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1 Tipificação e Rastreabilidade de Carcaças Pedro Bertin Beloto1 I. Introdução Devido a grande variabilidade de carcaças ofertadas e a necessidade de se produzir ou atender diferentes mercados consumidores com padrões de cortes específicos, faz-se necessário o uso da classificação de carcaças e a conseqüente formação de grupos ou classes, dentro dos quais a mercadoria seja uniforme, segundo os indicadores ou especificações empregados pelo sistema. A tipificação tem como um dos principais objetivos, orientar e disciplinar os compradores e/ou fornecedores (pecuaristas) de animais, no sentido de produzir um animal com um padrão adequado. II. Sistema Bertin de Tipificação e Classificação de Carcaças Devido a necessidade de criar um elo entre as exigências do mercado consumidor e a cadeia produtiva de carne, a Bertin Ltda. – Divisão Alimentos, a partir do sistema nacional de classificação de carcaças criou o Sistema Bertin de tipificação, conforme a tabela 1 (pág. 3) e tabela 2 (pág. 4). O objetivo principal dos sistemas de classificações e de tipificação de carcaças é servir de linguagem comum entre os diversos elos da cadeia produtiva de carne e o consumidor. É através dessa linguagem que se pode captar mudanças nas atitudes de compra dos consumidores e transmitir as mensagens no trajeto inverso da carne, elo por elo da cadeia, até o primeiro deles que é o dos rebanhos de seleção. __________________________________ 1 Engenheiro de Alimentos, formado pela Escola de Engenharia Mauá, colaborador na área de pesquisa e desenvolvimento da Bertin Ltda. - Divisão Alimentos. Palestra 2 ministrada durante o 3º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas, no dia 02 de Dezembro de 1998, no auditório A da Faculdade de Medicina Veterinária do Triângulo Mineiro - Uberaba - M.G. Com base nos parâmetros das tabelas mencionadas acima, podemos verificar que nos abates de animais macho deste ano tivemos apenas 23,09% das carcaças de animais BB, considerados ideais para produtor e consumidor. Nota-se que a grande maioria são de carcaças de animais CB, CR e MR, considerados tipos comuns de mercado, pois são animais mais velhos ou com cobertura de gordura inferior ou ainda com peso fora da faixa ideal, totalizando 59,91%. Um alto índice de carcaças de animais leves LS, com 5,16%, também pode ser verificado conforme mostra a tabela 3 (pág. 4 ). A maturidade é uma característica comum a todos os sistemas de classificação de carcaças existentes, sendo observada e indicada pelos dentes incisivos e/ou pela ossificação das cartilagens da coluna vertebral. No caso das fêmeas, as classificações obtidas evidenciam o abate de fêmeas descartes pois 62,33% são de animais adultos com mais de 5 anos de idade. Nos machos, observa- se uma concentração de animais com mais de 4 anos, 59,11%, evidenciando a necessidade de se produzir animais jovens, pois não só o pecuarista reduz sua lucratividade como o consumidor é forçado a consumir um produto originalmente de qualidade inferior. Veja dados da tabela 4 (pág. 5). O acabamento pode ser considerado igual tanto nos machos quanto nas fêmeas, pois os resultados obtidos mostram que 56,42% dos machos tiveram acabamento de gordura mediana (3 a 6 mm) contra 52,45% das fêmeas. No caso do acabamento uniforme os machos tiveram 28,73% contra 28,22% das fêmeas, conforme tabela 5 (pág. 5). 3 III . Produção de Carne de Qualidade O primeiro passo consiste na aquisição de animais livre de doenças infecto- contagiosas e parasitárias, que devem ser manejados na fazenda, transportados e desembarcados no abatedouro com todos os cuidados necessários para se evitar o estresse antes do abate, fator de grande importância na qualidade do produto final. 