Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INOVAÇÕES 
EM ESTÉTICA 
CORPORAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Descrever os principais recursos utilizados no tratamento de fibroedema 
geloide.
 > Identificar as principais indicações e contraindicações em tratamento de 
fibroedema geloide.
 > Reconhecer protocolos e associações em prescrições personalizadas contra 
o fibroedema geloide.
Introdução
Em uma sociedade que valoriza tanto a aparência, o aparecimento das disfunções 
estéticas corporais pode ser motivo de grande frustração e insatisfação, podendo 
resultar, inclusive, em isolamento, baixa autoestima e até depressão. De fato, a 
beleza hoje é considerada um valor social que pode garantir sucesso ou fracasso 
nas relações interpessoais e na vida profissional. 
Atualmente, existem diversas inovações tecnológicas para o tratamento de 
afecções cutâneas corporais. Entre elas, destacam-se aquelas que visam ao 
Inovações 
tecnológicas 
no tratamento 
do fibroedema 
geloide (celulite)
Claudia Stoeglehner Sahd
tratamento do fibroedema geloide, mais conhecido como celulite, uma disfunção 
que é motivo recorrente de busca por tratamento. Cada tratamento tem os seus 
benefícios e mecanismos de ação específicos, mas todos apresentam resultados 
promissores, a depender da intensidade da disfunção e dos objetivos do cliente. 
Nesse contexto, é importante avaliar adequadamente o cliente, de modo a definir 
a melhor linha terapêutica e os recursos mais indicados para cada caso.
Neste capítulo, veremos os recursos mais utilizados no tratamento do fi-
broedema geloide. Especificamente, vamos discutir as principais indicações e 
contraindicações de cada um desses tratamentos. Ainda, vamos analisar os pro-
tocolos e as associações que podem ser empregados pelo profissional para um 
tratamento assertivo e eficaz.
Recursos eletroestéticos para o tratamento 
do fibroedema geloide
O emprego da energia elétrica por meio de distintas correntes emitidas 
por aparelhos elétricos no tratamento de disfunções estéticas é denomi-
nado eletroterapia. Basicamente, o tratamento consiste na estimulação 
de determinados efeitos fisiológicos corporais e é referido como correntes 
terapêuticas, eletroterapia estética ou eletroestética. O uso desses aparelhos 
pode fazer parte de uma única modalidade de tratamento ou ser associado a 
outras modalidades na prevenção ou no tratamento de disfunções estéticas 
corporais, como edema, gordura localizada, flacidez, fibroedema geloide, 
etc. Os seus efeitos incluem melhora da oxigenação dos tecidos corporais, 
aceleração do processo cicatricial, melhora no tônus muscular, redução de 
espasmos e dores musculares, melhora da circulação sanguínea e linfática, 
e melhora da produção de colágeno e elastina.
Novos equipamentos surgem constantemente, possibilitando que o pro-
fissional da área da estética empregue tratamentos com maior efetividade e 
segurança. Antes de utilizá-los, porém, é essencial que o futuro profissional 
conheça os princípios da eletroterapia e como essas correntes elétricas agem 
sobre os tecidos humanos, promovendo os efeitos desejados.
A corrente elétrica, ao passar pelos tecidos corporais, altera even-
tos fisiológicos, ativando e estimulando sistemas, de maneira a prevenir 
e tratar disfunções. Para que isso seja possível, é imprescindível que a 
corrente seja modulada. Ou seja, não é qualquer corrente nem qualquer 
parâmetro que causará efeitos benéficos aos tecidos corporais. Para isso, 
os equipamentos de eletroterapia têm diferentes tipos de correntes, com 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)2
parâmetros distintos, dependendo do tecido em que serão aplicados e dos 
objetivos do tratamento.
Energia elétrica
A energia elétrica é uma forma de energia fundamentada na geração de 
diferenças no potencial elétrico entre dois pontos, permitindo gerar uma 
corrente elétrica entre ambos. Essa energia pode ser modificada para uso 
em forma de calor ou luz. 
A energia elétrica está conectada à geração de corrente elétrica, qualifi-
cada por uma agitação ou um fluxo de partículas carregadas, como os íons 
ou elétrons de um local para outro. Essa corrente pode ser conduzida por 
metais e soluções, sendo transferida para o corpo humano e provocando 
reações fisiológicas com resultados terapêuticos. 
Os condutores são materiais ou tecidos que facilitam a passagem dos 
elétrons, enquanto a condutividade é a capacidade desse tecido ou 
material de conduzir os elétrons. Os tecidos ou materiais que criam resistência 
à passagem dos elétrons recebem o nome de isoladores. A oposição que faz 
surgir uma dificuldade à passagem dos elétrons por tecidos ou matérias é 
chamada de resistência ou impedância elétrica, e a sua medida é denominada 
ohm (PRENTICE, 2014). Exemplos de resistência incluem pelos na região tratada, 
limpeza, etc. Por isso, quanto maior a quantidade de água no tecido, melhor 
será a sua capacidade de condução elétrica e, por consequência, o resultado 
do tratamento.
A agitação de partículas carregadas ocorre sempre do local de maior 
concentração para o de menor concentração, de maneira a buscar um ponto 
de equilíbrio. Os elétrons são partículas de matérias com carga negativa e 
massas muito pequenas. O movimento desses elétrons é chamado de corrente 
elétrica. A unidade de medida que regula a velocidade com que os elétrons se 
movimentam gerando a corrente elétrica é denominado ampere. Na eletro-
terapia, normalmente são utilizados equipamentos que têm uma velocidade 
de corrente elétrica miliamperada (mA), ou seja 1/1000, ou microamperada 
(μA), isto é, 1/1.000.000 (NELSON; HAYES; CURRIER, 2003).
Em repouso, os elétrons não sofrem movimentação, pois não há uma 
diferença de potencial importante. Contudo, ao se gerar uma força sobre eles, 
ocorre movimentação. A força aplicada sobre eles, capaz de gerar movimento, 
é denominada volt e se refere à diferença de potencial. Após a movimentação 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 3
desses elétrons, haverá pontos de maior concentração e menor concentra-
ção. Caso esses dois locais se conectem, a força resultante da diferença de 
potencial é chamada de voltagem (LOW; REED, 2003). 
Na eletroterapia, existe sempre a presença de um gerador, equipamento 
elétrico que recebe a energia proveniente da tomada e a transforma em 
corrente, cujo objetivo é a posterior aplicação nos tecidos corporais. Os 
geradores geram correntes elétricas terapêuticas e podem ser alimentados 
por correntes contínuas, alternadas ou pulsadas, dependendo do objetivo. 
Além disso, cada gerador tem vários parâmetros que podem vir predefinidos 
no equipamento ou ser programados pelo profissional visando a objetivos 
específicos (NELSON; HAYES; CURRIER, 2003). 
O comprimento de onda é definido como a distância entre o pico de uma 
onda e o pico da onda precedente ou subsequente. Já a frequência é defi-
nida como o número de vibrações ou oscilações de onda que ocorrem em 
determinada unidade de tempo e é comumente expressa em hertz (Hz), que 
é uma vibração por segundo (Figura 1).
