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Patologia Cirúrgica - Hérnias

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Hérnias
Hérni� umbilica�
Malformação do músculo reto abdominal
(ausência de fusão dos planos
musculares na
região umbilical)
Classificação:
congênita
• hereditariedade
• ruminantes / determinadas raças de
cães
muitos ruminantes têm o gene para
hérnia umbilical
Adquirida
Onfalite - isso leva à deficiência da
cicatrização natural que ocorre na
região do umbigo -> umbigo não bem
tratado pode ter infecção do umbigo
(onfalite) ai não cicatriza direito
● raça holandesa de vacas tem
hérnia umbilical
Diagnóstico: sinais clínicos: o aumento
de volume em região da cicatriz
umbilical
• exame físico
● palpação do anel herniário
● raro pegar uma hérnia umbilical
estrangulada/encarcerada
Exame complementar: ultrassom
(raramente solicitado)
Tratamento:
• conservativo
• cirúrgico
Tratamento cirúrgico: pequenos
animais
• incisão elíptica ao redor do saco
herniário
• dissecção do saco herniário
• redução do conteúdo na cavidade
abdominal
• normalmente è o epiplon
• escarificar as bordas do anel
• sutura do anel herniário (herniorrafia)
• padrão de sutura interrompido na
musculatura -> simples separado ou
sultan
• suturar pele
● às vezes pode remover o saco
herniário
Comum em pequenos animais - hérnia
com epiplon - às vezes não reduz porque
o anel é pequeno
Tratamento cirúrgico: grandes animais
Conservação do saco herniário =
proteção das vísceras
Existe elevada possibilidade de recidiva
Sutura do anel herniário = sutura de
imbricação (jaquetão) dupla camada de
músculo da uma camada de reforço
melhor ou Sultan
Incisão um pouco lateral
● Associar tela cirúrgica de
polipropileno caso necessário
Hérnias - inguinal, escrotal,
diafragmática e perineal
Hérni� inguina�
È a profusão de órgãos através do canal
inguinal adjacente ao processo vaginal
(hérnia direta)
Quando a profusão dos órgãos ocorre no
processo vaginal denominamos de hérnia
indireta
Exemplo clássico de uma hérnia indireta
è a hérnia escrotal nos machos
Direta = fora do processo vaginal
(difícil ver em cães machos)
Indireta = conteúdo dentro do funículo
espermático (comum em cães machos) a
viseira fica em contato com o testículo
Incidência:
Espécie canina (cadelas de meia-idade)
Rara em felinos e cães machos
Uni ou bilateral
Pode ser congênita ou adquirida
Etiologia: multifatorial
Influência hormonal -> estrógeno causa
enfraquecimento do anel inguinal
● Obesidade
● Hiperadrenocorticismo
Sinais clínicos: aumento de volume em
região anatomicamente predisposta
Redutível ou não redutível
Diagnóstico: avaliar os sinais clínicos,
fazer o exame físico (inspeção e
palpação), pedir exame complementar
(US), diagnóstico diferencial
(neoplasias)
Tratamento: cirúrgico herniorrafia
inguinal
Na parte caudal do anel na região
inguinal, possui o plexo VAN, deve tomar
cuidado para não pegar essas estruturas
durante a cirurgia, ele deve ser
preservado
Incisão pele, divulsionar, pode ou não
preservar o saco herniário, empurras as
vísceras para dentro, reduzir o
conteúdo
● Existe a manobra de torcer do
saco herniário para a redução do
conteúdo
Se fosse uma piometra ficaria
encarcerado, o anel deve ser aberto em
caso de não conseguir reduzir o
conteúdo herniário, então você deve
ampliar o anel herniário sentido cranial
Hérni� escrota�
Profusão de órgão através do anel
inguinal para dentro do processo vaginal
(hérnia indireta)
Incidência maior em cães e equinos
Unilateral
Encarceramentos e estrangulamentos
são mais comuns
Etiologia: pouco definida
(hereditária/traumática)
Diagnóstico:
Exame físico = inspeção/palpação
Exames complementares: ultrassom
Diagnóstico diferencial: orquites e