4 Tabela 1 : Sistema Bertin de tipificação para bovinos machos, inteiros e castrados. Classifi cação Sexo Idade Conformação Cobertura de Gordura Peso (Kg por ½ carcaça) Mc 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx - Sc Re - Sr Mediana e Uniforme 120 a 150 BB Mi 2 anos máx (0 dentes.) Cx - Sc Re - Sr Mediana e Uniforme 120 a 150 CB Mc 4 anos máx. (0 a 6 dentes) Cx - Sc Re - Sr Mediana e Uniforme 120 a 150 Mc 4 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx - Sc Re - Sr Mediana e Uniforme 115 a 120 TB Mi 2 anos máx. (0 dentes) Cx - Sc Re - Sr Mediana e Uniforme 115 a 120 CR Mc s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Mediana, Uniforme e Excessiva 120 a 165 IR Mi 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx - Sc Re - Sr Mediana, Uniforme e Excessiva 120 a 165 Mc s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 115 a 165 MR Mi 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx - Sc Re - Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 115 a 165 CA Mc Animais condenados pelo SIF para Tratamento de Frio – TF Animais condenados pelo SIF para Tratamento de Frio – TF IA Mi s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 115 a165 CS Mc s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 165 acima s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 105 a 115 LS Mc Animais condenados pelo SIF para Conserva ou Charque s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 105 a 115 IS Mi Animais condenados pelo SIF para Conserva ou Charque CI Mc s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr - Co Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 105 abaixo II Mi s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr - Co Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 105 abaixo 165 acima CL Mc IL Mi Animais classificados no curral como magro são incluídos nesta faixa De classificação 5 Sexo : Mc : Macho castrado Mi : Macho inteiro Conformação : Cx : Convexo Sc : Subconvexo Re : Retilíneo Sr : Subretilíneo Co : Côncavo Idade : Jovem I : até 2 anos, todos os dentes de leite Jovem II : 2 a 2,5 anos, 2 dentes permanente Jovem III : 2,5 a 3,0 anos, 4 dentes permanente Intermediário : 3 a 3,5 anos, 6 dentes permanente Adulto : mais de 3,5 anos, com de 8 dentes permanentes ou mais Cob. Gordura : Ausente : s/ gordura Escassa : 1 a 3 mm Mediana : 3 a 6 mm Uniforme : 6 a 10 mm Excessiva : + 10 mm 6 Tabela 2 : Sistema Bertin de tipificação para novilhas e vacas Classifi cação Sexo Idade Conformação Cobertura de Gordura Peso (Kg por ½ carcaça) BB No 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx - Sc Re - Sr Mediana e Uniforme 120 acima NB No 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx - Sc Re - Sr Mediana , Uniforme e Excessiva 105 a 120 No Sem restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Mediana, Uniforme e Excessiva 105 acima VB Va Sem restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Mediana, Uniforme e Excessiva 105 acima NR No s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 90 a 105 VR Va s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 90 a 105 Animais condenados pelo SIF para Tratamento de Frio – TF NA No s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 75 a 90 Animais condenados pelo SIF para Tratamento de Frio – TF VA Va s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 75 a 90 NS No VS Va Animais condenados pelo SIF para Conserva ou Charque NI No s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr - Co Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva Sem restrição de peso VI Va s/ restrição de idade Cx - Sc Re - Sr - Co Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva Sem restrição de peso NL No VL Va Animais classificados no curral como magro são incluídos nestafaixa de classificação 7 Sexo : No : Novilha Va : Vaca Conformação : Cx. : Convexo Sc : Subconvexo Re : Retilíneo Sr : Subretilíneo Co : Côncavo Idade : Jovem I : Até 2 anos, todos os dentes de leite Jovem II : 2 a 2,5 anos, 2 dentes permanente Jovem III : 2,5 a 3,0 anos, 4 dentes permanente Intermediário : 3,0 a 3,5 anos, 6 dentes permanente Adulto : mais de 3,5 anos, com de 8 dentes permanentes ou mais Cob. Gordura : Ausente : s/ gordura Escassa : 1 a 3 mm Mediana : 4 a 7 mm Uniforme : 7 a 10 mm Excessiva : + 10 mm Tabela 3 : Classificação dos animais abatidos de Janeiro a Outubro de 98 Bovinos Machos (%) Classificação BB CB TB CR IR MR CA IA CS LS IS CI II CL IL Porcentagem 23, 09 19, 42 2,9 2 23, 02 0,9 9 17, 47 1,2 8 1,1 1 2,1 8 5,1 6 0,0 9 1,6 9 1,5 0 0,0 8 0,0 1 Bovinos Fêmeas (%) Classificação VB NB VR NR VA NA VS NS VI NI VL NL Porcentagem 26,6 1 6,07 40,7 0 49,2 5 14,9 5 41,8 7 