Figura 1. Comprimento de onda e frequência.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)4
A frequência das correntes utilizadas na eletroterapia pode ser dividida 
em alta, média e baixa.
 � Alta frequência: correntes que utilizam a alta frequência atuam por 
meio da geração de campos eletromagnéticos que causam aquecimento 
em tecidos profundos, com aumento do metabolismo, e efeitos em 
âmbito mecânico. Um exemplo é o ultrassom terapêutico, que apresenta 
propriedades térmicas e mecânicas.
 � Média frequência: a corrente russa é um exemplo, pois tem efeitos 
adequados aos tratamentos de camadas mais profundas dos tecidos, 
como o tecido muscular, atuando em disfunções como hipotonia mus-
cular. Na aplicação dessa frequência, a percepção da corrente é menor, 
uma vez que, quanto mais alta é a frequência, menor é a interferência 
sensitiva, pois a frequência tem capacidade de interferir no limiarsensitivo. Isso se deve ao fato de frequências maiores apresentarem 
resistências menores à passagem da corrente elétrica.
 � Baixa frequência: podem ser contínuas ou alternadas. Exemplos de 
correntes contínuas incluem a galvânica e a iontoforese, amplamente 
utilizadas na estética por produzirem efeitos vasomotores nos tecidos, 
aumentando a circulação local e auxiliando na penetração de ativos 
na pele. A corrente galvânica também é utilizada para técnicas de 
limpeza de pele profunda por meio da desincrustação. Já as correntes 
alternadas incluem o FES (do inglês functional electrical stimulation), 
a estimulação elétrica funcional.
O pulso se refere à forma de onda, que pode ser entendida por meio de 
uma representação gráfica de forma, direção, amplitude, duração e frequência 
de uma corrente, uma forma de onda individual. A largura do pulso é gradu-
ada em microssegundos (μs) ou milissegundos (ms), indicando o tempo de 
duração da fase. Ela exerce um papel fundamental na eletroterapia, uma vez 
que a corrente elétrica ativa receptores na pele e pode causar desconforto 
ao cliente, restringindo a estimulação aplicada. Quando são utilizados pulsos 
estreitos com frequências elevadas, esse desconforto é minimizado. O for-
mato de onda pode ser representado de maneiras distintas, como triangular, 
senoidal, retangular, quadrada, entre outras (NELSON; HAYES; CURRIER, 2003; 
PRENTICE, 2014).
 Por sua vez, a modulação se refere a qualquer alteração na magnitude 
ou variação na corrente original. Pode ocorrer devido a alterações de largura, 
amplitude ou frequência de pulsos, podendo ser contínua, interrompida, 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 5
rampa ou trens de pulso. A amplitude de pulso elucida a intensidade da 
corrente e é sinônimo de voltagem e intensidade da corrente. A duração do 
pulso está relacionada ao período durante o qual a corrente elétrica está 
fluindo em um ciclo, e a sua unidade é o tempo. 
Atualmente, muitos recursos eletroestéticos fazem parte da rotina 
de trabalho do profissional da estética. Para manusear esses recur-
sos, os profissionais devem ter conhecimento aprofundado e atualizado; caso 
contrário, aumenta-se o risco de lesões e queimaduras.
As queimaduras elétricas podem ocorrer nos clientes com distúrbios de 
sensibilidades, havendo lesões pelo fato de o cliente não expor o incômodo 
durante a aplicação. Também podem resultar do uso de cosméticos inflamáveis, 
contendo álcool ou éter. Como medida de auxílio, desligue o aparelho e retire 
o fio da tomada, não tocando de forma alguma no cliente.
Energia eletromagnética
A energia eletromagnética é transmitida por radiação, por diferentes compri-
mentos de ondas. Radiação é um processo pelo qual a energia se desloca da 
sua fonte para fora através do espaço. A luz solar constitui um tipo visível de 
energia radiante, produzindo calor (PRENTICE, 2014). A luz é a energia radiante 
que se manifesta por meio da luz visível, ou seja, da luz que conseguimos per-
ceber com o sentido da visão. Trata-se de uma onda eletromagnética, e o seu 
comprimento varia entre a radiação infravermelha e a radiação ultravioleta.
A fototerapia compreende recursos que se baseiam no efeito da luz sobre 
os tecidos biológicos. Esse recursos envolvem, além de agentes tradicionais 
como a luz ultravioleta e o infravermelho, também a laserterapia, a emissão 
de luz por diodo (LED, do inglês light emitter diode) e a luz intensa pulsada 
(LIP). Outro mecanismo que se baseia na utilização da energia eletromagné-
tica está associado ao uso da radiofrequência como técnica de tratamento 
estético. Segundo Agne (2011), esse recurso atua a partir da conversão da 
energia eletromagnética em efeito térmico sobre os tecidos.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)6
O mecanismo de ação da fototerapia necessita da absorção da luz 
por uma molécula fotorreceptora, denominada cromóforo. Os cromó-
foros são comumente organelas celulares presentes na derme e na epiderme, 
como melanina, citocromo, porfirinas, hemoglobina, entre outros, os quais, 
ao absorverem a luz, têm o seu metabolismo estimulado, induzindo reações 
químicas e originando uma cascata de respostas celulares. 
Energia térmica
Qualquer objeto aquecido ou resfriado a uma temperatura diferente daquela 
do ambiente circundante vai dissipar ou absorver calor por meio de condução 
para/ou de outros materiais com os quais ele entra em contato (PRENTICE, 
2014). As modalidades condutoras são classificadas em termoterapia, quando 
há o aumento na temperatura dos tecidos, e crioterapia, quando há uma 
diminuição na temperatura dos tecidos.
Segundo Agne (2016), a energia térmica é uma forma de energia relacionada 
à movimentação de moléculas a partir de um determinado corpo. Quanto maior 
for o movimento e a velocidade dessas partículas, maior será a temperatura 
e mais intensa será a energia térmica liberada. Existem diferentes modos de 
transferência de energia térmica entre os corpos, sendo que a temperatura 
central permanece constante e é mantido um equilíbrio entre a produção de 
calor interno e a perda ou o ganho de calor no nível da pele.
As modalidades de transferência de energia térmica no âmbito dos te-
cidos ocorrem principalmente por condução e convecção. A variação da 
temperatura desse tecido dependerá da quantidade de energia convertida 
em calor em uma determinada profundidade do tecido e da capacidade de 
condutividade térmica desse local. Outros elementos importantes na variação 
dessa temperatura são a vascularização do local e a técnica de aplicação da 
modalidade térmica. 
Energia sonora
A energia sonora consiste em ondas de pressão devidas à vibração mecânica 
das partículas. A relação entre velocidade, comprimento de onda e frequência 
é a mesma para energia sonora e energia eletromagnética, mas as veloci-
dades dos dois tipos de ondas são diferentes. As ondas acústicas viajam na 
velocidade do som (NELSON; HAYES; CURRIER, 2003; PRENTICE, 2014). 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 7
O ultrassom utiliza uma forma de energia sonora não audível, produzindo 
ondas mecânicas que podem ser emitidas de forma contínua, que causam 
efeito térmico, ou alternada, com menor elevação de temperatura. Os gera-
dores de ultrassom são ajustados em uma frequência padrão de 1 a 3 MHz, 
e a profundidade de penetração é muito maior do que qualquer uma das 
radiações eletromagnéticas.
