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Copia de PRESCRICAO DE EXERCICIOS FISICOS PARA TERCEIRA IDADE^J PORTADORES DE DCNT E HAS^

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIDOMBOSCO
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA TERCEIRA IDADE, PORTADORES DE DCNT E HAS.
CURITIBA
2022
A prescrição de exercício físico deve ser encarada como um procedimento em que se recomenda um programa de exercícios de forma sistemática e individualizada, segundo as necessidades e preferências de cada pessoa, com a finalidade de obter os maiores benefícios com os menores riscos.
O processo de envelhecimento evidencia mudanças na composição corporal, isto é, uma diminuição de massa muscular e aumento da gordura corporal, tendo como consequência a redução de força, perda da densidade óssea, além da diminuição da agilidade, coordenação, equilíbrio, flexibilidade, alterações na marcha e mobilidade articular. Essas mudanças associadas ao baixo nível de exercícios físicos nos idosos levam ao declínio da capacidade funcional. Então, a prescrição de exercícios par idosos deve ser direcionada as alterações provocadas pelo envelhecimento.
Benefícios dos exercícios físicos para os idosos:
· Melhorar a aptidão física
· Manutenção da massa muscular e densidade óssea 
· Ganhar de força global
· Reduzir as alterações de equilíbrio 
· Estimular a agilidade e avds, 
Teste de sentar e levantar:
Para avaliar a capacidade funcional cada vez mais se usa o teste sit-to-stand (STS) de 1 minuto, que avalia quantas vezes por minuto um indivíduo é capaz de se levantar e sentar em uma cadeira padronizada para a altura.
O teste sit-to-stand (STS) de 1 minuto é um teste rápido de condicionamento físico, exigindo pouco equipamento ou espaço que é cada vez mais usado em populações saudáveis ​​e naquelas com doença crônica (HAILE et al. 2021).
O teste sit-to-stand (STS) de 1 minuto pode ser válido para medir a capacidade de exercício após reabilitação (FERNANDES et al. 2021). 
O teste sit-to-stand (STS) de 1 minuto é previamente avaliado em adultos, especialmente naqueles com condições crônicas, como doença pulmonar obstrutiva (DPOC), ou fibrose cística (HAILE et al. 2021).
O 1STST é aceito como uma ferramenta de avaliação para o status funcional e risco de queda previsão dos idosos.
 
