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Principais emergências médicas na odontologia

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Principais emergências médicas na odontologia
Aula 1
1) Hipertensão arterial
2) Angina Pectoris
3) Infarto do miocárdio
4) Parada cardíaca
5) Acidente vásculo cerebral
6) Arritmias
7) Convulsões
8) Hipoglicemia
9) Anafilaxia - reações alérgicas
10)Síndrome hiperventilação
11)Alteração da consistência
12)Hipotensão ortostática
13)Superdosagem de anestésicos locais
14)Asma
15)Toxicologia do flúor
Hipertensão arterial
Conhecida como pressão alta, denota o aumento da força com que o coração deve
impulsionar o sangue para todo o corpo.
É relevada quando os valores da pressão arterial superam 120/80 mm/Hg de
maneira constante. Tolerância de 130/90 mm/Hg (não é aceita como normal, mas é
a tolerância).
Uma doença silenciosa.
Etiologia:
- Predisposição genética + fatores ambientais
- Obesidade
- Ingestão excessiva de álcool
- Alimentação rica em sal
- Stress
- Fumo
- Sedentarismo
- Alterações de sono
Patogenia:
Absorção lipídica (colesterol)
Alterações:
- funcionais no sistema nervoso autônomo simpático (S.N.A.S)
- renais
- do sistema renina angiotensina (sistema de reabsorção)
- de outros mecanismos hormonais
- disfunção endotelial
Epidemiologia:
95% dos pacientes NÃO descobrem a causa da hipertensão
90% dos pacientes tem hipertensão leve
Maior prevalência acontece entre negros
Até 40 anos, 10% (brancos) e 20% (negros)
Até 59 anos, 20% (brancos) e 40% (negros)
Até 69 anos, ultrapassa 40% (negros) e atinge 60% após aos 70 anos
No Brasil, 15% da população adulta; Mais pobres, maior prevalência.
Aspectos macroscópicos:
- “Assassina silenciosa” (assintomática)
- Dores de cabeça (região occipital), onde está o plexo do meníngeo
- Tonturas
- Mal estar
- Dor nos olhos
Aspectos microscópicos:
- Ruptura dos vasos mais sensíveis causando derrame
- Hipertrofia cardíaca
- Feridas nas paredes internas dos vasos onde depositam-se partículas que
provocam o entupimento dos mesmos.
Complicações:
- Doenças cardíacas: hipertrofia, infarto, insuficiência cardíaca congestiva.
- Retinopatia hipertensiva (cegueira);
- Nefropatia (paralisação dos rins);
- Aneurismas em vasos sanguíneos (derrame);
- Doença vascular arterial periférica;
- Edema pulmonar;
- A V E I ( Acidente vascular trombótico);
- Riscos cirúrgicos;
- Riscos anestésicos.
Principais fatores de risco:
- Tabagismo;
- Dislipidemia;
- Vida sedentária;
- Alimentação inadequada;
- Diabetes mellitus;
- Stress;
- Idade acima dos 60 anos;
- Pós-menopausa;
- Genética cardiopata: mulheres -> 65 anos (menos)
homens -> 55 anos (menos)
Diagnóstico:
Sintomas precoces e frequentes:
- Cefaléia;
- Vertigens;
- Zumbidos nos ouvidos ;
- Escurecimento da visão;
- Inchaço nas pernas
- Palpitações,ansiedade,cansaço e irritabilidade excessiva.
-
Necessidade diagnóstica precoce:
- Níveis tensionais acima 120/80 mm Hg.
Rotina diagnóstica:
- Confirmação por intervalo de tempo.
Classificação diagnóstica.
Prognóstico:
Favorável: quando o paciente segue adequadamente as instruções médicas desde
que a doença tenha sido detectada precocemente;
Duvidoso: quando o comportamento do paciente não
condiz completamente com as instruções médicas;
Desfavorável: além do comportamento inadequado do paciente, são fatores
agravantes a idade e o estágio em que se encontra a doença .
Tratamento:
- Exercícios regulares moderados (inicial);
- Mudanças no estilo de vida;
- Controles periódicos;
- Terapia medicamentosa (posterior);
- Individual
Dependerá:
> Nível de pressão arterial;
> Coexistência de fatores de risco;
> Lesões de outros órgãos.
Tratamento medicamentoso:
Prescrição de:
• diuréticos tiazídicos;
• bloqueadores dos canais de cálcio;
• betabloqueadores;
• inibidores da enzima conversora da angiotensina;
• bloqueadores AT1 (Proteína ligada à vasoconstrição).
Prevenção no consultório:
- Anamnese e Exame físico bem conduzidos;
- Contato com o médico cardiologista do paciente;
- Controle do stress;
- Técnica anestésica apurada;
- Cuidados na intervenção odontológica de rotina (biossegurança)
Angina Pectoris
Aula 2
Definição: “dor no peito”
A angina, ou angina de peito, é uma dor torácica transitória ou uma sensação de
pressão no peito que se produz quando o músculo cardíaco não recebe oxigênio
suficiente.
Definição médica e classificação:
Angina Pectoris: Cardiopatia Isquêmica Transitória Sintomática.
Classificada em:
- Leve;
- Moderada;
- Grave e Instável.
Fator causal:
Cardiopatia esclerótica ou obstrução arteriosclerótica de uma ou mais artérias
coronárias principais;
Outras causas:
- anomalias da válvula aórtica, especialmente a estenose
(estreitamento da válvula aórtica),
- a insuficiência (regurgitação através da válvula aórtica)
- a estenose sub aórtica hipertrófica.
NOTAS:
- Dado que a válvula aórtica está próxima da entrada das artérias coronárias,
estas anomalias reduzem o fluxo de sangue para as mesmas.
- O espasmo arterial (estreitamento súbito e transitório de uma artéria) também
pode causar angina de peito.
- A anemia grave também pode reduzir o fornecimento de oxigênio ao
músculo cardíaco e desencadear um episódio de dor.
Sintomatologia:
- Durante um esforço físico, dura só alguns minutos e desaparece com o
repouso.
- Agrava-se, geralmente, com o frio. Caminhar contra o vento ou sair de uma
casa quente para um espaço onde o ar frio pode provocar angina de peito.
- O stress emocional também pode desencadear uma angina ou fazê-la piorar.
- Às vezes, uma emoção forte, mesmo que se esteja em repouso, ou um
pesadelo durante o sono provocam o aparecimento de angina.
Diagnóstico:
- Descrição dos sintomas feita pelo doente
■ O ecocardiograma de esforço é uma prova na qual se obtêm imagens do coração
(ecocardiogramas) por reflexão de ultrassons.
■ A coronariografia (arteriografia das artérias coronárias) pode efetuar- se quando o
diagnóstico de doença das artérias coronárias ou de isquemia não é seguro.
■ A angiografia (radiografias consecutivas das artérias efetuadas após a injeção de
um produto de contraste), às vezes, pode detectar um espasmo das artérias
coronárias que não têm um ateroma.
Prognóstico:
Os fatores-chave para prever o que pode acontecer às pessoas com angina incluem
a idade, a extensão da doença das artérias coronárias, a gravidade dos sintomas e,
na maioria dos casos, o grau de função normal do músculo cardíaco. Quanto mais
forem as artérias coronárias afetadas ou mais grave for a sua obstrução, mais
desfavorável será o prognóstico.
O prognóstico é surpreendentemente bom em uma pessoa com angina estável e
uma capacidade normal de bombeamento (função do músculo ventricular).
Uma capacidade de bombeamento reduzida piora o prognóstico.
Tratamento:
- Mudança no estilo de vida;
- Medicamentos;
- Perda de peso;
- Parar de fumar;
- Reduzir a ansiedade e tensão;
- Evitar Estresse;
- Prescrição médica medicamentosa.
- Para alívio imediato é indicada nitroglicerina, sublingual, variável de 0,3 mg a
0,6 mg; (antianginoso, vasodilatador).
- Angina moderada: administra nitratos de ação prolongada.
Prevenção:
- História do paciente;
- Avaliar medicação do paciente; Conversar com o médico do paciente;
- Tratamentos extensos não devem ser realizados sem aprovação médica.
Tratamento emergencial:
No consultório Odontológico,o CD deve possuir medicamentos, com exemplo:
Nitroglicerina ( 0,3 - 0,4 mg );
Tranquilizar paciente;
- Inclinação da cadeira em 45°, administrar nitroglicerina via SL, e oxigênio
inalado; Se a dor não cessar entre 8 a 10 min, transportar paciente para
hospital.
Tratamentos odontológicos:
Angina leve:
- Tratamentos dentários são suportados.
Angina Moderada:
- Profilaxia com nitroglicerina SL, antes do tratamento.
Angina Grave:
- Consultar médico, profilaxia. Cirurgia em ambiente hospitalar.
Infarto agudo do miocárdio (IAM ou EAM)
Aula 3
Etimologia: cheio/atulhado; inchar
Conceito:
Infarto do miocárdio = isquemia (aporte de oxigênio e nutrientes) e necrose(morte)
do músculo cardíaco que se instalam após irrupção do fluxo sanguíneo.
É a redução do fluxo sanguíneo coronariano de magnitude e duração suficiente para
não ser compensado pelas reservas orgânicas.
Faz parte de um grupo de doenças chamado Doença Isquêmica do Coração
Sinonímia:
- Enfarte agudo do miocárdio (EAM)
- Infarto agudo do miocárdio (IAM)
- Doença isquêmica do coração
- Obstrução das coronárias
- Ataque cardíaco (ERRADO)
- Crise cardíaca
Classificação:
- Infarto branco, anêmico ou isquêmico
- Infarto vermelho ou hemorrágico (fragilidade do epitélio, não provocada por
colesterol
Etiologia:
- Hereditariedade
- Tabagismo
- Stress
- Alimentação rica em gorduras
- Hiperlipidemia
- Sedentarismo
- Pode ser resultado de doença progressiva das artérias coronárias
secundárias: a arteriosclerose ou aterosclerose
Epidemiologia:
Principal causa de morte nos EUA e nos países industrializados.
