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Unidade 4 - SLIDES

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CURSO BÁSICO DE 
BANCOS DE PERFIS GENÉTICOS 
E LEGISLAÇÃO APLICADA
Olá Alunos e Alunas. 
• Vamos iniciar a última unidade de 
estudos deste curso! Prontos? 
• Vamos lá!
• Como dito em outras unidades, a Rede
Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG),
instituída pelo Decreto nº 7.950/13-MJ, surgiu
com a finalidade principal de manter,
compartilhar e comparar perfis genéticos para
auxiliar tanto na apuração criminal e na instrução
processual quanto na identificação de pessoas
desaparecidas.
RESULTADOS DA RIBPG
• Ao longo dos anos, a RIBPG tem incrementado cada
vez mais sua contribuição à Sociedade Brasileira pelo
aumento de investigações auxiliadas. A evolução
numérica ao longo dos anos, considerando o tipo de
perfil genético e unidade da federação, pode ser
analisada pelo sistema de análise DADOS DO BANCO
NACIONAL DE PERFIS GENÉTICOS, disponível no sítio
eletrônico do Ministério da Justiça e Segurança
Pública.
• Ademais, desde 2014, o Comitê Gestor da RIBPG
publica relatórios contendo balanços semestrais na
página eletrônica da RIBPG
(https://www.justica.gov.br/sua-
seguranca/seguranca-publica/ribpg/).
RESULTADOS DA RIBPG
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMGM0OGQwYzQtZWI3MC00NTkzLWJiNDAtNGM2YTgxMzA4OTNkIiwidCI6ImViMDkwNDIwLTQ0NGMtNDNmNy05MWYyLTRiOGRhNmJmZThlMSJ9
https://www.justica.gov.br/sua-seguranca/seguranca-publica/ribpg/
• Entre nos links abaixo e faça suas pesquisas.
Depois retorne para a leitura!!
• DADOS DO BNPG
• RIBPG
RESULTADOS DA RIBPG
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMGM0OGQwYzQtZWI3MC00NTkzLWJiNDAtNGM2YTgxMzA4OTNkIiwidCI6ImViMDkwNDIwLTQ0NGMtNDNmNy05MWYyLTRiOGRhNmJmZThlMSJ9
https://www.justica.gov.br/sua-seguranca/seguranca-publica/ribpg/
• O aumento de inserção de perfis nos bancos
da RIBPG, especialmente de indivíduos
cadastrados criminalmente, seja condenados
ou suspeitos, mostra-se diretamente
proporcional ao crescimento do número de
coincidências e, consequentemente, de
investigações auxiliadas.
RESULTADOS DA RIBPG
• Apesar do aumento linear, os dados ao longo dos
anos demonstram que a funcionalidade dos bancos de
perfis genéticos como valiosa ferramenta de
investigação criminal e auxílio ao judiciário ainda é
subutilizada pela segurança pública brasileira. Espera-
se que com o crescimento expressivo de inserção de
perfis genéticos de indivíduos cadastrados
criminalmente e o processamento e inserção de perfis
genéticos obtidos vestígios, seja locais de crimes contra
a vida, sexuais ou patrimônio, a contribuição da RIBPG
como ferramenta para identificação de crimes em
série, identificação de possíveis autores de delitos e,
ainda, permitir a revisão de condenações de inocentes
injustamente acusados seja cada vez mais consolidada.
RESULTADOS DA RIBPG
• Devido ao aumento do uso do DNA forense em
todo o mundo, cada vez mais países utilizam
bancos de dados nacionais para armazenar,
gerenciar e comparar seus perfis genéticos.
• Em meados da década de 1990, quando foram
criados os primeiros bancos de dados sobre
DNA, as vantagens que podiam oferecer no
campo da investigação policial não foram
totalmente apreciadas. Inicialmente, muitos
países limitaram a introdução de perfis de DNA
em seus bancos de dados nacionais,
dependendo do tipo de local do crime de onde
foram coletadas amostras biológicas (por
exemplo, crimes violentos). Critérios relativos à
introdução de perfis individuais na base de dados
também foram aplicados; por exemplo, os
criminosos acusados ​​deveriam ter sido
condenados a uma sentença mínima de prisão.
A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
• Muitos países estenderam os critérios para incluir mais
tipos de crimes e perfis de pessoas, critérios que em
alguns países podem cobrir qualquer falta que crie um
registro policial. Da mesma forma, em muitos países,
os critérios para a introdução do perfil de um indivíduo
não se limitam aos réus criminais, mas também podem
incluir suspeitos. Os países também usam bancos de
dados nacionais de DNA para fazer comparações com
outras categorias de perfis, como cadáveres a serem
identificados e pessoas desaparecidas.
