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Aneurismas 1 Aneurismas Created Tags Aneurisma é um aumento maior do que 1,5x o diâmetro esperado para um determinado vaso O mais prevalente é o aneurisma da aorta e ilíacas, embora outras possam ter Fatores de risco: idade, sexo masculino, tabagismo, outros aneurismo, história familiar, aterosclerose, DAOC, hipercolesterolemia e HAS Tipos Degenerativos: aterosclerose → influência da elastase e deficiência da produção de fatores inibidores das metaloproteinases Inflamatórios: mecanismos autoimunológicos com substituição da camada média por tecido fibroso Micóticos ou infecciosos: destruição da camada média devido embolos sépticos através da vasa vasorum; endocardite infecciosa e sepsemia por bacilos gram -; o principal agente é o treponema pallidum Congênito Traumáticos Podem ser isolados ou múltiplos; verdadeiros ou falsos (pseudoaneurismas); fusiformes ou saculares Epidemiologia: A aorta abdominal → A poplítea Diagnóstico (Exame físico e imagem) USG TC: permite avaliar diâmetro, limites proximais e distais, além de ter informações importantes para o planejamento cirúrgico RM: usada em caso de CI de contraste (pct com DRC) Arteriografia: avaliação de artérias adjacentes; não sendo útil para confirmar diagnóstico ou medir diâmetro @January 5, 2023 11:32 AM Aneurismas 2 Aneurismas abdominais Aneurismas saculares (maior associação com inflamação/ vasculite) → sempre ocorre indicação cirúrgica Aneurisma fusiforme (associação com degeneração da parede) → avaliados quanto a indicação cirúrgica, depende do diâmetro Principalmente, infrarrenal pela histologia da parede aórtica com generação da matriz celular e diminuição do colágeno tipo II e elastina e aumento do colágeno tipo I A principal complicação é a rotura Melhor forma de prevenção é correção de cirurgia oportuna O screening é recomendado para todos homens acima de 65A com USG com doppler abdominal ANEURISMA ASSINTOMÁTICO/ ELETIVO Se primeiro USG vier negativo, não há indicação para repetimento Indicação cirúrgica em aneurisma abdominal se assintomáticos (sintomas são dor, palpação, trombos) → >5cm em geral Homens: 5,5cm Mulher: 5cm O aneurisma em mulheres tem maior risco de rotura Aneurismas com diâmetro inferior ao cirúrgico devem ter seguimento com USG anual com valores próximos deve ser semestral Tratamento deve ser: Interrupção do tabagismo Controle da HAS Otimizar tto de dislipidemia Uso de BB Tomografia: deve ser utilizada para planejamento cirúrgico ANEURISMA SINTOMÁTICO/ URGÊNCIA Tríade: dor abdominal, hipotensão e massa abdominal pulsátil O extravasamento de sangue, geralmente, é posterior Aneurismas 3 Outros sintomas podem ser decorrentes devido compressão das estruturas: dor lombar; hidronefrose; náuseas; vômitos; trombose de cava, ilíacas ou femorais Dor referida, dor a palpação do aneurisma, embolização de trombos (oclusão aguda de MMII) ou rotura Dor referida/ à palpação ou embolização de trombos: internação para seguimento com cirurgia Rotura: realizar cirurgia mesmo que esteja hemodinamicamente estável 💡 Qualquer sinal de instabilidade hemodinâmica deve ser indicado como sintoma de rotura, isto é, aneurisma roto (a melhora pode ocorrer pela contenção pela estrutura retroperitoneal) Realizar TC se pacientes estáveis hemodinamicamente para planejamento Conduta: internação → TC para planejamento cirúrgico → correção assim que possível, idealmente nas primeiras 24h TRATAMENTO Os pacientes devem ter avaliação clínica cuidadosa antes do ato operatório, lembrar de idosos com ateromatose e casos de DAC e DPOC Otimização cardíaca pré-operatória Sopro de carótida ou histórico de AIT → doppler de carótidas e caso estenose realizar endarterectomia da carótida antes da cirurgia REPARO ENDOVASCULAR Prótese convencional: A prótese deve ser colocada dentro do aneurisma, sendo fixada no colo (infrarrenal e ilíacas, deve ter, no mínimo 1,5cm, diâmetro <2cm, sem tortuosidades (colo <60°) e trombo e calcificações em <50%); diâmetro da a. ilíaca externa ≥ 7mm Principalmente pacientes mais idosos e com risco cirúrgico alto (comorbidades) Desvantagens: custo (melhor PO imediato); seguimento com tomografia/ USG com microbolhas; maior taxa de re-intervenção Aneurismas 4 Técnico: acesso pelas artérias femorais bilateralmente; cateterização