No Brasil:
- Acomete 1 milhão de pessoas no Brasil/ano; ⅓ vão a óbito
- 250.000 pessoas / ano morrem antes de atendimento médico
- 1 em cada 25 que tem alta hospitalar morre no 1° ano após o infarto
- 10% ocorrem em menores de 40 anos
- 45% ocorrem em menores de 65 anos
- Durante toda vida, homens têm risco maior do que as mulheres, mas a
diferença declina com o avanço da idade.
Fatores de risco:
- Idade acima de 40 anos
- História familiar positiva
- Dislipidemia
- Tabagismo
- Hipertensão arterial
- Obesidade
- Sedentarismo
- Diabetes mellitus
Características clínicas:
Dependem de
- Local, intensidade e taxa de desenvolvimento das observações
ateroscleróticas coronarianas;
- Tamanho do leito irrigado pelos vasos obstruídos;
- Duração da oclusão;
- Necessidades metabólicas e de oxigênio do miocárdio em risco;
- Quantidade de vasos colaterais;
- Presença, local e intensidade de espasmo;
- Outros fatores (pressão arterial, frequência cardíaca).
Consequências e complicações:
- Arritmias cardíacas;
- Distúrbios de condução ou bloqueio;
- Insuficiência cardíaca;
- Disfunções das válvulas cardíacas;
- Aneurisma cardíaco;
- Ruptura cardíaca;
- Pericardiopatias;
- Tromboembolismo pulmonar e/ou sistêmica.
Semiologia e diagnóstico das neoplasias não
odontogênicas malignas e benignas
Aula 3
O líquen plano não é um câncer, mas o estímulo constante de baixa intensidade e
longa duração na mucosa pode se tornar um câncer. Ex: prótese fixa mal adaptada.
Introdução
- Neoplasia é o termo que designa uma neoformação tecidual caracterizada
pela proliferação celular anormal sem controle.
- Apresenta um crescimento que excede o dos tecidos normais.
- Não é coordenado com o dos tecidos vizinhos ou com o do organismo como
um todo.
Classificação
- Costuma-se chamar neoplasia de tumores.
- Elas são classificadas assim de acordo com o grau de diferenciação de suas
células, ritmo e a forma de crescimento.
- As neoplasias podem ser classificadas de dois tipos, malignas e benignas
Tumores benignos dos tecidos moles:
- Papiloma
- Queratoacantoma
- Fibroma
- Lipoma
- Mixoma
- Hemangioma e linfangioma (tumores de origem vascular)
- Adenomatosos pleomórfico
- Leiomioma
- Rabdomioma
- Mioblastoma de células granulares
- Tumor melanótico neuroectodérmico da infância
- Neurilemoma
- Neurofibroma
Papiloma Bucal
Definição:
Crescimento papilar e verrucoso formado por epitélio benigno e pequenas
quantidades de tecido conjuntivo de sustentação.
Lesão papilar mais comum da mucosa bucal, constituindo aproximadamente 2,5%
das lesões da boca.
Pode demonstrar associação com o vírus do papiloma humano (HPV).
Casuísta:
Ocorre em todas as faixas etárias;
Frequência em ordem decrescente: mucosa jugal; gengiva; palato; lábio; língua.
Características físicas:
- Crescimento exofórico (para fora);
- Geralmente mais pediculado (base maior) do que séssil (base menor/mais
espalhado);
- Superfície mostra projeções teciduais de aspecto digitiforme ou verrucóides
(couve flor)
- Queratinização superficial - decorrente de traumas - mostrando superfície
esbranquiçada
- Relativamente pequenos: 4 a 5mm
Características histológicas:
- Projeções digitiformes, acantose, hiperqueratose;
- Projeções conjuntivas que conduzem os vasos nutritivos.
Diagnóstico clínico:
- Aspecto característico da lesão;
- História clínica de traumatismo crônico local.
Se remover a causa deve cessar o efeito - papiloma
Se tiver reivindica - não tiramos a causa ou não é um papiloma
Tratamento:
- Cirúrgico, excisional, com pequena margem de segurança, tendo prognóstico
favorável.
Fibroma
Definição:
- Lesão benigna, proliferativa das mais comuns que ocorre em forma de
nódulos da cavidade bucal;
- Tem origem no tecido conjuntivo.
Características clínicas:
- Crescimentos focais circunscritos de tecido conjuntivo fibroso;
- Mucosa de revestimento intacta e de coloração normal ou levemente mais
clara devido a pouca vascularização;
- Consistente à palpação;
- Séssil ou pediculado;
- Dimensões variadas: pode atingir vários centímetros.
Casuística:
- Gengiva
- Mucosa jugal
- Língua
- Lábios
- Palato
Tipos:
Há dois tipos de fibroma de tecidos moles: o fibroma irritativo e o fibroma
neoplásico.
Pode ser genético ou acidente da natureza.
Etiologia:
- O fibroma irritativo em realidade trata-se de simples aumento do número de
células, devido a traumas de mastigação ou devido a prótese mal ajustada na
boca.
- O fibroma do tipo neoplásico é menos frequente e em geral não está
associado a esses elementos traumáticos.
Diagnóstico clínico / laboratorial:
Diagnóstico clínico: consiste na observação de características próprias do fibroma,
como presença de aumento nodular, coloração rosa e discretamente avermelhada,
mucosa superficial lisa e homogênea e consistência fibrosa à palpação.
Diagnóstico laboratorial: é obtido após remoção cirúrgica do fibroma e análise
microscópica, onde são identificadas numerosas células produtoras de fibras
(colágeno), fibroblastos, fibrócitos e pequenos vasos sanguíneos.
Tratamento:
- Remoção cirúrgica de toda lesão
- Eliminação de qualquer forma de trauma ou irritação crônica local
- Recidivas: acontecem se o agente causal e/ou a própria lesão não for
totalmente eliminada
Obs: proservação contínua pela dificuldade diagnóstica histopatológica de descartar
malignidade absoluta.
Lipoma
Definição:
- Tumores constituídos de células adiposas maduras, com variável quantidade
de feixes colágenos e vasos.
- Quando o componente fibroso é proeminente recebe o nome de fibrolipoma.
- Pouco frequente na boca.
- Regiões bucais mais comuns: face interna labial, região jugal d lingua.
Características clínicas:
- Quase sempre pediculado
- Gelatinosa à palpação
- Mucosa de revestimento de aspecto liso e normal, podendo às vezes ser um
pouco mais clara ou amarelada que a adjacente.
Diagnóstico clínico:
- Flutuam na solução fixadora (formol 10%) em decorrência da gordura ser
mais leve.
Tratamento:
- Cirúrgico, com raras recidivas, prognóstico bom.
Hemangioma
Lesão vascular que se exterioriza ou não é tem potencial de hemorragia.
O dentista precisa tomar cuidado para não causar um sangramento, deve-se
encaminhar para um buco maxilo.
Definição: é um grupo extenso de lesões vasculares que devem ser melhor
chamadas de tumores vasculares da infância ou angiodisplasias (são lesões
vasculares extasiadas).
Os tumores vasculares são os tumores mais frequentes da infância com incêndia de
3-5 para cada 100 nascimentos.
Hemangioma: as angiodisplasias ou tumores vasculares da infância podem ser
divididas em grupo de lesões que apresentam a mesma história natural, aspecto ao
exame físico, histológico e evolução, de acordo com a classificação de Curado.
A) Hemangioma plano
- Manchas vinhosas bem delimitadas localizadas na pele e mucosas,
presentes desde o nascimento.
- Tratamento: raio laser
B) Hemangioma cavernoso
- Formados por dilatações venosas
- Localizados profundamente na derme que podem comprometer estruturasmais profundas como subcutâneo, músculos, ossos, etc.
- Tratamento: face - escleroterapia; componente arterial - embolização
através da arteriografia superseletiva; cirurgia - quando não deixa cicatrizes.
C) Hemangioma Fragiforme
Angiotensina - Formação de um vaso que irá transportar sangue
- Se originam de um único broto angiogênico e tem tendência circular;
- Tratamento: corticoterapia e interferon (o mais precocemente possível)
D) Hemangiomas tuberosos
- Se originam de vários brotos angiogênicos
- Os hemangiomas tuberosos extensos devem ser abordados rapidamente.
- Tratamento: corticoterapia e interferon (o mais precocemente possível).
Linfangioma
Representa as lesões do sistema linfático ou malformações vasculares linfáticas;
Os vasos linfáticos coletam o excesso de fluidos dos tecidos que são transportados,
através de uma série de pequenos vasos, de volta para o sistema venoso.
O excesso de fluidos acumulado dentro destes vasos causa dilatação, resultando no
inchaço da área comprometida.
Geralmente as más-formações linfáticas apresentam um ritmo de crescimento
estável.
Alguns casos podem apresentar aumento súbito temporário, desencadeado por
episódios de trauma ou infecção.
Importante:
- Pouco se sabe sobre a causa dos hemangiomas e linfangiomas, e por isso
consideramos uma doença genética - sobre a qual geneticistas ainda buscam
uma resposta quanto aos fatores que influenciam para o surgimento dessa
patologia.
- Cuidado com o tratamento!
Adenoma Pleomórfico
- Tumor de origem epitelial de glândulas salivares.
- Também conhecido como tumor misto benigno (pode ter origem epitelial mas
também existem os mesmos).y
- É o mais comum.
- A denominação adenoma pleomórfico é devida ao padrão variável que
apresenta.
- No que diz respeito a histogenese, as teorias atuais desta lesão relatam
haver proliferação de diversas células com características de células ductais
e mioepiteliais,
Acontece principalmente:
- Glândula parótida
- Glândula submandibular
- Glândulas menores
Localizam - se: palato; lábio superior; mucosa jugal.