• Quanto maior a inserção de perfis genéticos de
indivíduos cadastrados criminalmente, seja de
condenados ou suspeitos, no banco de dados nacional,
maior será a taxa de detecção de crimes no país.
Portanto, não há dúvida de que os bancos de dados de
perfis genéticos podem ser usados ​​para resolver crimes
em série, como estupros, homicídios, furtos em
residências ou roubos de veículos, que geralmente são
muito difíceis de resolver por outros meios.
A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
• Pesquisas sobre os bancos de dados de perfis
genéticos também mostraram que os agressores
geralmente não se limitam a cometer apenas um
tipo de crime. Por exemplo, foram encontradas
coincidências entre perfis genéticos vinculados a
crimes violentos, como estupros e homicídios,
com perfis oriundos de criminosos que
cometeram crimes mais leves, como roubo
• As instituições de segurança pública que utilizam
os bancos de dados de DNA perceberam
imediatamente o seu grande potencial. Este
progresso tem repercussões do ponto de vista
político, uma vez que implica em uma adequação
da legislação relativa aos crimes ou as pessoas a
respeito de quais situações deve-se armazenar
perfis genéticos em bancos de dados. Isso
também levou a um aumento considerável no
tamanho dos bancos de dados na última década.
A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
• Apesar do aumento linear, os dados ao longo dos
anos demonstram que a funcionalidade dos bancos
de perfis genéticos como valiosa ferramenta de
investigação criminal e auxílio ao judiciário ainda é
subutilizada pela segurança pública brasileira.
Espera-se que com o crescimento expressivo de
inserção de perfis genéticos de indivíduos
cadastrados criminalmente e o processamento e
inserção de perfis genéticos obtidos vestígios, seja
locais de crimes contra a vida, sexuais ou
patrimônio, a contribuição da RIBPG como
ferramenta para identificação de crimes em série,
identificação de possíveis autores de delitos e,
ainda, permitir a revisão de condenações de
inocentes injustamente acusados seja cada vez
mais consolidada.
A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
• Apesar Periodicamente, a INTERPOL realiza uma
pesquisa global para monitorar o uso da genética
forense e dos bancos de perfis genéticos a nível
global. Em fevereiro de 2019, os 194 escritórios da
INTERPOL foram instados a fornecer suas
estatísticas nacionais referentes ao período até
2018. Um total de 108 países membros (56%)
responderam à pesquisa. Essas respostas foram
compiladas e adicionadas aos dados fornecidos
para pesquisas anteriores da INTERPOL.
A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
• O relatório informa que um total de 111 países
relataram usar exames de DNA em investigações
criminais, dos quais 84 países possuem um banco
de dados nacional. Em 2018, havia um total
estimado de 35.475.671 perfis genéticos
armazenados nestes países.
A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
Região Número de países
utilizando exames
de DNA em
investigações
Número de países
utilizando bancos
de perfis
genéticos
Africa 15 7
Américas 17 15
Asia e sul do
Pacífico
31 20
Europa 48 42
TOTAL 111 84
• Entre os dias 25 e 26/05/2017, o Supremo
Tribunal Federal realizou uma audiência pública
para discutir aspectos técnicos a respeito da
coleta de DNA aplicada à investigação forense.
Na ocasião foram convidados palestrantes
internacionais para compartilhar de suas
experiências. Dentre eles, o Dr. Douglas Hares,
perito criminal do Federal Bureau of
Investigation (FBI), que foi o administrador do
banco de dados norte-americano por 11 anos.
Também palestrou o Dr. Ingo Bastisch, diretor do
Laboratório de DNA do Bundeskriminalamt (BKA)
alemão e chairman do Interpol DNA Monitoring
Expert Group.
• Os textos que se seguem foram baseados em
suas falas durante o referido evento.
EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Entre Textoadaptado da palestra do Dr.
Douglas Hares, disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=IYRed
qA8pHw
• No final da década de 1980, o DNA tornou-se
muito popular. A partir de então, os estados
americanos começaram a aprovar leis nos
EUA para coleta de material biológico e
inserção de perfis genéticos em banco de
dados no final da década de 1980.
