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Tais alterações podem ocasionar alargamento do anel valvular, levando a piora na função valvar com aumento da sobrecarga volumétrica; Além disso, o alongamento das cordoalhas tendíneas, espessamento e prolapso dos folhetos são alterações comuns encontradas em estágios precoces de degeneração mixomatosa valvar mitral; átrio esquerdo, gerando sobrecarga volumétrica no lado esquerdo do coração e remodelamento do átrio e/ou ventrículo esquerdo e hipertrofia excêntrica de ventrículo esquerdo e disfunção ventricular; Sinais clínicos > São decorrentes da disfunção do complexo valvar mitral, em que o sinal clínico mais comum identificado pelo tutor é a tosse, podendo ocorrer também, perda de apetite, letargia, fadiga, mucosas pálidas, tempo de perfusão capilar acima de dois segundos e cianose; > Em muitos casos o remodelamento acentuado do átrio esquerdo pode provocar compressão do brônquio principal esquerdo, ocasionando tosse; > Quando a capacidade de complacência atrial é superada há elevação da pressão pulmonar, consequentemente congestão pulmonar, e posteriormente edema pulmonar, o que justifica os sinais clínicos de dispneia, fadiga, intolerância ao exercício e tosse acentuada; > O intenso remodelamento cardíaco que pode Introdução > A degeneração mixomatosa valvar, também conhecida como endocardiose, degeneração valvular mucoide, doença degenerativa crônica ou fibrose valvular crônica; > Cerca de 75% dos cardiopatas apresentam essa doença; > Acomete cães de todas as raças e idades, contudo, observa-se maior prevalência da doença e gravidade das lesões em animais de pequeno porte de meia idade a senis; > Algumas raças predispostas: Poodle, Yorkshire, Spitz-alemão-anão e Chihuahua, sendo a raça Cavalier King Charles Spaniel aquela onde os indivíduos apresentam sinais clínicos mais precocemente; > A deformação progressiva da valva mitral, resulta em falhas na coaptação dos folhetos valvares e consequentemente regurgitação, ou refluxo sanguíneo, do ventrículo esquerdo para o Laís Ohogusiku França DegeneraçãoDegeneraçãoDegeneração mixomatosa valvarmixomatosa valvarmixomatosa valvar Clínica Médica Veterinária É a doença cardiopatia valvar adquirida mais comum em cães e a maior causa de insuficiência cardíaca nessa espécie. É caracterizada pela desorganização estrutural dos componentes da valva mital, dilatação anular e fraqueza das cordoalhas tendíneas. Ecocardiografia - meio diagnóstico mais útil; Exame radiográfico - conveniência e rapidez; um dos métodos também mais utilizados; resultar em arritmias gerando deficiência cardíaco, tendo como consequência a síncope; > Ao exame clínico, o sopro constitui o achado clínico mais precoce, sendo mais facilmente auscultado no ápice cardíaco esquerdo; > Nos quadros iniciais da enfermidade, os animais podem ser assintomáticos, e somente com o avançar da idade e a progressão da degeneração valvar o sopro se torna evidente, com o desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva esquerda; > A doença geralmente é lenta em cães de raças pequenas e pode ser mais rápida em cães de raças grandes; Diagnóstico > É realizado por meio dos exames clínicos e complementares, como eletrocardiograma, exame radiográfico e ecocardiograma; Tratamento > Tem como objetivo a melhora dos sinais clínicos provocados pela insuficiência cardíaca, sendo, portanto, paliativo; Estágio: A; Pacientes com alto risco de desenvolvimento de degeneração mixomatosa valvar, mas nenhuma alteração cardíaca estrutural identificada; Realizado avaliação regular sem tratamento farmacológico ou nutricional; Estágio: B; Alteração estrutural cardíaca evidente (sopro), porém sem sinais clínicos de insuficiência cardíaca; Radiografia de tórax para avaliar a significância hemodinâmica do sopro; Estágio: B1; Sem alterações radiográficas e ecodopplercardiográficos de remodelamento cardíaco, ou com remodelamento presente, mas não importante o bastante para início de tratamento; Não é recomendado o uso de fármacos ou terapia nutricional; Estágio: B2; Com alterações hemodinâmicas significativas evidenciadas por ecodopplercardiograma, ou radiografia torácica; Recomendado o uso de pimobendan e inibidores da enzima conversora da angiotensina; Estágio: C; Alterações estruturais cardíacas e sinais clínicos de insuficiência cardíaca presente, ou com histórico de sinais clínicos de insuficiência cardíaca; Administração de diuréticos, furosemida, sendo também recomendado o tratamento com inibidores de enzima conversora da angiotensina para cães com insuficiência cardíaca aguda; Espironolactona - recomendado para > Para o manejo terapêutico adequado, observa-se a a classificação do paciente portador de degeneração mixomatosa valvar: Laís Ohogusiku França Clínica Médica Veterinária Os animais diagnosticados apresentam baixa sobrevida, devido à características crônicas e progressivas da doença, portanto, o diagnóstico precoce pode garantir qualidade de vida. É uma doença incurável e progressiva. a terapia crônica em cães no estágio C, funcionando como cardioprotetor; Pimobendan aumenta a contratilidade ventricular e reduz a pré-carga e pós- carga em pacientes com insuficiência cardíaca avançada; Estágio: D; Sinais de insuficiência cardíaca persistente, ou em fase terminal, refratários à terapia padrão; Mesmo tratamento do estágio C + atenção a diminuição da ingestão de sódio em pacientes com acúmulo de fluidos refratários; No caso cirúrgico, a técnica é a plastia mitral. Manejo terapêutico não é curativo, mas visa reduzir a evolução da doença. O tratamento ideal é a reparação cirúrgica dessa valva, ou ainda, a sua substituição. Laís Ohogusiku França Clínica Médica Veterinária