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O que é Literatura

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O que é literatura?
O QUE É LITERATURA?
O reino mágico das palavras encantadas: Clique e descubra o que é literatura!
Você gosta de ler? Gosta de ouvir e de contar histórias? Se a sua resposta for sim, certamente você vai gostar de saber o que é literatura.
A literatura é uma das mais belas manifestações artísticas. Enquanto alguns artistas pintam quadros ou fazem belas canções, outros escrevem. Mas não basta saber escrever, o verdadeiro escritor sabe utilizar as palavras de uma maneira especial, diferente, que nos faz viajar para outros mundos e imaginar situações inusitadas. Viu só como fazer literatura pode ser mais difícil do que você imaginava? Nem todos temos o dom de ajeitar pensamentos em palavras e criar um mundo mágico para o desfrute do leitor.
A literatura tem como matéria-prima a palavra. É a partir dela que o artista transforma a linguagem, deixando-a mais expressiva e poética. Nos textos aos quais estamos expostos no nosso dia a dia, nos jornais, revistas e livros didáticos, a linguagem tem como característica ser objetiva e clara, contudo, na literatura, não existe compromisso com a transparência. As palavras podem ser empregadas em seu sentido conotativo, ou seja, fora de seus reais significados. Os textos literários são recheados de elementos responsáveis por torná-los um objeto de arte. Para compreendê-los, é preciso treinar a leitura e apurar o senso estético. Isso acontece porque a literatura preocupa-se em contemplar não apenas o objeto linguístico, mas também a plasticidade e a beleza que são encontradas somente na arte.
O que transforma um texto em um texto literário é a função da linguagem escolhida. No caso da literatura, encontramos a função poética da linguagem, que acontece quando o emissor, ou seja, quem escreve, tem suas intenções voltadas para a elaboração da mensagem. Existe um cuidado com a construção de sentidos das palavras, expressões e conteúdo. As palavras não são escolhidas aleatoriamente, cada elemento é minuciosamente escolhido para que o resultado seja considerado arte.
A Literatura é a arte das palavras. Através dela o leitor pode ser transportado para mundos diferentes!
Agora que você já começou a entender sobre a arte das palavras, que tal saber um pouco mais sobre a origem da literatura? Quando nos perguntamos “o que é literatura?”, estamos fazendo uma pergunta histórica. Precisar sua origem não é tarefa fácil, mas a representação gráfico-visual dos sons de nossa própria fala, a escrita, tem seus primeiros registros no alfabeto fenício do século XII (A.C.). Portanto, a partir do momento em que o homem aprendeu a usar a palavra escrita, ele passou a registrar histórias que antes existiam apenas na tradição oral, o que fez surgir os primeiros textos literários. Aristóteles, filósofo grego que viveu entre 384 e 322 (A.C.), foi um dos primeiros a pensar e a sistematizar o tema. Suas ideias sobre a literatura foram importantíssimas para o estudo da arte, contudo, assim como a comunicação, a literatura evoluiu e acabou tomando novas formas, e determinados gêneros que antes não eram considerados literatura por Aristóteles, como cartas, biografias e diários, hoje podem ser vistos como arte literária.
No Brasil, a literatura é um pouco mais recente, isso porque somos uma nação relativamente jovem, com pouco mais de quinhentos anos de história para contar. Nosso primeiro texto literário, escrito em terras brasileiras, é a Carta de Pero Vaz de Caminha, uma espécie de diário de viagem feito pelo escrivão do então rei de Portugal. Apesar de ter como principal intenção informar para o rei as peculiaridades da terra descoberta, existem elementos na carta que a tornam um texto literário, visto a habilidade de Pero Vaz de Caminha com as palavras. A Carta é muito famosa por ser o primeiro registro histórico do Brasil, sendo considerada também como peça integrante da literatura portuguesa.
