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TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PIAGET

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O desenvolvimento
mental segundo Piaget
PEDAGOGIA 
Piaget
• Jean William Fritz Piaget (Neuchâtel, 9 de agosto
de 1896 ‐ Genebra, 16 de setembro de 1980) foi um
biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado
um dos mais importantes pensadores do século XX.
Defendeu uma abordagem interdisciplinar para a
investigação epistemológica[nota 1] e fundou a
Epistemologia Genética, teoria do conhecimento
com base no estudo da gênese psicológica do
pensamento humano.
Piaget
• Estudou inicialmente biologia na Universidade
de Neuchâtel onde concluiu o seu doutorado e,
posteriormente, se dedicou à área de Psicologia,
Epistemologia e Educação. Foi professor de
psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a
1954, e tornou‐se mundialmente reconhecido pela
sua revolução epistemológica. Durante sua vida
Piaget escreveu mais de cinquenta livros e diversas
centenas de artigos.
Piaget
• Piaget também teve um considerável impacto no campo da
ciência da computação. Seymour Papert usou o trabalho de
Piaget como fundamentação ao desenvolver a linguagem de
programação Logo. Alan Kay usou as teorias de Piaget como
base para o sistema conceitual de programação Dynabook,
que foi inicialmente discutido em Xerox PARC. Estas
discussões levaram ao desenvolvimento do protótipo Alto,
que explorou pela primeira vez os elementos do GUI, ou
Interface Gráfica do Usuário, e influenciou a criação de
interfaces de usuário a partir dos anos 1980.
Estudos 
• Todo organismo possui uma estrutura permanente,
que pode modificar‐se sob as influências do meio,
mas sem nunca se destruir enquanto estrutura de
conjunto, todo conhecimento é uma assimilação de
um dado exterior às estruturas do sujeito. A segunda
é que os fatores normativos do pensamento
correspondem biologicamente a uma necessidade de
equilíbrio por auto‐regulação. Assim, a lógica poderia
corresponder, no sujeito, a um processo de
equilibração.
Estudos 
• A questão da origem do conhecimento era uma pergunta que
inquietava Piaget. Para entender essa origem, ele pesquisou a
trajetória de aquisição do conhecimento e descobriu que é
resultado de uma construção na vida do indivíduo. Em relação
à infância, ele constatou que o bebê, desde o nascimento, já
apresenta um tipo de intelecto que está voltado às questões
motoras. Ele também descobriu que a ação, o conhecimento e
a lógica são indissociáveis. Para ele, o conhecimento é
resultado da experiência e da interação do sujeito com o
meio. Não é uma mera absorção, é uma troca.
Epistemologia Genética 
Define a “epistemologia genética”
como a disciplina que estuda os
mecanismos e processos mediante
os quais se passa “dos estados de
menor conhecimento aos estados
de conhecimento mais avançado”
O modelo piagetiano
• Piaget considera que as categorias de conhecimento
não são estáticas: elas mudam durante o ciclo do
desenvolvimento. De acordo com Goulart (1987),
pelo fato da formação inicial de Piaget ter sido em
Biologia, alguns conceitos utilizados por ele são
extraídos desse campo científico. O seu conceito de
desenvolvimento está baseado em um modelo de
intercâmbio entre organismo e ambiente que é
derivado da Biologia.
O modelo piagetiano
• Seu modelo de estudo, o famoso método clínico de
Piaget, baseia‐se em um princípio metodológico:
interrogar‐se a respeito do que parece óbvio. Ao
analisar o desenvolvimento da lógica ao longo dos
séculos, ele percebeu que muitos postulados
pareciam absurdos em determinadas épocas da
sociedade e com o passar dos anos se tornaram
plausíveis e posteriormente óbvios ou mesmo meras
convenções.
Conceitos básicos
• Piaget observou que a criança nasce com as
estruturas biológicas e é sobre elas que o
intelecto se desenvolverá. Outro aspecto
observado sobre a inteligência é que ela não é
herdada biologicamente. A criança nasce com
os sentidos sensoriais, mas necessita de
estímulos, manejos e adaptações para
construir seu intelecto.
Conceitos básicos
• O princípio da ação da criança é um dos mais
fortes deles, definindo que a noção de
conservação não é ensinada pelos adultos,
mas, à medida que age sobre a matéria e
quanto mais assim o faz, a criança adquire
antes e melhor o referido conceito. Portanto,
para Piaget, a ação é a fonte do
conhecimento.
Conceitos básicos
• Para Piaget, o conhecimento é um
processo e, como tal, deve ser estudado
em seu devir de maneira histórica. Sua
epistemologia tenta estudar como muda
e evolui o conhecimento.