• O FBI entendeu a importância do DNA e
vislumbrou a importância de realizar um
projeto visando o intercâmbio de informações
genéticas entre os estados com o objetivo de
resolver crimes. Tal projeto iniciou-se em
1990.
https://www.youtube.com/watch?v=IYRedqA8pHw
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Em 1991 o FBI publicou as primeiras diretrizes
normativas. Eles queriam ter certeza de que os
estados que iniciaram seus programas de DNA se
alinhavam com o que o Governo Federal queria
fazer. Então, estas diretrizes abordavam temas
como: as informações que eram estocadas, a
importância da privacidade dos dados e o controle
de segurança do laboratório.
• A primeira lei sobre banco de dados de DNA foi
chamada de Lei de Identificação de DNA (DNA
Identification Act) de 1994. Permitiu ao FBI
estabelecer o banco de dados nacional e também
criou um conselho para criar padrões mínimos de
qualidade para os laboratórios forenses.
• A partir disto foi publicada em 1996 a "Lei de
Privacidade", onde se definiu onde seriam
guardados os perfis genéticos e as informações
de identificação pessoal. No banco de dados não
poderia ser mantida nenhuma informação
identificadora do doador além do próprio perfil
genético.
• .
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Então, em outubro de 1998, a primeira versão
do software CODIS tornou-se operacional, onde
foram inseridas todas as informações genéticas
de nove estados norte-americanos. Os estados
tinham que atender a certos requisitos de
qualidade para enviar perfis ao banco de dados
nacional. Atualmente todos os cinquenta estados
compartilham perfis genéticos através do banco
nacional.
• O FBI criou este banco de dados, contudo a
inserção de perfis genéticos de criminosos não foi
permitida até o ano 2000, quando foram
aprovadas mudanças no Código Penal Federal
através do Criminal Justice Integrity and Law
Enforcement Assistance Act. Desde então, foram
expandidas as leis de coleta.
• Em 2004, foi definido que os laboratórios
deveriam passar por processos de acreditação,
bem como adicionaram todos os crimes no rol de
coletas.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Em 2005, ampliou-se o escopo para os presos
federais, para serem incluídos nesse banco de
dados. Também se determinou que amostras
usadas para exclusão não seriam permitidas no
banco de dados. Além disto foi criado um sistema
de checagem para que não houvesse erros. Tal
checagem era feita antes de liberar as
informações sobre os casos.
• Leis estaduais começaram a ser aprovadas
mesmo antes da lei federal. Mas uma das coisas
que foi percebida, inicialmente, é que as leis
abarcavam pessoas que eram sentenciadas por
ofensas sexuais. Depois, isso foi expandido para
crimes violentos. Mas os tipos criminais
continuaram a ser ampliados continuamente e
atualmente se coleta inclusive em casos de
roubos e todos os outros crimes nos 50 estados.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Por conta da preocupação sobre a privacidade,
apenas quatro informações são mantidas nos
bancos de dados:
• o perfil genético;
• o laboratório responsável por aquele perfil;
• algum tipo de código numérico para o perfil (um número
de identificação) e;
• o analista responsável pela análise.
• Também, a lei determinou como se daria o acesso
aos dados genéticos e todas as agências do
governo acabaram se alinhando com isso.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Em resumo, no transcorrer de todo este tempo,
desde a publicação da primeira lei, os seguintes
pontos foram alcançados:
• Criou-se um comitê gestor, desenhado com a
participação de cientistas, advogados, juízes e
especialistas em segurança, visando criar padrões
mínimos de qualidade.
• O FBI foi autorizado a criar o índice nacional de DNA e
também foi especificado que dados são elegíveis para
inserção.
• Foi imposto um mínimo de requisitos para assegurar a
qualidade e se iniciou um teste de proficiência
interlaboratorial.
• Foram incluídos também requisitos de acreditação e
auditoria.
• Restringiu-se o acesso aos dados e também requeriu-se
que se a condenação for eliminada ou revertida, os
dados genéticos também deverão ser retirados dos
bancos de dados.
• Se definiram penalidades para possíveis casos de
divulgação da informação genética.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Para a genotipagem foram criadas diretrizes de
interpretação. A existência destes requisitos mínimos
significa dizer que, se o laboratório atender a esses
padrões ele estará apto a inserir perfis no banco de
dados.
• Criou-se um Manual de Procedimentos Operacionais e
todos devem seguir esses procedimentos determinados
pelo FBI. Os laboratórios são auditados, com relação a
esses padrões a cada dois anos, e eles têm que
submeter as ações corretivas da auditoria para o FBI,
para que se possa assegurar que os laboratórios estão
aplicando os procedimentos apropriadamente.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Com relação às coletas permitidas em lei nos 
Estados Unidos, em 2017, existia a seguinte 
situação:
• Todos os 50 estados coletam o material dos condenados 
por todo e qualquer crime que seja punível com um ano 
ou mais em prisão (considerados crimes graves 
ou felony).
