Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Daniella Machado M Turma XXVI Funções hepáticas Fisiologia do sistema digestório 3 (funções hepáticas e metabolismo do álcool) - Metabolismo Morfofuncional: Módulo 3 É a glândula mais pesada do corpo sendo o segundo órgão maior, perdendo para a pele. Estrutura formado por lóbulos, constituído por uma veia central que drena para as veias hepáticas e depois para a veia cava. Tem os hepatócitos e ductos biliares. Tem as vênulas portais que recebem o fluxo venoso do TGI através da veia porta. Depois o sangue vai para os sinusoides hepáticos. As arteríolas hepáticas estão presentes nos septos interlobulares, que fornecem sangue arterial para os tecidos septais entre os lóbulos adjacentes. Ademais, tem as células endoteliais típicas e células de Kupffer (macrófagos). Em adição, existem os espaços de Disse, que conectam com vasos linfáticos nos septos interlobulares Secreta bile que é necessária para a absorção das gorduras dietéticas. Formação de micelas. A bile interage com as micelas e rompe os triglicerídeos. importante local da regulação da taxa sanguínea de muitos hormônios pois com sua capacidade de metabolização ele retira o hormônio do sangue metaboliza e depois devolve os produtos desse metabolismo para ser excretado do corpo em sua forma inativa. Reservatório de sangue O sangue extra é armazenado nas veias e sinusoides hepáticos, ocorre me casos de insuficiência cardíaca com congestão periférica. Fluxo linfático alto Os poros nos sinusoides hepáticos são permeáveis em comparação com os capilares de outros tecidos, permitindo a passagem rápida de líquido e proteínas no espaço de Disse. A alta permeabilidade do epitélio sinusoides do fígado permite a formação alta de linfa. *Ascite: pressão nas veias hepáticas aumentam muito, a linfa vaza e vai para a cavidade abdominal. Regeneração O fator de crescimento dos hepatócitos (HGF) desencadeia a divisão e o crescimento dos hepatócitos, sendo produzidos pelas células mesenquimais do fígado. Outros fatores podem contribuir como o fator de crescimento epidérmico e citocinas (fator de necrose tumoral e a interleucina 6). Depois da restauração do tamanho, entra em cena o fator transformador de crescimento-beta dos hepatócitos, sendo inibidor da proliferação dos hepatócitos, suprimindo a regeneração hepática. O crescimento do fígado é regulado por um sinal desconhecido. *Hepatectomia parcial: 70% do fígado é removido, os lobos aumentam de tamanho e restauram o tamanho original do fígado. Fisiologia do sistema digestório 3– Módulo 3 Daniella Machado Morfofuncional– 1º período UniEVANGÉLICA Turma XXVI Metabolismo Metabolismo dos carboidratos: Quando a glicose no sangue está baixa, o fígado cliva o glicogênio em glicose e libera glicose para a corrente sanguínea. O fígado pode converter determinados aminoácidos e o ácido láctico em glicose, e pode converter outros açúcares como frutose e galactose em glicose. Quando a glicemia está elevada, ocorre logo após a refeição, o fígado converte a glicose em glicogênio e triglicerídeos para armazenamento. Gliconeogênese, formação de muitos compostos químicos a partir de produtos intermediários do metabolismo de carboidratos, armazenamento de grande quantidade de glicogênio, conversão da galactose e da frutose em glicose. Essencial para manter a concentração normal de glicose, realizando a função tampão da glicose. Metabolismo de lipídios: Os hepatócitos armazenam alguns triglicerídeos, clivam ácidos graxos para gerar ATP, sintetizam lipoproteínas que transportam ácidos graxos, triglicerídeos e colesterol e para as células do corpo, sintetizam colesterol e utilizam o colesterol para produzir sais biliares. 1- Oxidação de ácidos graxos para fornecer energia para outras funções do corpo 2- Síntese de grande quantidade de colesterol, fosfolipídios e a maioria das lipoproteínas 3- Síntese de gordura a partir de proteínas e carboidratos Primeiro a gordura é dividida em glicerol e ácidos graxos. Os ácidos graxos são divididos por betaoxidação em radicais acetil de dois carbonos que vão formar a acetil coenzima A. a acetil-CoA entra no ciclo do ácido cítrico e ser oxidada para liberar grandes quantidades de energia. A betaoxidação pode ocorrer em todas as células, mas corre mais rapidamente nas células hepáticas. Duas moléculas de acetil- CoA forma o ácido acetoacético, que é solúvel, passando nas células hepáticas para o líquido extracelular e é transportado para todo o corpo para ser absorvido por outros tecidos, que vão reconverter o ácido acetoacético em acetil-CoA, que depois o oxidam da maneira usual. 