Características clínicas:
- Idade entre 30 - 60 anos
- Em adultos jovens
- Podem se desenvolver em qualquer idade, inclusive crianças medem
nascidas
- É mais frequente no sexo feminino
- Nódulo pequeno; indolor (pode haver desconforto local)
- Crescimento lento
- Às vezes intermitente
Na glândula parótida, os tumores tipicamente não apresentam fixação nem opiais
tecidos profundos nem a pele suprajacente.
Surge como uma lesão móvel, perde essa mobilidade com o crescimento.
Ocorrem mais frequentemente no lobo superficial com rara paralisia do nervo facial.
Se apresenta como uma tumefação no ramo mandibular à frente da orelha,
formando uma massa nodular irregular de consistência firme, tipicamente lobulada e
é envolvida por uma pseudocápsula.
Superfície lisa e moldurada e que dificilmente sofre ulceração secundária, a menos
que a superfície seja traumatizada.
Por vezes podem ser palpadas áreas de degeneração cística.
O tamanhos varia entre 2 e 6mm, porém se negligenciadas podem crescer a
proporções grotescas.
Raramente ocorre na glândula sublingual.
Tratamento e prognóstico:
- Excisão cirúrgica com margem de segurança.
- Para as lesões que atingem o lobo superficial da glândula parótida,
recomenda-se a parotidectomia superficial com a preservação do nervo facial
não envolvido. A enucleação não é aconselhável devido ao risco de recidiva.
- Para os tumores do lobo profundo da parótida, usualmente, se faz a
parotidectomia total, com preservação do nervo facial, se possível, pois a
paralisia deste nervo é considerada como um sinal extremamente
desfavorável.
Tumores benignos dos tecidos duros
As principais neoplasias benignas de tecidos duros são: osteom; osteoblastom.
Osteoma
Definição: é uma lesão osteoblástica, frequentemente benigna ativa, caracterizada
pelo seu pequeno tamanho, menor do que 1,5mm, com bordos claramente
delimitados e presença frequente, mas não constante, de uma zona periférica de
neoformação óssea reativa.
Características clínicas: aparecem nas diáfises dos ossos longos, como tíbia e
fêmur. Lesão dolorosa.
Características histológicas: constituído por um tecido celular muito vascularizado
composto por osso imaturo e tecido osteóide.
Diagnóstico por imagem: apresenta-se como um nicho radiotransparente oval ou
arredondado, com uma zona reacional esclerótica densa ao redor da lesão.
Tratamento:
- Exérese “ampla” do nicho com pequena área de esclerose ao seu redor.
- Procedimentos “intracapsulares”
- A biópsia antes da cirurgia raramente é necessária
Osteoblastoma
Definição: é uma lesão benigna ativa com estrutura histológica semelhante a do
osteoma osteoide, do qual se diferencia pelo maior tamanho (geralmente maior do
que 1,5cm), pela habitual ausência de uma zona periférica de formação óssea
reativa e pela maior agressividade.
Características clínicas: costuma acometer as vértebras, o ilíaco, as costelas e os
ossos da mão e dos pés. Não é doloroso.
Diagnóstico por imagem: radiograficamente são lesões predominantemente
osteolíticas, raramente predominando o conteúdo osteoblástico.
Tratamento: ressecção da lesão com margens amplas.
Neoplasias Malignas
Os tumores malignos são invasivos, e é a sua infiltração progressiva de estruturas
adjacentes ou distantes, através de metástases, que cria disfunções nos órgãos
invadidos e reações imunitárias as lesões que levam a insuficiência ou má função
de órgãos vitais e a morte.
No entanto, nem todos os cancros são invasivos.
As principais neoplasias malignas são: melanoma, carcinoma, sarcoma,
condrossarcoma.
A) Melanoma
Definição: o melanoma cutâneo é um tipo de câncer que tem origem nos
melanócitos e tem predominância em adultos brancos.
Fatores de risco: sensibilidade ao sol, pele clara, exposição excessiva ao sol,
história prévia de câncer de pele, história familiar de melanoma, nevo congênito,
maturidade, xeroderma pigmentoso e nevo displásico.
Prevenção: evitando-se a exposição ao sol no horário das 10hrs-16hrs, sempre
utilizar chapéu, guarda sol, óculos escuros e filtro solar com fator de proteção 15 ou
mais.
Sintomas: aparecimento de uma ponta escura de bordas irregulares acompanhada
de coceira e descamação. Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente, ocorre
um aumento no tamanho, uma alteração na coloração e na forma da lesão que
passa a apresentar bordas irregulares.
Diagnóstico: mudança na coloração, despigmentação, crescimento ou alteração de
forma - biópsia
Tratamento: a cirurgia é o tratamento indicado. A radioterapia e a quimioterapia
tábem podem ser utilizadas dependendo do estágio da doença. Quando a
metástase, o melanoma é incurável na maioria dos casos.
B) Carcinoma
Definição: tumor maligno epitelial ou glandular, que tende a invadir tecidos
circundantes, originando metástase.
Derivações = basocelular e espinocelular
B.1) Carcinoma basocelular
Definição: tumor maligno epitelial ou glandular quando atinge a camada basal de
epiderme, uma das mais complicadas devido seu enorme poder de multilação.
Sintomatologia: feridas, variações na cor, dor, descamação e sangramento.
Etiologia: exposição ao fator ultra violeta.
Diagnóstico: ferida que cresce lentamente e pode ser classificada como nodular,
cístico, pigmentado, superficial.
Tratamento: cirurgia micrografica, excisão cirúrgica com margens pré determinadas,
curetagem, radioterapia, interferon alfa.
B.2) Carcinoma espinocelular
Definição: espinocelular quando atinge a camada espinhosa da epiderme. Trata-se
de doenças neoplásicas.
Sintomatologia: assintomático.
Etiologia: tabagismo.
Prognóstico: depende da recidiva.
C) Sarcoma
Definição: é uma neoplasia do osso, cartilagem, tecido gordo, músculo, vasos
sanguíneos, ou de outros tecidos do tipo conjuntivo ou de suporte. “Crescimento
carnoso”
Diagnóstico: tomografia; ressonância magnética; biópsia.
Tratamento: cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Nomenclatura:- Fibrossarcoma
- Histiocitoma fibroso maligno
- Lipossarcoma
- Sarcoma de kaposi
- Sarcoma sinovial
- Osteossarcoma
- Sarcoma de Ewing
Sarcoma de kaposi = lesao vinhosa que caracteriza a imunodeficiência humana
Sarcoma de Ewing = tumor ósseo maligno que acomete os indivíduos na menor
faixa etária.
D) Condrossarcoma
Definição: tumor maligno caracterizado pela formação de cartilagem pelas células
tumorais.
Ocorrência: ocorre primariamente no adulto, raramente encontrada na adolescência
e quase nunca nas crianças. Tumor de crescimento lento, na laringe é o local mais
frequente.
Classificação:
- primário = a maioria
- secundário = a maioria
- mesenquimal = raro
- desdiferenciado = raro
Sintomas: rouquidão, dispneia e disfagia
Detecção: pelo exame radiológico/histopatológico
Tratamento:
- Cirúrgico com ressecção do segmento acometido.
- Margens devem sempre sem amplas pois não há resposta à radio e
quimioterapia.
- Chances de recorrência em cirurgias marginais são grandes e as
recuperações são geralmente mais difíceis, com menor chance de
erradicação do tumor e cura da lesão.
- O risco de implantação das células cartilaginosas é grande e as recorrências
em partes moles são frequentes devido ao tipo de nutrição da célula
cartilaginosa que se faz por embebição.
Condrossarcoma primário (medular)
Características clínicas:
- Tumor observado mais comumente em adultos;
- Geralmente depois da terceira década de vida;
- Pelve; e nos ossos longos, particularmente no fêmur e no úmero;
- Tumor de crescimento lento, mas pode produzir metástases em órgãos
distantes, geralmente nos pulmões;
Diagnóstico por imagem:
- A lesão é caracterizada por uma expansão da porção medular do osso,
espessamento da cortical e principalmente irregularidade e ondulação
endosteal;
- O aparecimento de calcificações algodonosas ou anelares é frequente,
- Aparecimento de massas em partes moles é também frequente
- A tomografia axial computadorizada e ressonância magnética são de
importância para avaliação da extensão intra-óssea e da massa de partes
moles.
Carcinoma secundário
Características clínicas:
- Aparecem devido à transformação maligna dos condromas, osteocondromas,
condroblastomas e fibroma-condromisóides;
- As transformações geralmente aparecem na vida adulta;
- A principal queixa é a modificação das características da lesão pré-existente,
como aumento de volume local e dor rebeldes ao tratamento conservador.
Neoplasias benignas x malignas segundo as características clínicas
As neoplasias benignas apresentam células bem
diferenciadas têm crescimento lento e expansivo,
geralmente são encapsulados, com limites bem definidos, parecendo localizados em
seu sítio de origem. Elas não sofrem metástase.
As neoplasias malignas não apresentam cápsula fibrosa, seus limites são mal
definidos, tem um crescimento infiltrativo, mais acelerado que os benignos e podem
se espalhar para lugares distantes no corpo, através de um processo chamado
metástase.
Semiologia e diagnóstico das neoplasias odontogênicas
calcificadas e não calcificadas
aula 4
Tumores odontogênicos
Grupo complexo de lesões de comportamento clínico e tipos histológicos diversos;
Algumas destas lesões são verdadeiras
neoplasias;
Raramente apresentam comportamento
maligno;
Hamartomas: quando representam
malformações semelhantes a tumores.
Classificação:
Tumores de epitélio odontogênico sem ectomesênquima odontogênico
- Ameloblastoma
- Tumor odontogênico epitelial calcificante
- Tumor odontogênico escamoso
- Tumor odontogênico de células claras
Tumores de epitélio odontogênico com ectomesênquima odontogênico, com ou sem
formação de tecido dentário duro
- Fibroma ameloblástico
- Fibro-odontoma ameloblástico
- Tumores de odontoameloblastoma
- Tumor odontogênico adenomatóide
- Odontoma complexo
- Odontoma composto
Tumores de ectomesênquima com ou sem epitélio odontogênico
- Fibroma odontogenico
- Mixoma
- Cemento(blasto)ma
1) Odontoma
Definição: malformação benigna composta por tecidos dentários.