• No caso de contravenções, que são punidas com penas 
de menos de um ano, trinta e três estados aprovaram leis 
para coletar material biológico destes condenados.
• Trinta e um estados aprovaram leis onde uma amostra 
pode ser coletada após o indiciamento.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Em 2017, o banco de dados norte-americano
possuía quase duzentos laboratórios integrados.
Eles são colocados em três diferentes níveis. Em
um primeiro nível local existem os laboratórios
criminais das grandes cidades americanas, que
servem às próprias cidades e às suas áreas
metropolitanas. Eles usam o sistema para
comparar cena de crime contra a cena de crime
nas suas jurisdições. Esses dados são levados
até o nível estadual e, neste segundo nível, eles
são comparados com dados de outras cidades
dentro do mesmo estado, para que eles possam
comparar crimes em cidades diferentes. O
terceiro nível é o nível nacional, onde se compara
todos os perfis de um estado com os outros
estados, para que se possa vincular cenas de
crime num estado com referências em outro
estado e resolver crimes; ou cenas de crime em
um estado com cenas de crime em outro estado
para se averiguar crimes seriais.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Em 2017, o banco de dados norte-americano
possuía mais de 12 milhões de perfis, sendo
quase 3 milhões de perfis de presos e mais de
770 mil perfis forenses. Ao longo de 20 anos
foram acrescentados quase 600 mil perfis
anualmente. Estima-se que o banco de dados já
tenha auxiliado 358 mil investigações nos Estados
Unidos. Atualmente são em torno de 3 mil
investigações auxiliadas/mês.
• O FBI disponibiliza informações sobre os padrões
de qualidade, o manual de procedimentos
operacionais e perguntas feitas frequentemente
no endereço
eletrônico https://www.fbi.gov/services/laboratory/
biometric-analysis/codis.
https://www.fbi.gov/services/laboratory/biometric-analysis/codis
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Perguntas ao Dr. Douglas Hares
• Pergunta: Em sua opinião, qual a importância do uso do
DNA quando se trata de reincidência, ou seja, pessoas
que cometem diversas vezes o mesmo delito,
especialmente a importância disso quando o
delinquente, o criminoso tem certos perfis psicológicos
que, em princípio, talvez, tenderiam a se repetir.
• Resposta: Bom, nós vimos algumas coisas acontecerem
nos Estados Unidos. Uma coisa que nós notamos, e
especialmente com roubo e com invasão domiciliar: eles
repetem esse crime várias vezes. E o que nós vemos
aqui é que eles ficam mais sérios uma vez que eles
repetem essescrimes. Então, se nós pudermos
interrompê-los antes, nós podemos impedir esses
futuros crimes. E é por isso que nós fazemos a coleta de
perfis desses criminosos que comente roubos, para
poder utilizar esses dados e identificar quem são esses
criminosos em série, para não deixar que eles
aconteçam novamente. E esse crime acontece com
frequência nos Estados Unidos.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Estupro é outro crime grave nos EUA. E nós vemos isso
também. Um caso que me vem à memória toda vez que penso
sobre estupro é um caso que, de fato, aconteceu na década de
1970. Mas eles foram capazes de voltar e encontrar algumas
evidências desse caso e testá-lo. Havia uma série de estupros
graves e todos tinham o mesmo perfil. Finalmente, essa pessoa
realmente tentou comprar uma arma na década de 1990, e
temos muitas verificações de antecedentes pessoais quando
você compra uma arma. E eles descobriram que ele era um
foragido desde a década de 1970. Quando eles analisaram sua
amostra na base de dados, indicou 31 vezes. Foram 31 crimes
que não foram resolvidos, todos estupros, todos não resolvidos,
em 8 estados diferentes. Essa amostra ligou todos os casos.
Sabemos que nos EUA temos criminosos em série e, ao ter seu
perfil no banco de dados, somos capazes de resolver crimes do
futuro e do passado, porque muitas vezes o crime pode ter
acontecido antes da tecnologia de DNA estar disponível, como
esse caso que, originalmente, começou na década de 70, e os
EUA começou a usar a identificação por DNA mesmo no início
dos anos 90. Então, nós temos conseguido resolver tanto
crimes do passado como crimes futuros também.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Perguntas ao Dr. Douglas Hares
• Pergunta: Quais são os mecanismos de proteção do
cidadão para que ele não tenha, ilicitamente,
vasculhados os seus dados genéticos. Quais são as
medidas que o sistema tem para evitar que o cidadão
seja alvo de uma prática ilegal.