Conceitos básicos
• assimilação designa a incorporação de elementos
estranhos ao organismo, de objetos exteriores, que
são reelaborados – modificados em função das
estruturas orgânicas que o assimilam e, em nível
psicológico, um objeto externo é assimilado pelo
sujeito quando é incorporado e modificado por este
mesmo ato, numa modificação funcional, e não
material, e este objeto fará parte dos esquemas de
ação do sujeito. (FERREIRO, 2001)
Conceitos básicos
• a ação do objeto sobre o sujeito, a modificação que o
sujeito experimenta em virtude do objeto, é
chamada de acomodação. Assim, esse ato complexo,
que é resultante desse interjogo de mecanismos de
acomodação e assimilação e tem doses variáveis de
um e de outro, chama‐se adaptação.
Conceitos básicos
• uma criança não pode chegar a conhecer senão
aqueles objetos que é capaz de assimilar a esquemas
anteriores. Esses esquemas são no começo do
desenvolvimento, esquemas de ação elementares,
que irão enriquecendo‐se e tornando‐se complexos à
medida que o conhecimento prossegue,
proporcionando assim novos instrumentos de
assimilação. (FERREIRO, 200
Esquemas mentais 
• Piaget entendeu a mente como dotada de 
estruturas do mesmo modo que o corpo. 
• Esquemas são as estruturas mentais ou 
cognitivas pelas quais os indivíduos se 
adaptam e organizam intelectualmente o 
meio. 
Esquemas mentais 
• Não são objetos reais, não são observáveis. 
• São construtos hipotéticos, da mesma 
maneira que “inteligência”, “criatividade”, 
“capacidade”, etc. 
• Mudam continuamente e tornam‐se mais 
refinados. 
• Eles se modificam com o desenvolvimento 
mental. 
Esquemas mentais 
• “Todo esquema é [...] coordenado com outros 
esquemas e ele próprio constitui uma totalidade com 
partes diferenciadas.” 
• Os esquemas cognitivos dos adultos são derivados 
dos esquemas sensório‐motores da criança. 
• Os processos responsáveis pelas mudanças na 
estrutura cognitiva são, segundo Piaget, assimilação, 
acomodação e equilibração. 
Esquemas mentais 
• O processo de construção de conhecimentos é
um processo de desequilibrações,
assimilações, acomodações e adaptações de
estruturas. No processo de desenvolvimento,
velhas estruturas conhecidas vão sendo
modificadas diante de novas estruturas que
são incorporadas.
Esquemas mentais 
• A cada etapa e processo do desenvolvimento, a
criança busca o equilíbrio. De acordo com Fontana e
Cruz (1997), essa busca do equilíbrio é uma busca de
autorregulação. Por meio desse equilíbrio é que são
construídos novos conhecimentos. Mas, para se
alcançar um novo estado de equilíbrio, o processo de
equilibração não consiste em um retorno ao estado
de conhecimento anterior, mas em uma superação
do mesmo.
Assimilação
Termo  da biologia: o alimento é ingerido, digerido e 
assimilado. De forma semelhante, a experiência é 
assimilada e processada.
• A assimilação pode ser vista como o processo 
cognitivo de colocar (classificar) novos eventos em 
esquemas existentes. 
• o processo pelo qual o indivíduo se adapta 
cognitivamente ao ambiente e o organiza
Assimilação
• Possibilita a ampliação dos esquemas mentais 
• Pela assimilação os esquemas mentais incorporam 
os elementos que lhe são exteriores e compatíveis 
com sua natureza. 
Acomodação
• Os esquemas dos adultos são diferentes daqueles 
das crianças. Piaget descreveu e explicou essas 
transformações pelo processo de acomodação.
• Ocasionalmente um estímulo não pode ser 
assimilado, por não poder ser encaixado em 
nenhum esquema pré‐existente na estrutura 
cognitiva.
‐ criação de um novoesquema no qual possa encaixar 
o estímulo ou
‐ modificação de um esquema prévio de modo a 
incluir o estímulo.
Acomodação
Representação ou
conservação do objeto permanente.
• A construção do objeto permanente ocorre
com os bebês quando eles têm a idade
aproximada de seis ou oito meses e começam
a observar ao seu redor o fato de que tanto os
objetos como as pessoas podem desaparecer
e ser descobertos. Eles percebem que as
pessoas podem sair de um ambiente e depois
voltar, assim como os objetos podem ser
escondidos.
Estágios do desenvolvimento
da teoria piagetiana
• A compreensão desses estágios pelos professores os auxilia
na construção de suas práticas pedagógicas.