1,20 0,06 15,0 1 2,73 1,52 0,02 Tabela 4 : Idade aproximada dos animais abatidos de Janeiro a Outubro de 98 Idade Aproximada ( %) Sexo Jovem 1 Jovem 2 Jovem 3 Intermediário Adulto Macho 1,34 11,02 28,53 34,36 24,75 Fêmea 4,01 15,21 11,17 7,28 62,33 8 Tabela 5 : Gordura de acabamento dos animais abatidos de Janeiro a Outubro de 98 Gordura de Acabamento ( %) Sexo Ausente Escassa Mediana Uniforme Excessiva Macho 1,19 13,13 56,42 28,73 0,53 Fêmea 1,37 16,98 52,45 28,22 0,98 9 10 É importante considerar que com o avanço da idade do animal há um fortalecimento na estrutura do tecido conjuntivo, aumentando o número de ligações cruzadas nas fibras de colágeno, resultando em um decréscimo em solubilidade e consequentemente diminuição da maciez. O resfriamento das carcaças tem importância significativa na qualidade do produto, uma vez que se o mesmo não for corretamente aplicado pode acarretar em um produto menos macio devido ao encurtamento das fibras pelo frio, conhecido também como “Cold Shortening”. Isto pode ocorrer devido ao rápido resfriamento das carcaças antes de terminar o “Rigor Mortis”, ou seja, a transformação do músculo em carne. O “Cold Shortening”, caso venha a ocorrer é um processo irreversível, não adiantando para isso a maturação dos cortes. Portanto, deve ser considerado um dos pontos críticos durante o processo de obtenção de carne de qualidade. O efeito do “Cold Shortening” pode ser minimizado através da gordura de acabamento a qual irá agir como um isolante térmico evitando a contração muscular pelo frio intenso das câmaras de resfriamento ou através da estimulação elétrica, na qual irá provocar uma forte contração nos músculos, aumentando o consumo de ATP e reduzindo o pH, atingindo o “Rigor Mortis” antes do resfriamento das carcaças. Após as carcaças atingiram +7ºC no interior de seus músculos, processo que dura aproximadamente 24 horas, são divididas em quartos traseiro, dianteiro e ponta de agulha. Neste processo os traseiros passam por um controle de pH e somente são liberados para a desossa as peças com pH igual ou menor que 5,8. Este é um controle muito importante, pois as que tiverem valores acima de 5,8, mas principalmente as iguais ou superiores a 6,0, denominadas DFD (dark, firm and dry), são escuras, firme e secas em virtude da retenção de água pelas proteínas no interior das fibras musculares, o que reduz a reflexão de luz, dá firmeza ao corte e aspecto de pouca umidade superficial à peça de carne. As carnes DFD estão sujeitas a uma rápida deterioração com produção de H2S no interior da embalagem a vácuo, além de proporcionar um meio favorável ao crescimento do microorganismo Yersinia enterocolítica, agente de intoxicações alimentares. Geralmente, somente os cortes nobres do traseiro, após sua separação e toalete (limpeza das peças conforme a exigência do mercado consumidor), são destinados a maturação em embalagem a vácuo, podendo os demais cortes serem embalados com vistas a proteção e conservação no transporte e na estocagem, ou usualmente constituem matérias primas para o processamento de carne cozida congelada, charque, hambúrgueres, embutidos em geral, etc.. 11 IV. Rastreabilidade de Carcaças O confiança do consumidor é o foco mais importante dentro da cadeia de produção da carne bovina e para satisfazer as necessidades dele, faz-se necessário ofertar um produto de qualidade no momento em que for solicitado. Este conceito privilegia as preferências e a satisfação do consumidor. E é esta crescente preocupação com a qualidade e segurança dos alimentos, que exigirá um sistema onde se possa identificar todas as etapas do processamento, ou melhor dizendo, ao comprar um corte de carne, o consumidor terá a possibilidade de saber todas as informações referentes a aquele produto, inclusive a fazenda onde foi criado e a este sistema damos o nome de rastreabilidade ou rastreamento, que é a base para se estabelecer um programa de qualidade ao longo de toda a cadeia, na realidade, é a conexão entre o produto final e o pecuarista, possibilitando ao consumidor selecionar produtos. Esta foi uma das medidas mais importantes implementadas para se restaurar a confiança dos consumidores europeus após o reconhecimento da BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina, ou simplesmente doença da “vaca louca”) no ano de 1996, pois o consumo de carne passou por um grande declínio neste período. Em decorrência deste problema, o Mercado Comum Europeu, EEC, baixou uma diretiva, tornando o uso do sistema de rastreabilidade facultativo até o ano 2000 e obrigatório após o mesmo, tanto para países membros da comunidade ou terceiros. O sistema consta de uma etiqueta onde deve constar as seguintes informações: - Nome e endereço do estabelecimento produtor; - Número do controle veterinário (número do SIF) - A expressão “Brazilian Beef”, significando que a carne é proveniente de animais nascidos, criados e abatidos no Brasil; 12 - Tipo de produto; - Nome do corte; - Data de produção; - Data de validade; - Código de Rastreabilidade, que corresponde ao número do estabelecimento de abate (SIF), data de abate, número do lote, sexo e idade aproximada do animal. Observe o exemplo abaixo: Código : 0337 - 12/11/98 - 01 - 1 - 2 0337 : estabelecimento de abate do animal; 12/11/98 : data de abate; 01 : número do lote; 1 : indica sexo, código 1 animal macho, código 2 animal fêmea; 2 : indica idade aproximada , código 1 animais até 2 anos (dente de leite), código 2 animais até 3 anos (2 a 4 dentes permanentes) e código 3 animais até 4 anos (6 a 8 dentes permanentes). V. Aliança Mercadológica do Estado de São Paulo Baseados nos fundamentos que é possível fornecer ao consumidor um produto devidamente identificado, com certeza de qualidade e origem garantida o FUNDEPEC está coordenando a Aliança Mercadológica do Estado de São Paulo, que promove o Programa de Qualidade Total para a carne bovina. Dentro da aliança, que 13 foi inspirada na do Rio Grande do Sul, a seleção do gado e feita no local de produção onde são conhecidos as etapas de produção como: raça ou composição genética do novilho, alimentação, manejo, calendário profilático, etc. No frigorífico os novilhos são tipificados, classificados e coletados os dados de carcaça pelo Sistema Bertin de tipificação adaptado para a Aliança Mercadológica, conforme tabela 6 (pág. 9) e tabela 7 (pág. 10). Após esta tipificação, o FUNDEPEC encaminha um relatório com todas as informações do abate juntamente com comentários técnicos aos pecuaristas para que estes possam melhorar continuamente sua a matéria prima, ou seja, o novilho.Para que haja um sistema eficiente de Rastreabilidade, é preciso desenvolver sistemas de gestão da produção como um todo e no futuro próximo desenvolver um sistema de identificação animal, que deve ser individual e intransferível funcionando como um passaporte do animal como já é praticado em outros países. 14 Tabela 6 : Sistema Bertin de tipificação adaptado para Novilho Precoce - Macho Classifi cação Sexo Idade Conforma ção Cobertura de Gordura Peso (Kg por ½ carcaça) Prêmio Mc 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx – Sc Re – Sr Escassa, Mediana e Uniforme 120 a 165 P1 Mi 2 anos máx (0 dentes.) Cx – Sc Re – Sr Escassa, Mediana e Uniforme 120 a 165 + 2% preço de boi Mc 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx – Sc Re – Sr Escassa, Mediana e Uniforme 112,5 a 120 P2 Mi 2 anos máx. (0 dentes) Cx – Sc Re – Sr Escassa, Mediana e Uniforme 112,5 a 120 + 1% preço de boi CR Mc S/ restrição de idade Cx – Sc Re – Sr Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 120 a 165 IR Mi 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx – Sc Re – Sr Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 120 a 165 Mc S/ restrição de idade Cx – Sc Re – Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 112,5 a 120 MR Mi 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx – Sc Re – Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 112,5 a 120 Preço de boi CA Mc S/ restrição de idade Cx – Sc Re – Sr Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 112,5 a 120 - 2% preço de boi IA Mi s/ restrição de idade Cx – Sc Re – Sr Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 112,5 a165 CS Mc s/ restrição de idade Cx – Sc Re – Sr Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 165 acima Preço de boi LS Mc s/ restrição de idade Cx – Sc Re – Sr Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 105 a 