• Resposta: Bom, duas coisas. O nosso sistema, o
nosso banco de dados está ligado a uma agência da
lei. Então, não é aberto para qualquer pessoa fora
dessa rede que possa acessar esses dados. Assim,
nós temos muito cuidado em nossos procedimentos
para saber quem são os elegíveis para o banco de
dados. Quando entramos, por exemplo, com uma
amostra de um crime, tem que ser da cena do crime.
Não vamos inserir uma amostra que não esteja na
cena do crime, elas não são as evidências que nós
estamos procurando. Nós estamos procurando pela
arma ou talvez um chapéu descartado, alguma coisa
que tenha o perfil da pessoa que, de fato, cometeu o
crime, não aquilo que está em volta da cena do crime.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Então, depois, temos as proteções dos
cidadãos também e isso está na lei federal e na
Constituição. Então, não podemos informar um
perfil que não esteja numa cena do crime e não
podemos compartilhar essas informações com o
público também. Esse é o tipo de proteção à
privacidade, porque as pessoas podem pedir
informações se uma pessoa for julgada. Mas
outras pessoas que não estejam no crime não
podem ser genotipadas e inseridas. Elas são
protegidas pela lei.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Perguntas ao Dr. Douglas Hares
• Pergunta: Quando se captura alguém e tem a
indicação de que as amostras são compatíveis, é
comum realizar uma nova amostra se ao menos o
acusado aceitar? Ou se confia cegamente nos dois
dados de arquivo, o coletado na cena do crime e o
arquivado no sistema?
• Resposta: Uma excelente pergunta. Parte do
nosso procedimento de confirmação, no qual não
entrei em detalhes, é que, quando achamos as
compatibilidades, aquela informação é apenas uma
pista para conseguir uma outra amostra, porque
nós queremos uma amostra coletada diretamente
da pessoa e comparar com a cena do crime mais
uma vez, para o processo judicial. Esse é parte do
nosso procedimento de confirmação que garante
que não temos amostras trocadas. Nós solicitamos
uma nova amostra.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Nos Estado Unidos, o banco de dados não é
levado para o julgamento porque mostraria que se
condenou previamente ou algo assim. Não
queremos que haja um erro de julgamento porque
se trouxeram crimes passados. Na maior parte do
tempo, não podemos fazer isso nos Estados
Unidos. Essa segunda amostra permite prevenir
que isso aconteça. Diretamente da pessoa é
comparada com a amostra da cena do crime, não
com o banco de dados.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Texto adaptado da palestra do Dr. Ingo 
Bastisch, disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=IYRe
dqA8pHw
• O uso da tecnologia de DNA é parte do
trabalho diário da Polícia e do Sistema
Judicial, e é muito aceito em todos os
países europeus. Esse método permite a
investigação de crimes e o processo de um
número de crimes que, sem o uso do DNA,
não poderiam ser investigados e resolvidos.
Também é demonstrado que o DNA não é
só utilizado com a capacidade de resolver
crimes, o uso mais extenso do DNA pode
também prevenir crimes.
https://www.youtube.com/watch?v=IYRedqA8pHw
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Analisando-se a legislação europeia com
relação aos tipos de crimes que se permitem
incluir no banco de dados, verifica-se que as leis
variam muito de país para país. Isso é parte da
história, parte das Constituições diferentes, e é
parte do processo de discussão na sociedade.
Mas pode-se verificar que nos Estados Unidos e
na Europa, quando a análise de DNA começou
a incluir crimes de menor potencial ofensivo, foi
uma história bem-sucedida. Isso permitiu a
inclusão de outros tipos criminais, porque não
somente os crimes mais graves fazem parte do
trabalho policial e do sistema judiciário.
• Até mesmo no nível da União Europeia foi
reconhecido que o uso da tecnologia de DNA é
bem-sucedido. Quando a Europa abriu as suas
fronteiras foi previsto que isso não somente
levaria as pessoas comuns a viajarem mais
facilmente de um país para o outro, mas o crime
também se moveria de um país para o outro
mais facilmente. Isso cria a possibilidade de
troca de dados entre os países.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• A Alemanha e a legislação alemã são exemplos
do que ocorre em muitos outros países
europeus. Já em 1990, a Suprema Corte alemã
determinou que fazer a análise de DNA somente
na região não codificante do genoma humano é
algo admissível e que só poderia ser usado para
procedimentos nos tribunais. Esse foi um
primeiro passo relativo ao uso da tecnologia de
DNA. Cinco anos depois, o Tribunal
Constitucional Federal determinou que essa
análise não violava os direitos humanos e, por
isso, estava de acordo com a Constituição, mas
era restrita somente à parte não codificante do
genoma. Contudo, quando você interfere nos
direitos humanos, você tem que aprovar uma lei.
