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Asma e DPOC

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Asma - conceito
•Distúrbio inflamatório crônico das vias aéreas. 
•Obstrução intermitente e reversível do brônquios (broncoconstrição)
•Inflamação crônica dos brônquios 
•Hipertrofia e hiper reatividade das células da musculatura lisa dos brônquios
•Aumento da secreção mucosa 
•Fatores genéticos associados à hiperreatividade e hipersensibilidade Cpo I (atopia)
ASMA - Generalidades
•Aumento da incidência nas últimas 4 décadas – “Teoria da Higiene”. 
•Redução da mortalidade em função do tratamento adequado.
•Pode se desenvolver em qualquer fase da vida, mas é mais prevalente abaixo dos 25 anos. 
•Na infância, há maior prevalência entre meninos.
•Após a puberdade, frequência discretamente aumentada entre as mulheres. Cerca de 5% dos asmáticos apresentam doença de difícil controle e refratária ao tratamento com corticosteróides.
 A asma é uma doença de sociedades industrializadas onde a maioria das pessoas vive nas cidades. Ambientes industrializados contêm muitos poluentes Alérgenos para iniciar a resposta TH2. A exposição a tais antígenos parece proteger as crianças da asma e da atopia.
I. atópica
Quando há evidências de sensibilização e resposta imunitária a certos antígenos, geralmente em indivíduos que têm história familiar da doença e apresentam também eczema e rinite alérgica. 
hipersensibilidade tipo I, inflamação constante.
II. não atópica
Não atópica, quando não se identifica um alérgeno predisponente.
Outros tipos:
III. Asma induzida por medicamentos
Como a aspirina e outros anti-inflamatórios não esteroides. Nesses casos, o mecanismo parece ser inibição da ciclooxigenase 2, com redução da PGE2. 
IV. Asma ocupacional: 
Exposição no ambiente de trabalho a certas substâncias (plásticos, madeira, algodão, tolueno, entre outras). Nas várias formas da doença, as manifestações clínicas são desencadeadas por fatores diversos, como infecções respiratórias, poluentes atmosféricos, fumaça do cigarro, frio, estresse e exercício físico.
ASMA - etiopatogênese
Broncoconstrição, aumento da produção de muco, graus variáveis de vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular.
Moléculas envolvidas na broncoconstrição:
I) Os leucotrienos C4, D4 e E4;
II) A ACETILCOLINA;
Outras moléculas:
✤ histamina, um potente broncoconstritor;
✤ prostaglandina D2, que estimula broncoconstrição e vasodilatação;
✤ fator ativador de plaquetas
ASMA - Suscetibilidade genética
Um locus suscetível à asma está localizado no cromossomo 5, próximo ao grupo de genes que codificam as citocinas IL-3, IL-4, IL-5, IL-9 e IL-13 e o receptor de IL-4. Entre os genes desse grupo, os polimorfismos no gene IL13; Os alelos particulares do HLA classe II à IgE; O polimorfismo nos genes decodificadores de ADAM33, uma metaloproteinase; (pode estar associado ao aumento da proliferação das células musculares lisas dos brônquios e fibroblastos) Variantes dos genes dos receptores β2-adrenérgicos à Hiperresponsividade Variantes do gene dos receptores de IL-4 estão associadas à atopia;
macro: 
Pulmões hiperinsuflados em pequenas áreas de atelectasia.
Oclusão de brônquios e bronquíolos por tampões mucosos espessos e pegajosos, que geralmente contêm epitélio descamado.
micro: 
• Espessamento da membrana basal.
• Infiltrado inflamatório rico em eosinófilos.
• Espessamento da parede das vias aéreas. 
• Aumento da vascularização submucosa.
• Hipertrofia e hiperplasia das glândulas mucosas. 
• Aumento das células caliciformes;
• Hipertrofia e/ou hiperplasia do músculo da parede brônquica. 
• Fibrose abaixo da membrana basal (devido à deposição de colágeno tipos I e III). 
• Infiltrado inflamatório.
Aspectos clínicos
•Tosse; 
• Dor torácica/sensação de aperto no tórax; 
• Dificuldade para respirar/dispnéia;
• Chiado audível;
• Respiração curta; 
• Cianose;
• Taquicardia;
• Sensação de desmaio; 
• Reversíveis, pelo menos em parte, espontaneamente ou por tratamento; 
• Estado de mal asmático, o paroxismo persiste por dias ou mesmo semanas;
• Diagnóstico: obstrução do fluxo aéreo (a partir dos níveis basais), dificuldade na exalação (expiração prolongada, sibilos), eosinofilia no sangue periférico e o achado de eosinófilos, espirais de Curschmann e cristais de Charcot-Leyden;
DPOC
• Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma condição que é caracterizada pela progressiva obstrução ao fluxo de ar, em grande parte irreversível, normalmente associada com o tabagismo; 
• Comumente os termos usados bronquite crônica e enfisema; 
• Estima-se que cerca de 10% da população maior de 45 anos, nos EUA, apresente alguma obstrução ao fluxo de ar de moderada a grave; 
• 3ª causa de morte e 5ª causa de anos vividos com incapacidade.