- Atualmente, está tumoração é considerada um distúrbio de desenvolvimento,
podendo, aparentemente, ser resultado do efeito de diversos agentes
causais.
- Evolui vagarosamente e, por apresentar mecanismos análogos aos da
odontogênese, cessando o seu crescimento após findado o processo de
calcificação, muitos pesquisadores negam suas caracteristicas tumorais.
Etiopatogenia: ainda não foi bem elucidada. Acredita-se que infecções, traumas ou
pressões
levam a alterações no mecanismo genético e controlador do desenvolvimento
dentário.
Tipos: o odontoma representa um distúrbio de
desenvolvimento que se apresenta sob a forma de
dentículos ou massas, sem formas constituídas de
todos os tecidos dentários. Em razão dessa
apresentação e de acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS), é classificado em:
- Odontoma composto
- Odontoma complexo
-
Odontoma composto / combinado
Definição: é uma malformação na qual todos os tecidos dentais estão
representados de maneira muito mais ordenada que no odontoma complexo, de tal
forma que a lesão consiste de muitas estruturas semelhantes a dentes; muitos deles
assemelham morfologicamente aos dentes da dentição normal,
Etiopatogenia: surge de uma exacerbada
proliferação da lâmina dentária na qual os tecidos dentais apresentam-se
organizado em um padrão, originando estruturas similares a pequenos dentes.
Casuística/Ocorrência:
- corresponde a 67% dos casos;
- afetam mais indivíduos do sexo feminino, crianças e adolescentes;
- localiza-se predominantemente na região anterior da maxila envolvendo o
incisivo central, lateral e especialmente, o canino.
Odontoma complexo
Definição: é uma malformação na qual todos os tecidos dentais estão
representados, em um padrão mais ou menos desordenado, mas no qual os tecidos
individuais são, principalmente, bem formados.
Diagnóstico: radiográfico: a lesão começa como uma área radiolúcida bem definida,
na qual há progressiva deposição de material radiopaco, de
natureza modular.
- A manifestação clínica mais comum é a de falta deum dente que permanece
incluso.
- Aumento de volume local e deslocamento de dentes também podem ocorrer.
Etiopatogenia: surge de uma invaginação do epitélio no germe em desenvolvimento
apresentando um padrão no qual os tecidos dentais representados encontram-se
desordenados, sem evidenciar similaridades com dentículos.
Casuísticas/Ocorrência:
- corresponde a 33% dos casos;
- afetam mais indivíduos do soxo feminino, crianças e adalescentes;
- ocorre mais comumente na regidos de pré ou de molares;
- A fase de crescimento ativo é durante a formação da dentição, e, aquele
casos que causam expansão do usualmente diagnosticados durante na
primeira duas décadas.
Diagnóstico diferencial: embora o odontoma complexo consista de uma
desordenada mistura de tecidos dentais, alguns casos incluem estruturas
semelhantes a dentes, melhor ordenadas. É difícil diferenciar o odontoma complexo,
de um fbroma ameloblástico ou de um fibro-odontoma.
Recorrência: pode haver recorrência do crescimento se o O. Complexo for removido
incompletamente, durante os estágios iniciais, principalmente no estágio dos tecidos
moles, mas nos últimos estágios, o crescimento cessa.
Nota: A obtenção experimental de odontomas em animais por traumatismo durante
a odontogênese, nos faz admitir que embora o resultado final seja sempre uma
malformação, no odontoma complexo, o agente deve atuar sobre um dente em
formação, e no odontoma composto, diretamente sobre a lâmina dentária,
resultando por essa razão, em múltiplos dentículos.
Consequências do odontoma:
- pode haver problemas relacionados com a interferência no processo de
irrompimento do dente;
- atraso ou impedimento dos movimentos de erupção e, em certos casos,
havendo erupção ectópica;
- malformação dos dentes adjacentes;
- diastema;
- anodontia;
- dor causada pela pressão exercida pelo tumor;
- desvitalização dental;- reabsorção dentária.
Odontoma
Diagnóstico: habitualmente não são assintomáticos, podendo ser identificado em
decorrência da ausência de erupção, posição anormal dos dentes ou em
radiografias de rotina, mas, em ambos os casos, as lesões têm um halo ósseo
esclerótico ao seu redor.
Odontoma composto: apresenta-se como uma série de estruturas dentiformes e
circundada por um halo radiolúcido. Ocorrem mais na porção anterior da maxila;
Odontoma complexo: apresenta uma área radiolúcida bem delimitada, na qual estão
contidas uma ou mais massas irregulares de tecido calcificado, sendo o conteúdo
destas lesões radiopaco; Ocorrem mais na região posterior dos maxilares.
Tratamento: preconiza-se a remoção cirúrgica dos odontomas assim que este é
diagnosticado, sendo que a técnica cirúrgica consiste, basicamente, na técnica de
extração de dentes inclusos.
Prognóstico: favorável, desde que diagnosticado precocemente e totalmente
removido
Nota: a distinção dentre odontoma composto e odontoma complexo é arbitrária,
sendo baseada mais na preponderância de dentículos bem organizados ou de
tecidos dentais desorganizados, do que em qualquer diferença absoluta.
Cementoma
Definição: lesão contendo tecido semelhante a cemento com características mal
definidas.
Tipos: quatros tipos podem ser identificados
1) cementoblasto benigno (verdadeiro cementoma)
2) Fibroma cementificante
3) Displasia cementária periapical
4) Cementoma gigantiforme (Cementoma familiares múltiplos)
Cementoblastoma benigno (verdadeiro Cementoma)
Definição: neoplasma, aparentemente benigno caracterizado pela formação de
camadas de tecido igual ao cemento, que pode conter um elevado número de linhas
justapostas e não ocorrer a mineralização na periferia desta massa tecidual, ou nas
áreas de mais ativo crescimento; tumor de crescimento lento e contínuo,
determinando sua evolução, expansão óssea das corticais.
Cisto altamente radiopaco, cementoma nem sempre.
Etiopatogenia: parece estar relacionada aos elementos do ligamento periodontal.
OBS: o ligamento periodontal durante a odontogênese responde pela formação de
cemento.
Ocorrência: preferentemente na mandíbula, na região de molares e pré molares,
atinge mais o sexo masculino abaixo de 25 anos.
Características radiográficas: o tumor é bem definido e a parte radiopaca principal é
comumente circundada por uma zona radiolúcida de espessura uniforme.
Localização: esse tipo de tumor é distinto, e quase sempre encontrado ao redor do
ápice de um pré molar ou molar, usualmente na mandíbula, e o tecido tumoral duro
pode estar fundido a raiz.
microscopia: nas partes mais maduras do crescimento, o tecido duro contém um
pequeno número de células encravadas, e as numerosas linhas justapostas
basófilas dão uma aparência semelhante àquela da Doença de Paget.
Doença de Paget: é um distúrbio crônico do esqueleto, no qual áreas de ossos
apresentam um crescimento anormal.
pode também ser indistinguível de um osteoma osteóide ou osteoblastoma.
Entretanto, o cementoblastoma não mostra tendência para recorrer, enquanto o
osteoblastoma é recorrente.
• Tratamento: cirúrgico conservador; é facilmente enucleado.
• Prognóstico: favorável, sem recorrência.
Fibroma cementificante
Definição: no estágio mais facilmente reconhecível, esta lesão consiste de tecido
fibroblástico celular, contendo massas redondas ou lobuladas de tecido semelhante
ao cemento, fortemente calcificadas e bastante basófilas. É de crescimento lento,
normalmente assintomático, causando deformidade óssea e, nos casos de longa
evolução, assimetria facial.
Patogenia: a partir das células do ligamento periodontal, enquadra a lesão no grupo
dos tumores odontogênicos.
Ocorrências: clinicamente, o tumor é mais comum em adolescentes ou adultos
jovens, e na mandíbula.
Diagnóstico:
- radiograficamente a lesão apresenta variações diretamente relacionadas à
formação de substância mineralizada no seu interior;
- inicialmente, há uma destruição óssea com o desenvolvimento de uma área
radiolúcida e, gradualmente, esta area se torna radiopaca, conforme o "tecido
similar ao cemento" é depositado;
- finalmente, uma massa densa é formada, e provavelmente, o crescimento
para, ou então é muito lento;
- é fácil entender, portanto, a apresentação do tumor desde a lesão radiolúcida
à radiopaca;
- observar que o tumor é sempre bem delimitado e separado do osso
circundante.
Padrão histológico: varia com o estágio do desenvolvimento, sendo
predominantemente fibroblástico nos estágios iniciais, tornando-se
progressivamente mais similar a cemento, conforme as massas arredondadas
crescem e se fundem.
Tratamento: cirúrgico conservador.
Prognóstico:
favorável e ausência de recidivas.
Displasia cementaria periapical
Definição: lesão similar em estrutura ao fibroma cementificante, principalmente
fibroblástica nos seus estágios iniciais, e com crescentes quantidades de tecido,
semelhante ao cemento, ocasionalmente misturado com trabéculas de osso fibroso.
Ocorrência: ocorre mais comumente na região dos incisivos inferiores em mulheres
de meia idade, pardas, e, muitas vezes, envolvem vários dentes.
Patogenia: proliferação de fibroblastos de região próxima ao perápice, que
determina a reabsorção do tecido ósseo e, na sua evolução posterior.
Sintomatologia: lesão é assintomática, e, na maioria das vezes, passa despercebida
por toda a vida do paciente
Diagnóstico: exame radiográfico de rotina.
Estágio evolutivo da lesão: nas fases iniciais é radiolúcida, vão aparecendo pontos
de radiopacidade, e no final, a lesão passa a ser radiopaca.