E isso foi feito pelos legisladores na ocasião.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• A legislação do DNA faz parte do Código de
Processo Penal alemão, que foi alterado no ano
de 1997, e introduziu a análise do DNA de
acordo com o Adendo nº 81, que já coletava
amostras de pessoas. Assim, houve uma base
legal para a primeira lei visando que a análise
de DNA fosse usada apenas para propósitos de
identificação. Também foi excluído o uso de
informação genética codificante, utilizando
genes que permitissem a previsão de qualquer
situação médica ou aparência física. E uma
terceira restrição foi que a análise de DNA só
poderia ser realizada quando fosse ordenada
por um juiz. Naquela ocasião, a ordem judicial
era também necessária para amostras de
vestígios coletadas nas cenas de crimes, o que
foi mudado no transcorrer do tempo.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Primeiramente se registra que na Alemanha o
banco de dados de DNA é considerado uma
ferramenta de investigação. E é uma regra geral
no país que o conhecimento forense e a
investigação devem ser separados para que o
conhecimento forense não seja enviesado. E,
para ser menos enviesado ainda, as amostras
recebidas no laboratório são pseudonominadas:
não são designadas pelo nome, somente pelas
iniciais e pelo ano de nascimento.• Assim, para qualquer investigação criminal o
uso da evidência de DNA é geralmente
permitido. Entre 1997 e 1998 houve alguns
casos de crimes sexuais na Alemanha, onde
jovens garotas, em torno de dez a onze anos de
idade, foram estupradas e mortas. Tais casos
atraíram muita atenção pública. Houve um
desejo geral da mídia e da população de que
essa tecnologia de DNA fosse disponibilizada
para que o país fizesse mais para prevenir os
crimes.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Então, o que aconteceu foi que o Governo criou
uma lei permitindo a obtenção de perfis
genéticos. E o Ministro do Interior implementou
tal banco de dados, tendo como ideia principal a
prevenção e a resolução de crimes futuros. Isso
incluía também a possibilidade de inserir as
amostras de DNA e dos perfis de DNA de
ofensores já previamente condenados. Ainda se
manteve a necessidade de uma fundamentação
legal para a inserção do perfil genético de uma
pessoa. Na ocasião, só se admitia a inserção
mediante um crime de significação substancial.
Tal situação era decidida por um juiz, o qual
avaliaria o procedimento a ser adotado.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Para estar no banco de dados deve-se atender
a alguns requisitos, o que significa dizer que o
indivíduo incluído no banco de dados deve ter
algum histórico criminal que permita inferir uma
perspectiva de que essa pessoa pode cometer
novos crimes no futuro. Ou seja, não é porque
uma pessoa simplesmente cometeu um crime
que será inserida em bancos de dados. Deve
haver mais informação sobre essa pessoa,
como uma avaliação de risco, e então o
indivíduo pode ser inserido no banco de dados.
Isto também está conectado com o histórico
policial da pessoa, por exemplo: quando o
histórico policial de uma pessoa é apagado, isso
apaga automaticamente o seu perfil no banco de
dados.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Alguns anos depois, em 2000/2001, houve uma decisão
pelo Tribunal Constitucional Federal, mais uma vez
confirmando que a análise do DNA era constitucional. Mas
eles também se manifestaram, especialmente a respeito
das possibilidades futuras de um novo crime que, aí, os
juízes precisariam fazer uma avaliação melhor e decidir se
as pessoas deveriam ser incluídas no banco de dados.
• Em 2002, a Corte Constitucional Federal também
deixou claro que o perfil de DNA não era um perfil da
personalidade e sim apenas um código individualizador.