DPOC: carga tabágica e espirometria alterada. 
Enfisema: 
•pneumotórax bilateral e bolhas múltiplas estavam presentes nos pulmões.
• Deriva do grego emphñsema = insuflado
• Presença de ar ou outro gás nos tecidos
• Enfisema pulmonar - presença de ar nos pulmões 
• O enfisema pulmonar caracteriza-se pelo aumento permanente dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, acompanhado por destruição de suas paredes sem fibrose significativa.
Enfisema - classificação
• Enfisema centroacinar (centrolobular) - 95%. Neste tipo de enfisema, as partes centrais ou proximais dos ácinos, formadas por bronquíolos respiratórios, são afetadas, enquanto os alvéolos distais são poupados.
O ácino que foi destruído no centro, mais comum e não rompe rápido. 
• Enfisema panacinar (panlobular): Os ácinos encontram-se uniformemente aumentados, desde o nível do bronquíolo respiratório até os alvéolos cegos terminais. Mais comuns em lobos inferiores, associados à deficiência de α1-antitripsina.
O ácino que foi destruído na ponta, estoura mais rápido. 
•Enfisema acinar distal : A porção proximal do ácino é normal, entretanto há envolvimento primário da parte distal. Mais evidente em região adjacente à pleura, ao longo dos septos de tec. conjuntivo dos lóbulos e às margens dos lóbulos. Pode formar bolhas. Pneumotórax espontâneo em jovens. (periferia).
 •Enfisema irregular: Os ácinos estão envolvidos de forma irregular, quase invariavelmente associado à cicatrização. A forma mais comum associada a doenças inflamatórias curadas.
etiopatogênese 
tabaco - Stress oxidativo - Liberação de radicais livres (IL-8 LTB4 TNF-alfa) - Inativação das antiproteases - aumento de Elastase (neutrófilos, th1)- Deficiência congênita de α1 antitripsina.
predisposição genética. 
- macroscopia: 
• Grandes vesículas ou bolhas apicais são mais características do enfisema irregular secundário à cicatrização e do enfisema acinar distal.
microscopia 
• Aumento dos espaços aéreos 
•Destruição dos septos alveolares, sem fibrose
•Pigmento antracótico 
•Dilatação dos alvéolos e ductos alveolares 
•Destruição dos septos alveolares.
Podem ter também inflamação das pequenas vias aéreas geralmente associada com as seguintes mudanças: 
• Hiperplasia de células caliciformes, com rolhas de muco obstruindo a luz. 
• Infiltrados inflamatórios nas paredes brônquicas constituídos por neutrófilos, macrófagos, linfócitos B (às vezes formando folículos) e linfócitos T. 
• Espessamento da parede brônquica devido à hipertrofia de músculo liso e fibrose peribrônquica. Em conjunto, essas alterações levam ao estreitamento da luz bronquial e contribuem para a obstrução das vias aéreas.
Aspectos clínicos
• Dispnéia 
• Tosse 
• Cansaço progressivo 
• Chiado no peito 
• Perda de peso
• Cianose 
• FR aumentada
• Sibilos expiratórios 
• Estertores grossos
• Esforço respiratório
• Tórax “em barril” 
• Cianose
• Taquicardia 
• Indivíduos com EPA têm alta complacência pulmonar
Bronquite crônica 
• Bronquite crônica é definida clinicamente como tosse persistente com produção excessiva de muco na maioria dos dias de um período de três meses, por pelo menos dois anos consecutivos. 
•Causada pela exposição prolongada a agentes irritantes inalados, produtos do tabaco, poluentes atmosféricos. 
•A inflamação das vias aéreas e do parênquima pulmonar secundária a esses agentes é a responsável pelas alteraçõesestruturais, clínicas e funcionais. 
•Quadros obstrutivos mais intensos associados ao Enfisema 
•Tosse e expectoração são as características mais importantes;
etiopatogênese
•tabaco 
•se torna um paciente grave no futuro se não se cuidar. 
•caminhoneiro maior índice
•inflamação crônica com interleucina e fator de crescimento que gera enfisema. 
Aspectos morfológicos
•INFLAMAÇÃO DA PAREDE BRÔNQUICA
•AUMENTO DE MUCO
•REDUÇÃO DA LUZ BRÔNQUICA
Microscopia
•Fibrose da parede brônquica e acúmulo de macrófagos pigmentados 
• Antracose e infiltrado mononuclear na parede brônquica 
• Acúmulo de muco e fibrose
• Espessamento da camada de glândulas mucosas 
• Metaplasia escamosa do epitélio pulmonar
Aspectos clínicos
• Tosse produtiva persistente
• Pletora facial
• Hipoxemia leve – grave; 
• Hipercapnia; 
• Maior susceptibilidade a infecções; 
• Cor- pulmonale.
•A hipoxemia gerada pelo enfisema e bronquite leva ao aumento da resistência vascular pulmonar e tem se crepopulmonar crônico e é a insuficiência cardíaca direita.

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