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24/01/2018 1 MONITORIZAÇÃO DIÁRIA E CORRENTE DOS PACIENTES Nuno Paixão Hospital VetCentral Códigos dos pacientes na UCI • O uso de códigos em UCI, é amplamente usado em UCI quer de medicina Humana, quer mais recentemente em medicina veterinária. • São um excelente meio: – de comunicação entre membros que participam no trabalho da UCI, – alertar todos para os maiores riscos que possam estar presentes Códigos dos pacientes na UCI • É fundamental que seja registrado a colocação e a finalização de um código em determinado animal e que este código seja realmente necessário, pois a colocação de um código poderá levar a grandes encargos quer de trabalho, quer de dinheiro para o proprietário. 24/01/2018 2 Códigos dos pacientes na UCI • Para que o uso de códigos seja eficaz, é fundamental que haja uniformidade na colocação dos mesmos, para assegurar a sua viabilidade. Códigos dos pacientes na UCI VERDE • Paciente com alta. • Este paciente está em condições de ir para casa. Códigos dos pacientes na UCI VERDE Enquanto não for embora, deve ser feito pelos menos um exame clínico completo diário, • Limpar se necessário (dar banho) 24/01/2018 3 Códigos dos pacientes na UCI VERDE • Preparar toda a documentação e folhas informativas necessárias para o caso • Preparar a medicação para o animal • Telefonar ao proprietário a combinar uma hora para entrega do animal Códigos dos pacientes na UCI AZUL • Paciente estável, não se esperam quaisquer complicações, apenas está hospitalizado por conveniência de tratamento. Códigos dos pacientes na UCI AZUL • Exame físico completo: – entre 10hrs e as 22hrs • Medicação e exames prescritos 24/01/2018 4 Códigos dos pacientes na UCI AMARELO • Paciente hemodinâmicamente estável; • Não se prevê que possa falecer nas próximas 24 hrs; • Poderá sofrer recaídas; • Tratamento está a decorrer conforme o esperado. Códigos dos pacientes na UCI AMARELO • Exame físico completo: entre as 8 hrs e as 16 hrs • Entre as 16 hrs as 24 hrs • Entre as 24 e as 8 hrs – Monitorização conforme o indicado na ficha – Medicação e procedimentos Códigos dos pacientes na UCI VERMELHO • Paciente hemodinâmicamente instável • Poderá falecer nas próximas 24 hrs • Necessita de muitos cuidados • Os exames, procedimentos e medicação deverá ser iniciada por estes pacientes • É o número 1 das prioridades 24/01/2018 5 Códigos dos pacientes na UCI VERMELHO • Exame físico completo: entre as 8 hrs e as 12 hrs • Entre as 12 hrs e as 18 hrs • Entre 18 hrs e as 24 hrs • Entre as 24 hrs e as 8 hrs – Ter em atenção os outros códigos – Monitorização conforme o indicado – Medicação e procedimentos Códigos dos pacientes na UCI PRETO • Paciente á espera de eutanásia ou com processo mórbido em estado final ou sem solução Códigos dos pacientes na UCI PRETO • Nunca reanimar este tipo de pacientes m caso de PCR • Zelar principalmente para que não ocorra sofrimento. 24/01/2018 6 Códigos dos pacientes na UCI MONITORIZAÇÃO O período de monitorização deve ser iniciado assim que o paciente estiver estável e possa ser transferido para uma unidade onde seja facilmente visível e que receba atendimento especializado. Classificação de pacientes por códigos 24/01/2018 7 Monitorização • A solução para um manejo resume-se em se antecipar e não reagir. Os animais devem passar por tratamentos agressivos e ser monitorados ativamente, pra que se detecte o acometimento de órgãos, antes que esses se tornem insuficientes. Monitorização • Como uma excelente forma de monitorização, segue-se as 20 regras da Kirby. • Ao conseguir controlar e estabilizar todos esses pontos, a taxa de sobrevivência é consideravelmente elevada. 