Tratamento:
- o paciente portador da lesão, descoberta em exame radiográfico de rotina,
deve ser seguido e radiografado periodicamente;
- os dentes porventura presentes e localizados próximos à lesão não devem
sofrer tratamento endodôntico por essa razão;
- nos casos de sintomatologia associada à exposição da lesão ao meio bucal,
e consequente infecção secundária, a terapéutica recomendada é a remoção
da massa, diretamente relacionada ao problema;
- nos casos de massas maiores, por vezes, só a curetagem local associada à
cobertura por antibiótico é suficiente;
- as lesões em outros locais, não diretamente associadas ao quadro de
infecção, não necessitam ser removidas.
cementoma gigantesco
• Definição: é uma massa de cemento quase acelular, lobulada, densa, altamente
calcificada.
• Ocorrência: em diferentes partes dos maxilares, simultaneamente.
• Diagnóstico radiográfico: são observadas densas massas, algumas vezes
distribuídas mais ou menos simetricamente nos maxilares, suportando a ideia de
que elas representam alguma forma de displasia ou de anomalia do
desenvolvimento. Pode atingir um tamanho considerável, e causar expansão dos
maxilares.
Diagnóstico diferencial: O cementoma gigantiforme é diferente da hipercementose,
na qual, quantidades anormais de cemento secundário são depositadas de maneira
ordenada nas razões dos dentes. É preciso também notar que massas similares ao
cementoma gigantiforme podem ser formadas nos maxilares, em alguns casos da
doença de Paget.
Osteíte condensante
• é uma reação à infecção de baixa intensidade localizada no ápice
dental ou Interalmente a ele, que se manifesta radiograficamente
através de radiopacidade mais intensa e difusa do osso periapical;
• o tratamento endodôntico é recomendado;
+ caso já exista tratamento endodôntico, porém ausência de dor; faz-se apenas
proservação;
• difere da osteosclerose que é uma alteração do osso esponjoso normal, onde
ocorre um alargamento das trabéculas ósseas e uma diminuição dos espaços
medulares. sendo observadas nas radiografias como áreas de radiopacidade
aumentada.
• o termo Osteosclerose é um termo genérico que é usado para definir uma área de
densidade óssea aumentada, independentemente da sua causa.
Semiologia e diagnóstico das neoplasias odontogenicas não calcificadas
Ameloblastoma
Definição: é uma neoplasia benigna derivada dos restos epiteliaisda formação dos
dentes:
- restos da lamina dental;
- epitélio reduzido do esmalte:
- restos epiteliais de Malassez;
-células basais do epitélio superficial.
• Características: são o crescimento lento e contínuo sendo localmente agressivo e
podem sofre transformação maligna.
• Classificação: o ameloblastoma pode ser multicístico, unicístico e periférico
conforme suas características clínicas e radiográficas.
• Ocorrência: normalmente ocorre em mandíbula
(80 a 85%) e não há predileção por sexo.
O ameloblastoma multicístico atinge largo
espectro de idades, acometendo principalmente 3°
e 4ª década de vida.
O ameloblastoma unicístico ocorre em indivíduos
mais jovens, na faixa dos 16 aos 20 anos.
Sinais e Sintomas: crescimento tecidual intra-oral, expansão óssea assintomática ou
sintomática, dor e ulceração intra-oral, mobilidade ou perda dental e assimetria
facial;
- quando ocorre na maxila o ameloblastoma pode causar dor peri-auricular,
obstrução nasal e empiema do seio maxilar.
• Diagnóstico: normalmente descoberto em radiografias panorâmicas de rotina ou
em casos de expansão óssea tardia.
NOTAS:
amelobastoma periférico: apresenta crescimento tecidual em mucosa gengival, sem
envolvimento ósseo direto.
Caracteriza-se por um nódulo firme, séssil ou pediculado, variando de tamanho
(entre 0.5 a 2 em), com superfície lisa e coloração normal e com menor frequência
superfície eritematosa ou ulcerado;
O aspecto radiográfico é de favos de mel ou bolhas de sabão.
ameloblastoma unicístico: possui imagem radiolúcida
unilocular bem delimitada e pode apresentar limites
corticalizados. Geralmente há um dente impactado relacionado.
Tratamento:
As formas de tratamento do ameloblastoma
dependem do tipo e tamanho da lesão e são definidas pelo cirurgião dentista
responsável;
A cirurgia é o tratamento de escolha. Podem ser por enucleação da lesão,
marsupialização, enucleação seguida de curetagem, crioterapia, eletrocauterização,
exérese com margem de segurança, radioterapia (raramente utilizado) e
quimioterapia (raramente utilizado).
Prognóstico:
o tratamento do ameloblastoma unicistico pode ser feito por
marsupialização/enucleação/curetagem com prognóstico favorável;u
O tratamento do ameloblastoma multicístico deve ser obrigatoriamente radical
(ressecção com margem de segurança) pelo alto índice de recidiva, com
prognóstico duvidoso.
Semiologia e Diagnóstico das Lesões Ulcerativas, Vésicobolhosas e
Exantemáticas
Desenvolvimento do processo doença:
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: período que decorre desde o momento em que o
agente etiológico se instala no organismo do hospedeiro até o início do
aparecimento dos sinais ou sintomas clínicos da doença.
LATÊNCIA: estado de repouso de um organismo no qual as manifestações vitais
são pouco evidentes quando comparadas a estados de plena atividade.
PERÍODO PRODRÔMICO: é um período relativamente curto que ocorre após o
período de incubação em algumas doenças. É caracterizado por sintomas iniciais
leves de doença, como dores e mal-estar geral.
PERÍODO DE ESTADO OU DE DOENÇA: período de estado ou de enfermidade
propriamente dita; também conhecido por pródromos, quando se manifestam todos
os sintomas e sinais próprios de cada doença. Durante o período de estado ou
doença ela é mais aguda.
PERÍODO DE RESOLUÇÃO: completado o ciclo do agressor, havendo a eliminação
deste pelo hospedeiro, este período se caracteriza pela reparação dos órgãos e
tecidos que foram danificados durante a doença. Agora já não há transmissão da
doença.
PERÍODO DE DECLÍNIO: durante o período de declínio, os sinais e sintomas
cedem. Durante essa fase, que pode durar de menos de 24 horas a vários dias, o
paciente é vulnerável a infecções secundárias.
Classificação
Máculopapulares
1. Sarampo
2. Escarlatina
3. Rubéola
4. Exantema súbito
5. Eritema Infeccioso
Pápulovesiculares
1. Varicela
2. Varíola
Petéquias ou Purpúricas
Sarampo
Doença viral aguda caracterizada por aparecimento de um exantema de coloração
vermelho-acastanhado que se localiza na face, tronco e parte proximal das
extremidades.
Quanto mais velho for o paciente, mais grave é a manifestação da doença.
Existe vacinação eficiente para a mesma, que deve ser observada.
Complicações: pneumonias.
Características:
Agente etiológico: Morbilivuts Paramixovirus (RNA vírus)
Período de incubação: 8 a 12 anos
Pródromo: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, enantema e exantema
Enantema: erupção na face interna das cavidades naturais.
Autóctone: que é oriundo de terra onde se encontra, sem resultar de imigração ou
importação
O exantema configura-se como um eritema generalizado, de duração relativamente
curta, podendo ser morbiliforme ou rubeoliforme quando há áreas de eritema
entremeadas com áreas de pele sã ou escarlatiniforme quando é difuso e uniforme
Transmissão: respiratória
Contagiosidade: >90%, desde 1 a 2 dias antes até o 5° dia após o surgimento do
exantema;
Sinal de Koplik - pequenas máculas branco-acinzentadas namucosa oposta ao
segundo molar; pode preceder o exantema (1 ou 2 dias antes até 2 dias após o
aparecimento do exantema).
Características:
- Exantema que surge 2 a 4 dias após pródromos e 14 dias após exposição;
- Maculopapular e torna-se confluente;
- Início na face e cabeça;
- Espalha-se pelo o tronco, braços e pernas;
- Persiste por 5 a 6 dias (febre concomitante);
- Desaparece na ordem em que surgiu;
- Descamação leve, furfurácea.
Furfurácea: Relativo ou semelhante ao farelo,
Complicações:
- Otite média aguda - 7% - 9%;
- Pneumonia - 1% - 6%;
- Diarréia-8%;
- Desnutrição;
- Complicações oculares;
- Encefalite aguda 1/1.000;
- Panencefalite esclerosante subaguda e tardia (10 anos);
- Na gestante - parto prematuro e recém-nascido de baixo peso.
Latelidade:
- EUA - 1 a 3 por 1.000;
- 25% > nos países em desenvolvimento.
Fatores de risco:
- Menores de 1 ano;
- Desnutridos;
- Deficiência de Vitamina A;
- Imunodeprimidos: leucemia, HIV.
Diagnóstico:
Clínico
- Dados epidemiológicos;
- Anamnese;
- Exame físico (fácies catarral, exantema,
- Koplik);
- Situação vacinal.
Laboratorial
Sorologia com IgM reagente (ELISA) na fase aguda ou incremento de títulos de
IgG em sorologias de amostras pareadas (fase aguda e após 2 a 3 semanas).
Prevenção e tratamento:
Tratamento
- Não há tratamento específico;
- Sintomáticos;
- Higiene nasal e ocular;
- Tratamento das complicações.
Prevenção
- Vacina é a única forma de prevenção - Tríplice viral (SCR);
Primeira dose (doze meses) confere imunidade de 95%;
A segunda dose(cinco anos) confere imunidade de 99%.