A literatura tem como função comunicar de maneira artística, utilizando seu inesgotável poder de evocação e sugestão para permitir que o leitor recrie a própria realidade na qual está inserido. Graças ao talento de nossos escritores, que fazem da literatura uma experiência de vida, podemos, mesmo que por algumas horas ou minutos, trocar a experiência da vida real para uma experiência mágica com o abstrato e com a linguagem simbólica. Para você gostar de ler e conhecer um pouco mais sobre literatura, um belo poema de Carlos Drummond de Andrade, um desses incríveis artistas que através da função poética nos transportam para o maravilhoso reino das palavras. Boa leitura!
“(...) Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave? (...)”.
(Fragmento do poema “Procura da poesia”, de Carlos Drummond de Andrade)
A literatura tem como matéria-prima a palavra, que recebe novos sentidos através da função poética da linguagem
Agora que você já tem todas essas informações sobre Literatura, responda ao que se pede:
1. O que é Literatura?????
Literatura é a arte de criar e compor textos, e existem diversos tipos de produções literárias, como poesia, prosa, literatura de ficção, literatura de romance, literatura médica, literatura técnica, literatura portuguesa, literatura popular, literatura de cordel e etc.
2. Para que serve?
A literatura tem como função retratar realidades, ou seja, a sociedade, o homem e as suas ações, de modo a provocar reações específicas no leitor, como emoção e reflexão, além de aumentar o seu conhecimento de mundo.
3. Pesquise alguns livros importantes da Literatura nacional e faça um breve resumo da história contada em cada um deles (pelo menos três):
 
O Cortiço
O romance segue claramente duas linhas mestras em seu enredo, cada uma delas girando em torno de um imigrante português. De um lado temos João Romão, o dono do cortiço, do outro Jerônimo, trabalhador braçal que se emprega como gerente da pedreira que pertence ao primeiro.
João Romão enriquece às custas de sua obsessão pelo trabalho de comerciante, mas também por intermédio de meios ilícitos, como os roubos que pratica em sua venda e a exploração da amante Bertoleza, a quem engana com uma falsa carta de alforria. Ele se torna proprietário de um conjunto de cômodos de aluguel e da pedreira que ficava ao fundo do terreno. Aumenta sua renda e passa a se dedicar a negócios mais vultosos, como aplicações financeiras. Aos poucos, refina-se e deixa para trás a amante.
Miranda, comerciante de tecidos e também português, muda-se para o sobrado que fica ao lado do cortiço. No início disputa espaço com o vizinho, mas, aos poucos, os dois percebem interesses comuns. Miranda tem acesso à alta sociedade, posição que começa a ser almejada por João Romão, este, por sua vez, tem fortuna, cobiçada pelo comerciante de tecidos que vive às custas do dinheiro da esposa. Logo, uma aliança se estabelece entre eles. Para consolidá-la, planeja-se o casamento entre João Romão e a filha de Miranda, Zulmira. João se livra de Bertoleza, devolvendo-a aos seus antigos donos. 
Jerônimo assume a condição de gerente da pedreira de João Romão e passa a viver no cortiço com a esposa Piedade. Sua honestidade, força e nobreza de caráter logo chamam a atenção de todos. No entanto, seduzido pela envolvente Rita Baiana, assassina o namorado desta, Firmo. Jerônimo abandona a esposa e vai viver com Rita. Entra então em um acelerado processode decadência física e moral, assim como sua esposa, que termina alcoólatra.
A decadência atinge também outros moradores do cortiço. É o caso de Pombinha, moça culta que aguardava a primeira menstruação para se casar. Seduzida pela prostituta Léonie, abandona o marido e vai viver com a amante, prostituindo-se também.
