊ DE SISTEMÁTICA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE PROTOZOOLOGIA)
A oxiurose atinge a faixa 
etária de 5 a 15
anos, apesar de ser 
encontrado em ↓adultos 
também
O gênero Enterobius apresenta 7 espécies que parasitam vários
macacos em diferentes regiões (Asia, África, América), mas que não atingem
o ser humano. A ÚNICA espécie que atinge o homem é o E. vermicularis, que
possui distribuição geográfica mundial, mas tem incidência maior nas
regiões de clima temperado.
OXIUROSE: Enterobius vermicularis
• Enterobius vermicularis é o 
agente etiológico da 
enterobíase/ enterobiose ou 
oxiurose/ oxiuríase.
• Cosmopolita (vivem em países 
desenvolvidos);
• Saprófitas;
• Vivem na região cecal (livres ou 
aderidos à mucosa);
OXIUROSE: Enterobius vermicularis
• MORFOLOGIA:
• Ovos: 50 μm x 20 μm
(11 - 15 mil ovos na fêmea)
• Adulto: 
- Macho: 5 mm x 0,2 mm
(macho vive 7 semanas)
- Fêmea: 1 cm x 0,4 mm
(fêmea vive 1-3 meses ) 
CICLO BIOLÓGICO 
• Ciclo evolutivo: 
monoxênico
Ovo infectante em 6h 
Eclode no ID (L3 de 150μm) 
CICLO: 1,5 - 2 MESES CICLO: 1,5 - 2 MESES 
Ovos resistem até 3 semanas 
no ambiente doméstico e têm 
fácil disseminação 
CICLO BIOLÓGICO 
Ovos retidos na pele e mucosa 
perianal, às vezes nas fezes 
(geralmente 1- poucas fêmeas).
TRANSMISSÃO
• Heteroinfecção (ovos na poeira ou alimento 
atingem novo hospedeiro)
• Indireta (ovos na poeira ou alimento atingemo 
mesmo hospedeiro)
• Auto-infecção externa (oral)
• Auto-infecção interna (retal)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Prurido anal (noturno) 
• Hemorragia anal 
• Diarréia, colite e 
emagrecimento
• Vaginite
(Vermes nos genitais femininos)
• Perfurações da parede do 
peritônio 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico
• Laboratorial
• Fita gomada (em 3 
dias consecutivos 
logo cedo anal”) 
• Exame de fezes 
• Eosinofilia
TRATAMENTO
• Mebendazol
• Piperazina 
• Pamoato de Pirvíneo
• Pamoato de Pirantel
PROFILAXIA
• Cuidado com roupas do doente
• Tratamento dos doentes
• Corte unhas
• Limpeza doméstica com aspirador 
ESTRONGILOIDÍASE
Dra. Elyda Gonçalves
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ESTRONGILOIDÍASE: 
StrongyIoides stercoraIis
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Rhabditida
Família: Strongyloididae
Gênero: Strongyloides
Espécie: Strongyloides stercoralis
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(COMITÊ DE SISTEMÁTICA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE PROTOZOOLOGIA)
S. stercoralis é uma verminose 
que apresenta distribuição 
mundial, especialmente nas 
regiões tropicais, a maioria 
infectando mamíferos, entre 
eles cães, gatos e macacos.
- Há pelo menos 52 espécies descritas do nematódeo do gênero
Strongyloides, 2 parasitam o homem:
- S. stercoralis (Bavay, 1876)
- S. fuelleborni (Von Linstow, 1905)
- 2 subespécies: S. f. fuelleborni e S. f. kellyi.
StrongyIoides stercoraIis
• StrongyIoides stercoraIis é o agente 
etiológico da estrongiloidíase, 
estrongiloidose ou anguilulose no 
Brasil.
• O parasito do cão é morfobiologicamente
indistinguível do humano.
• A estrongiloidíase é uma parasitose geralmente 
crônica e assintomática. Contudo, sua forma mais 
grave é invasiva e frequentemente fatal.
