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Medicina de Família e Comunidade– Módulo 1 Daniella Machado Histórias das Políticas Públicas no Brasil – 1º período UniEvangélica TURMA XXVI Introdução Medicina de Família e Comunidade: Módulo 1 História das Políticas Públicas no Brasil A crise no sistema público de saúde do Brasil é evidente. Como por exemplo, filas frequentes, falta de leitos hospitalares, abusos nos serviços particulares e planos de saúde, escassez de recursos financeiros, materiais e humanos para manter os serviços de saúde operando com eficácia. Fatores que influenciam a saúde pública A evolução histórica das saúdes publicas; o processo que sempre acompanhou o avanço do capitalismo; a saúde nunca acompanhou lugar central dentro da política brasileira; as ações do governo sempre procuraram atingir certo grupo; a conquista de direitos da saúde/previdência são uma luta e a dualidade da medicina preventiva e curativa. 1500 até o Primeiro Reinado Em primeiro plano, Portugal não se preocupava com a saúde em sua colônia, sendo utilizado métodos fitoterápicos. Após a chegada da Família Real houve a necessidade de organizar a saúde publica no Brasil. Até o ano de 1850 foi criado delegações das atribuições sanitárias as juntas municipais e controle de navios e saúde dos portos, tendo enfoque no controle sanitário mínimo. Ademais, a carência de médicos era ensurdecedora (havia apenas 4 médicos no RJ em 1789!). Sob esse prisma, a inexistência de médicos contribuiu para a proliferação de boticários/farmacêuticos pelo Brasil, que tinham como incumbência a manipulação de medicamentos recomendados pelos médicos, entretanto eles tomavam iniciativa e receitavam também. Em 1808 foi fundado na Bahia o Colégio Médico – Cirúrgico no Real Hospital Militar em Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro, anexa ao Hospital. 1889-1930 Política A nova organização política apresentou melhoras apenas para as classes dominantes, implementando também o coronelismo. Quadro sanitário No início desse século houve diversos surtos epidemiológicos, como a malária, varíola, febre amarela e peste. Nessa situação caótica Oswaldo Cruz foi nomeado diretor do departamento federal de Saúde Pública, propondo a erradicação da febre amarela na cidade do Rio de Janeiro. O modelo de intervenção – campanhista, era composto por guardas sanitários, usando uso da força. Revolta da Vacina Foi criado uma organização de saúde (hoje chamada de Instituto Oswaldo Cruz) e o instituto soroterápico federal. Implementando o registro demográfico, introdução do laboratório como auxiliar do diagnostico etiológico e a fabricação de produtos profiláticos para uso em massa. Em 1920, o sucessor de Oswaldo, Carlos Chagas, reestruturou o Departamento Nacional de Saúde, introduziu a propaganda e a educação sanitária. Ademais, são criados órgãos especializados na luta contra tuberculose, a lepra e as doenças venéreas. O aparecimento de assistência hospitalar, infantil e a higiene industrial. Em adição, surgiu a escola de Enfermagem Anna Nery. Desde o final do século passado até os anos 60 predominou-se a tática sanitarismo campanhista, sendo agora amplamente usado em áreas rurais, principalmente pela SUCAM e posteriormente incorporada à fundação nacional de saúde Medicina de Família e Comunidade– Módulo 1 Daniella Machado Histórias das Políticas Públicas no Brasil – 1º período UniEvangélica TURMA XXVI Previdência Social Em 1923 foi aprovada a Lei Eloi Chaves, marco inicial da previdência social. Logo após, foi instaurado as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP’s), que dá enfoque ao operário urbano (fato que mudou nos anos 60 com a FUNRURAL). As CAP’s possuíam administração própria, formada por um conselho composto de representantes dos empregadores e empregados, que consistia em três representantes das empresas e dois da empresa. Crise dos anos 30 Rompimento da política de café com leite por Getúlio Vargas. Em 1943 é homologada a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) Em 1949 foi criado o Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU), a partir dos anos 50 inicia-se o crescimento de um complexo médico-hospitalar para prestar atendimento aos previdenciários. Anos 30 e 60 Em 1930 foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, sendo incorporados fiscalização de