24/01/2018 8 20 regras da Kirby 1 . Fluidoterapia 2 . Pressão Oncótica 3 . Glucose 4 . Eletrólitos e equilíbrio ácido base 5 . Oxigenação e ventilação 20 regras da Kirby 6 . Nível de consciência 7 . Pressões sanguíneas 8 . Frequência cardíaca, ritmo e contratilidade 9 . Albumina 10 . Coagulação 20 regras da Kirby 11. Eritrócitos / Concentração de hemoglobina 12. Função renal 13. Estado imune, seleção e dosagem de antibióticos e contagem de leucócitos 14. Motilidade gastrointestinal e integridade da mucosa 15. Dosagem de fármacos e metabolismo 24/01/2018 9 20 regras da Kirby 16. Nutrição 17. Controle da dor 18. Cuidados de enfermagem e mobilização de pacientes 19. Cuidados de feridas e penso 20. Bem estar animal 1 - Equilíbrio Hídrico: O organismo do animal contém: 60% de água na forma de solução aquosa Monitorização pela regra dos 20 40% é intracelular 20% extracelular 15% líquido intersticial 5% líquido intravascular 1 - Equilíbrio Hídrico: Objetivo da fluido: providenciar volume intravascular adequado e hidratação, sem sobrecarregar o espaço intersticial. Cristalóides Soluções isotônicas Soluções hipertônicas Soluções hipotônicas Ex: Solução fisiológica (NaCl a 0,9%) Ex: Manitol Ex: Glicose a 5% Colóides Naturais Albumina Sangue Plasma Sintéticos Gelatinas Dextrans Amidos hidroxietilados Hemoglobina livre de estroma Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 10 1 - Equilíbrio Hídrico: Fluidoterapia • 4 etapas: – Reanimação; – Manutenção; – Reidratação; – Reposição das Perdas; Monitorização pela regra dos 20 1 - Equilíbrio Hídrico: Fluidoterapia – Reanimação • urgências • repor perdas ocorridas devido a uma patologia existente ex: paciente em choque – administração rápida de fluidos expandir o espaço intravascular e corrigir o déficit de perfusão Monitorização pela regra dos 20 Amarelo – 24g – 22ml/min Azul – 22g – 35ml/min Rosa – 20g – 60ml/min Verde – 18g – 100ml/min Cinza – 16g – 210ml/min Laranja – 14g – 343ml/min 24/01/2018 11 1 - Equilíbrio Hídrico: Fluidoterapia – Reidratação • Cálculo: % desidratação x Peso X 10 Monitorização pela regra dos 20 Estimativa de Desidratação % desid. Achados no exame físico < 5 Histórico de perda, mas sem achados no exame físico 5 Mucosas orais secas, não ofegante, não taquicardia 7 Leve a moderada diminuição do turgor da pele, mucosas orais secas, leve taquicardia, pressões normais 10 Moderado a acentuado diminuição do turgor de pele, mucosas orais secas, taquicardia, pressões normais, olhos profundos na orbita 12 Acentuado perda do turgor, mucosas orais secas, olhos profundos. O choque depende da rapidez do processo de desidratação, perdas rápidas resultam em déficit de perfusão rápidas e choque, que é sempre acompanhada por uma doença subjacente. Este sistema operacional em comparação com uma desidratação desenvolvida lentamente, por exemplo gato trancado em garagem 12 - 15 Acentuada perda de turgor da pele, mucosas orais secas, olhos profundos, fraqueza, depressão (moribundo, choque). Novamente, a apresentação dependerá rapidez da perda de fluido 1 - Equilíbrio Hídrico: Fluidoterapia – Manutenção • Pacientes com hidratação normal mas não são capazes de ingerir volume de água adequado para manter o equilíbrio dos fluidos. • 40 ml/Kg por dia cães grandes • 60 ml/Kg por dia em cães pequenos e gatos Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 12 1 - Equilíbrio Hídrico: Fluidoterapia – Reposição perdas • Vômito: – 2,5 ml/kg/ episódio • Diarreia: – 5 ml/kg/episódio Monitorização pela regra dos 20 2- Albumina • A albumina é produzida no fígado e é o determinante da pressão coloidosmótica no plasma. • É a mais abundante das proteínas séricas: – Faz parte de 35 a 50% do total de proteínas séricas nos animais Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 