 O Quinze
A história começa com Dona Inácia rezando, na esperança de que viesse a chuva. Portanto, o enredo já começa com a seca alastrada no Ceará. Conceição, sua neta, estava ao seu lado passando suas férias na fazenda da família. Ali também trabalha Vicente, primo de Conceição e com quem ela mantém um flerte constante. Com a seca, ambas se mudam para Fortaleza, mas Vicente permanece trabalhando na fazenda.Assim, o livro conta com dois eixos principais de narrativa: um, o de Conceição e Vicente, e outro, do Chico Bento. No segundo caso, Chico Bento, que é vaqueiro, perde o seu trabalho devido à seca e sua família decide se mudar também para Fortaleza. Entretanto, sem dinheiro e perdendo a ida de trem, acabam tendo que realizar o trajeto a pé.Nesse caminho árduo, Chico Bento, sua esposa e seus cinco filhos passam uma fome constante. Algumas vezes, quando encontram pessoas com muita fome, acabam dividindo sua comida como um gesto de dignidade. Em outros momentos, acabam sendo mais egoístas. No entanto, o filho menor do personagem acaba falecendo e o primogênito se perdendo no meio da noite.No outro lado da história, Vicente e Conceição, que se encontram raras vezes, constroem conflitos que dificultam o relacionamento dos dois. Vicente, que tem valores mais conservadores ou mesmo machistas, acaba não se dando bem com Conceição, que é progressista e valoriza a liberdade.
 A rosa do povo 
Publicado em 1945, Rosa do Povo é aclamado por inúmeros setores da crítica literária como a melhor obra de Carlos Drummond de Andrade, o maior poeta da Literatura Brasileira e um dos três mais importantes de toda a Língua Portuguesa. Antes que se comece a visão sobre esse livro, necessária se faz, no entanto, uma recapitulação das características marcantes do estilo do grande escritor mineiro.
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Desde o seu batismo de fogo em 1928, com a publicação do célebre "No Meio do Caminho", na Revista de Antropofagia, Drummond ficou conhecido como "o poeta da pedra". Ao invés de se sentir ofendido com tal apelido, de origem pejorativa, acaba assumindo-o, transformando-o em um dos símbolos de seu fazer literário.
De fato, obedecendo a um quê de Mallarmé em sua ascendência (principalmente no que se refere à idéia de poesia como algo ligado à mineral), a dureza e até a frieza da pedra marcam a poesia drummondiana, pois ela é dotada não de uma insensibilidade, mas de uma afetividade contida.
Torna-se, portanto, um dos pilares da poesia moderna (junto de Bandeira e João Cabral), afastando do lugar nobre de nossa literatura o melodrama, a emoção desbragada, descontrolada e descabelada que por muito tempo imperaram por aqui.
Dessa forma, vai sempre se mostrar um eu-lírico discreto ao sentir o seu círculo e o seu mundo até mesmo quando vaza críticas, muitas vezes feitas sob a perspectiva da ironia. Aliás, essa figura de linguagem é muito comum na estética do autor, pois pode ser entendida como uma forma torta de dizer as coisas. Não se deve esquecer que essa qualidade nos remete ao célebre adjetivo gauche (termo francês que significa torto, sem jeito, desajeitado), poderoso determinante da produção do autor.
Tal caráter está não só na linguagem (que muitas vezes não tem os elementos considerados óbvios para a poesia), mas também pode ser encontrado na maneira deslocada como se relaciona com o seu mundo, o que pode ser justificado pela sua origem, pois é um homem de herança rural, filho de fazendeiros, que acaba se encontrando no ambiente urbano (essa mudança de plano é uma característica encontrada em vários escritores modernistas, o que possibilita afirmar que Drummond, se não é o símbolo de sua geração, é o representante do próprio Brasil, que estava se tornando urbano, mas que carregava ainda uma forte herança rural.).
No entanto, ao invés de esse seu sem jeito tornar-se elemento pejorativo, acaba por dar-lhe uma potência fenomenal na análise social e existencial. Posto à margem do sistema, consegue ter uma visão mais clara e menos comprometida pela alienação dos que se preocupam em cumprir seus compromissos rotineiros. Eis o grande feito de Rosa do Povo.
Para a compreensão dessa obra, bastante útil é lembrar a data de sua publicação: 1945. Trata-se de uma época marcada por crises fenomenais, como a Segunda Guerra Mundial e, mais especificamente ao Brasil, a Ditadura Vargas. Drummond mostra-se uma antena poderosíssima que capta o sentimento, as dores, a agonia de seu tempo. Basta ler o emblemático "A Flor e a Náusea", uma das jóias mais preciosas da presente obra.

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