StrongyIoides stercoraIis
• MORFOLOGIA
• Ovos
StrongyIoides stercoraIis
• MORFOLOGIA
Fêmea partenogenética: 
± 2,5 mm
Larva rabditóide: 
± 200 μm
Larva filarióide: 
± 500 μm
Fêmea de vida livre: ±1,5 mm
Macho de vida livre: ± 0,7 mm
CICLO BIOLÓGICO
TRANSMISSÃO E 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
TRANSMISSÃO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Hetero ou primoinfecção
• Auto-infecção interna ou 
hiperinfecção
• Auto-infecção externa ou 
exógena
• Gastrintestinais (dor 
abdominal, diarréia, náuseas, 
vômitos) 
• Respiratório (Tosse, 
hemoptise, dispnéia) 
• Sistema Nervoso 
Central (cefaléia, alteração do 
nível de consciência convulsão, 
coma)
• Cutâneas (púrpuras peri-
umbilicais) 
• Raras (peritonite, 
endocardite, meningite)
DIAGNÓSTICO
• Clínico
• Laboratorial
• (E.P.F., intradermorreação; testes imunológicos)
TRATAMENTO E PROFILAXIA
TRATAMENTO
PROFILAXIA
Tiabendazol
Cambendazol
Dieta rica e leve
• Sanitarismo
• Educação sanitária
• Proteção dos pés e 
outra regiões de 
penetração de larvas
ANCILOSTOMOSE
Dra. Elyda Gonçalves
@professoraelydadelima
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ANCILOSTOMÍASE
Reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Strongylida
Família: Ancylostomatidae
Gênero: Ancylostoma e NecatorR
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(COMITÊ DE SISTEMÁTICA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE PROTOZOOLOGIA)
Cerca de 900 milhões de 
pessoas são parasitadas por 
A. duodenale e N. americanus, 
desta população, 60 mil 
morrem anualmente.
Dentre mais de 100 espécies de Ancylostomidae descritas,
apenas 3 são agentes etiológicos das ancilosmoses humanas:
- Ancylostoma duodenale (Dubini, 1843),
- Necator americanus (Stiles, 1902),
- Ancylostoma ceylanicum (Loss, 191 1).
ANCILOSTOMÍASE
Mundo: 0,6 bilhões (Hotez et al. 2008) 
75% Necator, 25% Ancylostoma 
ANCILOSTOMÍASE
• No Brasil há 3500 anos (múmias). 
• Primeiro Ancylostoma (da Ásia), depois Necator
(dos escravos da África). 
• Atualmente é mais frequente infecção por 
Ancylostoma, especialmente na área rural 
• Regiões do Pará, Maranhão, Piauí, São Paulo (áreas 
do interior e litoral com 70-80% de positivos) 
ANCILOSTOMÍASE
• Aproximadamente 1 cm 
• Cápsula bucal 
• Habitat: intestino delgado 
• 5.000 a 20.000 ovos/dia
(Necator ~9.000, Ancylostoma ~20.000) 
• Vivem de 1 a 5 anos 
Larva rabditóide
Larva filarióide
ANCILOSTOMÍASE
Ancylostoma duodenale
(agkylos agkylos =ganchos) 
Necator americanus
(do latim: matador)
ANCILOSTOMÍASE
• MORFOLOGIA:
Ancylostoma duodenale
• Adulto
Descrição: (aspecto, cor, cápsula bucal)
Fêmea: 10-18 mm. 
Macho: 8 - 11 mm. 