Veja, a seguir, alguns exemplos de frequências empregadas na ele-
troterapia estética.
 � Radiofrequência: radiação no espectro eletromagnético com alta frequência, 
compreendida entre 30 KHz e 300 MHz.
 � Corrente russa e aussie: média frequência varia de 1.000 Hz a 100 KHz.
 � Microcorrentes: baixa frequência, não é superior a 1.000 Hz.
 � Corrente galvânica: baixa frequência, não é superior a 1.000 Hz.
 � Ultrassom terapêutico: alta frequência de 10.000 a 100.000 Hz.
É necessário e de extrema importância ao profissional da área da estética 
conhecer os princípios físicos envolvidos nos equipamentos da eletroes-
tética, visto que, sem o entendimento correto, nenhum resultado positivo 
poderá ser obtido. Compreender a programação e o potencial que existe no 
aparelho traz autonomia e personalidade ao atendimento. Além disso, não 
saber como os equipamentos funcionam pode ter sérias consequências, que 
acabam prejudicando a saúde do cliente e levando o profissional a responder 
judicialmente. 
Recursos eletroestéticos: indicações e 
contraindicações
As inúmeras inovações tecnológicas desenvolvidas nos últimos anos pela 
indústria da beleza são empregadas em tratamentos de disfunções esté-
ticas corporais como fibroedema geloide. Conhecer os efeitos fisiológicos 
dos recursos eletroestéticos, as suas indicações e contraindicações torna o 
atendimento do profissional mais seguro para si e para o cliente. 
Entre as inovações tecnológicas empregadas no tratamento fibroedema 
geloide estão aradiofrequência, a iontoforese, a vacuoterapia/endermologia, 
terapias por ondas de choque (TOC), eletrolipólise, ultrassom e lipocavitação 
(ultracavitação). Veremos cada uma em detalhes a seguir.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)8
Radiofrequência
A radiofrequência é considerada um estímulo elétrico e térmico controlado, 
que age sobre a neoformação de colágeno dérmico e do tecido conjuntivo 
adjacente. Essa técnica demonstrou ser muito eficaz em tecidos biológicos, 
por promover microdanos controlados e efeitos fisiológicos conducentes à 
regeneração tecidual. O seu objetivo principal é atuar na remodelação da 
proteína de colágeno e gerar calor concentrado na derme.
O equipamento de radiofrequência utiliza ondas do espectro eletromag-
nético na ordem de kilohertz (kHz) a megahertz (MHz), e os aparelhos dispo-
níveis no mercado operam na faixa de 0,5 a 1,5 MHz (TASSINARY; SINIGAGLIA; 
SINIGAGLIA, 2018).  Por se tratar de uma energia transmitida em forma de 
ondas com alternâncias cíclicas de polaridades e frequência elevada, não 
produz efeitos neuromusculares intensos nem eletroquímicos significativos. 
Porém, provoca efeitos de aquecimento pela conversão ou absorção dessa 
energia pelos tecidos. Esse processo é denominado diatermia e é utilizado 
há anos como termoterapia profunda (AGNE, 2016). 
De acordo com Agne (2016), a produção de aquecimento é o principal efeito 
da transmissão de ondas de alta frequência nos tecidos. Essa conversão de 
energia elétrica em energia térmica ocorre de três formas.
 � Íons livres: os tecidos vivos são abundantes em íons positivos e nega-
tivos diluídos em meios líquidos, com mobilidade ou liberdade para 
deslocamentos dentro desse meio. O tecido com altas concentração 
de íons será o mais aquecido durante a aplicação da técnica.
 � Moléculas dipolares: as moléculas de água são denominadas dipolos, 
pois têm assimetria estrutural, ocasionando uma resultante elétrica 
como um dipolo. Quando submetidas a campos elétricos com alter-
nância acelerada de polaridade, geram energia térmica por causa 
dos movimentos rotacionais, os quais interferem nos movimentos de 
moléculas adjacentes, acarretando movimentos mais aleatórios e calor. 
Porém, a produção de calor por esse efeito é significativa apenas a 
partir de frequências superiores a 10 MHz.
 � Moléculas não polares: as células adiposas são exemplos de molé-
culas não polares. Apesar de terem poucos íons livres ou polaridade 
molecular pouco significativa, rebatem à influência do campo de 
radiofrequência, gerando uma quantidade pequena de calor.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 9
Hoje, existem no mercado inúmeros modelos e marcas de equipamentos 
de radiofrequência, cada um com diferentes tipos de manoplas (BORGES; 
SCORZA, 2016). Veja a seguir.
 � Monopolar: a corrente é gerada e penetra na pele por meio de um 
cabeçote móvel, sendo direcionada até uma placa de retorno, que é 
alocada em uma região distante da área de tratamento. A profundidade 
pode chegar até 6 mm. 
 � Bipolar: os eletrodos de saída e retorno da corrente estão no próprio 
cabeçote, não sendo necessária a placa de retorno. A energia gerada 
tem um efeito mais superficial, de até 2 mm de profundidade. 
 � Tripolar e multipolar: tem três ou mais eletrodos, e a energia é gerada 
quando a corrente passa entre os eletrodos. A profundidade da pe-
netração é aproximadamente a distância média entre os eletrodos. 
  A radiofrequência está relacionada às características de resistência 
impostas pelo tecido, não ao fototipo ou biotipo da pele. Se analisarmos 
os tecidos e as suas diferentes características, notaremos que, embora a 
radiofrequência abranja o nível de células epidérmicas, dérmicas, subcu-
tâneas e até musculares, a sua absorção de onda seria diferente. O tecido 
adiposo tem alta impedância, o que reduz expressivamente a condução da 
radiofrequência em comparação ao tecido muscular. A condutividade na 
derme é maior, por ser um tecido com maior quantidade de água. Assim, há 
mais conversão de calor.
O mecanismo fisiológico desempenhado pela radiofrequência no orga-
nismo acontece quando a corrente passa pelos tecidos, proporcionando uma 
leve resistência dos tecidos; com isso, ocorre uma elevação térmica tissular. O 
organismo reconhece que a temperatura interna está mais elevada que o nor-
mal, e então ocorre uma cascata de efeitos, como o aumento da vasodilatação 
(com abertura dos capilares, obtendo aumento da circulação), a melhora no 
trofismo tissular e a reabsorção dos líquidos intercelulares excessivos (AGNE, 
2016; BORGES, 2010; TASSINARY; SINIGAGLIA; SINIGAGLIA, 2018). Desse modo, 
a radiofrequência impacta o ganho nutricional de oxigênio e nutrientes do 
tecido, melhorando o sistema de drenagem residual celular pela eliminação 
de toxinas e radicais livres. Esses efeitos no tecido fortalecem a produção 
de fibras elásticas de melhor qualidade, atuando nos fibroblastos e em 
outras células, além de proporcionar uma melhor qualidade dos adipócitos, 
promovendo a lipólise homeostática.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)10
Ainda existe muita controvérsia entre autores sobre o uso ou não da 
radiofrequência no tratamento do fibroedema geloide. Borges e Scorza (2016) 
pontuam que, no caso de fibroedema geloide, a radiofrequência é indicada 
para a diminuição da camada de tecido adiposo, que está normalmente 
associada ao aspecto popularmente conhecido como “casca de laranja”. A 
temperatura elevada é empregada para ocasionar um trauma térmico na 
membrana adipocitária, tornando o adipócito inútil para armazenamento de 
triglicerídeos e, com isso, diminuindo a quantidade de gordura subcutânea. 