13 2- Albumina • Valores normais (albumina sérica): – Cão: 2,6 – 4,3 g/dl – Gato: 2,4 – 4,1 g/dl • Quando a albumina sérica é menor que 1,5 g/dL, há uma tendência na direção da formação de edema e efusões. Monitorização pela regra dos 20 2- Albumina A albumina é responsável por 65% e a globulina por 15% da pressão coloidosmótica intravascular. Monitorização pela regra dos 20 2- Albumina Monitorizaçãopela regra dos 20 DIAGNÓSTICO – Análises Bioquímicas – Plasma (ST) O plasma é constituído por 90% de água e proteínas, glícidos, vitaminas, minerais e substâncias nocivas como dióxido de carbono e ureia 24/01/2018 14 2- Albumina Hiperalbuminemia • Indica um processo de desidratação aguda ou queimaduras externas perda excessiva de água causando uma hemoconcentração. • A reidratarão resulta na resolução da hiperalbuminemia Monitorização pela regra dos 20 2- Albumina Hipoalbuminemia • É uma consequência de doenças como: – Sepse – SIRS por gastroenterite – Piometra – Pancreatite – Peritonite ou pleurite – Falência hepática nos seus estágios finais – Enteropatias com perda de proteínas – Síndrome nefrótica Monitorização pela regra dos 20 3 - Pressão Coloidosmótica: Os colóides são responsáveis pelo “poder de manutenção” osmótica dos líquidos dentro do compartimento de líquido vascular. Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 15 3 - Pressão Coloidosmótica: A pressão coloidosmótica é definida como a força gerada sempre que duas soluções contendo diferentes concentrações de partículas coloidais são separadas por uma membrana semipermeável. Monitorização pela regra dos 20 3 - Pressão Coloidosmótica: As grandes moléculas coloidais, principalmente a albumina, não são livremente permeáveis através de ambiente vascular e, portanto, são mantidas em concentrações mais altas no compartimento de líquido vascular que no interstício. Monitorização pela regra dos 20 3 - Pressão Coloidosmótica: A PCO ajuda a manter o volume vascular e previne a formação de edema, sendo também importante na integridade vascular e na drenagem linfática eficiente. Valor normal 20 a 25 mmHg Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 16 3 - Pressão Coloidosmótica: Uma alta PCO intravascular irá favorecer a passagem de fluidos do compartimento intersticial para o intravascular, indicando um processo de desidratação. Monitorização pela regra dos 20 3 - Pressão Coloidosmótica: Uma baixa PCO intravascular irá favorecer a passagem de fluidos do compartimento intravascular para o intersticial e, assim, aumentar o risco de formação de edema. Monitorização pela regra dos 20 4- Glucose: Monitorização pela regra dos 20 • A glucose é o principal substrato para a produção de energia na maioria dos tecidos! Única fonte energética para as células do cérebro 24/01/2018 17 4- Glucose: • Valor normal: 60 – 90 mg/dl 80 – 120 mg/dl Monitorização pela regra dos 20 Reação Catabólica (em resposta ao jejum) Reação Anabólica (pós-prandial) Estimulado pelo glucagon Estimulado pela Insulina Proteólise + lipólise Glu Glu Glucose sang. 3-5 mmol/L Aminoácidos (músculo) Ácidos gordos ( tec. adiposo) Gliconeogênese (fígado) Glicogenólise (fígado) Produção do corpos cetônicos (fígado) Armazenamento de glicogênio (fígado, músculo) Síntese proteica (fígado, músculo) Formação de triglicerídeos (fígado, tec. adiposo) 4- Glucose: Monitorização pela regra dos 20 – As flutuações dos níveis de glucose no sangue tem efeitos visíveis no funcionamento do sistema nervoso central: • Níveis reduzidos podem provocar confusão 24/01/2018 18 4- Glucose: Monitorização pela regra dos 20 – Níveis elevados podem causar lesões neurológicas (neuropatias) DM aumenta o risco de AVC • Podem causar cetoacidose diabética