Ancylostoma: 
dentes
ANCILOSTOMÍASE
• MORFOLOGIA:
Necator americanos
• Adulto
Descrição: (aspecto, cor, cápsula bucal)
Fêmea: 9-11 mm 
Macho: 5-9 mm 
ANCILOSTOMÍASE
• MORFOLOGIA:
• Ovos: em média 60 x 40 μm
CICLO BIOLÓGICO 
• Ciclo evolutivo: 
monoxênico
TRANSMISSÃO
• Via oral
• Via transcutânea
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Etiologia primária: 
• Amarelão (anemia, coceira, tosse e dor abdominal)
• Etiologia secundária:
• Problemas pulmonares 
• Intestinos
• Dilacerações 
• Infecções 
• Modificação das pregas intestinais 
• Perda de sangue: -30 (Necator) -260 µl (Ancylostoma) 
dia/verme
Período de Incubação: Semanas ou meses
após a infecção inicial.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Diagnóstico
Clínico
Laboratorial
EPF por meio dos métodos de 
Lutz, Willis ou Faust, 
realizando-se, também, a 
contagem de ovos pelo 
Kato-Katz.
- Mebendazol
-Albendazol
-Levamisol
-Pirantel
-Reposição de Fe 
Tratamento
PROFILAXIA
• Saneamento, 
• Educação sanitária, 
• Suplementação alimentar, 
• Uso de anti-helmínticos, 
• Produção de vacina.
FILARIOSE LINFÁTICA
Dra. Elyda Gonçalves
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FILARIOSE LINFÁTICA: Wuchereria
bancrofti
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Spirurida
Família: Onchocercidae
Gênero: Wuchereria 
Espécie: Wuchereria bancroftiR
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(COMITÊ DE SISTEMÁTICA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE PROTOZOOLOGIA)
São vermes finos e 
delicados, encontrados nos
vasos linfáticos, vasos 
sanguíneos, tecido 
subcutâneo
Ordem Spirurida→ parasitam ↑espécies (mamíferos, aves, répteis)
3 espécies causam a filariose linfática humana:
Wuchereria bancrofti (Cobbold, 1877), 
Brugia malayi (Ásia)
Brugia timori
FILÁRIAS
• Fusiformes, alongadas e não segmentadas 
• ♂ e ♀ (♀ 2x ♂ )
• MORFOLOGIA
• Adulto 
• corpo delgado e branco-leitoso
• ♀ 8 - 10cm, ♂ 2 - 4cm 
• Vivem 5 - 10 anos
• Microfilaria (embrião - 250 a 300μm)
• Larva (encontradas no inseto)
• 4 estágios larvais 
• Vivíparas (geram microfilárias) 
• Vetor invertebrado hematófago 
• Multiplicação no hospedeiro vertebrado 
DESENVOLVIMENTO DAS 
MICROFILÁRIAS NO ÚTERO DA FÊMEA
E = “membrana do ovo” (sem casca)—bainha da microfilária em algumas spp 
(Wuchereria)
DESENVOLVIMENTO DAS 
FILÁRIAS
FILARIOSE LINFÁTICA
• Filariose ou Filaríase linfática, Elefantíase
• Origem: Ásia- África- (escravos)- América
• Principais agentes etiológicos: 
• Wuchereria bancrofti no Brasil
• Brugia malayi na Ásia
• O homem é o único hospedeiro definitivo 
• EPIDEMIOLOGIA
• 1,4 bilhões de indivíduos em risco 
• 120 milhões de indivíduos infectados 
• 40 milhões de indivíduos incapacitados ou desfigurados
PREVALÊNCIA DA FILARIOSE LINFÁTICA
73 países (WHO) BR: urbano- Norte, NE- Belém, Recife, Jaboatão, Olinda, 
Maceió
TRANSMISSÃO
• Deposição de larvas infectantes na 
pele das pessoas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Há 4 principais formas clínicas da filariose linfática: 
• Assintomática ou doença subclínica (são aqueles com 
microfilárias no sangue mas sem sintomatologia aparente) 
• Manifestações agudas (linfangite retrógrada, adenite, febre 
e mal-estar)
• Manifestações crônicas (linfedema, hidrocele, quilúria e 
elefantíase); 
• Eosinofilia pulmonar tropical (EPT)(síndrome caracterizada por 
sintomas de asma brônquica)
Casos de elefantíase de 
Kagoshima (Kyushu, Japão)
L1
L3
TRATAMENTO
• DEC (dietilcarbamazina)10-14 dias
• oral, mais usada. Ação depende do sistema imune. 