1. Qual o objetivo do teste?
O teste é uma alternativa viável, sendo um teste simples de fácil aplicação, com o objetivo de mensurar a força muscular periférica dos membros inferiores, avaliar a capacidade física em idosos, demonstrando sua confiabilidade para avaliar o sistema cardiorrespiratório e doenças respiratórias , podendo ser usado um espaço reduzido para a realização do teste.
2. Como fazer o teste?
É realizado com o uso de uma cadeira de altura padrão (cerca de 46cm), sem utilizar o apoio de braço. Antes de iniciar o teste o avaliador deverá aferir a pressão do paciente.
O paciente deverá se sentar na cadeira com a coluna ereta, com os joelhos e quadris flexionados em 90º, os pés apoiados no chão levemente separados na linha do quadril, os braços mantidos cruzados na frente do tronco.
O avaliador deverá solicitar que o paciente realize repetições de ficar em pé com joelhos e quadris estendidos e em seguida retornar à posição inicial, realizando o movimento repetidamente em velocidade segura e confortável, o teste é realizado por 60 segundos, sendo cronometrado pelo avaliador.
Após o teste, o avaliador deverá novamente aferir a pressão do paciente.
3. Aplicabilidade?
Avalia o desempenho físico em pacientes saudáveis, sedentários, tabagistas, obesos, idosos, com doenças cardiovasculares e respiratórias. O teste avalia a mobilidade das articulações dos membros inferiores, o equilíbrio, a coordenação motora, a força muscular, e a capacidade cardiopulmonar. 
4. Valores de Referência?
Rev. Bras. Med Esporte _ Vol. 7, Nº 2 – Mar/abr., 2001
Com a identificação do nível de aptidão e desempenho do indivíduo, proporciona prescrições de exercícios direcionados a sua necessidade, com maior efetividade e segurança no plano de treinamento.
Prescrição de exercícios cardiorrespiratórios:
. a intensidade do esforço físico deve corresponder a 50 a 70% FCmáx.
. realizar de 3 a 5 vexes na semana
. exercícios aeróbicos, como: nadar, pedalar, caminhadas, corridas.
Exercícios de força:
. realizar de 2 a 3x na semana, com 48 horas de intervalo para recuperação muscular.
. recomendação de 8 a 10 exercícios entre 08 a 12 repetições, para ganho de força.
.exercícios multiarticulares, com grandes grupos musculares.
“De uma forma global, ao deixarmos de lado os objetivos atléticos, observa-se que há um grande número de pessoas procurando as academias, visando a priori uma preparação física, pois, vem sendo pelos estudiosos cada vez mais indicado o treinamento de força, por que este, além de induzir o aumento de massa muscular, a musculação contribui para a aptidão física, melhora da capacidade metabólica, estimulando a redução da gordura corporal; aumento de massa óssea, leva a mudanças extremamente favoráveis na composição corporal; propiciam as adaptações cardiovasculares necessárias para os esforços curtos repetidos e relativamente intensos; e melhoram a flexibilidade e a coordenação, além de contribuir para evitar quedas em pessoas idosas” (SANTARÉM, 2012).
Exercícios de flexibilidade, agilidade e equilíbrio, respectivamente:
.realizar de 2 a 3x na semana, média de 30 minutos.
. recomendação de 3 a 5 repetições , para manutenção de ADM e mobilidade articular.
. realizar 10 a 15 minutos de exercícios de agilidade, deslocamentos, mudanças de direção, com media intensidade.
.realizar 10 a 15 minutos de exercícios de equilíbrio, com bases instáveis, funcionais, unipodal, de baixa a média intensidade, para ganho de estabilidade e controle corporal.
DCNT- HAS
Os processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional, a urbanização e o crescimento econômico e social contribuem para o maior risco de desenvolvimento de doenças crônicas na população. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são, globalmente, as principais causas de mortalidade. As que mais acometem a população são as doenças do aparelho circulatório, neoplasias malignas, diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas. No Paraná, considerando os últimos dez anos, esse conjunto de doenças correspondeu a 59% de todas as mortes e 43% desses óbitos ocorreram na faixa etária de 30 a 69 anos.
Hipertensão Arterial Crônica( HAS), na maior parte dos casos não apresenta sintomas, e acontece quando a pressão arterial está igual ou acima de 140mmHg, por 90mmHg, isto é, “14 por 9”.
Ela aumenta significativamente o risco de infartos, acidentes vasculares cerebrais e insuficiência cardíaca. No Brasil está relacionada ás principais causas de mortalidade, além de outras complicações como aneurismas e insuficiência renal.
O exercício físico é uma das principais terapêuticas utilizadas para o paciente hipertenso, pois reduz a pressão arterial (PA) e os fatores de risco cardiovasculares, diminuindo a morbimortalidade.
O efeito protetor do exercício físico vai além da redução da pressão arterial, estando associado à redução dos fatores de risco cardiovasculares e à menor morbimortalidade, quando comparadas pessoas ativas com indivíduos de menor aptidão física.
Segundo os estudos: Nas últimas décadas, o EF tem sido incorporado como uma das principais terapêuticas do paciente hipertenso, associada ao tratamento medicamentoso e às modificações de hábitos alimentares e comportamentais.7
O exercício físico (EF) é uma atividade física planejada, estruturada e repetitiva, que tem como objetivo final ou intermediário aumentar ou manter a saúde e a aptidão física, podendo propiciar benefícios agudos e crônicos. Dentre eles destacam-se a melhora no condicionamento físico; a diminuição da perda de massa óssea e muscular; o aumento da força, coordenação e equilíbrio; a redução da incapacidade funcional, da intensidade dos pensamentos negativos e das doenças físicas; e a promoção da melhoria do bem-estar e do humor, além da redução da pressão arterial (PA) pós-exercício em relação aos níveis pré-exercício. (NOGUEIRA, INGRID-2011).
 Benefíciosdos exercícios físicos para portadores de DNCT e HAS:
. Os mecanismos que ligam o exercício físico à prevenção e ao tratamento de doenças crônicas e a incapacidade funcional envolvem:
.redução da gordura corporal
. queda na pressão arterial
. melhora do perfil lipídico e da sensibilidade a insulina
.aumento do gasto energético
. ganho de massa e de força muscular
. melhora da capacidade cardiorrespiratória.
Prescrição dos exercícios:
. Frequência de 3 a 4 x na semana, com intensidade moderada, geram redução na pressão arterial
. exercícios aeróbicos associados com exercícios resistidos com carga moderada.
. circuitos e treinamentos metabólicos também trazem benefícios na redução da pressão arterial e redução do peso corporal.
Em relação à combinação dos Exercícios Físicos , foi possível constatar que a utilização de um programa de treinamento físico baseado em aeróbios associados a de resistência (circuito com pesos) resultou em reduções significativas na Pressão Arterial Média e Frequência Cardíaca de repouso, sendo superior à realização das modalidades de exercício de forma isolada, corroborando as recomendações da VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial.
A prática de atividade física pode prevenir o surgimento precoce, atuar no tratamento de diversas doenças metabólicas e interferir positivamente na capacidade funcional de adultos e idosos e de portadores de doenças crônicas não transmissíveis.
 A longevidade é cada vez mais estendida nos seres humanos devido a diversos fatores, e um desses fatores sem dúvida é a qualidade de vida, onde o exercício físico está inserido como parte essencial para a aquisição de hábitos saudáveis que proporcionem mais saúde para as pessoas.
Referências:
1. https://periodicos2.uesb.br/index.php/rsc/article/view/58/37 Prescrição do exercício físico para idosos.
2. RICARDO DR; ARAUJO CGS, Teste de sentar-levantar; influência do excesso de peso corporal em adultos. Revista Bras. Med Esporte, v.7, n.2, p.45-51, 2001.
3. NOGUEIRA, Ingrid Correia, et al. Efeitos do exercício físico no controle da hipertensão arterial em idosos. Revista Bras. Geriatr. Gerontol, p.587-601, 2012.
4. https://www.saude.pr.gov.br Doenças crônicas e agravos não transmissíveis.
5. COELHO, Christianne de Faria; BURINI, Roberto Carlos, Atividade Física para prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis e da incapacidade funcional. Revi. Nutr. Campinas, 22(6):937-946, 2019.

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