80% do colesterol sintetizado no fígado vira sais biliares, sendo secretados na bile e depois transportado nas lipoproteínas e carreado pelo sangue para as células dos tecidos por todo o corpo. Os fosfolipídios são sintetizados no fígado e transportado nas lipoproteínas. O colesterol e os fosfolipídios são usados para formar membranas. Metabolismo das proteínas: Os hepatócitos desaminam os aminoácidos de modo que possam ser utilizados para a produção de ATP ou ser convertidos em carboidratos ou gorduras a amônia resultante; é muito menos tóxica e é excretada na urina. Os hepatócitos sintetizam a maior parte das proteínas plasmática, como a alfaglobulina, a betaglobulina, albumina, protombrina e o fibrinogênio. 1- Desaminação de aminoácidos 2- Formação de ureia para remoção de amônia dos líquidos corporais 3- Formação de proteínas plasmáticas 4- Interconversões dos vários aminoácidos e síntese de outros compostos a partir dos aminoácidos A desaminação é necessária para que os aminoácidos sejam usados como fonte de energia. A formação de ureia pelo fígado remove a amônia dos líquido corporais. Grandes quantidades de amônia são formadas e quantidades adicionais são adicionadas (formadas no intestino por bactérias). Se o fígado não formar ureia, a concentração plasmática de amônia aumenta rapidamente e resulta em coma hepático e morte. Fisiologia do sistema digestório 3– Módulo 3 Daniella Machado Morfofuncional– 1º período UniEVANGÉLICA Turma XXVI Todas as proteínas plasmáticas (exceção de parte das gamaglobulinas) são formadas nos hepatócitos. A depleção de proteínas plasmáticas causa a mitose rápida das células hepáticas e crescimento do fígado. Sintetiza aminoácidos e outros compostos químicos importantes a partir dos aminoácidos. Como a síntese de aminoácidos não essenciais no fígado, realizando a transaminação. *Cirrose: níveis baixos de proteínas plasmáticas (como albumina). *Shunt (desvio) do fluxo sanguíneo entre a veia porta e a veia cava, causando um excesso de amônia no sangue. Armazenamento Vitaminas A vitamina de maior armazenamento é a A, juntamente com a D e a vitamina B12, D,E,K. Quantidades suficientes de vitamina A podem ser armazenadas para prevenir a deficiência da vitamina A pôr 10 meses. Ferro Na forma de ferritina, exceto pelo ferro na hemoglobina do sangue. As células hepáticas contêm grandes quantidades de apoferritina que se combina com reversivelmente com o ferro, se o ferro estiver disponível em quantidade extras, ele se combina com apoferritina e forma ferritina. Quando o nível de ferro está baixo, a ferritina libera o ferro. O sistema apoferritina-ferritina do fígado atua como um tampão de ferro no sangue e armazenamento de ferro. Coagulação do sangue O fígado forma o fibrinogênio, protombrina, globulina aceleradora, fator VII. A vitamina k é necessária para esse processo metabólico. Remove e excreta substâncias nocivasDestoxificar e excretar fármacos na bile (sulfonamidas, penicilina, ampicilina e eritromicina). Processamento de fármacos e hormônios. O fígado desintoxica substâncias (álcool etílico, excreta medicamentos, como a penicilina, eritromicina e as sulfonamidas na bile). Também podem alterar quimicamente ou excretar hormônios tireóideos, esteroides (estrogênio e aldosterona). Excreção de bilirrubina A dosagem laboratorial de bilirrubina fornece uma ferramenta para diagnosticar doenças hemolíticas do sangue e vários tipos de doenças hepáticas Conforme observado, a bilirrubina derivada do grupo heme de eritrócitos envelhecidos, sendo fagocitada (sistema reticuloendotelial ou sistema mononuclear fagocitário), é absorvida pelo fígado a partir do sangue secretada na bile. A maior parte da bilirrubina da bile é metabolizada no intestino delgado por bactérias e eliminadas nas fezes. Fisiologia do sistema digestório 3– Módulo 3 Daniella Machado Morfofuncional– 1º período UniEVANGÉLICA Turma XXVI A biliverdina é reduzida a bilirrubina livre/ bilirrubina não conjugada ou indireta sendo liberada dos macrófagos para o plasma, sendo combinada com albumina plasmática e transportada pelo sangue e líquidos intersticiais. Ao passar pelos hepatócitos, ela libera albumina plasmáticas. Sendo 80% conjugada ao ácido glicurônico (ação da glicuronil transferase) para formar glicuronídeos de bilirrubina (Bilirrubina conjugada ou direta) que 10% se unem ao sulfato de bilirrubina e outros 10% se associam a outras substâncias. Sistema de macrófagos O sangue flui através dos capilares intestinais e recolhe as bactérias dos intestinos, as veias portas então vão apresentar bacilos do cólon quando cultivada. Células de Kupffer Grandes macrófagos fagocíticas que revestem os sinusoides hepáticos, “limpam “o sangue quando ele passa pelos sinusoides. Apenas 1% de bactéria que entram no sangue conseguem passar pelo fígado. Urobilinogênio Metade da bilirrubina conjugada é convertida em urobilinogênio (altamente solúvel), parte é reabsorvido pela mucosa intestinal de volta ao sangue e a maior parte é reexcretada pelo fígado de volta ao intestino. Depois de se expor ao ar, na urina, a urobilinogênio é oxidado em urobilina, depois é oxidado para formar a estercobilina. Células estreladas/ células de Ito Realizam a fagocitose de eritrócitos envelhecidos, leucócitos e algumas bactérias. Ativação da vitamina D. a pele, o fígado e os rins participam na síntese da forma ativa. Metabolismo do álcool O etanol é uma molécula pequena, com absorção lenta pelo estômago e absorção mais rápida pelo intestino, por ser solúvel em água, ele acessa rapidamente a corrente sanguínea onde é distribuído nos órgãos e sistemas. Distribuição do álcool O coração, o cérebro e os músculos estão sujeitos às mesmas concentrações de álcool do sangue. A exceção é o fígado, que fica sujeito as maiores concentrações, já que recebe o etanol absorvido do estômago e do intestino. O fígado é mais suscetível aos danos provocados pelo álcool, sendo principal sítio de metabolização desta substância no organismo. Mais de 90% é metabolizado no fígado, 2-5% é excretado no suor e respiração. Primeiro é oxidado do acetaldeído pela enzima álcool desidrogenase. Fatores que influenciam o metabolismo do álcool • Idade • Estrutura física (altura, massa corporal) • Vulnerabilidade genética Fisiologia do sistema digestório 3– Módulo 3 Daniella Machado Morfofuncional– 1º período UniEVANGÉLICA Turma XXVI • Estado de saúde • Padrão de consumo e contextos relacionados à ingestão de bebidas alcoólicas (se bebe durante as refeições). Enzimas envolvidas no metabolismo do etanol. Álcool desidrogenase, a catalase e a P4502E1 que transformam a molécula de etanol em acetaldeído. A aldeído desidrogenas, converte o acetaldeído em ácidos acéticos Mais difícil converter acetaldeído que etanol, excesso de acetaldeído produz os efeitos da ressaca. Fica desidratado. Efeitos do álcool • Estimulante do SNC em pequena concentração • Hipoglicemia em alta concentração • Inibidor do hormônio antidiuréticos (ADH) • O uso abusivo desenvolve doenças hepáticas • Hepatite alcoólica • Esteatose Cirrose: células do parênquima hepático são destruídas, sendo substituídas por tecido fibroso que se contrai ao redor dos vasos sanguíneos e impede o fluxo sanguíneo através do fígado. Pode ser provocado também pela inflamação do fígado – esteatose- hepatite não alcoólica/NASH – ou uma forma menos grave como: doença hepática gordurosa não alcoólica. Pode ser devido a toxicidade do acetaldeído ao fígado *Hipertensão portal: sistema porta bloqueado o retorno do fluxo sanguíneo porta do fígado para a circulação sistêmica é impedido. Icterícia Tonalidade amarelada dos tecidos dos corpos, sendo grande quantidade de bilirrubina ns líquidos extracelulares (forma conjugada e não conjugada). Pode ser decorrente do aumento da destruição de hemácias com rápida liberação de bilirrubina no sangue. Ou obstrução dos ductos biliares ou dano às células hepáticas, impedindo a excreção habitual da bilirrubina. Hemolítica As hemácias são hemolisadas rapidamente, impedindo a excreção rápida da bilirrubina. A taxa de urobilinogênio aumenta drasticamente. Quase toda a bilirrubina está na forma não conjugada. Icterícia obstrutiva Causada pela obstrução dos ductos biliares ou por danos ao polo biliar das células hepáticas (hepatite). A taxa de formação de bilirrubina é normal, mas a bilirrubina não conjugada entra nas células hepáticas se conjuga, depois é devolvida no sangue pela ruptura dos canalículos biliares e drenado de forma direta a bile para a linfa que deixa o fígado. A maior parte da bilirrubina torna-se do tipo conjugado. Fezes com coloração esbranquiçada (acolia fecal).
Compartilhar