Escarlatina
Doença contagiosa, aguda, epidérmica, com febre alta, erupção puntiforme
vermelho-escarlate que se transforma em mancha ampla e se espalha por todo o
corpo, língua em morango ou framboesa (avermelhada, inflamada, saburrosa)
É causada por um estreptococo hemolítico
Características clínicas da escarlatina:
- Amigdalite
- Exantema maculopapular, puntiforme (pele áspera)
- Predomínio nas dobras (sinal de pastia)
- Sinal filatov (palidez perioral)
- Língua framboesa
- Petéquias no palato
- Descamação lamelar (em luva)
- Placas na orofaringe
Diagnóstico, tratamento e profilaxia:
Diagnóstico laboratorial = teste rápido em secreção de orofaringe
Tratamento = específico com antibiótico (penicilina benzatina)
Prevenção = não há vacina, tratar contactantes portadores
Rubéola
Infecção viral aguda muito frequente em crianças e caracterizada por rash cutâneo,
aumento do tamanho dos gânglios linfáticos e febre.
Pode produzir malformações graves no feto quando afeta mulheres gestantes.
Existe uma vacina eficiente para sua prevenção: MMR, que inclui proteção contra o
sarampo, caxumba e rubéola.
Não há tratamento antiviral específico.
Também conhecida como sarampo alemão.
Etiologia: RNA vírus
Predomínio: na primavera
Período de incubação: 14 a 23 dias
Transmissão: 7 dias antes até 5° dia do exantema (aérea)
Crianças:
- febre baixa ou ausente- Exantema: leve, com início retro auricular e distribuição craniocaudal
- Maculopapular róseo e não coalescente
- Linfadenomegalia: cervical e retro auricular
Síndrome da rubéola congênita:
- 50% no primeiro mês de gestação
- Surdez
- Catarata
- Retinopatia
- Glaucoma
- Doenças cardíacas
- Problemas neurológicas
- Baixo peso
- Hepatoesplenomegalia
- Trombocitopenia
Diagnóstico clínico:
- Dados epidemiológicos
- Anamnese
- Exame físico
- Situação vacinal
Diagnóstico laboratorial:
- Sorologia com IgM reagente (ELISA) na fase aguda ou incremento de títulos
de IgG em sorologias de amostras pareadas (fase aguda e após 2 a 3
semanas)
- Prevenção: vacina tríplice viral (VTV ou SCR)
Exantema Súbto
Erupção de pele, formada de manchas róseas salientes.
Alteração difusa da coloração cutânea, caracterizada por eritema com elevação das
camadas mais superficiais da pele (pápulas), vesículas, etc.
Pode ser produzido por uma infecção geralmente viral, geralmente alergias a
medicamentos.
Exantema maculopapular rosado no tronco, depois cabeça e membros de curta
duração.
Conhecida como febre dos três dias.
Herpes vírus humanos tipo 6 e herpes vírus humanos tipo 7.
Período de incubação:
- 9 a 10 dias HVH 6 é desconhecido para HVH 7
- 90% das infecções em crianças menores de 2 anos
- Maior incidência em lactantes com 7 a 13 meses
Pródromo:
- Febre alta e contínua
- Não há vacina
Doenças que podem apresentar exantema maculopapular na sua evolução:
- Doença de Kawasaki
- Dengue
- Mononucleose
- Adenovírus
- Micopasmose
- Febre tifóide
- Toxoplasmose
Doença de Kawasaki
- Vasculite que envolve a boca, a pele e nódulos linfáticos
- Afeta tipicamente crianças abaixo de 5 anos de idade
- Causa ainda desconhecida, mas se seus sintomas forem reconhecidos logo,
as crianças com esta doença podem se recuperar completamente em poucos
dias.
- Se não tratada, pode levar a sérias complicações que podem envolver o
coração
- É comum em descendentes coreanos e japoneses
- Pode atingir todos os grupos étnicos
Sintomas:
Os sintomas da doença de Kawasaki aparecem em fases:
• A primeira fase, que pode durar mais de 2 semanas, envolve uma febre persistente
de 39°C que dura, no mínimo, 5 dias.
• Outros sintomas desta fase são:
- Vermelhidão nos olhos;
- Erupções no estômago, peito e genitais
- Lábios ressecados e vermelhos;
- Dor de garganta e irritação mucosa;
- Língua inchada;
- Nódulos linfáticos infartados;
- Palmas das mãos e sola dos pés inchadas e com uma coloração
avermelhada.
Na segunda fase, que geralmente começa depois de 2 semanas que a febre
começou, a pele dos pés e das mãos da criança podem começar a descascar em
grande pedaços.
• Podem também ocorrer dores nas articulações, diarreia e dores abdominais.
• Se a doença não for tratada, sérios problemas cardíacos podem ocorrer como
arritmias e vasculites.
Dengue
Infecção viral aguda transmitida para o ser humano através da picada do mosquito
Aedes aegypti, frequente em regiões de clima quente.
Caracteriza-se por apresentar febre, cefaléia, dores musculares e articulares e
erupção cutânea característica.
Apresenta quatro variedades. Existe uma variedade de dengue que é
potencialmente fatal, chamada dengue hemorrágica.
Mononucleose infecciosa
Infecção viral produzida pelo vírus Epstein-Barr ou pelo citomegalovirus;
Caracterizada por febre, aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, que se tornam
dolorosos, esplenomegalia, erupções cutâneas e dor de garganta com exsudato.
Também conhecida como doença do beijo.
Tem um curso benigno e resolve-se sem complicações em 10 a 15 dias.
Etiologia: HVH4 - Virus Epstein Barr, DNA
•Período de Incubação: 30 a 50 dias;
•Em crianças, a maioria das infecções é assintomática;
• Febre, faringite exsudativa, adenomegalia;
• Edema periorbital ou palpebral;
• Exantema maculopapular - 3 a 5 dias;
• Hemograma: linfocitose com atipia;
•Diagnóstico diferencial: rubéola, toxoplasmose, CMV;
Eritema infeccioso
Coloração avermelhada da pele ocasionada por vasodilatação capilar
Ao pressionar a superfície afetada com uma lâmina de vidro (manobra denominada
vitroscopia), deve desaparecer, e reaparece ao cessar a pressão.
• Eritema significa a existência de manchas de cor vermelha na pele.
• A palavra tem origem no termo grego erüthema, que significa rubor.
• O eritema infeccioso (ou 5° doença, como também é chamado), é uma doença
causada pela infecção de um vírus que se chama parvovirus B19.
Etiologia: Parvovírus B19 (DNA)
• P. Incubação: 4 a 14 dias;
• Predomina em crianças - 5 a
15 anos;
• Transmissão direta - respiratória ou vertical (placenta infectada);
• Período de contágio: uma semana antes do exantema. Não há necessidade de
isolamento.
• Ausência de pródromos;
• Raramente com febre;
• Exantema: inicia-se na face;
•Bordas elevadas e quentes, palidez perioral (borboleta ou face esbofeteada);
•Após 1 a 4 dias acomete face extensora de membros, a seguir flexora e tronco;
•Lesão inicial: máculo-pápula que aumenta de tamanho, deixando região central
pálida – aspecto rendilhado;
•Duração 10 dias;
•Exacerbação com calor, frio, sol
Complicações: Crises de anemia aplástica; Morte fetal.
•Não há vacina.
Pápulovesiculares
Herpes vírus humano - exantema (enantemas) pápulo vesiculares
HVH1 - Herpes vírus simplex tipo 1
- Gengivoestomatite, cutâneo, genital, encefalite;
- Recorrência: labial, cutâneo, encefalite.
HVH2- Herpes vírus simplex tipo 2
- Genital, cutâneo, neonatal, meningoencefalite;
- Recorrência: genital e cutâneo.
HVH3- Varicela - zoster
HVH4 - Epstein Barr Mononucleose
HVH5 - Citomegalovírus
HVH6- Herpes vírus humano tipo 6 - Roséola Infantum
HVH7- Herpes vírus humano tipo 7 - Roséola Infantum
Herpes Simples Humano
Período Neonatal
• 25% doença disseminada;
• Fígado e pulmões;
• 35% doença SNC
• 40% pele, olhos e boca.
Após Período Neonatal
• Assintomática;
• Gengivoestomatite;
• Herpes labial;
•Herpes genital;
• Eczema herpético;
• Encefalite, Meningite.
Varicela
A varicela (catapora) é uma doença infecciosa aguda, comum na infância dos seres
humanos, altamente transmissível e causada pelo vírus varicela-zóster, também
conhecido como HHV3 (human herpes virus 3).
O zóster é uma doença da velhice, uma forma reincidente tardia dos vírus da
varicela que permanece dormente nos gânglios nervosos.
Características:
• Período de Incubação: 10 a 21 dias;
• Pródromo pobre: febre baixa;
• Muito contagiosa - 87%;
• Transmissão - contato íntimo
de 2 dias antes até 5 dias após o surgimento do exantema (fase de crostas);
• Vesículas ricas em vírus;
• Pico incidência na primavera;
• Média - 250 - 500 lesões;
•Exantema pode ser a primeira manifestação;
• Muito pruriginoso;
• Distribuição centrípeta;
• Lesões pleomórficas,
concomitantes;
• Pápulas=> vesículas de
conteúdo claro=>vesículas turvas=> crostas (24 a 48hs);
• Acomete mucosas
Complicações da Varicela Zoster:
• Gestação < 20 semanas - 1% - 2%
• Menores de um ano
- Celulite, abscesso
• Adolescentes e adultos
- Pneumonia - 5 - 10 x maior
- Encefalite - 7 x maior
- Letalidade - 25 x maior
• Imunidade
– Idosos, HIV, transplantes, câncer
Complicações em crianças:
- Síndrome da pele escaldada
Tratamento e prevenção:
Tratamento: medidas gerais
- Antitérmicos (exceto salicilatos)
- Anti-histamínicos para reduzir o prurido
- Soluções anti-sépticas tópicas
Tratamento específico de complicações
- Prevenção: vacina com vírus vivo atenuado a partir de 1 ano de idade (não
consta do calendário oficial)
Varíola
Doença infecciosa aguda, causada pelo Orthopoxvirus (um dos maiores vírus que
afetam o ser humano), com período de incubação de cerca de 12 dias, a que se
segue etapa febril, surgindo, nos primeiros três a quatro dias desta, erupção
macular ou petequial do tronco, a qual desaparece junto com a febre;
Em seguida, surgem novamente febre e, na face, mãos e pés, erupção papular que
evolui para a formação de pústulas,cujas crostas se desprendem ao fim de sete a
10 dias, originando cicatrizes despigmentadas e um tanto escavadas; a doença
também apresenta manifestações pneumônicas, artríticas, etc.; bexiga
• DNA vírus;
• Doença muito contagiosa;
• Altas taxas de letalidade;
• Complicações graves;
• Cicatrizes;
• Erradicada por vacina;
• Último caso na Somália, em 1977.
