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Tutoria SP2 motor envenenado

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UCIII: metabolismo 
Tutoria: 
SP2: motor envenenado 
Lipídios: Substâncias hidrofóbicas que, por hidrólise, 
fornecem ácidos graxos e outros compostos 
São Classificados em dois grandes grupos quanto ao 
seu ponto de Fusão: 
➢ Gorduras: glicerídeos de ácidos saturados, são 
"sólidas" à temperatura ambiente e produzidas 
por animais 
➢ Óleos: glicerídeos de ácidos insaturados, são 
líquidos à temperatura ambiente e produzidas 
por plantas 
E dois grandes grupos quanto a sua cadeia: 
➢ Saturados: não possuem dupla ligação, são 
sólidos à temperatura ambiente e vem dos 
animais, fica retinho 
➢ Insaturados: possuem dupla ligação cis ou trans, 
podem ser mono ou poli, estão líquidos a 
temperatura ambiente, fica dobrado no local 
em que aconteceu a ligação, é mais saudável 
Classificação quanto ter ou não ácidos graxos: 
➢ Possuem: glicerídeos, ceras, fosfolipídios, 
esfingolipídios, glicolipídios 
o .Triglicerídeos: formados por ácidos graxos e 
armazenados nos adipócitos, serve para 
proteção e isolamento térmico (3 ácidos 
graxos + 1 glicerol). 
➢ Não possuem: terpenos, esteróides, 
carotenóides 
Função: 
➢ Reserva de energia e combustível celular 
➢ Formação das membranas celulares 
(fosfolipídios e glicolipídios) 
➢ Isolamento e proteção de órgãos: 
Impermeabilizante (ceras) e Isolante térmico 
➢ Hormonal (esteróides) 
➢ Anti-oxidante (Vitaminas A e E) 
➢ Digestiva (sais biliares, o percursor é o 
colesterol) 
Colesterol: produzido no citosol e no retículo 
endoplasmático, principalmente do fígado. O colesterol é 
necessário para a construção e manutenção da célula, 
além de regular sua fluidez em diversas faixas de 
temperatura. Serve como precursor dos ácidos biliares, 
e ajuda na fabricação de sais da bile, armazenada na 
vesícula biliar. Esses sais auxiliam na digestão da gordura 
proveniente da dieta. É ainda o precursor dos 
hormônios esteroides, responsável por formar vários 
hormônios que incluem o cortisol e a aldosterona nas 
glândulas adrenais, e os hormônios sexuais como a 
progesterona, os diversos estrógenos, testosterona e 
derivados. Serve também como fontes de vitamina D3, 
que está envolvida no metabolismo do cálcio e é 
importante para o metabolismo das vitaminas 
lipossolúveis, incluindo as vitaminas A, D, E e K. 
Na fase de desenvolvimento intrauterino, além do 
colesterol por si sintetizado, o feto tem também à 
disposição uma fonte de colesterol materno. Apesar de 
o organismo ter a capacidade de sintetizar toda a 
quantidade necessária para as diversas funções, 
assume-se que um pouco mais de 50% do colesterol 
presente no organismo é proveniente de síntese 
endógena, sendo o restante proveniente da dieta. 
A síntese de colesterol ocorre no citosol e no retículo 
endoplasmático de todas as células nucleadas do 
organismo a partir da acetil-CoA. Com a conversão do 
acetilcoenzima A em citrato para sair da mitocôndria 
Digestão: 
 