Altera metabolismo do ácido aracdônico na 
microfilária e no endotélio 
• Microfilaricida (90%), efeitomenor sobre 
adultos, alguns efeitos colaterais. 
• DEC+ Ivermectina, DEC+ albendazol –
microfilaricida. 1 dose 
• Ivermectina- agonista de GABA. 
• Casos complicados: Drenagem e cirurgia
PROFILAXIA
• Tratamento doentes (medida de maior impacto)
• Combate ao inseto vetor
• inseticidas para mosquitos e larvas 
• controle biológico larvas (peixes larvófagos, Bacillus) 
• telas domésticas e mosquiteiros (com piretróides)
LARVA MIGRANS
Dra. Elyda Gonçalves
@professoraelydadelima
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LARVA MIGRANS CUTÂNEA 
(LMC)
Larva migrans cutânea 
Larva migrans visceral 
Larva migrans ocular
NÃO COMPLETAM 
SEU CICLO
REALIZAM 
MIGRAÇÕES
Hospedeiro “errado” 
Larva migrans cutânea (LMC) 
“Bicho geográfico”
• Também denominada dermatite 
serpiginosa e dermatite pruriginosa
• Principais agentes e ológicos → 
larvas de Ancylostoma braziliense e 
A. caninum (intestino delgado de 
cães e gatos) 
• Penetram pela pele e migram no 
tecido subcutâneo 2-5cm/dia
CICLO BIOLÓGICO
larva L1
Larva Migrans L3 
infectante
SOFRE 2 
MUDAS 
EM 7 DIAS
2 SEMANAS 
ATINGEM FASE 
ADULTA
SINTOMAS
• Momento da penetração pode passar despercebido 
ou ser acompanhado de eritema e prurido
• No local da penetração aparece primeiramente uma 
lesão eritemopapulosa que evolui para um aspecto 
vesicular.
• Prurido 
As partes do corpo atingidas com mais frequência são aquelas 
que entram em maior contato com o solo (pés, pernas, nádegas, 
mãos)
*Casos mais graves há comprometimento pulmonar apresentando 
sintomas alérgicos (síndrome de Löefler).
TRATAMENTO E PROFILAXIA
TRATAMENTO
PROFLAXIA
Tiabendazol tópico
Mebendazol
Albendazol• Conscientização 
populacional no sentido 
de não levar esses animais 
a locais públicos e realizar 
neles exames 
parasitológicos, 
acompanhados do 
tratamento adequado.
• Evitar o contato com a 
areia ou terra, utilizando-
se proteções como 
chinelos, sapatos, toalhas, 
etc.
Larva migrans visceral
• Agentes es ológicos → Toxocara canis ou Toxocara 
catis
• Habitat: Intestino delgado de cães e gatos (Parecido 
com Ascaris) 
• 200 mil ovos por dia
CICLO BIOLÓGICO
Larva migrans visceral
• Transmissão se dá pela Ingestão de ovos com 
larvas L3 
• Corrente sanguínea e órgãos: granulomas
• Fígado> pulmões> cérebro> olhos> gânglios
• Geralmente assintomática ou autolimitada
• Casos fatais
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
Clínico
Laboratorial
Sorologia (ELISA), 
radiológico, biópsia 
de fígado
Tiabendazol, albendazol e 
dietilcarbamazina (DEC) 
Corticosteróides 
(inflamação)
PROFLAXIA
• Tratamento periódico cães e gatos 
• Proteção parques infantis 
• Redução cães e gatos vadios 
• Higiene
ARTRÓPODES VETORES 
DOENÇAS CAUSADAS POR DÍPTEROS
Dra. Elyda Gonçalves
FILO ARTHROPODA
• Arthropoda=( podos=pés; arthro=articulação)
• Invertebrados metazoários, triploblásticos, 
celomados, simetria bilateral.