Enterovírus - Cox A e B e Echovirus Enantemas e Exantemas mistos
• RNA vírus;
• Transmissão fecal-oral;
• Verão e outono;
• P. Incubação: 3 a 6 dias;
• Doença febril inespecífica;
• IVAS herpangina, estomatite, pneumonia
• Exantema;
• Meningite asséptica, encefalite, paralisia;
• Alt. Gastrointestinais;
• Manif. Oculares;
• Pericardite, miocardite.
A herpangina é uma infecção viral na parte posterior da garganta. Os principais
sintomas são inflamação e úlceras na garganta. Causada pelo vírus coxsackie.
Doença mão pé boca
• Enterovírus – Coxsackie A 16;
• Fecal-oral;
• Predomina verão e outono;
• P. Incubação: 3 a 6 dias;
• Lesões ulceradas na boca;
• Vesículas mãos e pés.
Echovirus tipo 9: meningite asséptica, exantema inespecífico, encefalite.
Outros diagnósticos:
• Outras doenças infecciosas:
- meningococcemia, hanseníase...
• Púrpuras
- Trombocitopênica, Henoch Schoenlëin
• Reações a medicamentos
• Vasculites
• Doenças dermatológicas
- Eczema atópico, dermatite seborréica
• Doenças reumatológicas
- Febre reumática, lúpus, artrite reumatóide
• Doenças de etiologia desconhecida - Kawasaki
PETEQUIAIS OU PURPÚRICAS
PÚRPURAS: É a presença de sangue fora dos vasos sanguíneos na pele ou nas
mucosas. Como a camada cutânea é levemente transparente, este sangue é então
visto como uma mancha roxa. Seu tamanho é variável, conforme o volume de
sangue extravasado.
PETÉQUIAS: Se a quantidade de sangue é muito pequena, e as pequeninas
manchas são em grande número, costuma-se chamá-las de petéquias, guardando o
nome de púrpura para as manchas maiores.
Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI)
A púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é uma doença caracterizada pela
destruição das plaquetas, podendo manifestar-se clinicamente com sinais de
sangramento.
Púrpura Henöch-Schönlein
• Forma de púrpura não-trombocitopênica, devido a uma vasculite de
hipersensibilidade associada com uma variedade de sintomas clínicos, incluindo
urticária e eritema, artropatia e artrite, sintomas gastrointestinais e envolvimento
renal.
• A Púrpura Henöch-Schönlein é uma doença na qual os vasos sanguíneos
pequenos (capilares) se inflamam.
• Esta inflamação chama-se vasculite e normalmente afeta os vasos sanguíneos
pequenos, na pele, nos intestinos e nos rins.
• Os vasos sanguíneos inflamados podem sangrar para dentro da pele causando
uma irritação vermelha escura ou púrpurica, chamada púrpura.
• Podem também sangrar no intestino ou rins causando fezes ou urina manchadas
de sangue (hematúria).
• A PHS foi batizada com os nomes dos médicos Henöch e Schönlein que a
descreveram, individual e independentemente, há mais de cem anos.
Reações dermatológicas a medicamentos
Exantema:
- Penicilinas
- Sulfonamidas
- Cefalosporinas
- Tetraciclina
- Griseofulvina
- Anticonvulsivantes
- Insulina
Urticária
- Salicilatos/AINH
- Penicilinas
- Sulfonamidas
- Griseofulvina
- Fenobarbital
- Insulina
- Tetraciclina
Erupção fixa
- Salicilatos/AINH
- Barbitúricos
- Sulfonamidas
- Anticoncepcionais
- Fenolftaleína
- Tetraciclina
Diagnóstico diferencial das doenças exantemáticas maculopapulares
TABELASSSS
Semiologia e Diagnóstico das lesões brancas (leucoplasias) e
pigmentadas (eritroplasias)
Lesões brancas:
- Leucoplasias
- Líquen Plano
- Estomatite Nicotínica
- Necrose Química
- Leucoedema
- Nevo Branco Esponjoso
Definição:
Segundo a OMS, leucoplasia é "placa branca da mucosa bucal que não pode ser
removida por raspagem e que não pode ser classificada como nenhuma outra
doença”
Etiologia:
A etiologia da leucoplasia é reconhecida pela maioria dos pesquisadores como
variada.
Alguns acreditam que o início da condição pode depender não só de fatores
extrínsecos predisponentes.
Leucoplasia
É uma lesão pré-maligna, geralmente causada ao tabagismo e etilismo. Podem
resultar do espessamento da camada de ceratina, hiperplasia
epiteliais da camada de Malpighi, edema intracelular das células epiteliais e uma
redução da vascularização do tecido conjuntivo subjacente.
Os fatores mais frequentes:
- Álcool;
- Sepsia bucal;
- Irritação local;
- Sífilis;
- Deficiência de vitamínica;
- Distúrbios endócrinos;
- Galvanismo
- Radiação Actínica, no casa de leucoplasia dos lábios;
Em muitos casos, a causa destas lesões pode não estar identificada ou ser
conhecida.
Para o Serviço de Diagnóstico Bucal da Disciplina de
Semiologia do Departamento de Estomatologia da
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo:
"Leucoplasia é uma lesão branca da mucosa bucal representada clinicamente por
placa aderente que pode ser lisa, rugosa ou verrucosa, homogênea ou não,
revelando, histologicamente, na grande maioria dos casos, hiperqueratose,
paraqueratose ou hiperparaqueratose, acompanhadas ou não de diversas outras
alterações epiteliais, em especial, acantose, espongiose e edema intracelular.
Normalmente não regridem após a eliminação de agentes irritantes crônicos
detectáveis e sofrem transformação maligna, quando não removidas cirurgicamente,
em cerca de 6% dos casos." (TOMMASI, 1998).
Características Clínicas - o processo do diagnóstico:
A mucosa jugal e as comissuras são envolvidas com maior frequência:
- Mucosa lingual
- Lábio
- Palato duro
- Palato mole
- Assoalho da boca
- Gengiva
Classificação:
Leucoplasia Homogênea: predominantemente branca, de superfície plana, fina, que
pode exibir fendas superficiais com aspecto liso, enrugado, ou corrugado, e textura
consistente (Rodrigues et. al,2000).
Leucoplasia não homogênea: lesão predominantemente branca ou
branco-avermelhada, que pode ter superfície irregular, nodular, ou exofítica
(Rodrigues et. al,2000).
Características Histológicas
O quadro histológico da doença também apresenta variações, porém, duas
características são consideradas importantes:
- Hiperceratose
- Displasia epitelial
Estas alterações são significativas do ponto de vista evolutivo da lesão, por
determinarem comportamentos biológicos diferentes.
Considerando-se, portanto, que a leucoplasia bucal é uma lesão cancerizável, ou
seja, com potencial de sofrer transformação maligna.
Diagnóstico Diferencial
Do ponto de vista clínico, o Líquen Plano.
Embora na maioria dos casos as lesões do líquen plano possam ser identificadas
pelos achados clínicos.
Outras lesões brancas da mucosa bucal que devem ser diferenciadas da
leucoplasia incluem:
- as queimaduras por agentes químicos
- as placas mucosas sifilíticas
- as infecções mióticas (principalmente candidose),
- a psoríase
- lupo eritematoso
- o nevo branco esponjoso
- gengivoestomatite branca pregueada
Tratamento
Eliminação de quaisquer fatores irritantes reconhecíveis.
- Abolir, o fumo e o álcool
- Corrigir possível má oclusão,
- Substituir dentaduras mal adaptadas
Lesões pequenas podem ser excisadas totalmente ou cauterizadas.
As lesões externas são tratadas frequentemente por levantamentos múltiplos da
mucosa, com ou sem enxerto de pele. Na leucoplasia da lábio, a técnica de
levantamento sem enxerto é especialmente comum e bem-sucedida. A radiação
pelos raios X deve ser desaconselhada (Shafer, 1987).
Lesões Pigmentadas
- Melanoma
- Tatuagem por amálgama
- Nevo pigmentado
- Síndrome de Peutz - Jeghers
- Língua Negropilosa
Hemangioma (Nevo vascular)
O hemangioma é um tumor caracterizado pela proliferação de vasos sanguíneos.
Muitas vezes é de natureza congênita e geralmente, mas nem sempre, segue um
curso benigno.
Características Clínicas:
o Apresentando-se na pele sob a forma das chamadas "marcas de nascença"
Outro caso desenvolve-se durante a infância ou mais tardena vida.
As áreas da cabeça e pescoço são os locais mais comuns dos hemangioma;
Na boca:
- Podem ocorrer em qualquer lugar local,
- Apresentando-se uma lesão plana ou elevada,
- Aparência azul-purpúrea ou vermelha,
- Varia em tamanho, desde pequenas lesões com pouco mais de 1 cm de
diâmetro até raras lesões de grande extensão que podem produzir acentuada
deformidade e ser comprometedoras à vida,
- Geralmente assintomáticos
- Podem apresentar hemorragias, quando traumatizados
MELANOMA
- Neoplasia maligna altamente metastática
Origina-se nos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, e
podem apresentar-se sob a forma de manchas ou nódulos
Características Clínicas:
Podem ser resumidos à regra ABCD:
Melanoma expansivo superficial:
- É o mais frequente (70%), 40 a 50 anos
- Associado à exposição solar
Aparece sobre um nevo pré-existente, e tende a apresentar um crescimento radial,
com invasão da derme e metástases mais tardias.