produtos de origem animal (1943) aliada ao Ministério da Agricultura e higiene e segurança do trabalho (1942) aliada ao Ministério do Trabalho. Em 1941 é instituída a reforma Barros Barretos com as seguintes ações: 1- Instituição de órgãos normativos e supletivos destinados a orientar a assistência sanitária e hospitalar 2- Criação de órgãos executivos de ação direta contra endemias (malária, peste negra, febre- amarela) 3- Fortalecimento do Instituto Oswaldo Cruz e descentralização das atividades executivas e normativas 4- Destaque aos programas de construção de esgotos e de abastecimento de água 5- Atenção aos problemas de doenças degenerativas e mentais com a criação de órgãos especializados (Instituto Nacional do Câncer) A falta de recursos deixou esses aspectos a desejar infelizmente Em 1953 foi criado o Ministério da Saúde, modificando quase nada e em 1956 foi criado o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERU) incorporando os antigos serviços nacionais de combate a malária e febre-amarela. Lei Orgânica da Previdência Social e o Processo de Unificação dos IAPS Foi sancionada em 1960. Excluiu os trabalhadores rurais, os empregados domésticos e os servidores públicos ao regime de CLT. A unificação só se consolida em 1967. Movimento de 64 e suas consequências Golpe militar. Criações dos atos constitucionais. Efeitos na Previdência Social A criação da tecnocracia, repensando a sociedade brasileira. O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), produto de fusão das INSP’S, sofre influência das IAPI, com tendências privatizadoras e criando o complexo médico-industrial. O processo de unificação é efetivado em 1967 com a implantação do Instituto Nacional de Previdência Social (IAPS), reunindo os seis institutos de aposentadoria e pensões, o serviço de assistência médica e domiciliar de urgência (SAMDU) e a Superintendência dos Serviços de Reabilitação da Previdência Social. Todo trabalhador urbano com carteira assinada era automaticamente contribuinte e beneficiário do sistema. O fato do aumento de participantes da base de contribuição mais o crescimento econômico na Medicina de Família e Comunidade– Módulo 1 Daniella Machado Histórias das Políticas Públicas no Brasil – 1º período UniEvangélica TURMA XXVI década de 70 (milagre econômico), e do pequeno percentual de aposentadorias e pensões em embate com a imensa quantidade de contribuintes. Ao unificar o sistema previdenciário o governo viu-se obrigado a incorporar outros benefícios como assistência médica. Infelizmente, com o aumento de contribuintes, a assistência médica era incapaz de atender todos. O governo então decidiu realocar alocar recursos públicos para ampliar o sistema, decidindo então direcionar para os setores privados, para ganhar apoio e influência dos mesmos Sob esse prisma, criou-se um complexo médico-paciente industrial, no qual ocorreu a inserção de convênios e contratos com a maioria dos médicos e hospitais existentes no país. Esse sistema foi tornando-se tão complexo que foi necessário a criação Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) em 1978. Em 1974 foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social, a existência de recursos de investimento nesse setor levou ao crescimento de cerca de 500% dos leitos do setor privado. Apenas em 1971 os trabalhadores rurais, com o PRORURAL, tornaram-sebeneficiários da Previdencia, e os domésticos e autônomos em 1972. Ações de Saúde publica Promulgação do Decreto Lei 200, em 1967, estabelecendo as competências do Ministério da Saúde Em 1970 foi criado o SUCAM (Superintendência de Campanhas da Saúde Publica) com o objetivo de executar atividades de erradicação de controle de endemias. Em 1975 foi instituído o papel do Sistema Nacional de Saúde, reconhecendo a dicotomia entre a medicina preventiva (ministério da saúde) e medicina curativa (ministério da Previdência) Com poucos recursos destinados ao Ministério da Saúde, ele tornou-se muito mais órgão- burocráto- normativo do que um órgão executivo de política de saúde. Em 1976 é iniciado o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS), configura-se como o primeiro programa de medicina simplificada do nível Federal e vai permitir a entrada de técnicos provenientes do “movimento sanitário”. 