diabetes insulinodependentes • Aumentar a osmolaridade do sangue diabéticos não insulinodependentes 5 - Equilíbrio ácido-básico e eletrólitos • Os ácidos são substâncias que doam íons hidrogênio para uma solução. As bases são substancias que recebem e ligam íon hidrogênio de uma solução. Esse equilíbrio é perturbado quando ácidos ou bases são adicionados ou são removidos dos líquidos corporais. • O valor ideal do pH é de 7,4 Monitorização pela regra dos 20 5 - Equilíbrio ácido-básico e eletrólitos: Mecanismos que visam à manutenção do equilíbrio: Sistema Tampão Compensação respiratória Compensação renal Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 19 5 - Equilíbrio ácido-básico e eletrólitos • O principal cátion do líquido extracelular é o sódio e os principais ânions são o cloreto e o bicarbonato. • No líquido intracelular, os principais cátions são o potássio e o magnésio e os principais ânions são os fosfatos orgânicos e as proteínas Monitorização pela regra dos 20 5 - Equilíbrio ácido-básico e eletrólitos • Sódio: – É o principal cátion existente no líquido extracelular. Sua importância está relacionada ao controle que exerce na distribuição da água em todo o organismo. Monitorização pela regra dos 20 5 - Equilíbrio ácido-básico e eletrólitos • Potássio: – Participa do controle do pH intracelular, síntese proteica, manutenção da excitabilidade e contratilidade de células musculares. Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 20 5 - Equilíbrio ácido-básico e eletrólitos • Magnésio: – é um ativador de enzimas, e participa de todas as reações que requerem adenosina trifosfato (ATP) e de todos os passos na replicação e transcrição de DNA e na tradução de RNA mensageiro. Monitorização pela regra dos 20 5 - Equilíbrio ácido-básico e eletrólitos • Cálcio total: – O cálcio participa da coagulação sanguínea, condução neuromuscular, manutenção do tono normal e na excitabilidade do músculo esquelético e cardíaco. Também está envolvido na preservação da integridade da membrana celular e na permeabilidade, principalmente no intercâmbio de sódio e potássio. Monitorização pela regra dos 20 6 - Oxigenação e Ventilação • O oxigênio é a molécula básica que permite a vida. • Seu aporte deve ser contínuo para manter a função dos tecidos, já que seu consumo também é contínuo. Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 21 6 - Oxigenação e Ventilação Monitorização pela regra dos 20 • Nas urgências, este fato é ainda mais crítico, uma vez que os mecanismos compensatórios do paciente estão diminuídos. • Assim, umas das primeiras medidas que devemos executar é assegurar uma via aérea e aumentar a fração inspirada de O2. 6 - Oxigenação e Ventilação Monitorização pela regra dos 20 • O objetivo da ventilação é realizar a troca gasosa, sendo os gases mais importantes: – Dióxido de carbono – Oxigênio 6 - Oxigenação e Ventilação • Quando o oxigênio se difunde no capilar, 98% são carreados pela hemoglobina, se denominando saturação de oxigênio (SatO2), e o restante fica difundido no plasma, denominado-se pressão arterial de oxigênio (PaO2) Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 22 6 - Oxigenação e Ventilação • A monitorização contínua ajuda a determinar se os pulmões estão trocando os gases de maneira efetiva. • Outras técnicas de monitorização é a – capnografia (é um analisador de gases que mensura o dióxido de carbono expirado pelo tubo endotraqueal ou pela máscara facial) – oximetria (monitoriza a saturação arterial de oxigênio nos tecidos perfundidos). Monitorização pela regra dos 20 6 - Oxigenação e Ventilação Se a hipoxemia não responder à suplementação de oxigênio ou se houver hipercapnia, a ventilação mecânica será