Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TUT 1 - OA e AR 1 🦴 TUT 1 - OA e AR Julia S Crescencio P7 OSTEOARTRITE Osteoartrite → sociedade br de reumato Epidemiologia Mulheres >60 Obs: acima dos 85, a prevalência na radiologia é de 100% (por isso o diagnóstico não deve ser dado em assintomáticos) Fatores de risco Idade → o mais importante Os estímulos neurológicos não estão mais eficazes Os condrócitos não são capazes de produzir matriz cartilaginosa, mas ainda produzem metaloproteinases. Sexo feminino TUT 1 - OA e AR 2 Predisposição genética Mal alinhamento articular; doenças congênitas Trauma/lesoes Obesidade →o modificável mais importante! Sobrecarga articular. *Papel importante na de joelho Componente sistêmico - importante na de mão Afecções articulares inflamatórias precedentes Patologias endocrinometabólicas Hemocromatose (depósito de Fe nas articulações) Fisiopatologia Etiologia multifatorial (genética, sobrecarga, trauma…) A medida que envelhecemos, o condrócito deixa de produzir matriz cartilaginosa em resposta ao aumento de pressão intrarticular Normalmente os condrócitos produzem matriz, renovam a cartilagem. Quanto maior a sobrecarga, maior a produção de matriz. Os condrócitos também produzem metaloproteinases, que continuam sendo produzidas normalmente, mas a produção de matriz passa a ser inadequada. Ou seja, ao sobrecarregar a articulação de um idoso, este não consegue renovar a cartilagem. Ou seja, a degeneração pelas metaloproteinases é maior do que a produção de matriz. Classificação Primária: idosos; IFD, IFP, 1ª carpometacarpal, joelhos, quadris, cervical, lombar, pés (*hálux valgo) Secundária: mais jovens; decorrente de outro fator; sítios não habituais (metacarpofalangeanas, punhos, cotovelo) Quadro clínico TUT 1 - OA e AR 3 Uma ou poucas articulações acometidas Poliarticular de mãos e joelho; Monoarticular de joelho; Monoarticular de quadril. Dor articular que piora com o movimento e melhora com o repouso (caráter mecânico) Rigidez matinal dura < 30 min (fugaz) Instabilidade Perda de amplitude de movimento Fraqueza a atrofia dos músculos periarticulares Ex físico: aumento da articulação, pontos dolorosos, deformidade, crepitações, nódulos de Heberden e Bouchard, rizartrose (1a MCF) Na de joelho é comum gerar geno varo (joelho ‘’para fora’’) Pode ter sinovite: fragmentos irritando a sinóvia, pseudogota (cristais pirofosfato) Se febre pensar em puncionar Diagnóstico Articulações mais acometidas TUT 1 - OA e AR 4 Clínico! Dor recorrente e mecanica Idade > 45 Não apresenta rigidez matinal >30min ⚠ AR poupa IFD, tem sintomas sistemicos, possui um carater inflamatorio mais importante (sinovite) 🚨 Monoartrites agudas (*gota, infecciosas) possuem inflamação articular importante → recomendado puncionar Imagem Radiografia → dissociciação clínico-radiológica Osteófitos, encurtamento do espaço articular, esclerose do osso subcondral, cistos RM e USG → p/ diagnosticos diferenciais Tratamento TUT 1 - OA e AR 5 As medicações atuam basicamente em dor. 1a linha → analgesicos comuns, aines topicos*, corticoides intra-articulares 2a linha → duloxetina, condroitina + glucosamina (?) Outros → MEV, perda de peso, órteses , artroplastia se falha dos outros ttos Obs.: Fármacos de ação rápida: são sintomáticos. Analgésicos simples (paracetamol, primeira droga a ser prescrita), AINEs (por curto tempo de duração, em casos de "crise” inflamatória, via oral ou tópica*), colchicina (usada nos casos de pseudogota associado), corticoide intra-articular (caso de "crise” inflamatória), capsaicina tópica (inibe a subst P) e opioides (codeína ou tramadol) Fármacos de ação lenta: dividido em sintomáticos e modificadores de doença. Ação