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Sinais e Sintomas respiratórios

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Luíze Ana Scheffer 
T8 - 2022 
Sinais e Sintomas respiratórios 
Dispneia 
➢ Caracterizada experiencia subjetiva de esforço respiratório – sensação de múltiplas causas 
e múltiplas sensações 
o Mulheres sentem mais, devido ao componente ansiolítico 
➢ Ela é debilitante, considerada um preditor de qualidade de vida 
➢ Equivalente anginoso em cadrdiopatas 
➢ Pode ser considerada aguda ou crônica e estar relacionada a causas não pulmonares 
➢ Dispneia “em aperto” – broncoconstrição (exacerbação da DPOC) 
➢ Urgência respiratória – aumento da atividade e frequência respiratória (alterações da 
bomba, precisa muito da musculatura, profundidade e frequência (paciente tem consciência) 
o Dimensão afetiva – desconforto, medo e ansiedade. Dispneia em adição a sua 
intensidade e qualidade 
Escalas de dispneia 
 
 
 
 
 
 Luíze Ana Scheffer 
T8 - 2022 
Mecanismos da dispneia 
➢ Controle respiratório relacionado ao córtex 
sensorial 
o Quimiorreceptores do tronco cerebral 
o Vias aéreas – fibras C, receptores de 
irritação, pressão laríngea e estiramento 
traqueobrônquico (período de ventilação, 
inspiração-expiração, reflexo de tosse, 
pressão interna e externa da laringe – 
controlados pelo 10º nervo) 
o Aferências viscerais – esôfago, coração, 
estômago (alterações cirúrgicas afetam os 
órgãos respiratórios) 
o Aferências musculares – fusos musculares, 
corpos tendinosos, receptores metabólicos 
(mesmos nervos das eferencias musculares). 
{diafragma – mais ou menos dispneia} 
 
 
 
 
 
Classificação 
 
Dispneia aguda 
➢ Iniciada a menos de 30 dias 
➢ Normalmente as dispneias mais graves são de início súbito 
➢ Grau de urgência: 
o hipotensão 
o estado mental alterado 
o hipoxemia 
o arritmia instáveis 
o Estridor e esforço respiratório sem 
movimento de ar – obstrução 
o Laringite 
o Desvio da traqueia 
o Hipotensão e sons respiratórios 
unilaterais 
o FR 
o Musculatura acessória 
o Cianose 
o Baixa de SpO2 
➢ História Pregressa: 
o Novo ou recorrente 
o Doenças pré-existentes 
o Episódios semelhantes 
➢ Dor torácica associada:
o SCA 
o Pneumotórax 
o Traumatismo 
o Febre 
o Dispneia Paroxística Noturna 
o hemoptise (quantidade variável de 
sangue que passa pela glote oriunda 
das vias aéreas e dos pulmões) 
o Tabagismo 
o Doenças Psiquiátricas.
➢ Exame Físico 
o Nível de consciência (a dispneia pode ser devido a hipoxemia) (paciente torporoso e 
sonolento, coloca no O2 e não melhora, pode estar sendo intoxicado pelo oxigênio) 
o Fala fragmentada 
o Incapacidade de manter esforço respiratório (↓ sons respiratórios) 
o Uso da musculatura acessória (tiragem de furcula, de esternocleido, fator intercostal) 
o Cianose 
 
 Luíze Ana Scheffer 
T8 - 2022 
o Sudorese profusa (hiperperfusão) 
o Retração da parede torácica 
o Estridor, Sibilos (crise de asma) e Estertores (bolhosos/crepitantes – edema agudo de 
pulmão) 
o Diminuição dos sons respiratórios (edema agudo de pulmão/derrame pleural) 
o Arritmia 
o Hiperfonese de B2 
o B3: disfunção sistólica VE 
o B4: disfunção VE 
o Turgência jugular 
o Baqueteamento digital 
➢ Causas: 
o Cabeça e Pescoço: Angioedema, Anafilaxia, infecções, corpo estranho, trauma cervical 
o Tórax: Trauma, fratura costelas, tórax instável 
o Neurológicas: AVE, doença neuromuscular 
o Cardíacas: IC descompensada/aguda, Cardiomiopatia, Arritmia, Disfunção valva, 
tamponamento, SCA 
o Pulmonares: DPOC, crise asma, EP, Pneumotórax, infecções (pneumonia), SDRA, contusão, 
hemorragia. 
o Metabólicos: organofosforado, envenenamento CO, medicamentos, cetoacidose diabética, 
sepse, anemia. 
o Miscelânea: psicogênico, pneumomediastino, tumor de pulmão, derrame pleural, ascite 
➢ Manejo inicial 
o Oxigenação e suporte ventilatório 
o Acesso venoso 
o Monitoramento 
o Oximetria pulso 
o Estabelecer possíveis diagnósticos: 
▪ Pneumotórax: Rx tórax 
▪ Exacerbação DPOC: gasometria arterial, Rx tórax 
▪ Embolia Pulmonar: AngioTC, Cintilografia, V/Q ou arteriografia 
▪ Insuficiência Cardíaca: Rx tórax, peptídeo natriurético do tipo-B (BNP – marcador 
de IC) e Pró-BNP 
 