112,5 IS Mi s/ restrição de idade Cx – Sc Re – Sr Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 105 a 112,5 - 8% preço de boi CI Mc s/ restrição de idade Cx – Sc Re - Sr - Co Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 105 abaixo II Mi s/ restrição de idade Cx – Sc Re - Sr - Co Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 105 abaixo 165 acima Preço de vaca CL Mc IL Mi Animais classificados no curral como magro são incluídos nesta faixa De classificação A critério do dpt. compra gado TF Animais condenados para Tratamento de frio pelo SIF -5% preço boi TC Animais condenados para Tratamento de Calor pelo SIF (Conserva) -10% preço boi 15 Sexo : Mc : Macho castrado Mi : Macho inteiro Coformação : Cx : Convexo Sc : Subconvexo Re : Retilíneo Sr : Subretilíneo Co : Côncavo Idade : Jovem I : até 2 anos, todos os dentes de leite Jovem II : 2 a 2,5 anos, 2 dentes permanentes Jovem III : 2,5 a 3,0 anos, 4 dentes permanentes Intermediário : 3 a 3,5 anos, 6 dentes permanentes Adulto : mais de 3,5 anos, com de 8 dentes permanentes ou mais Cob. Gordura : Ausente : s/ gordura Escassa : 1 a 3 mm Mediana : 3 a 6 mm Uniforme : 6 a 10 mm Excessiva : + 10 mm 16 Tabela 7 : Sistema Bertin de tipificação adaptado para Novilho Precoce - Fêmea Classif i cação Sexo Idade Conforma ção Cobertura de Gordura Peso (Kg por ½ carcaça) Prêmio P1 No 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx – Sc Re – Sr Escassa, Mediana e Uniforme 120 acima +2% preço de boi P3 No 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx – Sc Re – Sr Escassa, Mediana e Uniforme 110 a 120 Preço de boi P4 No 3 anos máx. (0 a 4 dentes) Cx – Sc Re – Sr Escassa, Mediana e Uniforme 90 a 110 +8% preço de vaca NR No s/ restrição de idade Cx – Sc Re – Sr Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 75 a 90 Preço de vaca NA No s/ restrição de idade Cx – Sc Re – Sr Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 75 acima Preço de vaca NI No s/ restrição de idade Cx – Sc Re - Sr – Co Ausente, Escassa, Mediana, Uniforme e Excessiva 75 abaixo A critério do dpt. compra gado NL No Animais classificados no curral como magro são incluídos nesta faixa de classificação A critério do dpt. compra gado TF Animais condenados para Tratamento de frio pelo SIF -5% preço vaca TC Animais condenados para Tratamento de Calor pelo SIF (Conserva) -10% preço vaca Sexo : No : Novilha Va : Vaca Conformação : Cx : Convexo Sc : Subconvexo Re : Retilíneo Sr : Subretilíneo Co : Côncavo Idade : Jovem I : Até 2 anos, todos os dentes de leite Jovem II : 2 a 2,5 anos, 2 dentes permanentes Jovem III : 2,5 a 3,0 anos, 4 dentes permanentes Intermediário : 3,0 a 3,5 anos, 6 dentes permanentes Adulto : mais de 3,5 anos, com de 8 dentes permanentes ou mais Cob. Gordura : Ausente : s/ gordura Escassa : 1 a 3 mm Mediana : 4 a 7 mm Uniforme : 7 a 10 mm Excessiva : + 10 mm 17 VI. Visão do Futuro As perspectivas do Frigorífico Bertin, é que no futuro sejam confiavelmente considerados e valorizados outros índices de qualidade na carcaça, além do peso e sexo, que hoje são os caracteres predominantes e básicos na negociação. A classificação e tipificação padronizada de acordo com normas internacionais, acena com atraentes benefícios que serão remunerados em qualquer mercado. O sistema disponível atualmente, orienta claramente ao produtor sobre a viabilidade e a técnica dedicada ao cuidado de seu rebanho. Esperamos que esta ferramenta possa valorizar aqueles que melhor produzem e que estimula aos que pretendem melhorar. Bibliografia Felício, P.E.de. Parcerias Verticais de Carne Bovina e Serviços de Alimentação. 1a. Jornada em Ciências Nutricionais. Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP, Ribeirão Preto S.P., 19-23 de outubro de 1998. Norma de Implementação do Sistema de Rotulagem de Carne Bovina do Brasil. Departamento Circular Nº192/98/DCI/DIPOA de 01 de Julho de 1998, do Ministério da Agricultura. Hendrick, H.B.; Aberle E.D.; Forrest J.C.; Judge M.D.; Merkel R.A. - Principles of Meat Science, Third Edition, 1994 18 Tipificação e Rastreabilidade de Carcaças I. Introdução II. Sistema Bertin de Tipificação e Classificação de Carcaça MR NA NI P1 NI
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