É recomendado que se use a ponteira monopolar no tratamento do 
fibroedema geloide, pois é possível atingir camadas mais profundas, 
principalmente quando se trata de afecções com graus mais avançados. Porém, 
isso não quer dizer que outras ponteiras não possam ser utilizadas, pois também 
são capazes de produzir efeitos no tratamento. 
Durante a aplicação, a temperatura a ser utilizada deve estar entre 37 e 38°C 
em quadros de fibroedema geloide compacto e edematoso, sendo mantida 
por cerca de 5 minutos. Para o fibroedema geloide flácido, a temperatura deve 
ficar entre 41 e 43°C, sendo mantida por cerca de 5 minutos, caso o objetivo 
seja tratar somente a flacidez cutânea envolvida no quadro. Para tratar o 
tecido adiposo, buscando a sua diminuição e a consequentemente melhora 
no quadro da fibroedema geloide, recomenda-se o uso de uma temperatura 
em torno de 42°C por cerca de 10 a 12 minutos (BORGES; SCORZA, 2016). 
Como indicação do uso da radiofrequência, temos o tratamento da fibro-
edema geloide em associação à diminuição do tecido adiposo e, consequen-
temente, ao tratamento de possível flacidez tissular que tenha na região, 
dependendo do grau da disfunção do cliente. De acordo com Agne (2016) e 
Borges e Scorza (2016), entre as contraindicações absolutas, estão os casos de 
portadores de marca-passo, de gestantes e de clientes com neoplasias, febre 
e/ou infecções sistêmicas. Já contraindicações relativas incluem infecções 
locais, uso de vasodilatadores, uso de próteses, alteração de sensibilidade, 
varizes e flebites. 
Iontoforese
A iontoforese é uma técnica não invasiva que usa potência ou corrente elétrica 
no intuito de aumentar a transferência transdermal de ativos inseridos nas 
formulações cosméticas. Na iontoforese, a corrente originária do aparelho 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 11
é transferida do eletrodo para a pele por meio da solução contendo agentes 
ativos. A corrente mais empregada no procedimento é a galvânica (BORGES, 
2010; AGNE, 2011). 
Na iontoforese, o sentido do deslocamento dos elétrons é do polo positivo 
para o polo negativo. O fluxo iônico provocado pela corrente elétrica está 
associado a modificações químicas. No eletrodonegativo (cátodo), ocorrerá 
um movimento de elétrons, os quais são liberados do eletrodo positivo 
(ânodo), ocorrendo um mecanismo de oxidação no eletrodo positivo (GUIRRO; 
GUIRRO, 2003). 
Existem três rotas de introdução de substâncias através da pele em direção 
ao tecido subcutâneo: 
1. através do folículo piloso e das glândulas sebáceas associadas; 
2. através dos ductos sudoríparos; 
3. através do próprio estrato córneo, entre os seus apêndices e falhas 
(rota intercelular).
A intensidade da corrente varia de acordo com o tamanho do eletrodo 
que será utilizado. É extremamente importante trabalhar com baixa 
intensidade e aumentá-la lentamente, de acordo com a sensibilidade do cliente. 
A intensidade não deve ultrapassar 0,1 mA/cm2 de área de eletrodo ativo.
O cálculo da dose total deve ser feito de acordo com o tamanho do eletrodo. 
Por exemplo, com um eletrodo de 1 cm2, deve-se colocar uma dose de 0,1 mA/
cm2. Outra variável importante relacionada com a intensidade é o tempo de 
aplicação. Estudos indicam que os efeitos de penetração são maiores durante 
os 6 primeiros minutos, sendo que, ao duplicarmos esse tempo (12 minutos), 
ocorrerá um aumento de 25% no índice de penetração. Após esse período, 
pouco adianta aumentar o tempo de aplicação (GUIRRO; GUIRRO, 2003; BOR-
GES, 2010; AGNE, 2011). O tempo de uso da técnica varia conforme o tamanho 
do eletrodo usado, sendo muito importante realizar movimentos lentos. O 
tempo de aplicação não deve ser maior do que 30 minutos em áreas grandes.
As indicações do uso da iontoforese têm, como objetivo, obter os benefícios 
de permeação de ativos sobre a pele. Assim, é utilizada para o tratamento 
da fibroedema geloide, de gordura localizada e de estrias, bem como para 
a hidratação e nutrição da pele. Segundo Agne (2011), as desvantagens do 
transporte de substâncias por iontoforese são os riscos de queimaduras e 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)12
choques resultantes da utilização de correntes elétricas elevadas e por longos 
períodos. Entre as contraindicações absolutas, estão os casos de clientes com 
marca-passo, gestantes, com neoplasias ou com infecções sistêmicas. Já as 
contraindicações relativas incluem infecções locais, uso de vasodilatadores, 
uso de próteses, alteração de sensibilidade, varizes e flebites (AGNE, 2016; 
BORGES; SCORZA, 2016).
Vacuoterapia/endermologia 
Na vacuoterapia, também denominada endermologia, são empregados apa-
relhos que geram pressão negativa, que pode ser pulsátil ou contínua, de 
modo a obter-se uma sucção localizada do tecido. Os aparelhos produzem 
mobilização cutânea profunda, que leva ao incremento na circulação sanguínea 
superficial, promovendo a depressodrenagem linfática e a depressomassa-
gem (BORGES; SCORZA, 2016; TASSINARY; SINIGAGLIA; SINIGAGLIA, 2018). No 
aparelho empregado para a sucção, existe um compressor que promove a 
pressão negativa, a qual varia de 0 a –600 mmHg. Essa força de sucção é 
controlada pelo profissional pela válvula de regulagem presente no aparelho, 
e a adequação da pressão será de acordo com as condições do tecido e o 
objetivo do tratamento. 
No mercado, podemos encontrar dois tipos distintos de equipamento 
eletroestéticos de pressão negativa. Na vacuoterapia, os cabeçotes são 
pequenos, com menor prega tecidual, e os seus roletes não têm motorização. 
Já na endermoterapia, o cabeçote do equipamento é de maior dimensão, de 
forma que a prega tecidual se torna maior. Ainda, os seus rolos são motori-
zados, e por isso o seu uso deve ser feito com malha protetora.
Com a sucção, ocorre a mobilização profunda da pele e do tecido subcu-
tâneo, desencadeando um aumento da circulação sanguínea e linfática. Entre 
os objetivos da vacuoterapia/endermologia, estão a mobilização profunda 
cutânea e do tecido subcutâneo (Figura 2) e a melhora da circulação sanguínea 
e linfática. De fato, o tratamento torna o tecido conjuntivo mais maleável, pois 
atua nas “traves” fibróticas, atenuando a deformação cutânea que caracteriza 
o aspecto celulítico, conhecido como “casca de laranja”.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 13
Figura 2. Cabeçote do equipamento de vacuoterapia/endermologia atuando na mobilização 
cutânea e no tecido subcutâneo. 