do colo do aneurisma com auzílio de fio guia e cateteres; injeção de constraste para obter imagens; identificação das aa. renais; liberação da endoprótese justarenal; liberação das extensões aortoilíacas; aortografias e fechamento do acessos Quando há ilíaca tá dilatada; utiliza-se prótese ramificada de ilíacas (interna ou externa) ou uso da hipogástrica Cirurgia aberta (Enxerto com Dacron) Qualquer paciente pode ser indicado Pacientes mais jovens com risco cirúrgico mais baixo e pacientes sem possibilidade de reparo endovascular Vantagens: controle anual com USG e menor re-intervenção Desvantagens: hérnias e maior morbidade cirúrgica Técnica: o acesso pode ser com acesso transverso ou laparatomia mediana → identificação da veia renal esquerda, colo do aneurisma, duodeno, veia gonadal esquerda, illíacas e VMI → controle aneurisma proximal e distal → evacuação de trombos →ligadura das Aa. lombares →anastomoses com prótese de Dacron →Revisão da hemostasia → Arteria Mesentérica Inferior (ligadura ou reimplante) → Cobertura do dacron com parede do aneurisma para evitar contato com prótese e alças intestinais Complicações: Isquemia mesentérica Geralmente, em região de reto e sigmoide Circulações colaterais: pancreatoduodenais e arcada de Riolan comunicando TC, AMS e AMI Fatores de risco: aterosclerose e instabilidade hemodinâmica Maior risco quando há ligadura de hipogástrica Infecção de prótese Complicação tardia Fístula do aneurisma ou contaminação cirúrgica Sintoma: sepse, prostração, febre, elevação de provas inflamatória, hemorragia digestiva Aneurismas 5 Exame de imagem: gás peri prótese Tratamento: explante da prótese com reconstrução anatômica (in situ ou extra-anatômica, p ex. axilo-femoral) 💡 Endoleaks Tipo 1A: Colo proximal → risco de romper aneurisma, sendo mais grave → tto cirúrgico Tipo 1B: Colo distal → risco de romper aneurisma → tto cirúrgico Tipo 2: Perviedade dos ramos (A. lombares e AMI) → tto conservador Tipo 3: Desconexão ou rotura da prótese → tto cirúrgico Tipo 4: Permissibilidade do tecido da endoprótese → tto conservador Tipo 5: Endotensão (a parede do aneurisma produzindo líquido inflamatório) → tto conservador Aneurismas de Artéria poplítea Geralmente, são assintomáticos, sendo diagnóstico realizado com exame físico ou imagem Os primeiros sintomas podem ser decorrentes devido insuficiência arterial devido trombose ou embolia do aneurisma Epidemiologia 70% do aneurismas periféricos 50% são bilaterais Melhor exame para planejamento é angioTC Quadro clínico Raramente sintomas compressivos e de rotura Massa pulsátil na fossa poplítea Indicação cirúrgica Aneurismas 6 Isquemia aguda de MMII Êmbolos distais Diâmetro transversal >2cm Tratamento Correção cirúrgica convencional de aneurisma de artéria poplítea com interposição de enxerto Correção cirúrgica endovascular com implante de stent revestido Aneurisma de Aorta torácica Histologicamente são semelhantes ao aorta infrarrenal, mas as alterações são menos exuberantes Não existe screening; seguimento com TC Indicação cirúrgica no paciente assintomático Homem: 6cm Mulher: 5,5cm Grande preferência pelo reparo endovascular Acesso pelas Aa. femorais → Caterização do colo do aneurisma → Injeção de contraste → Identificação da A. subclávia esquerda e tronco celíaco → Liberação da endoprótese → Aortografias e fechamento dos acesso femorais - pode prevenir com derivação lombar (aumento da pressão lombar → drenar líquido) Complicação: Isquemia medular (A. dominante de Adomkiewicz) → Paraplegia, logo, deve, se cobrir o mínimo possível de aorta Morbidadedo acesso cirúrgico para reparo aberto (toracostomia) Indicação cirúrgica no sintomático: sempre Atenção para drenagem de tórax no PO (não pré) Aneurisma toracoabdominal Menos frequentes Não existe screening; seguimento com TC Indicação cirúrgica no paciente assintomático Aneurismas 7 Homem: 6cm Mulher: 5,5cm Possibilidade de reparo aberto ou endovascular Cirurgia aberta: toracofrenolaparotomia esquerda →cirurgia extracorpórea com bomba atriofemoral → perfusão com ramo viscerais com shunt → anastomose proximal → confecção de manchão envolvendo os ramos viscerais → anastomose proximal, distal e do manchão Endovascular: acessos femorais e braquiais → uso de próteses fenestradas ou ramificadas → caterização e revascularização