➢ Lipase lingual: é secretada pelas glândulas de 
von Ebner da língua. Ao ser deglutida, participa 
do processo de hidrólise das gorduras no 
estômago em associação com a lipase gástrica, 
a qual por sua vez consiste em uma 
glicoproteína cuja secreção é feita pelas células 
principais gástricas, as quais são estimuladas 
pela gastrina. Elas sofrem ativação em valores 
de pH > 4, o que faz com que também sejam 
conhecidas como lipases ácidas. Elas possuem a 
função de hidrolisar os triacilglicerídeos (TAG) 
em um processo que gera um ácido graxo e 
produz diacilgliceróis. Os grupos carboxílicos 
destes ácidos graxos, no ambiente acídico do 
estômago, são protonados e insolúveis, 
permanecendo no interior das gotículas de 
gordura. Como as lipases hidrolisam os TAG 
com cadeias médias e curtas de ácidos graxos, 
estas espécies químicas protonadas são menos 
lipossolúveis e podem atravessar a mucosa 
gástrica, entrando diretamente na circulação 
porta. (+ movimentos peristálticos) 
➢ Colecistocinina (Duodeno): é um hormônio 
gastrointestinal que tem o potencial de 
estimular a contração da musculatura lisa da 
vesícula biliar e de provocar o relaxamento do 
esfíncter de Oddi (o que propicia, como 
consequência, a secreção da bile para o 
duodeno), além de ter a capacidade de 
estimular a secreção das enzimas pancreáticas 
(CCK + secretina) lançadas no duodeno. 
➢ Lipase pancreática: continua a hidrólise lipolítica 
no intestino delgado 
➢ Gotas de gorduras emulsificadas: entram em 
contato com os sais biliares (provenientes da 
secreção da vesícula biliar) e na forma micelar 
têm sua emulsificação acentuada. Isso provoca 
um aumento mais expressivo da área 
superficial das gorduras disponíveis para a ação 
lipolítica 
Absorção:Após a digestão, os ácidos biliares 
transportam as gorduras degradadas para o 
revestimento intestinal, onde podem ser absorvidas. Os 
sais biliares também são importantes na regulação do 
colesterol. Os sais biliares, que são feitos de colesterol, 
são tipicamente reciclados pelo corpo. 
➢ Fase aquosa lumial do intestino delgado: as 
micelas mistas possuem a capacidade de 
carregar os produtos da hidrólise lipídica através 
da superfície luminal do jejuno, liberando dessa 
forma os monômeros que penetram os 
enterócitos, onde os produtos da hidrólise 
lipídica sofrem reesterificação e formam os 
quilomícrons (difusão simples) 
➢ Reesterificação: O colesterol é reesterificado 
nos enterócitos, resultando os ésteres de 
colesterol. A quantidade de colesterol absorvido, 
livre e reesterificado, depende da quantidade de 
colesterol da dieta. Quando a sua ingestão 
diminui, eleva-se a quantidade de colesterol livre 
na linfa 
➢ Condução dos quilomícrons à circulação 
sistêmica: devido ao seu tamanho eles não 
conseguem penetrar nas fenestras dos 
capilares sanguíneos das vilosidades intestinais, 
mas atravessam os canais interendoteliais do 
capilar linfático ou lácteo, que se originam nos 
ápices das vilosidades e descarregam seu 
conteúdo em cisternas. Então, em seguida a 
linfa flui destas cisternas ao ducto torácico, 
desembocando, finalmente, na circulação 
sistêmica, via veia subclávia esquerda. 
(normalmente sai como quilomícron ou se for 
pequena por difusão) 
 
Transporte e armazenamento: 
 