Mais tarde, devido ao sucesso do DNA, o Código de
Crimes Sexuais foi emendado novamente, e o que
aconteceu foi que isso facilitou a inclusão de todos os
crimes, de todos os tipos de ofensores criminais no banco
de dados, mais uma vez sob justificativa, e incluindo a
possibilidade do marcador sexual, que não era regulado
pela lei anterior.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Em novembro de 2005 uma nova emenda
ocorreu e foi permitida a inclusão de voluntários
no banco de dados, o que tem sido aplicado em
alguns dos nossos estados, mas não foi
regulamentado por lei. Essa é uma área
nebulosa ainda, onde os legisladores deixaram
bem claro que teria que haver uma permissão
escrita para a inclusão no banco de dados sem
a ordem de um juiz. Também foi baixado o limite
do nível do crime: foi considerado que não
necessitava ser um crime de significação
substanciosa, mas poderia ser um número maior
de pequenos crimes que todos juntos fossem
comparáveis a um crime de significação mais
substanciosa. Além disso, na lei também foi
incluída a possibilidade de uma coleta em
massa.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Apesar de voluntária, essa coleta em massa tem uma
boa taxa de sucesso. Há anos atrás foi realizado um
levantamento e constatou-se que de 60% a 70% dessas
coletas levaram ao criminoso verdadeiro.
• O conteúdo do banco de dados alemão inclui pessoas
acusadas, condenados e vestígios coletados nos locais de
crime. Também existem perfis de pessoas desaparecidas,
mas num banco de dados separado, sem conexão com o
banco de dados criminal.
• Os dados genéticos seguem as leis aplicáveis e são
checados, sendo mantidos por dez anos, para adultos, ou
cinco anos, para menores. Isso não significa que os dados
são apagados automaticamente após esse prazo, mas
será checado se tal indivíduo ainda está ativo
criminalmente e se o registro policial ainda existe. Em
caso contrário, o dado genético deverá ser apagado.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Com relação às bases legais da legislação
alemã, temos:
• Para o exame físico, se coleta o material oral pela
polícia. Não é necessário ser feito por um perito, pois
todos são instruídos sobre como realizar tal
procedimento.
• Se o indivíduo se nega a fornecer a amostra, não há
nenhum problema; se um juiz ordenar, a pessoa é
levada a um médico para tirar uma amostra
sanguínea sem a autorização ou sem a permissão
escrita.
• Uma vez a amostra sendo coletada e usada, ela deve
ser destruída.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Ainda existe a possibilidade de coletar amostras de
vítimas ou de testemunhas, mesmo se elas não
derem a permissão. Mas geralmente isto não
acontece, porque as vítimas e as testemunhas
normalmente são bastante colaboradoras e permitem
a coleta.
• A Seção E-81 determina que o material coletado pode
ser usado para exames genéticos por duas razões:
primeiro, para determinar a descendência e, segundo,
para ter certeza se os vestígios encontrados na cena
do crime são originados do indivíduo. E deve-se
expressar explicitamente que nenhum outro achado
deve ser feito.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• A inserção de perfis genéticos no banco de
dados da Alemanha iniciou-se em 1998 e vem
evoluindo desde então. Atualmente ultrapassa um
milhão de perfis, incluindo mais de 850 mil
indivíduos e amostras de 350 mil locais de crimes.
No total existem em torno de 240 mil coincidência
(matches) registradas. Na sua maioria,
coincidências entre vestígios coletados na cena do
crime e de indivíduos que tiveram sua amostra
coletada. A cada três amostras inseridas no banco
de dados há a coincidência com um indivíduo
registrado.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• A troca de informações na Europa também foi
favorecida pelo Tratado de Prüm (Prüm
Convention), muito famoso no mundo das ciências
forenses, e que foi concebido para auxiliar a
investigação criminal com o intercâmbio de perfis
genéticos e outros dados. E, assim, o sucesso
começou com os primeiros testes entre a Áustria e
a Alemanha, onde houve mais de mil
coincidências (matches). O mesmo pode ser
acessado em https://ec.europa.eu/anti-
fraud/sites/antifraud/files/docs/body/prumtr.pdf.
Figura: Países participantes do Tratado de Prüm: em azul, os
países signatários; em amarelo, outros países da União
Européia; em laranja, países não membros da União Européia
que também participam do tratado.
https://ec.europa.eu/anti-fraud/sites/antifraud/files/docs/body/prumtr.pdf
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Perguntas ao Dr. Ingo Bastisch
• Pergunta: A Polícia alemã confia cegamente nos
seus arquivos ou, havendo a comparação e um
resultado positivo, ela retoma a amostra daquele que
seria suspeitamente criminoso para fazer nova
comparação?
• Resposta: Eu posso explicar o nosso procedimento
um pouquinho mais. O que acontece quando nós
temos uma coincidência no banco de dados é que,
inicialmente, o match volta para o laboratório ou
laboratórios que geraram o perfil e eles checam os
arquivos, verificam se não houve, por exemplo, uma
troca, uma contaminação, no caminho entre o
laboratório até o banco de dados. Eles checam se o
dado é consistente e se existe alguma contradição.
E, aí, a informação é depois enviada à investigação.