neoplasias
Procedimento cirúrgico: herniorrafia
escrotal
Ampliar o anel, abrir o anel, castrar o
animal, seccionar o intestino caso ocorra
necrose e fazer a enterectomia, fechar
o processo vaginal, reduzir e suturar
Hérni� perinea�
Aparece no períneo (região lateral ao
anus)
Anatomia do diafragma pélvico:
M. Esfíncter anal externo (muito
importante para a correção dessa
hernia)
M. Coccígeo
M. Elevador do anus
M. Obturador interno (importante para
a correção da hérnia) ele repousa sob o
ísquio
Artéria, veia e nervo (deve ser
preservado)
Ligamento sacrotuberoso
A hérnia ocorre nesses espaços do
músculo esfíncter externo do anus
Deterioração da função de sustentação
do diafragma pélvico, sendo esse mais
resistente em fêmeas (menor incidência
em fêmeas)
● Não a presença de anel herniário
verdadeiro
Bexiga e próstata são as campeãs
Incidência:
Cães machos adultos (7 a 9 anos)
Machos inteiros 92%
Machos castrados 5%
Raro em fêmeas 3%
Uni ou bilateral
Etiopatogenia: etiologia indefinida,
associação de fatores ligados a
alterações degenerativas nos músculos
do diafragma pélvico
Fatores predisponentes:
● Aumento prostático
● Receptores andrógenos
reduzidos nos músculos do
diafragma pélvico
● Alterações anatômicas retais
● Atrofia neurológica
Sinais clínicos: aumento de volume
perineal, constipação, tenesmo, disúria
Retenção urinária (retroflexão da
bexiga), devido o encarceramento da
bexiga
Risco de estrangulamento e necrose =
URGÊNCIA
Diagnóstico: sinais clínicos (aumento de
volume, tenesmo), exame físico
(inspeção/palpação), toque retal (perda
do suporte lateral)
Exames complementares = Ultrassom
Tratamento: melhor fazer o cirúrgico
(herniorrafia + orquiectomia)
Quadro de tenesmo: anestesiar o
animal
Remover as fezes da ampola retal
manualmente
Estrangulamento vesical: risco de
necrose da bexiga, animal apresenta
anúria, urêmico, quadro de choque
Tratamento:
Passagem de sonda uretral para
esvaziamento da bexiga
Tirar o animal do quadro urêmico
Cirurgia
Herniorrafia pelo método tradicional =
não funciona
Método de Pétit
● Mais faz recidiva
Cuidado com a glandula anal
Transposição (FLAP) do músculo
obturador interno = melhor
Possui a possibilidade de colocar tela de
propileno
Sempre fazer a orquiectomia =
diminuição da próstata, diminuição dos
hormônios androgênicos
Complicações:
Infeção da ferida cirúrgica
Deiscência da sutura
Lesão do nervo ciático
Recorrência da hérnia (utilização da
malha de propileno)
Hérni� o� ruptur� diafragmátic�
Profusão de vísceras abdominais para a
cavidade torais por um defeito
diafragmática
● Congênita ou adquirida
Geralmente o'que entra primeiro è um
lóbulo do fígado
Etiopatogenia: perda da continuidade do
músculo diafragmática -> perda da
pressão intratorácica negativa ->
compressão pulmonar pelas vísceras
abdominais -> expansão pulmonar ->
atelectasia -> disfunção cardíaca e
respiratória
Classificação:
Congênita = peritônio pericárdica
Adquirida = traumática 90%
Agudas ou crônicas
Radial (no músculo) /circunferencial
(desinteresse da parede)/ mistas (radial
+ circunferencial)
Sinais clínicos: dispnéia, posição
ortopneica, intolerância ao exercício,
anorexia, êmese, emagrecimento
progressivo
Diagnóstico: histórico do animal e o RX
Tratamento: cirúrgico
Estabilizar o animal para a cirurgia
Anestesia inalatória (ventilação
controlada)
Acesso abdominal
Correção cirúrgica da hérnia
diafragmática:
Celiotomia pós-cirúrgicas
Redução do obtendo visceral
Sutura do diafragma (ponto simples
separado)
Síntese dos planos anatômicos
Restabelecimento da pressão negativa
intratorácica (colocação de dreno
intratorácico durante a cirurgia)
Complicações pós cirúrgicas:
Síndrome de reperfusão pulmonar