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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA TICs Disciplina: SOI V ELLEN LIMA FEITOSA Redenção/ PA Fevereiro de 2023. Hiperplasia adrenal congênita: que ocorre neste grupo de distúrbios? Como detectar esta patologia no recém-nascido? Hiperplasia adrenal congênita são distúrbios hereditários autossômico recessivo da síntese de esteroides adrenais. O defeito enzimático da síntese de glicocorticoides causa aumento dos precursores do cortisol que servirão de substrato para a via de síntese de androgênios adrenais. A deficiência de 21-hidroxilase é responsável por mais de 95% dos casos de hiperplasia adrenal congênita. As diferentes mutações CYP21A2 podem causar graus variáveis de deficiência enzimática, sendo responsável por um amplo espectro de manifestações clinicas da doença. A forma clássica de deficiência de 21-hidroxilase determina puberdade precoce periférica isosexual nos meninos e heterossexual no sexo feminino, além de avanço da idade óssea em ambos os sexos. Resumidamente, o organismo produz pouco cortisol e a falta deste reduz o feedback negativo sobre o ACTH. Resultando em hipernatremia, hipopotassemia e hipertensão ou hiponatremia e hiperpotassemia. Além disso, como as enzimas não estão sendo sintetizadas, há um acumulo de seus precursores, que vão deslocar o eixo de reação para a produção de andrógenos, conferindo a virilização da genitália feminina, mas sem alterações visíveis na genitália masculina. No recém-nascido, a forma de identificar é pela triagem neonatal, através do teste do pezinho, onde encontra-se níveis elevados de 17-hidroxiprogesterona ou por achados clínicos, como genitália ambígua e perda de sal, seguindo também pelos testes sorológicos confirmatórios. Ou seja, a triagem neonatal permite a imediata correção de erros de registro de sexo social em meninas com virilização genital importante e a instituição da terapia hormonal. BIBLIOGRAFIA BARRA, Cristina Botelho et al. Triagem neonatal para hiperplasia adrenal congênita. Revista da Associação Médica Brasileira, v, 58, p. 459-464, 2012. TORTORA GJ, DERRICKSON B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14ª. ed. Grupo GEN: 2016. VILAR L. Endocrinologia Clínica. 7ª. ed. Grupo GEN: 2020.
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