necessária. Monitorização pela regra dos 20 6 - Oxigenação e Ventilação Fornecimento de O2 • INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL, ligado a uma fonte de O2, com ou sem a utilização concomitante de qualquer ventilação mecânica pode atingir 100% FiO2 • O2 entregue VIA MÁSCARA pode atingir 60% FiO2 Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 23 6 - Oxigenação e Ventilação Fornecimento de O2 • CANULAÇÃO NASAL – Dependendo da taxa de fluxo / da tolerância do paciente e se uma ou duas cânulas são usadas, pode se alcançar um FiO2 de até 90%. • CATETERIZAÇÃO INTRATRAQUEAL foi avaliado para atingir 80% a 90%. • GAIOLAS COMERCIAIS normalmente não deve exceder 50% FiO2. Monitorização pela regra dos 20 6 - Oxigenação e Ventilação Capnografia • O CO² produzido durante o metabolismo celular é transportado pelo sistema venoso ao átrio e ao ventrículo direito,chega aos pulmões e difunde-se dos capilares aos alvéolos. Dos alvéolos, este gás é finalmente eliminado com a mistura exalada. Monitorização pela regra dos 20 6 - Oxigenação e Ventilação • Capnografia • A quantidade de CO² que alcança os espaços alveolares é proporcional ao débito cardíaco e ao fluxo sanguíneo pulmonar. A eliminação deste gás para o ambiente depende da eficácia da ventilação. • Assim, a medida do CO² ao final da expiração (ETCO²)permite a monitorização contínua e não invasiva do gás alveolar, indiretamente refletindo seus níveis circulantes. Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 24 6 - Oxigenação e Ventilação Capnografia • A HIPOXIA (deficiência de oxigênio nos tecidos corporais) é uma das principais preocupações dos anestesistas durante intervenções cirúrgicas com anestesia em pacientes. • O oxímetro de pulso é um ótimo equipamento para monitoração da hipoxia, mas não indica a causa. • A capnografia pode indicar situações que podem resultar em hipoxia, e ajuda no diagnostico de diferentes tipos de hipoxia. Monitorização pela regra dos 20 6 - Oxigenação e Ventilação Capnografia • O CO2 é produzido pelo metabolismo celular, sendo transportado pela corrente sanguínea até os pulmões, onde é eliminado pela respiração. Monitorização pela regra dos 20 Capnograma • Representa espaço morto (é a parte do gás expirado das vias aéreas e livre de CO2) • O início da exalação, o qual o PCO2 permanece quase zero enquanto o gás deixa o espaço anatômico morto pelas vias áreas superiores. 24/01/2018 25 Capnograma • Representa o inicio do traçado da curva, aumentando bruscamente, o qual significa a mistura do gás alveolar com o gás do espaço morto. Capnograma • O capnograma alcança o platô, representando o gás do espaço alveolar. – a) A porção mais alta e final da curva representa o PetCO2 – b) A inclinação da fase III é determinada pela V/Q (ventilação/perfusão) Capnograma • Qualquer fator que altere a média de V/Q do pulmão, altera a altura e inclinação da fase III no capnograma. Alguns destes fatores podem ser: – Volume de saída cardíaco; – Produção de CO2; – Resistência das via aéreas. 24/01/2018 26 Capnograma • A curva declina abruptamente assim que se inicia a inspiração. Capnograma Interpretação do capnograma • PCO2: – cão : 30-45 mm Hg – gato: 28-35 mm Hg • Aumentos dos níveis podem significar aumento da produção, depressão do sistema respiratório ou hipoventilação. • Níveis abaixo do limite inferior geralmente está relacionado a hiperventilação ou aumento de espaço morto. • Queda abrupta do EtCO2 pode significar desconexão do sistema ventilatório, vazamento do sistema, tubo endotraqueal obstruído, hipotensão aguda, hiperventilação ou embolismo pulmonar maciço. 