1975- A crise O modelo de ditadura e de capitalismo entra em crise, ademais ocorreu a diminuição do fluxo de capital estrangeiro. Os pobres ficaram mais pobres e os ricos mais ricos. Por ter priorizado a medicina curativa, o sistema previdenciário de saúde foi incapaz de resolver os problemas da saúde coletiva (como por exemplo a mortalidade infantil). E o aumento dos custos da medicina curativa, centrada no crescimento do complexo médico hospitalar. A diminuição do crescimento econômico, os desvios de verbas do sistema previdenciário para a construção de obras, o não repasse pela união de recursos do Tesouro nacional para o sistema previdenciário, visto ser esse o trípartide (empregado, empregador e união) Em 1981 foi criado o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP) para combater fraudes e conter custos, ligado ao INAMPS. O plano inicia-se com uma fiscalização mais rigorosa da prestação de contas dos prestadores de serviço, combatendo as fraudes, propõe também a reversão gradual do modelo médico-assistencial, através do aumento da produtividade do sistema, da melhoria da qualidade de atenção, da equalização dos serviços prestados, eliminação da capacidade ociosa do setor público, da hierarquização, da criação do domicilio sanitário, da montagem de um sistema de auditoria médico- assistencial e da revisão dos mecanismos de financiamento do FAS. O CONASP encontrou uma barreira na medicina de grupo e da Federação Brasileira de Hospitais, conseguindo derrubar o PREV-SAÚDE. Em 1983 foi criado a AIS (ações integradas de saúde), um projeto interministerial (Previdência- saúde- educação), visando um novo modelo assistencial que incorporava o setor público, esse período coincidiu com o aumento do movimento de transição democrática. Fim do regime militar Os movimentos que derrubaram o regime foram diretas já (1985) e a eleição de Tancredo Neves, ademais teve a promulgação da nova Constituição de 1988. Medicina de Família e Comunidade– Módulo 1 Daniella Machado Histórias das Políticas Públicas no Brasil – 1º período UniEvangélica TURMA XXVI Modelo médico neoliberal Desde 64, ocorreu o predomínio do modelo médico privatista, pela recepção de recursos públicos. Com a crise do sistema público, foi necessária a mudança para a atenção médico supletivo, com enfoque na classe média e os assalariados, é composta de 5 modalidades: medicina de grupo, cooperativas médicas, auto-gestao,seguro-saúde e plano de administração. Baseando na contribuição mensal dos contribuintes para a prestação de serviços de saúde (que eram pré-determinados e carente de prazos). Esse subsistema de atenção médico-supletiva cresceu de maneira exacerbada na década de 80, que era baseado em um universalismo excludente, beneficiando e fornecendo atenção apenas aos mais ricos. Nascimento do SUS Na constituição de 1988 no artigo 196 determina que: “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Definição Ações e serviços públicos de saúde que integram uma rede regionalizada e hierarquizada,e constituem um sistema único, organizando seguindo as seguintes diretrizes: 1- Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 2- Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 3- Participação da comunidade Sendo financiado por recursos federais e incluindo a saúde como um direito de cidadania. Foi regulamentado em 1990 através da lei 8080, tendo a concepção de saúde mais abrangente. Princípios doutrinários do SUS • UNIVERSALIDADE - o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais; EQUIDADE - é um princípio de justiça social que garante a igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie .A rede de serviços deve estar atenta às necessidades reais da população a ser atendida; • INTEGRALIDADE - significa considerar a pessoa como um todo, devendo as ações de • saúde procurar atender à todas as suas necessidades. • Destes derivaram alguns princípios organizativos: HIERARQUIZAÇÃO - Entendida como um conjunto articulado e contínuo das • ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; referência e contra-refrência; PARTICIPAÇÃO POPULAR - ou seja a democratização dos processos decisórios consolidado na participação dos usuários dos serviços de saúde no chamados Conselhos Municipais de Saúde; • DESENCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA ADMINISTRATIVA consolidada com a municipalização das ações de saúde, tornando o município gestor administrativo