Fonte: Adaptada de Tassinary, Sinigaglia e Sinigaglia (2018).
Para a aplicação do equipamento, a pressão inicial deve ser de –200 a –400 
mmHg, podendo haver variações em relação ao tamanho do cabeçote e com 
base na sensibilidade referida pelo cliente. Conforme o quadro do fibroedema 
geloide vai se atuando, a pressão pode ser aumentada. Para a realização do 
procedimento, pode ser aplicada uma fina camada de óleo ou hidratante, 
amenizando o atrito do cabeçote com a pele do cliente e, assim, evitando a 
formação de lesões cutâneas. O tempo de aplicação varia conforme a região 
tratada, mas média é em torno de 3 a 5 minutos por área (AGNE, 2016; BORGES; 
SCORZA, 2016; TASSINARY; SINIGAGLIA; SINIGAGLIA, 2018). 
A vacuoterapia/endermologia é indicada para o aumento da circulação 
sanguínea local, a diminuição do tecido fibrosado e a mobilização dos tecidos 
profundos da pele. É contraindicada para clientes com fragilidade capilar 
sanguínea, patologias infecciosas, flebites e tromboses, neoplasia e gestantes. 
Terapias por ondas de choque
A terapia por ondas de choque é uma das mais recentes inovações tecnológicas 
usadas no tratamento da lipodistrofia localizada e do fibroedema geloide. 
Refere-se a uma energia mecânica com alta potência (onda sonora) emitida 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)14
por um dispositivo específico que, ao penetrar no tecido adiposo, promove 
um forte efeito de cavitação instável (ruptura de microbolhas), causando 
efeitos microscópicos no tecido (BORGES; SCORZA, 2016). 
Na década de 1980, terapias por ondas de choque eram utilizadas no 
tratamento de cálculos renais. A partir da década de 1990, começaram 
a ser aplicadas em patologias ortopédicas, com ótimos resultados (AGNE, 2016). 
A aplicação no campo da beleza está aumentando, e muitos estudos estão 
sendo realizados para verificar o efeito real na derme e no tecido subcutâneo 
(BORGES; SCORZA, 2016).
O aparelho de ondas de choque emite ondas mecânicas de alta pressão, 
que apresentam curta duração (5 microssegundos), baixa densidade de ener-
gia (0,08 a 0,18 mJ/mm²), média densidade de energia (0,18 a 0,32 mJ/mm²), 
alta densidade de energia (0,32 a 0,60 mJ/mm2) e baixa frequência (1 a 15 Hz) 
(BORGES; SCORZA, 2016; AGNE, 2016). 
De acordo com Tassinary, Sinigaglia e Sinigaglia (2018), os geradores de 
ondas de choque funcionam baseados nos seguintes quatro sistemas, que 
variam conforme o fabricante.
1. Sistema eletro-hidráulico: ondas de choque focal.
2. Sistema eletromagnético: ondas de choque focal.
3. Sistema piezoelétrico: ondas de choque focal.
4. Sistema eletropneumático: ondas de choque radial.
As ondas de choque radial são superficiais e se propagam radialmente a 
partir do aplicador. Quando penetram no tecido, perdem energia, ocorrendo 
cavitação perto do aplicador, que é indicada para o tratamento de flacidez 
tissular, fibroedema geloide e lipodistrofia localizada. A onda de choque focal 
é mais profunda e concentra toda a energia gerada em um ponto distante 
da fonte. O pico de energia desse foco pode variar de baixo a alto. Tassinary, 
Sinigaglia e Sinigaglia (2018) explicam que a onda desfocada é uma onda ampla, 
não tem foco e não se propaga radialmente, sendo ideal para tratamentos 
muito superficiais.
O mecanismo de ação fisiológica da terapia de ondas de choque se baseia:
 � na ação mecânica, que proporciona formação de microbolhas que 
eclodem, fragmentando a estrutura tecidual local (Figura 3); 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 15
 � na ação analgésica, por estímulo intenso local, que libera enzimas 
locais de atuação na fisiologia da dor; 
 � na ação vascular,decorrente da liberação de mediadores como fator 
de crescimento endotelial vascular que aumentam a circulação local 
e a angiogênese. 
Ocorre, assim, a remodelação do colágeno, proporcionando um realinha-
mento das fibras dérmicas e a melhora o aspecto cutâneo. Assim, as ondas 
de choque agem de maneira a aumentar a circulação sanguínea e linfática, 
equilibrar os radicais livres, remodelar o colágeno e induzir a lipólise. 
Figura 3. Representação da propagação da onda de choque radial.
Fonte: Adaptada de Borges e Scorza (2016).
As ondas de choque radial são indicadas para o tratamento da lipodistrofia 
localizada e a melhora da qualidade cutânea, pois aumenta a circulação san-
guínea e reduz a fibrose. É, porém, absolutamente contraindicada em casos 
de uso de marca-passo, de gravidez, de neoplasias, de febre e de infecções 
sistêmicas. Ainda, as contraindicações relativas incluem infecções locais, 
uso de vasodilatadores ou de próteses metálicas, alteração de sensibilidade, 
varizes e flebites (AGNE, 2016; BORGES; SCORZA, 2016).
Eletrolipólise
Também denominada eletrolipoforese, a eletrolipólise utiliza uma corrente 
elétrica de baixa frequência (frequentemente em torno de 25 Hz), em forma 
de ondas contínuas (polarizadas) ou alternadas, propagada ao organismo 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)16
por meio de agulhas de acupuntura que são implantadas na hipoderme 
(BORGES, 2010). 
A corrente opera diretamente nos adipócitos, promovendo a sua destruição 
e beneficiando a sua futura eliminação. Existem diversos efeitos fisioló-
gicos, mas é destacada a sua estimulação do sistema nervoso simpático, 
com consecutiva estimulação da lipólise fisiológica, originando o objetivo 
principal da terapêutica, que é a redução da espessura da tela subcutânea. 
No fibroedema geloide, os objetivos terapêuticos são atenuar o panículo 
adiposo subcutâneo, melhorar a microcirculação local, diminuir o acúmulo 
de metabólitos e potencializar a oxigenação tecidual (AGNE, 2016; BORGES; 
SCORZA, 2016). 
No mercado, há equipamentos de eletrolipólise com placas transcu-
tâneas. Porém, não existem estudos que corroborem a sua eficácia 
nos quadros de fibroedema geloide. Assim, recomenda-se que a técnica seja 
realizada por meio de eletrodos com agulhas de acupuntura. 
A técnica tem início com a introdução das agulhas na hipoderme e é fina-
lizada com o acoplamento do aparelho nas agulhas. Para esse acoplamento, 
são utilizadas garras jacaré. As agulhas têm tamanhos variados, mas as mais 
utilizadas estão em torno de 30 a 75 mm de comprimento, com 0,3 mm de 
diâmetro. O tempo de aplicação varia de 50 a 60 minutos, e a dosimetria 
depende da sensação subjetiva relatada pelo cliente. Recomenda-se a má-
xima intensidade tolerada (BORGES; SCORZA, 2016). Ainda, é recomendado 
que a eletrolipólise seja associada com a vacuoterapia, para resultados 
mais efetivos.