se inicia de 1a 2 meses após o uso regular. Sintomáticos: sulfato de condroitina e glucosamina, diacereína, ácido hialurônico intra- articular, extrato insaponificável de soja e abacate, UCII. Modificadores de doença (condroprotetores): sulfato de condroitina e glucosamina (integra a matriz extracelular da cartilagem de proteoglicanos), diacereína. Lembrar que os resultados nos estudos são controversos com relação a efeito estrutural. ARTRITE REUMATOIDE Poliartrite (>4 articulações) simétrica erosiva de mãos e punhos IFP, metacarpofalangianas e punhos Doença inflamatória, autoimune, sistêmica e crônica O principal alvo é a membrana sinovial Epidemiologia Mulheres 3x mais que homens 40-60 anos (meia idade) 1% na população geral TUT 1 - OA e AR 6 Fatores de risco Genética: HLA DRB1 (polimorfismo do HLA tipo 2) → mais perceptível aos linfócitos, ativa mais o sistema imune Citrulinizaçao: arginina → citrulina (por causa do ambiente inflamatório) → O linfócito T fica autorreativo Modificável/ambiental: tabagismo (leva a citrulinização das proteínas, além de lesionar mucosa e aumentar as EROs) Fisiopatologia Indivíduos suscetíveis geneticamente → exposição a patógenos desconhecidos (antígenos) → resposta imunológica persistente A membrana sinovial vai ser o alvo dos linfócitos T (que foram ativados na apresentação dos peptídeos citrulinizados pelo HLA) A membrana sinovial fica mais espessa Quadro clínico → Caráter sistêmico: febre, mal-estar, emagrecimento Diagnóstico Clínica: poliartrite simétrica por >6 semanas Laboratório: PCR e VHS elevados Imagem: sinovite e/ou erosão ‼ Obs.: FR e anti CCP não são obrigatórios para o diagnóstico! Radiografia Osteopenia periarticular, aumento de partes moles, diminuição simétrica do espaço articular, erosão justa articular (marginal), deformidades, subluxações, anquilose (fusão dos ossos do carpo) TUT 1 - OA e AR 7 Laboratório PCR e VHS elevados - pede de rotina para acompanhar FR+ (anticorpo contra anticorpo)→ não é patog, associado a pior prognóstico e manifestações extra articulares Anti-CCP → o mais específico, precoce, associado a pior prognóstico Critérios classificatórios ACR/EULAR 2010 Prognóstico Mal prognóstico: FR+ e/ou anti-CCP +, extra -articular, erosões (marco inicial da irreversibilidade), tabagismo, provas inflamatórias (pais) elevadas, numero de articulações, incidência em mulheres jovens ≥6 → portador de AR TUT 1 - OA e AR 8 Mãos e punhos Rigidez matinal prolongada > 30 min-1h Dor de caráter inflamatório: contínua, piora com repouso e pela manhã Simetria Potencial erosivo - associação com o FR+ Exame físico → sinovite (metacarpofalangianas, IFP ou punhos) *nomes deformidades das mãos Manifestações extra-articulares São mais tardias. Associadas com o aumento da mortalidade e com o FR. Cutânea: TUT 1 - OA e AR 9 Nódulo reumatóide (movel, fibroelástico, indoloros) Vasculite reumatóide: púrpura, úlcera, mononeurite múltipla… Ocular Ceratoconjuntivite sicca Esclerite e escleromalácea perforans Pulmonar Derrame pleural: exsudato linfócitico com glicose muito baixa Nódulos pulmonares: podem cavitar ou calcificar Bronquiolite obliterante Pneumopatia intersticial Síndromes Felty: neutropenia e esplenomegalia + AR de longa data Caplan: pneumoconiose e nódulos pulmonares + AR Tratamento DAS 28 de 3 em 3 meses Sintomáticos: AINES, glicocorticoides Corticoide - prednisona de 5-15mg (menor possível) - benefício quase instantâneo DMARDs (drogas modificadoras de atividade de doença) Sintético Metotrexato → primeira linha Biológico Etapas (6m cada) Primeira: metotrexato Se não teve remissão: associa outro sintético Ainda não teve remissão: 2a etapa → metotrexato + biológico (anti tnf)
Compartilhar