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Tutoria SP4 Waltinho gotoso

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UCIII: metabolismo 
Tutoria: 
SP4: Waltinho “gotoso” 
O catabolismo de proteínas e ácidos nucléicos resultam 
na formação dos compostos nitrogenados não-
proteicos, como: 
➢ Uréia: aminoácidos provenientes do catabolismo 
proteico são desaminados com a produção de 
amônia. Após a síntese hepática, a uréia é 
transportada pelo plasma até os rins, onde é 
filtrada pelos glomérulos. A uréia é excretada na 
urina, embora 40- 70% seja reabsorvida por 
difusão passiva pelos túbulos. Um quarto da 
uréia é metabolizada no intestino para formar 
amônia e CO2 pela ação da flora bacteriana 
normal. Esta amônia é reabsorvida e levada ao 
fígado onde é reconvertida em uréia 
➢ Creatinina: é produzida como resultado da 
desidratação não enzimática da creatina 
muscular, sintetizada no fígado, rim e 
pâncreas e é transportada para as células 
musculares e cérebro, onde é fosforilada a 
creatina-fosfato (substância que atua como 
reservatório de energia). Tanto a creatina-
fosfato como a creatina, em condições 
fisiológicas, espontaneamente perdem o ácido 
fosfórico ou água, para formar seu anidrido, a 
creatinina. A creatinina livre não é reutilizada no 
metabolismo corporal e assim funciona 
somente como um produto dos resíduos de 
creatina. A creatinina difunde do músculo para o 
plasma de onde é removida quase inteiramente 
e em velocidade relativamente constante por 
filtração glomerular. Em presença de teores 
marcadamente elevados de creatinina no 
plasma, parte dela é também excretada pelos 
túbulos renais. 
➢ Ácido úrico: principal produto do catabolismo 
das bases purínicas (adenina e guanina) sendo 
formado, principalmente no fígado, a partir da 
xantina pela ação da enzima xantina oxidase. 
Quase todo o ácido úrico no plasma está na 
forma de urato monossódico 
Transporte do grupo amina para o fígado: 
Dois mecanismos são utilizados em humanos para o 
transporte da amônia dos tecidos periféricos até o 
fígado para sua conversão final em ureia. 
➢ O primeiro utiliza glutamina-sintetase para 
combinar amônia com glutamato e formar 
glutamina – uma forma não tóxica de 
transporte da amônia, ela é transportada no 
sangue para o fígado, onde é clivada pela 
glutaminase para produzir glutamato e amônia. 
O glutamato sofre desaminação oxidativa 
catalisada pela GDH, produzindo amônia e 
cetoglutarato. A amônia é convertida em ureia. 
➢ O segundo mecanismo de transporte envolve a 
formação de alanina pela transaminação do 
piruvato produzido a partir da glicólise aeróbia e 
do metabolismo da succinil-coenzima A, oriunda 
do catabolismo dos aminoácidos de cadeia 
ramificada isoleucina e valina. A alanina é 
transportada pelo sangue para o fígado, onde é 
novamente convertida em piruvato por 
transaminação, pela ALT. O piruvato é utilizado 
na síntese de glicose, que pode ser liberada no 
sangue e ser usada pelo músculo, uma via 
chamada de ciclo da glicose-alanina. O glutamato 
produzido pela ALT pode ser desaminado pela 
GDH, gerando amônia. Desse modo, tanto 
alanina quanto a glutamina podem transportar a 
amônia para o fígado. 
piruvato + 
grupamento 
amina vai formar 
a alanina nos 
músculos. Após a 
formação da 
alanina ela vai ser 
transportada pela 
corrente 
sanguínea até o 
fígado. Nos 
outros tecidos o 
grupamento 
amina + alfa- 
cetoglutarato 
vão formar o 
glutamato + 
grupo amina 
resultando em 
glutamina. No 
fígado quando 
ele mesmo 
quebrar o 
aminoácido o 
grupamento 
amina + alfa- 
cetoglutarato 
formaram o 
glutamato 
 
 
 
 
Ciclo da ureia: É a principal forma de eliminação dos 
grupos amino oriundos dos aminoácidos e perfaz cerca 
de 90% dos componentes nitrogenados da urina. Um 
átomo de nitrogênio da molécula de ureia é fornecido 
pela amônia livre, e o outro nitrogênio é fornecido pelo 
aspartato, o carbono e o oxigênio são derivados do 
CO2. A ureia é produzida pelo fígado e então 
transportada pelo sangue até os rins, para ser 
excretada na urina. 
 