e financeiro do SUS; Objetivos do SUS 1- identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 2- formular as políticas de saúde; 3- fornecer assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e 4- recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades 5- preventivas. executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica ; 6- executar ações visando a saúde do trabalhador; 7- participar na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; 8- participar da formulação da política de recursos humanos para a saúde; Medicina de Família e Comunidade– Módulo 1 Daniella Machado Histórias das Políticas Públicas no Brasil – 1º período UniEvangélica TURMA XXVI 9- realizar atividades de vigilância nutricional e de orientação alimentar; 10- participar das ações direcionadas ao meio ambiente; 11- formular políticas referentes a medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; 12- controle e fiscalização de serviços , produtos e substâncias de interesse para a saúde; 13- fiscalização e a inspeção de alimentos , água e bebidas para consumo humano; 14- participação no controle e fiscalização de produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 15- incremento do desenvolvimento científico e tecnológico na área da saúde; 16- formulação e execução da política de sangue e de seus derivados Falta de uniformidade Pela aprovação da lei 8080, foi estabelecido que os recursos seriam provenientes do Orçamento da Seguridade Social. O SUS sempre sofreu a instabilidade institucional e desarticulação federal. A partir de 1992 – Governos Liberais No período de 1991- 1994, com a eleição de Fernando Collor, ocorreu a redução de gastos em todos os setores. Dá-se inicio em 1991 as NOB (normas operacionais básicas),que são instrumentos normativos com o objetivo de regular a transferência de recursos financeiros da união para estados e municípios, p planejamento das acoes de saúde, o mecanismo de controle social, etc. NOB 01/91 Redefiniu toda a lógica de financiamento e, consequentemente, de organização do SUS, Estados e municípios passaram a receber por produção de serviços de saúde, nas mesmas tabelas nacionais existentes para o pagamento dos prestadores privados, impondo um modelo de atenção à saúde voltado para a produção de serviços e avaliado pela quantidade de procedimentos executados, independentemente da qualidade e dos resultados alcançados. NOB 01/93 Critérios e categorias deferenciadas gestão para a habilitação dos municípios,e segundo o tipo de gestão implantado (incipiente, parcial, semi-plena) haveria critérios também diferenciados de formas de repasse dos recursos financeiros. Em 1993 o INAMPS foi extinto, por ser obsoleto, Collor sofreu impeachment. Em 1994, o então Ministro da Previdência Antônio Brito, em virtude do aumento concedido aos benefícios dos previdenciários do INSS, e alegando por esta razão não ter recursos suficientes para repassar para a área de saúde, determinou que à partir daquela data os recursos recolhidos da folha salarial dos empregados e empregadores seria destinado somente para custear a Previdência Social. A aprtir desse momento, a saúde parou de receber recursos. Em 1995, assume FHC, mantendo a ideologia neoliberal. A crise da saúde só aumenta, sendo reconhecida pelo Ministério da Saúde me 1996. Em 1997, entra em vigor a CPMF (contribuição provisória sobre movimentação financeira), os impostos destinados exclusivamente a saúde teriam a duração de um ano. Tristemente, os recursos apreendidos pela CPMF foram captados por outros setores governamentais, tendo o frequente desvio de dinheiro. Em adição, foi intensificado a privatização. Crise do SUS Tudo está em falta, as Santas Casas de Misericórdia resolvem focar na medicina supletiva e os Hospitais Universitários são forcados a privatização em 1997. Medicina de Família e Comunidade– Módulo 1 Daniella Machado Histórias das Políticas Públicas no Brasil – 1º período UniEvangélica TURMA XXVI NOB 01/96 Foi vigorada apenas em 1998. Ele reformula e redefine a gestão do SUS: 1- os papéis de cada esfera de governo e, em especial, no tocante à direção única; 2- os instrumentos gerenciais para que municípios e estados superem o papel exclusivo de prestadores de serviços e assumam seus respectivos papéis de gestores do SUS; 3- os mecanismos e fluxos de financiamento, reduzindo