A maior parte da gordura ingerida é organizada dentro 
do epitélio intestinal na forma de lipoproteínas e 
complexos de lipídeos, chamados de quilomícrons. Eles 
deixam o intestino e entram na circulação venosa 
através sistema linfático. Os quilomícrons entram nos 
vasos linfáticos a partir das vilosidades intestinais e são 
carregados pela linfa até o sangue venoso e, então, 
para a circulação sistêmica. Uma vez que esses lipídeos 
começam a circular no sangue, a enzima lipase 
lipoproteica (LLP) liga-se ao endotélio capilar dos 
músculos, e o tecido adiposo converte os triacilgliceróis 
em ácidos graxos livres e em glicerol. Essas moléculas 
podem, então, ser utilizadas para a geração de energia 
pela maioria das células ou reorganizadas em 
triacilgliceróis para estoque no tecido adiposo e 
muscular. O quilomícron remanescente que permanece 
na circulação é captado e metabolizado pelo fígado, o 
colesterol dos remanescentes junta-se ao pool de 
lipídeos do fígado. Se o colesterol está em excesso, 
uma parte pode ser convertida em sais biliares e 
excretada na bile. 
➢ VLDLs transportam os triglicerídios sintetizados 
nos hepatócitos para serem armazenados pelos 
adipócitos. Assim como os quilomícrons, elas 
perdem seus triglicerídios conforme sua apoC2 
ativa a lipase endotelial de lipoproteínas e os 
ácidos graxos resultantes são captados pelos 
adipócitos para serem armazenados ou pelas 
células musculares para a produção de ATP. 
Conforme elas depositam uma parte de seu 
conteúdo de triglicerídios nos adipócitos, as 
VLDLs são convertidas em LDL. 
➢ LDL carregam cerca de 75% do colesterol 
total no sangue e o entregam às células em 
todo o corpo para que seja utilizado no reparo 
das membranas celulares e na síntese de 
hormônios esteróides e de sais biliares. As LDLscontém uma única apoproteína, a apo B100, 
que é a proteína de atracação que se liga aos 
receptores de LDL nas membranas plasmáticas 
das células do corpo de modo que a LDL 
possa entrar na célula por endocitose mediada 
por receptor. Dentro da célula, a LDL é clivada 
e o colesterol é liberado para atender às 
necessidades da célula. Uma vez que a célula 
tenha colesterol suficiente para as suas 
atividades, um sistema de retroalimentação 
negativa inibe a síntese de novos receptores 
de LDL pela célula. 
➢ HDL remove o excesso de colesterol das 
células do corpo e do sangue e transportam o 
colesterol para o fígado para que seja eliminado. 
 
Lipoproteínas: 
➢ Quilomícrons: são formados nas células epiteliais 
da túnica mucosa do intestino delgado, 
transportam os lipídios da dieta para serem 
armazenados no tecido adiposo. Eles contêm 
cerca de 1 a 2% de proteínas, 85% de 
triglicerídios, 7% de fosfolipídios e 6 a 7% de 
colesterol, além de uma pequena quantidade de 
vitaminas lipossolúveis. 
➢ As lipoproteínas de densidade muito baixa 
(VLDL): são formadas pelos hepatócitos, 
contêm principalmente lipídios endógenos 
(produzidos no corpo). As VLDLs contêm 
cerca de 10% de proteínas, 50% de 
triglicerídios, 20% de fosfolipídios e 20% de 
colesterol. 
➢ As lipoproteínas de baixa densidade (LDL): 
contêm 25% de proteínas, 5% de triglicerídios, 
20% de fosfolipídios e 50% de colesterol. 
Quando presente em quantidades excessivas, a 
LDL também deposita colesterol dentro e ao 
redor das fibras musculares lisas das artérias, 
formando placas gordurosas que aumentam o 
risco de doença da artéria coronária . Por esse 
motivo, o colesterol contido na LDL, é 
conhecido como o “mau”colesterol. Como 
algumas pessoas possuem poucos receptores 
de LDL, suas células removem a LDL do 
sangue com menos eficiência e, como 
resultado, seus níveis plasmáticos de LDL são 
anormalmente altos e elas estão mais 
propensas a desenvolverem placas gordurosas. 
A ingestão de uma dieta com grande 
quantidade de gordura aumenta a produção de 
VLDL, que aumenta o nível de LDL e aumenta 
a formação das placas gordurosas. 
➢ As lipoproteínas de alta densidade (HDL): 
contém 40 a 45% de proteínas, 5 a 10% de 
triglicerídios, 30% de fosfolipídios e 20% de 
colesterol, Como a HDL evita o acúmulo de 
colesterol no sangue, um alto nível de HDL 
está associado a menor risco de doença da 
artéria coronária. Por esse motivo, o colesterol 
HDL é conhecido como o “bom” colesterol. 
 