Melanoma nodular:
- 15% a 30% dos casos 50 a 60 anos
- Apresenta-se como lesão papulosa ou nodular, elevada, de cor castanha,
negra ou azulada
- São frequentes a ulceração e o sangramento
- crescimento vertical com metástases precoces
Diagnóstico:
- Bom exame clínico
- Dermatoscopia
- Biópsia
Tratamento:
Depende de três fatores: idade da pessoa, seu estado de saúde geral, e o estágio
em que a doença se encontra.
- Remoção cirúrgica
- Imunoterapia
- Quimioterapia
- Radioterapia
Síndrome de Peutz Jeghers
• É uma doença autossômica dominante, rara, caracterizada pela presença de
pólipos hamartomatosos gastrointestinais e máculas hipercrômicas mucocutâneas
Língua Negro(a) Pilosa
É uma patologia bucal caracterizada pela aparência escura e pilosa da língua.
Condição inofensiva causada por fungos que crescem sobre o dorso da língua.
Mais comum em idosos.
Pode estar relacionada ingestão de antibióticos e tabagismo
DST
AIDS E HPV
São doenças causadas por diferentes microrganismos, transmitidas principalmente
por meio de relação sexual sem uso de preservativo (saliva, sangue e qualquer
fluido).
IST = infecção sexualmente transmissível
DST não usamos mais pois destaca a possibilidade de a pessoa ter e transmitir
uma infecção mesmo sem sinais e sintomas
- Manifestam-se por meio de feridas, corrimentos, bolhas e verrugas
- Diversidade de sítios, inclusive cavidade bucal
DSTs
- Importância como problemas de saúde pública
- Em nosso país são escassos os dados epidemiológicos relativos às DST;
- Apenas a AIDS, a sífilis congênita e a sífilis na gestação são de notificação
compulsória
- Portadores de DST continuam sendo discriminados nos vários níveis do
sistema de populações prioritárias como adolescentes, profissionais do sexo,
homo e bissexual entre outros, têm pouca acessibilidade aos serviços;
- O atendimento é muitas vezes inadequado, resultando em segregação e
exposição constrangimento, por exemplo, quando usuários têm que expor
suas queixas em locais sem privacidade (recepções) ou à funcionários
despreparados;
- Essas situações contribuem para afastá-los dos serviços de saúde
- A irregularidade na disponibilização de medicamentos específicos
contribuem para que desacreditem os indivíduos com DST, dos serviços de
saúde
- Pouquíssimas unidades são capazes de oferecer resultados de testes
conclusivos no momento da consulta.;
- A consequência mais evidente dessa situação de baixa resolutividade dos
serviços é a busca de atendimento em locais nos quais não seja necessário
se expor, nem esperar em longas filas, ou seja: as farmácias comerciais
DST:
- AIDS
- Sífilis
- Clamídia e Gonorreia
- HPV
- Doença inflamatória pélvica (DIP)
- Donovanose
- Gonorreia
- Hepatite viral
- Herpes genitais
HIV - síndrome de imunodeficiência adquirida
- Agente etiológico = HPV
- Transmitido principalmente por relações sexuais sem uso de preservativo e
compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas.
- Transmissão por transfusão de sangue, porém muito rara
A infecção pelo vírus HIV tem a evolução para AIDS quando o paciente não segue o
tratamento correto e, assim, sua imunidade val diminuindo ao longo do tempo, pois.
mesmo sem Sintomas, o HIV continua se multiplicando e atacando as células de
defesa, principalmente os linfócitos TCD4+;
Por definição, as pessoas que têm AIDS apresentam contagem de linfócitos TCD4+
menor que 200 células/mm3 ou têm doença definidora de aids, como
neurotoxoplasmose, pneumocistose, tuberculose extrapulmonar.
O tratamento antirretroviral visa impedir a progressão da doença para AIDS.
Características clínicas da AIDS (HIV):
Os sintomas clínicos são variáveis
- Acontece desde um quadro gripal simples até sintomas semelhantes à
mononucleose infecciosa.
- Febre mialgia, exantema, cefaléia, perda de peso, náusea e vômito podem
surgir.
- Candidíase oral, neuropatia periférica
- Infecções bacterianas como tuberculose
Diagnóstico:
Para diagnóstico da doença aids, o médico encarregado analisará a condição de
saúde geral do paciente, a evolução do HIV, a resposta aos tratamentos e a
presença de doenças oportunistas
Existem alguns tipos de exames para determinar em que estágio a doença está,
dentre eles:
- Teste convencional: Será colhido uma amostra do sangue do paciente para
buscar anticorpos contra o vírus. Se a amostra não apresentar nenhuma
célula de defesa específica para o HIV. o resultado é negativo, caso ao
contrário, se der positivo para anticorpo anti-HIV, é feito outro exame
adicional para confirmação do diagnóstico.
- Teste rápido: Ele funciona da mesma forma que o teste convencional, com a
diferença de que o resultado sai no mesmo dia, cerca de trinta minutos até
duas horas após a realização do exame. Isso ajuda no aconselhamento pré e
pós-teste
Fluido oral: O teste de fluido oral é a mais recente modalidade de testagem. Para
realizar o exame, é necessário retirar uma amostra do fluido presente na boca, das
gengivas e da mucosa da bochecha. O resultado sai em 30 minutos. No entanto, o
teste de fluido oral serve apenas como triagem para o paciente;
Testes confirmatórios: São usados como testes confirmatórios os exames Westor
Blot Elisa, o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 e o Imunoblot. Eles
são necessários porque os exames podem dar resultados falso-positivos em
decorrência de algumas doenças, doenças autoimunes e alguns tipos de câncer não
diagnosticados
Manifestações orais:
- A fase sintomática inicial da AIDS é o aparecimento candidíase oral
- Verrugas orais
- Aftas
- Leucoplasia pilosa
Tratamento:
Atualmente há tendência de tratar todos os pacientes com HIV. independente do
CD4, com o objetivo de reduzir a transmissão e melhorar a evolução clínica dos
pacientes portadores do HI.
O tratamento é secundário para as doenças causadas pela AIDS.
A Profilaxia Pós-exposição (PEP), estratégia para prevenção da infecção pelo HIV.
foi inicialmente disponibilizada para profissionais de saúde que acidentalmente se
expunham ao HIV (com agulhas e outros instrumentais contaminados) ou para
vítimas de violência sexual.
Prognóstico:
Está muito relacionado ao estágio da doença quando foi diagnosticada;
Em fases iniciais, indica quase nenhuma mudança na vida do paciente, além do
tratamento com remédios antirretrovirais.
Quanto mais avançada a doença, maior o número de medidas que deverão ser
tomadas para prolongar a vida e aumentar a qualidade com que o paciente viverá e
consequentemente, mais complicado se torna o tratamento.
Não tem cura.
Prevenção:
- A utilização correta de preservativo masculino ou feminino em todo contato
sexual camisinha reduz o risco de ser contaminado em mais de 95%
- Não partilhar seringas usada
- Evitar o contato com sangue ou secreções de um indivíduo, que pode estar
contaminado.O mais seguro é achar que qualquer pessoa pode estar
contaminada
- Identificar e tratar qualquer doença sexualmente transmissível porque elas
aumentam o risco de contaminação com ovírus HIV
AIDS (HIP) na odontologia:
Na área odontológica, o desconhecimento inicial da doença e de seus aspectos
clínicos causou sérias limitações no tratamento desses pacientes
• O papel do cirurgião-dentista frente à AIDS é analisar clinicamente a cavidade oral
do paciente e se houver alguma suspeita da infecção pelo virus encaminhar o
paciente a um infectologista para exames e tratamentos adequados;
• As manifestações orais causadas pela infecção pelo HIV e sua ocorrência
dependem de fatores como grau de comprometimento imunológico, uso de
antirretrovirais, higiene oral, entre outros.
Papiloma Vírus Humano (HPV)
Agente etiológico: Papilomavírus Humano - HPV - Vírus DNA não cultivável.
• Tem especial destaque na Saúde Pública diante do reconhecimento de sua
associação com a ocorrência do câncer uterino, entre outros.
• Afeta homens e mulheres tanto a região genital como a extragenital;
• O segundo tumor mais frequente e a quarta causa de morte por câncer na
população feminina do Brasil. Existem mais de 100 tipos de HPV, sendo que cerca
de 15 tipos (16. 18, 31. 33, 45, 58 e outros) são considerados de alto risco para
malignidade.
Características clínicas:
- Lesões papilares (elevações da pele) as quais, ao se fundirem, formam
massas vegetantes de tamanhos variáveis, com aspecto de couve-flor
(verrugas):
- Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são as genitálias,
cólon do útero, próstata e cavidade oral
Manifestações orais:
- Papiloma
- Condiloma acuminado
- Verruga vulgar:
- Hiperplasia epitelial focal
- Carcinoma de células escamosas
Diagnóstico:
Pode ser clínico e laboratório
Lesões clínicas - podem ser diagnosticadas por meio do exame clínico
- Lesões subclínicas - podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como o
exame preventivo Papanicolau, e também por meio de biópsias e histopatologia, a
fim de distinguir as lesões benignas das malignas
Tratamento:
Existem diversas opçõas de tratamento para os sinfomas do HPV, que são usadas
conforme o tipo de manifestação (se ele é uma lesão ou uma verruga) e também o
seu grau e a localização. Elas podem ser feitas nas lesões clínicas e subclínicas
• Cremes, remoção cirúrgica de lesão, ou medicamentos
Os medicamentos mais usados para o tratamento de HPV são Efunx e Ixium
Prognóstico:
Prognóstico bom se diagnosticado precocemente
• Pessoas com o vírus HPV ativo devem ter cuidados básicos de saúde para ativar o
sistema imunológico e ajudá-lo a eliminar o vírus.
• Evitar fumar. ter uma alimentação equilibrada, sempre ir ao médico com as
frequências que ele determinar e fazer sexo seguro e protegido são medidas
fundamentais para conviver bem este diagnóstico.

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