Dispneia Crônica 
➢ Dispneia persistente por mais de 30 dias (história e investigação) 
➢ Menor urgência de investigação 
Algoritmo de 3 etapas: 
➢ ETAPA 1: história e exame físico; quantificar a dispneia; laboratoriais; função pulmonar 
(espirometria); Rx tórax. 
o Hemograma: anemia, polisistemia, TSH, gasometria arterial, BNT, eletrólitos, AST e ALT 
➢ ETAPA 2: Teste de exercício cardiopulmonar 
o Volume – alsaponando, aprisionamento aéreo, hiperinssuflado restrição de tórax (doença 
neuromuscular, fibrose pulmonar, pneumonecotmia bilateral) 
o Difusão - DLCO – passagem do CO pela membrana alvéolo-capilar.CO passa mais fácil pela 
membrana que o oxigênio. Redução da passagem do CO2 indica problema de barreira que 
deixa o paciente mais hipoxemico. Enfisema grave, fibrose pulmonar progressiva, 
paciente congesto, shunt 
o Pressão respiratória máxima – Doença neuromuscular. Paciente perde força muscular. 
Perde o pico de fluxo inspiratório e expiratório 
➢ ETAPA 3: busca de causas menos frequentes: TC Tórax, cintilografia V/Q, broncoscopia, 
toracocentese, ecocardiograma (pressão sistólica da artéria pulmonar) de estresse e 
cateterismo cardíaco 
 
 
 Luíze Ana Scheffer 
T8 - 2022 
o Teste de exercício cardiopulmonar – ergometria (cardíaca), medidas de fluxo 
respiratório, saturação (ventilatória) 
o Investigações mais específicas: 
▪ teste de bronco-provocação (metacolina – perda de fluxo respiratório (asma) ou 
hiper-responsabilidade) 
▪ cintilografia pulmonar de ventilação e perfusão 
▪ broncoscopia: endoscopia do pulmão – narina → pregas vocais → traqueia → brônquio 
principal direito → bronco do lobo superior direito → subsegmentos → lobo médio 
→ lobo inferior. Avalia obstrução, secreção, lesão endobronquica por tumor, 
colapso, traqueo-bronquiomalácia 
▪ Tomografia segunda face: alterações de seios paranasais 
▪ Avaliação GI e endócrina 
o Se não houver alterações nos exames, pode ser considerada uma dispneia psicogênica 
o Alterações de válvula cardíaca, pressão sistólica da artéria pulmonar, pressão de 
ejeção do VE – são possives causas da dispneia 
Etiologia 
➢ Não específicas das vias aéreas: 25 a 37% 
➢ Asma: 29% 
➢ Não cardiopulmonares: 16% (obesidade) 
Principais Causas 
➢ Cabeça e Pescoço: discinesia laringe, corpo estranho 
➢ Parede Torácica: cifoescoliose, alterações de caixa 
➢ Pulmonares: DPOC, asma, broncoespasmo por exercício, ocupacionais, TEP crônico, HP, derrame 
pleural crônico, bronquiectasias, intersticiais, hemorragia 
➢ Cardíacas: IC sistólica, IC com FE normal, cardiomiopatia, arritmia, disfunções valvares, 
doenças pericárdicas 
➢ Neurológicas: neuromusculares, sistema nervoso central 
➢ Miscelânea: psicogênico, DRGE, anemia, tumor de pulmão, ascite, obesidade, descondicionamento 
físico, gotejamento pós-nasal 
 
Tosse 
Extremamente frequente na clínica, é necessário buscar a causa da tosse, realizar teste 
terapêutico e o tempo dos sintomas é fundamental para chegar ao diagnóstico, difícil 
tratamento/investigação pela falta de aderência/confiança do paciente 
Fisiopatologia 
➢ Mecanismo de proteção 
➢ O reflexo da tosse é iniciado pela irritação dos receptores presentes na faringe, traquéia, 
carina, pontos de ramificação das grandes vias aéreas e porção distal das pequenas vias 
aéreas. 
• Receptores da tosse: nervos sensoriais → centro da tosse → nervos efetores → músculos 
respiratórios → glote → assoalho pélvico → tosse 
➢ Esses receptores são ativados por: 
o Estímulos químicos: capsaicina, ácido cítrico/acético, nicotina, agente osmóticos, 
soluções hipocloridricas. 
o Estímulos mecânicos: corpo estranho, poeira, muco, manipulação local; tais 
receptores estão presentes no estômago, pericárdio, pleura, diafragma, faringe, 
seios paranasais, tímpanos e meato acústico externo.Eles são ativados pelo tato e 
distensão. Os impulsos oriundos desses receptores atingem o centro da tosse na 
medula através do nervo vago. 
 