A eletrolipólise é indicada para o tratamento de lipodistrofia localizada, 
a melhora da qualidade cutânea, o aumento da circulação sanguínea e a 
redução de fibrose. É, porém, absolutamente contraindicada em clientes com 
marca-passo, em gestantes e em clientes com neoplasias, febre e infecções 
sistêmicas. As contraindicações relativas incluem infecções locais, uso de 
vasodilatadores ou de próteses metálicas, alteração de sensibilidade, varizes 
e flebites (AGNE, 2016; BORGES; SCORZA, 2016).
Ultrassom
O som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano. As ondas sonoras 
estão em uma frequência entre 20 e 20.000 Hz, de modo que ondas acima 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 17
de 20.000 Hz (ou 20 kHz) não são perceptíveis ao ouvido humano e levam o 
nome de ultrassom (BORGES, 2010).
Para a geração de uma onda ultrassônica, são usados transdutores ul-
trassônicos que apresentam um ou mais cristais de titanato zirconato de 
chumbo ou de quartzo. Quando aplicada a esses cristais, a corrente elétrica 
rapidamente os modifica. Essa mudança rápida na forma ou na vibração 
dos cristais gera ondas sonoras que trafegam e são emitidas para fora. Em 
contrapartida, as ondas sonoras ou de pressão, quando atingem os cristais, 
emitem correntes elétricas. Por consequência, esses mesmos cristais podem 
ser utilizados para enviar e receber ondas sonoras. Esse fenômeno recebe 
o nome de efeito piezelétrico (PRENTICE, 2014; NELSON; HAYES; CURRIER, 
2003). A energia total de um feixe ultrassônico produzido pelo transdutor 
é denominada potência e é expressa em watts (W). Intensidade é a energia 
liberada por unidade de área (W/cm²).
Uma característica importante das ondas ultrassônicas é o fato de 
que, uma vez empregadas ao meio, elas se atenuam, ou seja, podem 
sofrer modificações devido aos fenômenos de reflexão, refração e absorção, 
resultando na propagação de ondas ultrassônicas na superfície em que foram 
aplicadas (NELSON; HAYES; CURRIER, 2003).
A propagação da onda ultrassônica ocorrerá de maneira diferente, depen-
dendo do tecido em que será aplicada. Todos os tecidos oferecem menor ou 
maior resistência à passagem do ultrassom; quanto maior for a diferença de 
impedância entre o tecido e o ultrassom, maior será a quantidade de onda 
refletida (LOW; REED, 2003).
Na área de estética, o ultrassom utilizado atua em uma faixa de frequência 
de 3 a 5 MHz, sendo o uso mais comum o de 3 MHz. Por serem de baixa frequ-
ência, as ondas de ultrassom sofrem menores atenuações e, assim, atingem 
uma maior profundidade nos tecidos. Logo, quanto menor for a frequência, 
maior será a penetração do ultrassom no tecido (AGNE, 2011).
Existem muitos aparelhos de ultrassom com frequências de 1 MHz. 
Essa faixa de frequência é bastante utilizada dentro da fisioterapia, 
pois atinge tecidos mais profundos, como músculos e tendões. A profundidade 
de penetração do ultrassom ocorre pela frequência, não pela intensidade. 
Portanto, na área da estética, devem ser utilizados equipamentos com frequ-
ências de 3 MHz.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)18
O mecanismo fisiológico do ultrassom se baseia nas suas vibrações sonoras 
ou acústicas de alta frequência que se propagam por tecidos biológicos por 
meio de efeitos mecânicos e térmicos. O efeito mecânico, ou não térmico, é 
a cavitação em que ocorrem mudanças de pressão induzidas pelo ultrassom 
nos fluidos dos tecidos, as quais criam bolhas cheias de gás que se expandem 
e comprimem. Borges e Scorza (2016) explicam que existem dois tipos de 
cavitação: a estável, considerada benéfica ao tecido e que acarreta os efeitos 
biológicos do ultrassom; e a instável, que causa danos ao tecidual. Já o efeito 
térmico advém de vibração de partículas que sofrem atrito entre si. Os efeitos 
térmicos têm relação com a absorção de energia ultrassônica nos tecidos, que 
libera calor (TASSINARY; SINIGAGLIA; SINIGAGLIA, 2018). Os efeitos térmicos e 
mecânicos acarretam consequências fisiológicas no organismo, como o efeito 
tixotrópico, o aumento do fluxo sanguíneo, o aumento na permeabilidade 
de membrana, o aumento da síntese proteica e o estímulo da angiogênese.
Segundo Borges e Scorza (2016), a dosimetria indicada no tratamento do 
fibroedema geloide está em torno de 1,5 a 1,8 W/cm², no modo contínuo, em 
decorrência do aspecto crônico da celulite. O intuito é promover um grande 
efeito mecânico e, sobretudo, um aquecimento das estruturas fibróticas, 
provocando uma ação tixotrópica no meio celulítico. O tempo de aplicação 
deve ser de 2 minutos para áreas próximas de 10 cm2.
 O ultrassom é indicado para obter a lipólise e melhorar o aspecto do 
fibroedema geloide, pois atua de forma positiva na inflamação do tecido e 
na regeneração tecidual. Entre as contraindicações absolutas, estão casos 
de portadores de marca-passo, gestantes e clientes com neoplasias, febre e 
infecções sistêmicas. Já as contraindicações relativas incluem clientes com 
infecções locais, em uso de vasodilatadores ou de próteses metálicas, com 
alteraçãode sensibilidade, varizes ou flebites (AGNE, 2016; BORGES; SCORZA, 
2016).
Lipocavitação (ultracavitação)
Existem vários tipos de equipamentos de ultracavitação no mercado, com 
diferentes padrões técnicos. A tecnologia é baseada em um ultrassom, em 
que temos a formação de ondas mecânicas por meio do efeito piezoelétrico 
em frequências muito altas. Essas ondas, em contato com o tecido, não 
apenas passam pela sua interface, mas geram efeitos mecânicos e térmicos 
baseados em princípios físicos (força, potência, impedância, absorção), bem 
como originam efeitos fisiológicos que contribuem para o tratamento estético.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 19
A ultracavitação tem o mesmo princípio do ultrassom terapêutico con-
vencional, mas a onda é transmitida de maneira diferente. É gerado um nível 
muito alto de ultrassom, e a sua frequência pode variar de 27 a 3 MHz (AGNE, 
2016). Portanto, podemos definir a ultracavitação como outra forma de ul-
trassom terapêutico, que produz energia de alta potência (igual ou superior 
a 3 w/cm2) e um alto nível de cavitação instável a uma profundidade definida 
(BORGES; SCORZA, 2016).
O termo ultracavitação ainda não é padronizado, de modo que outros 
termos que caracterizam a sua finalidade podem ser encontrados 
no mercado. Além disso, as suas características técnicas podem diferir entre si, 
como frequência (kHz ou MHz), potência (W), foco ou planicidade. 