síntese de lipídios: O corpo pode produzir colesterol 
a partir da acetil-CoA em uma série de reações em 
cadeia. Quando o anel da estrutura do colesterol é 
formado, este é facilmente utilizado pelas células para a 
síntese de hormônios e de outras substâncias 
esteroides. Outras gorduras são necessárias para a 
estrutura e o funcionamento das células, como os 
fosfolipídeos, os quais também são sintetizados a partir 
de outras fontes que não lipídeos, durante o estado 
alimentado. É no retículo endoplasmático liso que 
ocorrem os estágios da fosforilação que convertem 
triacilgliceróis em fosfolipídeos. O excesso na ingestão 
de glicose e de proteína leva à síntese de triacilgliceróis, 
uma importante etapa do metabolismo no estado 
alimentado. O glicerol pode ser sintetizado a partir da 
glicose ou de intermediários da glicólise . Os ácidos 
graxos são sintetizados a partir de grupamentos acetil--
CoA quando a enzima citosólica ácido graxo sintase une 
os grupos acil de 2-carbono em cadeias de carbono 
mais longas. Esse processo também requer hidrogênios 
e elétrons de alta energia do NADPH. A combinação de 
glicerol com ácidos graxos para formar triacilglicerol 
ocorre no retículo endoplasmático liso 
 
Processo para obter energia a partir de lipídios: 
Quando o corpo no estado de jejum necessita utilizar 
os estoques de energia, as lipases degradam os 
triacilgliceróis em glicerol e em ácidos graxos livres por 
meio de uma série de reações, denominada lipólise. O 
glicerol sintetizado a partir da lipólise entra na via da 
glicólise, posteriormente formando piruvato e ATP, 
assim como as moléculas de glicose comuns. As longas 
cadeias de ácidos graxos são mais difíceis de gerarem 
ATP. A maioria dos ácidos graxos precisa 
primeiramente ser transportada do citosol para a matriz 
mitocondrial. Uma vez na matriz, os ácidos graxos são 
lentamente desacoplados em duas unidades de carbono 
por vez, até o fim da cadeia, em um processo 
chamado de beta-oxidação. Na maioria das células, as 
unidades de dois carbonos dos ácidos graxos são 
convertidas em acetil-CoA, cuja unidade acil com dois 
carbonos alimenta diretamente o ciclo do ácido cítrico. 
Uma vez que muitas moléculas de acetil-CoA podem 
ser produzidas a partir de um único ácido graxo, os 
lipídeos contêm 9 kcal de energia armazenada por 
grama, comparados com 4 kcal por grama das 
proteínas e dos carboidratos. No estado de jejum, o 
tecido adiposo libera ácidos graxos livres e glicerol na 
corrente sanguínea O glicerol será captado pelo fígado, 
convertendo-se em glicose na via da gliconeogênese. 
Os ácidos graxos serão captados por diversos tecidos e 
utilizados para a produção de energia. No fígado, se os 
ácidos graxos produzirem mais rapidamente 
grupamentos acetil-CoA do que o ciclo do ácido cítrico 
pode os metabolizar, o excesso de unidades acil será 
convertido em corpos cetônicos que tornam-se uma 
significativa fonte de energia para o cérebro em casos 
de jejum prolongado e de glicose baixa, e entram no 
sangue, criando um estado chamado de cetose. O hálito 
de pessoas com cetose tem um odor de fruta causado 
pela acetona. (principalmente hepático e muscular, se 
tiver cadeia longa usar carnitina e gasta 2ATP´s) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A carnitina é um derivado da Lisina. encontrada na 
carne vermelha. (baixos níveis de carnitina levam muitas 
vezes à depósitos de gordura no músculo), se dá por 3 
reações catalisadas por enzimas, iniciando com o 
transporte dos ácidos graxos para a matriz mitocondrial 
transformando-os em Acil-CoA. Já no interior da 
mitocôndria, na última reação a carnitina doa-se o radical 
acil para a Coenzima A regenerando, assim, o Acil-CoA 
graxo 
 
 
Políticas públicas para hipertensão: 
➢ Hiperdia: fornece medicamentos, prevenção e 
controle de hipertensão e diabetes do governo 
federal 
➢ Manual Alimentação Cardioprotetora: mais 
limitado que o guia alimentar 
➢ Guia Brasileiro de atividade física: separado por 
faixa etária e comorbidades 
➢ Programa de educação continuada sobre 
hipertensão arterial e outros fatores de risco 
cardiovascular 
➢ Programa Farmácia Popular do Brasil: foi criado 
com o objetivo de oferecer à população mais 
uma alternativa de acesso aos medicamentos 
considerados essenciais. Nesse sentido, o 
Programa cumpre uma das principais diretrizes 
da Política Nacional de Assistência Farmacêutica.

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