 Luíze Ana Scheffer 
T8 - 2022 
o Estímulos inflamatórios: outros estímulos também responsáveis pelo reflexo da tosse 
são os inflamatórios, como histamina, bradicinina, prostaglandina. 
▪ Estímulos químicos e inflamatórios -> Ativação de fibras C 
▪ Estímulos mecânicos -> Ativação de fibras Aδ 
Classificação 
 
Tosse Aguda 
➢ Inferior a 3 semanas 
➢ Causas mais comuns: IVAS, quadros gripais e infecções bacterianas, DPOC e asma com exacerbações 
e outras doenças como ICC e exposição ambiental ou ocupacional. 
➢ Exames normais e história clínica é fundamental 
Tosse subaguda 
➢ Entre 3 e 8 semanas 
➢ Causas mais comuns: doenças infecciosas (pneumonia típica) e não infecciosas (exposição a 
poeira) 
➢ Raciocínio clínico 
 
Tosse Crônica 
➢ Superior a 8 semanas 
➢ Causas mais comuns: síndrome da tosse de vias respiratórias superiores (quadro gripal e segue 
tossindo), asma e DRGE (refluxo), tabagismo ativo. 
➢ Uso de IECA (inalapril, captopril, etc) – tosse seca 
➢ História clínica 
o Síndrome da tosse das VAS 
o Asma 
o Refluxo 
o Medicação (betabloqueador) 
o Bronqueolite 
o Bronquite crônica 
o Resfriado Comum 
Fluxograma tosse crônica 
Tomografia seios da face → tomografia de tórax → 
endoscopia → espirometria 
 
 
 
➢ Exames subsidiários 
o RX tórax 
o Espirometria 
o Tomografia de seios da face 
o Nasofibro (gotejamento, sinais de 
refluxo) 
o Endoscopia (biopsia de esôfago – 
esofagite/ulcera) 
o pHmetria esofágica 
o Broncoprovocação 
o Escarro induzido 
o Tomografia de tórax 
o Escarro induzido 
o Broncoscopia 
o Analise do escarro 
o Óxido nítrico exalado 
Tratamento 
Teste Terapêutico: 
Suspeita da doença causadora, mas sem confirmação -> Corticoide inalatório (CI) ou Prednisolona 
por 1 mês – resposta parcial → Associar antileucotrienos – sem resposta 
➢ Iniciar tratamento para reação alérgica: anti-histamínico associados a descongestionantes 
nasais de uso sistêmico e/ou uso de corticoides nasais por duas semanas – sem resposta 
➢ Iniciar tratamento empírico para DRGE: altas doses de IBP por 2 meses. 
o Suspeita de refluxo: Inibidor bomba próton -omeprazol, pantoprazol, esomeprazol, 
medicamento motilidade gástrica (bromoprida); mudança estilo de vida, erguer cabeceira 
(15 cm), diminuir ingesta de cafeína/chocolate 
 
 Luíze Ana Scheffer 
T8 - 2022 
➢ A otimização do tratamento deverá ser realizada quando houver resposta clínica parcial. 
➢ A associação de duas etiologias deve ser suspeitada 
Tratamento Específico: 
De acordo com a etiologia 
➢ Broncodilatadores – tosse produtiva 
➢ Atuantes no SNC – codeína, gabapentina 
➢ Atuantes no SNP – inibem reflexo da tosse perifericamente – levodropropizina 
➢ Atuantes no muco – eliminação de secreções e clareamento mucociliar – acetilcisteína 
➢ Anti-histamínicos – em combinação com substâncias descongestionantes em caso de tosse proveniente 
de gripe 
 
Dor Torácica 
 
Origem Cardíaca 
Isquêmica 
➢ Angina estável 
➢ Angina instável 
➢ IAM 
Não Isquêmica 
➢ Pericardite 
➢ Dissecção aguda da aorta 
➢ Valvular
Não Cardíaca 
Gastroesofagiana 
➢ Refluxo gastroesofagiano 
➢ Espasmo esofagiano 
➢ Úlcera péptica 
Não gastroesofagiana 
➢ Pneumotórax (espontâneo ou 
traumático [tratamento 
imediato]) 
➢ Embolia pulmonar (dor torácica, 
dispneia, tosse, febre) 
➢ Musculoesquelética ➢ Psicoemocional 
Hemoptise 
➢ Eliminação de sangue pela boca, passando através da glote. Podem ser devido a hemorragias 
brônquicas ou alveolares. 
➢ Origem brônquica: ruptura de vasos previamente sãos (carcinomas brônquicos) ou de vasos 
anormais, dilatados, neoformados (bronquiectasias e TB) 
➢ Origem alveolar: ruptura de capilares ou transudação de sangue, sem que haja solução de 
continuidade no endotélio 
➢ Leve: menos de 100ml em 24h 
➢ Moderada: entre 100 e 600ml em 24h 
➢ Maciça: mais de 600ml em 24h ou 100ml/h 
 Luíze Ana Scheffer 
T8 - 2022 
o Leptospirose, 
hantavirose, uso de 
anticoagulantes: 
podem causar 
hemorragia alveolar 
e, 
consequentemente, 
hemoptise

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