A alanina sofre transaminação no fígado e libera o seu 
grupamento amina para o alfa-cetoglutarato formando 
glutamato para entrar na mitocôndria, e libera a amônia 
que entrará no ciclo da ureia e a alanina volta a ser um 
piruvato podendo voltar para o início desse processo 
ou ir para o ciclo de krebs formando glicose pela 
gliconeogênese. 
Já a glutamina (dentro da mitocôndria) sofre 
desaminação formando um grupo amina e um 
glutamato que sofre outra desaminação formando 
outro grupo amina 
O glutamato que já está na mitocôndria faz 
desaminação (alfa-cetoglutarato + amônia livre) para 
entrar no ciclo da ureia, se ele estiver no citoplasma vai 
sofrer transaminação passando o grupo amina para o 
oxaloacetato para poder entrar como aspartato no ciclo 
da ureia. 
Dentro da mitocôndria o glutamato também pode 
sofrer transaminação (menos comum) voltando a ser 
um alfa-cetoglutarato e liberando o grupo amina para o 
oxaloacetato para formar aspartato que volta ao citosol 
para entrar no ciclo da ureia 
Pelo citoplasma entra o aspartato e pela mitocôndria 
entra a amônia livre. 
Caracterizações: 
➢ Ácidos nucléicos: são polinucleotídeos. Os 
genes são todas as sequência de ácido nucléico 
que são necessária para a síntese de um 
polipeptídio funcional ou molécula de RNA 
Podem ser: 
• DNA: dupla hélice, localização sub-celular, 
carrega o material genético. Pode ser replicado 
e são importantes para produzir proteínas. As 
cadeias estão organizadas de forma antiparalela 
e unidas por meio de ligações de hidrogênio. 
• RNA: fita simples e podem ser mensageiros, 
transportadores e ribossômicos, fazem a 
síntese de proteínas 
 
➢ Bases nitrogenadas são compostos 
nitrogenados cíclicos, podendo ser purinas ou 
pirimidinas que formam os ácidos nucleicos (+ 
pentose e fosfato), que formam pares de 
bases complementares na dupla hélice de DNA, 
elas fornecem informação para a produção das 
proteínas. As bases nitrogenadas vêm de 
células nucleadas dos alimentos (vegetais, 
animais, bactérias) ou do apoptose das células 
• degradação das purinas: acontece no fígado e 
é dada pela xantina oxidase que forma 
hipoxantina e xantina e depois ácido úrico 
 
• degradação das pirimidinas: formam amônia e 
ureia. 
 
➢ Nucleotídeos: são moléculas formadas por 1 
base nitrogenada, 1 pentose e 1 ou mais 
fosfatos, ligados por meio de ligações 
fosfodiéster. São carreadores de energia 
química em suas ligações fosfoanidrido 
facilmente hidrolisáveis. Estão envolvidos nos 
processos de: obtenção, armazenamento, 
transporte, utilização da energia química nas 
células (ATP/ADP); São Componentes de 
coenzimas; São moléculas sinalizadoras no 
interior das células; São precursores dos ácidos 
nucléicos 
➢ Nucleosídeos: não possuem o fosfato 
 
Gota úrica: A gota é uma doença das articulações, 
causada pela concentração elevada de ácido úrico no 
sangue e nos tecidos. As articulações tornam-se 
inflamadas, doloridas e artríticas devido à deposição 
anormal de cristais de urato de sódio. Os rins também 
são afetados, pois o ácido úrico em excesso se 
deposita nos túbulos renais. A gota ocorre 
predominantemente em pessoas do sexo masculino. 
Sua causa precisa não é conhecida, mas 
frequentemente envolve uma excreção reduzida de 
uratos. A deficiência genética de alguma enzima do 
metabolismo das purinas também pode ser um fator 
em alguns casos. A gota pode ser tratada de maneira 
eficiente por uma combinação de terapias nutricionais e 
farmacológicas. Alimentos especialmente ricos em 
nucleotídeos e ácidos nucléicos, como fígado, frutos do 
mar, bebidas alcoólicas ou produtos glandulares, devem 
ser excluídos da dieta dos pacientes. Um grande alívio 
dos sintomas pode ser obtido pela administração de 
alopurinol, que inibe a xantina-oxidase, a enzima que 
catalisa a conversão de purinas em ácido úrico. Quando 
a xantina-oxidase é inibida, os produtos de excreção do 
metabolismo das purinas são xantina e hipoxantina, que 
são mais hidrossolúveis que o ácido úrico e apresentam 
menor probabilidadede formar depósitos de cristais. 
Pode se usar também colchicina que é um anti-
inflamatório, corticoides, agentes uricosúricos, como 
probenecida ou sulfimpirazona, que aumentam a 
excreção renal do ácido úrico, e são usados nos 
pacientes que excretam baixas quantidades de ácido 
úrico. evitar diuréticos 
 