O fenômeno da cavitação ocorre em toda aplicação de ultrassom, porque 
as ondas liberadas pelo gerador de ultrassom fazem as moléculas e as células 
oscilarem periodicamente e serem proporcionais à intensidade de saída do 
gerador de ondas (BORGES; SCORZA, 2016). No fenômeno de cavitação estável, 
as oscilações criam bolhas gasosas no líquido de propagação das ondas. 
Essas bolhas oscilam de um lado para outro, apenas em um movimento, 
e o seu volume aumenta e diminui, mas permanece sempre intacto (efeito 
terapêutico comum do ultrassom convencional). Já no fenômeno de cavitação 
instável, o volume e a velocidade das bolhas se alteram de maneira violenta, 
acarretando a sua implosão e, por consequência, um aumento de temperatura 
e pressão interna, como se pode ver na Figura 4.
Figura 4. Fenômeno da cavitação estável e instável gerado pelo ultrassom.
Fonte: Adaptada de Ibramed (2019).
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)20
A ultracavitação de alta frequência 3 MHz permite uma menor penetração 
de onda, abrangendo tecidos em níveis mais superficiais. Porém, com a sua 
alta potência, é capaz de provocar a cavitação instável, levando à lesão na 
membrana do adipócito. Na ultracavitação de baixa frequência entre 28 e 
80 KHz, a penetração da onda sonora se torna maior, permitindo chegar 
mais profundamente ao tecido adiposo. É, então, indicada para regiões que 
apresentam pregas cutâneas acima de 2,5 cm, a fim de que não haja o risco 
de tecidos mais profundos serem atingidos e danificados.
Considerada um recurso de alta tecnologia não invasivo, a ultracavitação 
atua fisiologicamente de forma a reduzir o tecido adiposo para a redução 
de gordura por meio do seu mecanismo de ação. O aparelho emite ondas 
ultrassônicas de alta frequência, cuja vibração atravessa as interfaces do 
tecido, fazendo com que forme microbolhas que se expandem e se compri-
mem (cavitação) em razão de alterações da pressão presente nos fluidos do 
tecido. Essas microbolhas se rompem devido à alta frequência e acarretam, 
no tecido subcutâneo, a fragmentação da membrana dos adipócitos, pro-
movendo o extravasamento do conteúdo celular. No tecido, alguns efeitos 
são descritos, como efeito mecânico (ruptura da membrana do adipócito), 
estímulo da apoptose, efeito químico (formação de radicais livres e aniqui-
lamento do adipócito) e efeito térmico (conversão da energia mecânica em 
energia térmica).
A ruptura das células adiposas causada pela cavitação faz as gotí-
culas de triglicerídeos se dissiparem no espaço intersticial. Após o 
dano da membrana das células adiposas, ocorre um aumento na estimulação 
de adipocinas, citocinas e do fator de necrose tumoral (TNF-α), produzido por 
adipócitos em resposta ao processo inflamatório transitório causado pela ação. 
O TNF-α não apenas induz macrófagos para fagocitose no local, mas também 
induz a chegada de interleucinas, desencadeando a cascata lipolítica para 
converter triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos serão, 
então, transportados para o fígado e eliminados na forma de energia após o 
metabolismo, o que significa que o resíduo é removido de maneira fisiológica, 
sem causar aumento no perfil lipídico do sangue.
A ultracavitação é indicada para obter a lipólise e melhorar o aspecto do 
fibroedema geloide, principalmente em graus mais elevados, como o III e o IV, 
quando já existe um maior comprometimento do tecido conjuntivo e adiposo. 
Devido aos seus efeitos de diminuição do tecido adiposo, ocorre uma melhor 
circulação local, levando ao tecido conjuntivo maior aporte de oxigênio e 
nutrição celular. Além disso, com o uso de aparelhos ou massagens logo após 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 21
a sessão, existe a diminuição do edema local, reduzindo a toxicidade presente 
no tecido e aumentando a excreção de metabolitos nocivos. 
Entre as contraindicações absolutas ao tratamento, estão os casos de 
clientes com marca-passo, gestantes e clientes com neoplasias, febre e in-
fecções sistêmicas. Já as contraindicações relativas incluem infecções locais, 
uso de vasodilatadores ou de próteses metálicas, alteração de sensibilidade, 
varizes e flebites (AGNE, 2016; BORGES; SCORZA, 2016).
O profissional da estética deve saber que cada cliente pode reagir de 
forma distinta aos tratamentos utilizados. Assim, alguns recursos po-
dem apresentar resultados muito mais satisfatórios que outros. O conhecimento 
teórico, específico e prático é de grande importância para que o tratamento não 
seja empregado de forma errada. Ainda, é importante lembrar que a associação 
de tratamentos pode ser muito eficaz na busca de um objetivo único.
Protocolos e associações para tratamento 
do fibroedema geloide
Qualquer protocolo se inicia com uma boa e detalhada anamnese. Nesse caso, 
é muito importante que o profissional da estética observe atentamente todos 
os detalhes do que foi descrito pelo cliente e a sua maior queixa. Durante 
a avaliação física corporal, atente-se para a forma como se encontra a pele 
do cliente: se tem manchas, lesões abertas, verrugas e sinais de que algo 
não está adequado. 
A associação de protocolos torna o alcance de um resultado satisfatório 
mais palpável. Se houver a possibilidade de o profissional empregar vários 
recursos e o cliente não apresentar contraindicações, as chances são de um 
resultado positivo ser alcançado mais rapidamente. 
Veja, a seguir, a descrição de alguns protocolos que utilizam recursos 
eletroestéticos para o tratamento do fibroedema geloide.
Protocolo 1
1. Limpar a região a ser tratada, com leve esfoliação.
2. Ajustar a configuração do aparelho de ultrassom, com frequência de 1,5 
a 1,8 W/cm², no modo contínuo, com tempo de aplicação de 2 minutos 
para áreas próximas de 10 cm2.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)22
3. Dividir a região em quadrantes (tamanhos do cabeçote), visando a uma 
melhor distribuição do tempo de aplicação.
4. Aplicar gel condutor ou gel condutor com ativos como arnica ou 
fibrinolíticos.
5. Iniciar a aplicação do aparelho com movimentos circulares e lentos 
em toda a região demarcada.
6. Realizar vacuoterapia/endermologia com programação da pressão 
negativa do aparelho de –200 a –400 mmHg, conforme sensibilidade 
do cliente, com tempo médio de 3 a 5 minutos para cada área tratada. 
Para deslizar o cabeçote sobre a pele, pode-se utilizar óleo ou creme 
com ativo como a cafeína.
7. Para efeito desfibrosante, pode-se utilizar o cabeçotedo aparelho de 
vacuoterapia/endermologia para realizar movimentos em forma de 
“oito”, auxiliando na descontratura e no descongestionamento das 
zonas com fibroedema geloide. 
Protocolo 2
1. Limpar a região a ser tratada, com leve esfoliação.
2. Ajustar a configuração do aparelho de lipocavitação, com frequência de 
30 a 60 kHz, no modo contínuo, com tempo de aplicação de 10 minutos 
para cada 15 ou 20 cm2.