24/01/2018 27 7 - Pressão sanguínea Monitorização pela regra dos 20 Não invasivos Invasivos 7 - Pressão sanguínea Monitorização pela regra dos 20 • Pressão arterial • é a pressão luminal do sangue em uma grande artéria. • É o produto do débito cardíaco, da capacidade vascular e do volume sanguíneo. • O comprometimento de qualquer deles normalmente é compensado pelos outros dois 7 - Pressão sanguínea Monitorização pela regra dos 20 • Pressão arterial • PAS a medida da pressão arterial máxima durante a contração ventricular • 100 - 120 • PAD consiste na mensuração da pressão arterial mínima realizada durante o relaxamento cardíaco • 60 - 80 • PAM origina a pressão de pulso • 80 – 120 • PAM = PAS + (PAD x 2) 3 A hipertensão diastólica isolada é comum nas primeiras etapas de insuficiência cardíaca e renal e nos casos de diabetes “mellitus” Hipotensão: <60mmHg 24/01/2018 28 7 - Pressão sanguínea Monitorização pela regra dos 20 • Consequências da Hipotensão - Diminuição da perfusão periférica fluxo sanguíneo renal fluxo sanguíneo coronariano fluxo sanguíneo cerebral 7 - Pressão sanguínea Monitorização pela regra dos 20 • Em animais hipotensos, o tratamento consiste na: • infusão de fluidos para aumentar o volume intravascular, • na administração de oxigênio • controle da dor • A hipertensão pode causar deslocamento da retina, hemorragia, aumento da pressão intracraniana, sendo tratada com vasodilatadores 7 - Pressão sanguínea Monitorização pela regra dos 20 • A pressão venosa central (PVC) • Consiste na mensuração da pressão arterial no lúmen da porção intratorácica da veia cava e reflete a pressão no átrio direito, proporcionando uma estimativa precisa da pressão de enchimento do ventrículo direito. 24/01/2018 29 7 - Pressão sanguínea Monitorização pela regra dos 20 • A pressão venosa central (PVC) • A indicação primária para realizar sua medição é avaliar a fluidoterapia, particularmente em condições de doença renal, pulmonar, cardíaca e choque séptico, também é usada para transporte de medicamentos, hemodiálise, nutrição parenteral. 7 - Pressão sanguínea Monitorização pela regra dos 20 • A pressão venosa central em pequenos animais é de 0 a 10 cm H2O. • Valores de 12 a 15 indicam hiperidratação ou sobrecarga de volume, e um valor igual a 20 é compatível com insuficiência cardíaca . • O acesso pode ser feito na: • veia jugular, • pela subclávia • veia femoral Pacientes críticos estão em risco de arritmias secundárias a hipovolemia e hipoxemia. Taquicardia pode ser um ínicio de sinais de comprometimento hemodinamico e Bradicardia pode causar inadequado output cardíaco e ser um sinal de falha cardíaca 8 - Frequência, Ritmo e Contratilidade Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 30 8 - Frequência, Ritmo e Contratilidade Monitorização pela regra dos 20 FC e Ritmo devem ser monitorados regularmente por auscultação ou via eletrocardiograma. Taquicardia secundária a hipovolemia deve ser diferenciada por elevada FC secundária a outras causas da estimulação simpática como dor e ansiedade Arritmias são comuns nos pacientes críticos e devem ser tratados somente se tiverem efeitos adversos de perfusão ou estão eletricamente instáveis Diminuição da contratilidade cardíaca deve ser devido a doenças cardíacas associadas como cardiomiopatia ou pode ser adquirido 8 - Frequência, Ritmo e Contratilidade Monitorização pela regra dos 20 • Variação na Intensidade de Som e Ritmo Cardíaco – Diminuição da intensidade • Obesidade, enfisema, efusão pleural e pericárdica, massas torácicas, hérnia diafragmáticas, baixa contratilidade ventriculo esquerdo e output cardíaco. – Aumento da intensidade • Jovens, animais magros com frequência cardíaca rápida, estados hiperdinâmico (hipertireoidismo, anemia, febre). 