• Corpo segmentado (ao menos nas fases imaturas) e 
apêndices articulados
FILO ARTHROPODA
• Filo com maior número de indivíduos
• Divididos em 5 classes, sendo 3 com importância 
médica:
• Insecta
• Aracnida
• Crustacea
Características gerais dos 
artrópodes 
• Exoesqueleto quitinoso (cutícula)
Características gerais dos 
artrópodes
• Epicutícula: proteína e cera; 
• Exo e endocutícula: quitina 
(polímero da N-acetilglicosamina) e 
proteína);
Características gerais dos 
artrópodes
O exoesqueleto reduz 
perda de água e dá 
sustentação, mas 
impede que o animal 
cresça, exigindo um 
processo específico 
para que o crescimento 
seja possível: a ecdise 
(ou muda).
Características gerais dos artrópodes
• Ecdise: 
controlada 
hormonalme-
nte
Classe Insecta
• Artrópodes que apresentam o corpo subdividido 
em cabeça, tórax e abdome
Morfologia Externa
Tipos de aparelhos bucais: 
Desenvolvimento
• Ecdises: mudança de 
estágio do ciclo de 
vida.
• 3 diferentes tipos de 
desenvolvimento em 
insetos: ametabolia, 
hemimetabolia e 
holometabolia.
Ametabolia
• Sem metamorfose. 
• Formas jovens são semelhantes aos adultos. 
Exemplo: Ordem Thysanura - traças
Hemimetabolia
• Metamorfose incompleta.
• Insetos que passam pelas formas de 
ovo→ ninfa→ adulto
Exemplo: Ordem Odonata – libélulas 
Ordem Hemiptera – percevejos
Holometabolia
• Metamorfose completa. 
• Insetos que passam pelas fases de 
ovo→ larva→ pupa→ adulto
Exemplos: Ordens Diptera (moscas e mosquitos) e 
Siphonaptera (pulgas)
Vetores Mecânicos
Moscas (Diptera) sinantrópicas das famílias Sarcophagidae, 
Muscidae e Calliphoridae
Bactérias, Fungos, Vírus, Protozoários – cistos, Helmintos - ovos) 
Miíase
Família Cuterebridae e Família Sarcophagidae
Dermatobia hominis e Cochliomyia macellaria→ Miíase
Miíase é considerada uma zoodermatose caracterizada 
pelo acometimento da pele ou orifícios por larvas de 
moscas.
• Larvas secretam enzimas proteolíticas 
• Ferimento aumenta de tamanho 
• Decomposição de material no ferimento
Miíase
Classificam-se em: 
• Obrigatórias (primárias ou biontófagas -
oviposição somente em seres vivos) 
• Facultativas (secundárias ou necrobiontófogas -
oviposição em tecidos necrosados ) 
• Pseudomiíase (acidental)
As moscas responsáveis por 
esta condição preferem um 
ambiente quente e úmido.
Miíase
• Miíase Primária: Causada pela larva de Dermatobia 
hominis (mosca berneira) ou raramente pela 
Callitroga americana. 
• Miíase Secundária: Causada por larvas de 
Callitroga macelária e espécies do gênero Lucília. 
• Pseudomiíase (acidental): Ocorre por ingestão de 
ovo e/ou larvas de dípteros presentes em alimentos 
contaminados.
TRATAMENTO E CONTROLE
TRATAMENTO
CONTROLE
• Limpar ferimento (com 
anestesia local) 
• Remoção individual das 
larvas 
• Aplicação de um 
antibiótico de largo espectro 
• Limpeza do ambiente 
• Tratamento dos 
animais: 
castração/descorna do 
gado no inverno 
• Tratamento do gado 
com 
Ivermectina/Doramectin
a para diminuir a 
densidade populacional 
das moscas
• Condições hospitalar

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