• Piaget considera que o desenvolvimento cognitivo das
pessoas obedece a uma ordem de estágios. Para ele, a
natureza e as características humanas mudam com o passar
do tempo e com a evolução desses diferentes estágios. A sua
proposta de estudo é entender como a criança constrói
conhecimentos para que as atividades de ensino sejam
apropriadas aos níveis de desenvolvimento das crianças. Por
isso, ele estruturou
Estágios
• Piaget, o desenvolvimento passa por quatro 
diferentes estágios:
• sensório‐motor;
• pré‐operacional;
• operatório concreto; e
• operatório formal.
O estágio sensório‐motor
• Inicia‐se ao nascimento e segue ao longo dos
dois primeiros anos de vida da criança. Como
o próprio nome sugere, nesse período a
criança terá uma inteligência prática centrada
na percepção e no motor. Ela utilizará essa
inteligência a partir de seus esquemas
sensoriais e motores, vindos dos reflexos
genéticos, procurando solucionar problemas
imediatos como pegar um brinquedo.
O estágio pré‐operatório
• Esse momento é marcado pelo aparecimento da linguagem
oral que lhe dará possibilidades de, além de se utilizar da
inteligência prática decorrente dos esquemas sensoriais e
motores formados na fase anterior, iniciar a capacidade de
representar uma coisa por outra, ou seja, formar esquemas
simbólicos. Nesse período, o raciocínio é marcado pelo
egocentrismo e possui uma lógica do particular para o
particular. O pensamento será caracterizado por um misto de
realidade e fantasia, o que o levará a uma visão distorcida da
realidade.
O estágio pré‐operatório
• Podem ser citados vários exemplos que remetem a essa
característica:
• “A cadeira me bateu.”
• “A boneca está com fome.”
• “O rio foi meu pai quem fez.”
O estágio operatório concreto
• Em torno do sétimo ano de vida, o estágio do
operatório concreto passa a manifestar‐se de
modo mais evidente, o que coincide (ou deve
coincidir) com o início da escolarização formal.
Nesse momento, o declínio do egocentrismo
passa a ser mais visível.
O estágio operatório concreto
• É nesta etapa que o pensamento lógico, objetivo, adquire
preponderância. As noções interiorizadas vão se tornando
mais reversíveis e, portanto móveis e flexíveis. O pensamento
torna‐se menos egocêntrico, menos centrado no sujeito.
Agora a criança é capaz de construir um conhecimento mais
compatível com o mundo que a rodeia. O real e o fantástico
não mais irão misturar‐se em sua percepção. Além disso, o
pensamento dominante é o operatório porque ele é
reversível: o sujeito pode retornar, mentalmente, ao ponto de
partida. (DAVIS; OLIVEIRA, 1994, p. 44)
O estágio operatório formal
• O estágio das operações formais apresenta
características bem próximas daquelas que os
adultos estão elaborando. Por volta dos 12
anos de idade, a criança vai se distanciando
daquelas operações concretas.
O estágio operatório formal
• Se no período das operações concretas a inteligência
da criança manifesta progressos notáveis, apresenta
por outro lado ainda algumas limitações. Talvez a
principal delas, [...] implícita no próprio nome,
relaciona‐se ao fato de que tanto os esquemas
conceituais como as operações mentais realizadas se
referem a objetos ou situações que existem
concretamente na realidade. (RAPPAPORT, 1981, p.
74)
Os fatores que influenciam o 
desenvolvimento humano
• hereditariedade – a carga genética estabelece
o potencial do indivíduo, que pode ou não
desenvolver‐se. Existem pesquisas que
comprovam os aspectos genéticos da
inteligência. No entanto, a inteligência pode
desenvolver‐se aquém ou além do seu
potencial, dependendo das condições do meio
que encontra.
Os fatores que influenciam o 
desenvolvimento humano
• crescimento orgânico – refere‐se ao aspecto
físico. O aumento de altura e a estabilização
do esqueleto permitem ao indivíduo
comportamentos e um domínio do mundo
que antes não existiam. Pense nas
possibilidades de descoberta de uma criança,
quando começa a engatinhar e depois a andar,
em relação a quando esta criança estava no
berço com alguns dias de vida.
Os fatores que influenciam o 
desenvolvimento humano
• maturação neurofisiológica – é o que torna 
possível determinado padrão de 
comportamento. A alfabetização das crianças, 
por exemplo, depende dessa maturação. Para 
segurar o lápis, manejá‐lo como nós, é 
necessário um desenvolvimento neurológico 
que a criança de 2, 3 anos não tem. Observe 
como ela segura o lápis.
Os fatores que influenciam o 
desenvolvimento humano
• meio – o conjunto de influências e estimulações
ambientais altera os padrões de comportamento do
indivíduo. Por exemplo, se a estimulação verbal for
muito intensa, uma criança de 3 anos pode ter um
repertório verbal muito maior do que a média das
crianças da sua idade, mas, ao mesmo tempo, pode
não subir e descer com facilidade uma escada,
porque esta situação pode não ter feito parte de sua
experiência.

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