3. Dividir a região em quadrantes (tamanhos do cabeçote), visando a uma 
melhor distribuição do tempo de aplicação.
4. Aplicar gel condutor ou gel condutor com ativos como arnica ou 
fibrinolíticos.
5. Iniciar a aplicação do aparelho com movimentos circulares e lentos em 
toda a região demarcada. Para potencializar os resultados, fazer uma 
prega do tecido com a mão ao mesmo tempo que a outra mão realiza 
a aplicação do aparelho com movimento pontual.
6. Realizar vacuoterapia/endermologia com programação da pressão 
negativa do aparelho de –200 a –400 mmHg, conforme sensibilidade 
do cliente, com tempo médio de 3 a 5 minutos para cada área tratada. 
Para deslizar o cabeçote sobre a pele, pode-se utilizar óleo ou creme 
com ativo como extrato de ginkgo biloba.
7. Para efeito desfibrosante, podem ser realizados movimentos em “oito”, 
auxiliando na descontratura e no descongestionamento das zonas 
com fibroedema geloide. 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 23
Protocolo 3
1. Limpar a região a ser tratada com clorexidina alcoólica a 0,5%.
2. Inserir as agulhas na pele com ângulo de 90° no local desejado, de ma-
neira que estejam acomodadas no tecido adiposo. Depois, é necessário 
que as agulhas sejam levemente inclinadas e fiquem em um ângulo de 
45°. A distância entre as agulhas precisa ser de 5 cm.
3. Prender as agulhas ao conector do aparelho pelo eletrodo garra jacaré 
para fechar o circuito.
4. Ajustar a configuração do aparelho de eletrolipólise, com frequência 
de 30 a 50 Hz, com tempo de aplicação de 50 a 60 minutos.
5. Realizar a técnica de iontoforese após o tempo de ação.
6. Programar o aparelho de iontoforese para que não ultrapasse 0,1 mA/
cm2 da área de eletrodo ativo. A dose total deve ser calculada de acordo 
com o tamanho do eletrodo. Por exemplo, com um eletrodo de 1 cm², 
deve-se usar a dose de 0,1 mA/cm2, sendo o tempo de aplicação de 12 
minutos por área, não ultrapassando 30 minutos no total.
7. Programar o equipamento de acordo com a polaridade pedida pelo ativo 
cosmético. Essa informação está contida na embalagem do produto.
8. Aplicar o ativo cosmético na pele. Entre os ativos utilizados, estão 
benzidamina CIH (+), indometacina C e Thiomucase (–).
9. Iniciar o equipamento e deixar o tempo de ação. Perguntar ao cliente 
como está a sensibilidade; caso esteja muito alta, diminuir a intensidade.
Protocolo 4
1. Limpar a região a ser tratada, com leve esfoliação.
2. Ajustar a configuração do aparelho de radiofrequência, com frequência 
de 0,5 a 1,5 MHz, ou medida em kHz. A medida dependerá do equi-
pamento. Visando à melhor escolha, deve-se entender que, quanto 
mais profundo for o tecido atingido, menor será a frequência esco-
lhida. O tempo de aplicação varia de 30 a 60 minutos, dependendo da 
quantidade de áreas tratadas. Existe equipamentos com dosagem de 
potência, que pode variar entre 10 e 600 watts, e que têm a dosimetria 
da potência em forma de porcentagem (0 a 100%).
3. Dividir a região em quadrantes, visando a uma melhor distribuição do 
tempo de aplicação.
4. Aplicar gel condutor ou gel glicerinado. 
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)24
5. Iniciar aplicação do aparelho com movimentos circulares em toda a 
região demarcada até atingir determinada temperatura. A temperatura 
varia com base no grau do fibroedema geloide. Em casos de fibroedema 
geloide compacto e edematoso, a temperatura ficará entre 37 e 38 °C, 
mantendo esse tempo por 5 minutos. Já no fibroedema geloide flácido, 
a temperatura será de 41 a 43°C, mantendo-se por cerca de 5 minutos. 
No entanto, a temperatura ideal para a ação no tecido adiposo é em 
torno de 42°C, por cerca de 10 a 12 minutos. 
6. Por segurança, aferir sempre a temperatura a fim de evitar queimaduras.
7. Após o término, limpar a região na sequência.
8. Realizar vacuoterapia/endermologia com programação da pressão 
negativa do aparelho de –200 a –400 mmHg, conforme sensibilidade 
do cliente, com tempo médio de 3 a 5 minutos para cada área tratada. 
Para deslizar o cabeçote sobre a pele, utiliza-se óleo ou creme com 
ativo como a cavalinha. 
Independentemente do protocolo de tratamento, sempre se deve res-
peitar as particularidades de cada cliente. Além disso, deve-se reconhecer 
os detalhes da disfunção do fibroedema geloide e como funciona a sua 
fisiopatologia no tecido. Sobretudo, o profissional deve buscar constante 
atualização a respeito dos recursos empregados no tratamento, a fim de 
planejar um protocolo seguro e eficaz, envolvendo, inclusive, uma série de 
recursos a fim de atingir um único objetivo. 
De forma complementar, o profissional deve solicitar que o cliente continue 
o tratamento em casa. Para isso, pode ser indicado o uso produtos, como 
cremes anticelulite, por exemplo, explicando como devem ser utilizados e 
com qual frequência diária. Ainda, o profissional deve ressaltar, ao cliente, a 
importância de manter uma dieta equilibrada e de praticar exercícios físicos 
regularmente.
Referências
AGNE, J. E. et al. Eletrotermofototerapia. 4. ed. Santa Maria: Pallotti, 2016.
AGNE, J. E. Eu sei eletroterapia. 2. ed. Santa Maria: Pallotti, 2011.
BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo: 
Phorte, 2010.
BORGES, F. S.; SCORZA, F. A. (org.). Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. São 
Paulo: Phorte, 2016.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos e pato-
-logias. 3. ed. Barueri: Manole, 2003.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite) 25
IBRAMED. Sonofocus. 2019. Disponível em: https://ibramed.com.br/site/wp-content/
uploads/2019/02/SONOFOCUS.pdf. Acesso em: 10 ago. 2021.
LOW, J.; REED, A. Eletroterapia explicada: princípios e prática. 3. ed. Barueri: Manole, 2003.
NELSON, R. M.; HAYES, K. W.; CURRIER, D. P. Eletroterapia clínica. 3. ed. Barueri: Manole, 
2003.
PRENTICE, W. E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. 4. ed. Porto Alegre: 
AMGH, 2014.
TASSINARY, J.; SINIGAGLIA, M.; SINIGAGLIA, G. Raciocínio clínico aplicado à estética 
corporal. Lajeado: Estética experts, 2018.
Leituras recomendadas
GERSON, J. et al. Fundamentos de estética 2: ciências gerais. São Paulo: Cengage Le-
arning, 2011.
HEWITT, P. G. Fundamentos de física conceitual. Porto Alegre: Bookman, 2010. 
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores 
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Inovações tecnológicas no tratamento do fibroedema geloide (celulite)26

Mais conteúdos dessa disciplina