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Principios do direito do trabalho

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Os princípios de uma determinada disciplina são utilizados como base para seus institutos e para sua evolução. No Direito, os princípios são como um núcleo inicial, a partir do qual, toda a estrutura científica vai tomar forma (ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2018 [Minha Biblioteca].). Assim, podemos dizer que os princípios do Direito, em especial, os princípios do Direito do Trabalho, que visam sempre a proteção do trabalhador, são alicerces científicos que possuem determinadas funções. Neste sentido, o estudante deverá indicar quais são as funções dos princípios do direito do trabalho, explicando, objetivamente, cada uma delas.
Juridicamente, os princípios são valores norteadores de uma ordem jurídica, são preceitos fundamentais que regulamentam não só a aplicação das normas nos casos concretos, mas que também servem como norteadores para a produção das normas jurídicas.
No caso do Direito do Trabalho, temos também princípios exclusivos desse ramo, como:
• Princípio Protetivo ou da Proteção: Tem a finalidade de conferir ao empregado uma superioridade jurídica em decorrência de sua inferioridade econômica. A ideia é superar a desigualdade. Ele possui três subprincípios que são:
Princípio do in dubio pro operário: Quando o Poder Judiciário estiver diante de um caso concreto, ou seja, julgando um litígio trabalhista, e a norma disponível e aplicável ao caso permitir mais de uma interpretação, o juiz deverá optar pela interpretação mais adequada para defender o empregado.
Princípio da aplicação da norma mais favorável: Aqui estamos diante de duas ou mais normas. Note que, no princípio anterior, há uma “única” norma que possui mais de uma interpretação. Porém, agora estamos diante de duas ou mais normas aplicáveis ao mesmo trabalhador, e precisamos saber qual deverá prevalecer.
Princípio da manutenção da condição mais benéfica: Também conhecido como princípio da “cláusula mais vantajosa”, sempre que o empregador conceder determinada condição vantajosa para o empregado não poderá suprimi-la, na medida em que, “situações pessoais mais vantajosas incorporam­-se ao patrimônio do em­pregado” (ROMAR, 2018, p. 57).
• Princípio da Irrenunciabilidade: É a impossibilidade jurídica de privar o empregado de uma ou mais vantagens concedidas pelo Direito do Trabalho. Não podem ser renunciadas pelo empregado. Ex: Um empregado poderá negociar seu horário de intervalo/almoço, mas não poderá renunciar esse benefício.
• Princípio da Continuidade da Relação de Emprego: Havendo um contrato de trabalho, presume-se que ele tenha sido realizado por prazo indeterminado. Por isso, em caso de rescisão contratual é necessário que tenha um aviso prévio, caso isso não ocorra, o empregador está sujeito a pagar indenização pelo aviso prévio, sendo que deverá ainda arcar com a multa rescisória do fundo de garantia.
• Princípio da Primazia da Realidade: Destaca justamente que o que vale é o que acontece realmente e não o que está escrito. Por exemplo, se na prática um empregador contratar um trabalhador e entre eles é assinado um contrato de representação comercial, porém, em juízo restar comprovado que o trabalhador era um verdadeiro empregado subordinado, restará reconhecido o vínculo empregatício, de nada valendo os documentos. O juiz irá analisar os fatos, mesmo que esteja divergente da informação que está escrita.

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