progressiva e continuamente a remuneração por produção de serviços e ampliando as transferências de caráter global, fundo a fundo, com base em programações ascendentes, pactuadas e integradas; 4- a prática do acompanhamento, controle e avaliação no SUS, superando os mecanismos tradicionais, centrados no faturamento de serviços produzidos, e valorizando os resultados advindos de programações com critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade; 5- os vínculos dos serviços com os seus usuários, privilegiando os núcleos familiares e comunitários, criando, assim, condições para uma efetiva participação e controle social. A alteração mais importante é a forma de repasse de recursos financeiro do governo federal para os municípios, sendo realizado baseado num valor fixo per-capita ( PAB) e não mais vinculado a produção de serviços , o que possibilita aos municípios desenvolverem novos modelos de atenção à saúde da população. O PAB (Piso Assistencial Básico) consiste em um montante de recursos financeiros destinado ao custeio de procedimentos e ações de assistência básica, de responsabilidade tipicamente municipal. Esse Piso é definido pela multiplicação de um valor per capita nacional (atualmente ) pela população de cada município (fornecida pelo IBGE) e transferido regular e automaticamente ao fundo de saúde ou conta especial dos municípios. Além disto, o município poderá receber incentivos para o desenvolvimento de determinadas ações de saúde agregando valor ao PAB . As ações de saúde que fornecem incentivo são : Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS); Programa de Saúde da Família(PSF); Assistência Farmacêutica básica; Programa de combate as Carências Nutricionais; ações básicas de vigilância sanitária; ações básicas de vigilância epidemiológica e ambiental. Teve como objetivo fortalecer a implantação do PSF e do PACS. Segundo o documento do próprio Ministério da Saúde intitulado Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial : “...O PSF elege como ponto central o estabelecimento de vínculos e a criação de laços de compromisso e de co-responsabilidade entre os profissionais de saúde e a população.Sob essa ótica, a estratégia utilizada pelo PSF visa a reversão do modelo assistencial vigente, Por isso, sua compreensão só é possível através da mudança do objeto de atençao, forma de atuação e organização geral dos serviços, reorganizando a prática assistencial em novas bases e critérios. Essa perspectiva faz com que a família passe a ser o objeto precípuo de atenção, entendida a partir do ambiente onde vive. Mais que uma delimitação geográfica, é nesse espaço que se constróem as relações intra e extrafamiliares e onde se desenvolve a luta pela melhoria das condições de vida – Medicina de Família e Comunidade– Módulo 1 Daniella Machado Histórias das Políticas Públicas no Brasil – 1º período UniEvangélica TURMA XXVI permitindo, ainda, uma compreensão ampliada do processo saúde/doença e, portanto, da necessidade de intervenções de maior impacto e significado social.” 1998 O governo regulamento a lei 9656/98 sobre os planos e seguros de saúde, ocorreu a limitação de abusos dessas empresas, regulamenta-se o universalismo excludente. • Plano ambulatorial - compreende a cobertura de consultas em número ilimitado, exames complementares e outros procedimentos, em nível ambulatorial, incluindo atendimentos e procedimentos caracterizados como urgência e emergência até as primeiras 12 horas; • Plano Hospitalar sem obstetrícia - compreende atendimento em unidade hospitalar com número ilimitado de diárias, inclusive UTI, transfusões, quimioterapia e radioterapia entre outros, necessários durante o período de internação. Inclui também os atendimentos caracterizados como de urgência e emergência que evoluírem para internação ou que sejam necessários à preservação da vida, orgãos ou funções; • Plano Hospitalar com obstetrícia - acresce ao Plano Hospitalar sem obstetrícia, a cobertura de consultas, exames e procedimentos relativos ao pré- natal, à assistência ao parto e ao recém- nascido durante os primeiros 30 dias de vida ; • Plano odontólogico - cobertura de procedimentos odontológicos realizados em consultórios; • Plano referência - representa a somatória dos quatro tipos de plano anteriores; Bibliografia
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