A coleta de uma segunda amostra não é obrigatória.
Os advogados podem solicitar, se necessário, mas
isso acontece muito raramente.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Existem alguns estados onde o promotor quer ter
isso de forma generalizada, mas essa é uma prática
que é determinada pelas unidades federativas, não é
determinada pela lei. Ou seja, há a possibilidadede
fazer o exame de novo, se for necessário, mas não é
um procedimento regular, é só em caso de exceção.
EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
• Perguntas ao Dr. Ingo Bastisch
• Pergunta: Pela lei alemã, só se armazena a parte não
codificante do DNA. Poderia explicar os motivos disso?
Qual a diferença entre a região codificante e a não
codificante e os motivos pelos quais só se armazena essa
parte? Isso tem a ver com a privacidade do cidadão?
• Resposta: Sim, isso tem a ver com a privacidade do
cidadão e tem a ver com uma das primeiras decisões do
nosso Tribunal Constitucional, porque eles afirmaram que é
constitucional se for a parte não codificante. Então, é claro
que a razão é a privacidade. Se você olhar para os genes,
é muito difícil dizer, sob uma perspectiva biológica, quais
são os genes e o que realmente significam. Um gene pode
sempre significar uma característica física e psicológica, e
você tem que olhar de forma mais cuidadosa sobre o que
você pode ou não pode fazer. O propósito da lei é a
identificação. Para a identificação, você não precisa entrar
nos genes. É até mesmo melhor não entrar nos genes,
porque os genes mostram mais similaridades entre os
indivíduos que a região não codificante.
Terminamos aqui a terceira unidade. Esta unidade
possui material complementar referente a legislação
pertinente ao tema.
Os bancos de dados de perfis genéticos são
ferramentas usadas amplamente em todo o mundo e
que tem se mostrado muito eficientes nos objetivos
aos quais se propõem. Na área criminal, apresentam-
se como excelentes ferramentas de investigação,
acessíveis e eficazes, servindo tanto para apontar os
culpados por determinado delito quanto para
inocentar indivíduos injustamente acusados. Neste
sentido, os bancos de dados de perfis genéticos
auxiliam na promoção da Justiça e na eficiência do
trabalho policial.
CONCLUSÃO vocês lá!
Neste cenário, o Brasil não tem se mantido à parte.
A legislação nacional se adaptou à nova realidade
mundial e a cada ano o crescimento da RIBPG é
notado. A evolução dos bancos de dados de perfis
genéticos no Brasil é constante e os números cada
vez maiores de perfis genéticos e matches no Banco
Nacional de Perfis Genéticos são uma prova disto.
CONCLUSÃO vocês lá!
Contudo os desafios são grandes se quisermos que
os bancos de dados brasileiros se aproximem em
número e eficiência aos bancos de dados de países
mais desenvolvidos. O caminho é longo, porém
possível, desde que haja a disseminação deste
conhecimento e o efetivo e adequado uso dos
bancos de dados, bem como o abastecimento
constante dos mesmos com perfis genéticos
conforme a legislação brasileira.
CONCLUSÃO vocês lá!
Divulgue, aplique e 
promova os 
conhecimentos 
adquiridos neste curso!
Você agora é um agente disseminador destas 
informações e parte integrante deste processo!
CONCLUSÃO vocês lá!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTERPOL. Global DNA Profiling Survey Results. 2019. Disponível em:
https://www.interpol.int/How-we-work/Forensics/DNA
RIBPG. Relatórios Semestrais. Disponíveis em: https://www.justica.gov.br/sua-
seguranca/seguranca-publica/ribpg/relatorio
SINESP. Dados do Banco Nacional de Perfis Genéticos. Disponível em:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMGM0OGQwYzQtZWI3MC00NTkzLWJiNDAtNGM2
YTgxMzA4OTNkIiwidCI6ImViMDkwNDIwLTQ0NGMtNDNmNy05MWYyLTRiOGRhNmJmZT
hlMSJ9
TV JUSTIÇA. Audiência Pública STF - Coleta de material genético de condenados. 2017.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IYRedqA8pHw
https://www.interpol.int/How-we-work/Forensics/DNA
https://www.justica.gov.br/sua-seguranca/seguranca-publica/ribpg/relatorio
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMGM0OGQwYzQtZWI3MC00NTkzLWJiNDAtNGM2YTgxMzA4OTNkIiwidCI6ImViMDkwNDIwLTQ0NGMtNDNmNy05MWYyLTRiOGRhNmJmZThlMSJ9
https://www.youtube.com/watch?v=IYRedqA8pHw

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