Metabolismo do álcool: O etanol é absorvido sem 
alteração pelo estômago (30%) e pelo intestino delgado 
(cerca de 65% no duodeno, 5% no cólon). Nos 
indivíduos em jejum a absorção faz-se em 15-20 
minutos. Menos de 10% do volume ingerido é eliminado 
sem alteração pela urina, suor e na respiração, os 90% 
restantes são metabolizados a nível do fígado, quase na 
sua totalidade, no hepatócito 
O álcool é uma pequena molécula, solúvel em água e 
em lipídios sendo desintoxicado e eliminado através de 
uma série de reações oxidativas em que a primeira é 
catalisada por uma enzima, a Álcooldesidrogenase 
(ADH). Quando o indivíduo já é um alcoólico crônico ou 
bebe excessivamente a atividade do ADH é suprimida, 
esse bloqueio traz à tona duas outras vias, “vias de 
recurso”: a via do Sistema Mitocondrial de oxidação do 
etanol (MEOS) e a da catalase. 
➢ ADH: Pode ser dividida em duas fases. A 
primeira fase ocorre ainda no citoplasma, 
iniciada pela enzima alcooldesidrogenase (ADH) 
que converte o etanol em acetaldeído. Em uma 
segunda fase, agora na mitocôndria, a enzima 
aldeído desidrogenase (ALDH) converte o 
aldeído em ácido acético (acetato), que é 
finalmente convertido em dióxido de carbono e 
água, liberando energia. O consumo de etanol 
leva ao acúmulo de NADH, que inibe a 
gliconeogênese, pois impede a oxidação do 
lactato a piruvato, assim ocorre o predomínio 
da reação inversa, com acúmulo de lactato, e 
as consequências podem ser hipoglicemia e 
acidose láctica. Ela também inibe a oxidação de 
ácidos graxos que tem o propósito metabólico 
de gerar NADH para a produção de ATP pela 
fosforilação oxidativa, porém as necessidades 
de NADH do indivíduo que consome álcool são 
supridas pelo metabolismo do etanol. Dessa 
forma, o excesso de NADH sinaliza que as 
condições estão corretas para a síntese de 
ácidos graxos. Como consequência, há acúmulo 
de triacilgliceróis no fígado, o que causa a 
condição de esteatose hepática, que é 
exacerbada nos indivíduos obesos. 
 
➢ MEOS: Nesse mecanismo oxidativo, a 
hemeproteína citocromo P-450 que atua no 
retículo endoplasmático liso é quem irá 
converter o etanol em acetaldeído, há 
consumo de NAD e O2 (podendo levar o 
indivíduo alcoolista crônico à hipóxia) e 
produção de H2O e radicais livres, sendo 
responsável pelo aumento da degradação do 
etanol nestas condições o que irá provocar o 
aumento da concentração de acetaldeído e 
acetato na corrente sanguínea. As mitocôndrias 
hepáticas podem converter o acetato em 
acetil-CoA, em uma reação que necessita de 
ATP. 
Acetato + coenzima A + ATP → acetil-CoA + AMP + 
PPi 
PPi → 2 Pi 
Entretanto, o processamento posterior da acetil-CoA 
pelo ciclo do ácido cítrico é bloqueado, visto que o 
NADH inibe duas enzimas reguladoras importantes do 
ciclo do ácido cítrico. Esse acúmulo de acetil-CoA tem 
várias consequências: 
• Formação de corpos cetônicos, que são 
liberados no sangue, agravando a acidose já 
decorrente das altas concentrações de lactato. 
O processamento do acetato no fígado torna-se 
ineficiente, acumulando assim acetaldeído, o qual forma 
ligações covalentes com muitos grupos funcionais 
importantes nas proteínas, comprometendo a suas 
funções Se o etanol for consistentemente consumido 
em altos níveis, o acetaldeído pode lesionar o fígado de 
modo significativo, provocando morte celular. 
 
➢ Catalase: nos peroxissomos utiliza o peróxido 
de hidrogênio como um substrato, é de menor 
importância, metabolizando não mais do que 
5% do etanol no fígado. Na oxidação do etanol 
mediada pela ADH e a do aldeído acético 
mediada pela ALDH, há transferência de íons 
de hidrogênio do etanol para o cofator 
nicotiamida adenina dinucleotídeo (NAD+ ), 
sendo convertido para sua forma reduzida 
NADH+H+ . Nesses processos, há excesso de 
NADH+ H + na matriz citoplasmática do 
hepatócito, alterando-se a homeostase celular. A 
manifestação mais frequentemente relatada no 
uso excessivo do álcool é o fígado gorduroso. 
A lipogênese aumentada pode ser considerada 
como uma forma das células desfazerem-se do 
excesso de íons hidrogênio. A atividade do ciclo 
do ácido cítrico fica deprimida, pois as 
mitocôndrias utilizam os equivalentes de 
hidrogênio, originadas no metabolismo do 
etanol, como fonte de energia, em detrimento 
dos derivados do metabolismo dos ácidos 
graxos. A diminuição da oxidação dos ácidos 
graxos resulta no acúmulo hepático de lípidos. 
Usa o piruvato para produzir ácido lático para 
desacumular esse processo produzindo mais 
NAD para produzir glicose novamente (se 
parar de beber). O lactato é ácido assim como 
o ácido úrico, assim um Ph mais ácido é 
favorável à produção de cristais e competindo 
pela forma de excreção assim um fica 
acumulado e pode levar a gota úrica

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