8 - Frequência, Ritmo e Contratilidade Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 31 9 - Coagulação Monitorização pela regra dos 20 O que é a CID? É um problema adquirido do sistema hemostático que resulta na ativação patológica e no desequilíbrio da fibrinólise e hemostase normal, com consequências potencialmente fatais. 9 - Coagulação Monitorização pela regra dos 20 - Comum em pacientes críticos; - Secundário a um problema subjacente que aumenta a atividade sistêmica da trombina e plasmina 9 - Coagulação Monitorização pela regra dos 20 • Consequências clinicas potenciais: - Trombose microvascular sistêmica; * Insuficiência ou lesões secundárias dos órgãos; - Tendências hemorrágicas; - Choque; - Morte; 24/01/2018 32 9 - Coagulação Monitorização pela regra dos 20 • Hemostasia normal • Sistema hemostático controla as lesões endoteliais com plaquetas e coágulos de fibrina para minimizar as perdas sanguíneas •Para dissolver lentamente o coágulo e manter a pressão dos órgãos – FIBRINÓLISE •Inibidores fisiológicos mantém o equilíbrio entre a coagulação e a fibrinólise 9 - Coagulação Monitorização pela regra dos 20 • HIPERCOAGULAÇÃO – TROMBO HIPOCOAGULAÇÃO - HEMORRAGIA 9 - Coagulação Monitorização pela regra dos 20 • CID nunca ocorre primariamente, existem doenças que predispõe: - Inflamação sistêmicaSepsis Volvo-dilatação gástrica Pancreatite Anemia hemolítica imunomediada Trombocitopénia imunomediada PIF Babesiose Golpe de calor - Neoplasias sistêmicas Hemangiosarcoma Carcinoma Linfoma Hemangiosarcoma - Doenças hepáticas Colangiohepatite Lipidose Shunt portosistêmico Cirrose Necrose hepática 24/01/2018 33 9 - Coagulação Monitorização pela regra dos 20 • SINAIS CLÍNICOS - Ocorre depois de uma intervenção cirúrgica *A superfície dos tecidos cortados pode sangrar de maneira incontrolável - A hemorragia pode ocorrer no local em que se aplicou uma injeção endovenosa ou se faz uma punção; - Podem produzir hemorragias maciças no cérebro, aparelho gastrointestinal, pele, músculos e cavidades do organismo •Forma crônica: - Características clínicas: *Petéqueas; *Equimose *Sangramento leve em algumas áreas - gengiva 9 - Coagulação Monitorização pela regra dos 20 Tratamento: Remover estímulos que contribuem para ativação da cascata de coagulação. Administração de líquidos cristalóides. Uso de heparina. Vitamina K Analgesia 10 - Concentração de hemácias e hemoglobina Monitorização pela regra dos 20 • Função do sangue: – Transporte de substâncias essenciais para a vida das células do corpo – Levar produtos do metabolismo indesejáveis até o órgão excretor Oxigênio Dióxido de carbono Nutrientes Hormônios 24/01/2018 34 • Em torno de 6 a 10% do peso corporal • Cães: 77 – 78 ml/kg – 8 -9 % peso corpóreo • Gatos: 62 a 66 ml/kg – 6 – 7% peso corpóreo 10 - Concentração de hemácias e hemoglobina Monitorização pela regra dos 20 10 - Concentração de hemácias e hemoglobina Monitorização pela regra dos 20 • Hemograma – Dividido em: Eritrograma • Hematócrito • Dosagem de hemoglobina • Avaliação morfológica; • Contagem total de eritrócitos Leucograma • Avaliação morfológica • Contagem total e diferencial de leucócitos Plaquetas • Avaliação morfológica • Contagem de plaquetas 10 - Concentração de hemácias e hemoglobina • Hematócrito •Percentagem de eritrócitos no sangue; - Coloração do plasma - Capa leucocitária Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 35 10 - Concentração de hemácias e hemoglobina Monitorização pela regra dos 20 • Plasma – Límpido e incolor; • Ictérico: amarelo e límpido • Hemoglobinêmico: rosa a vermelho, límpido – Exame microscópico do plasma: • Microfilárias e tripanossomas – Acima a camada branca (capa flogística) 10 - Concentração de hemácias e hemoglobina Monitorização pela regra dos 20 • Fatores que afetam o Ht – Anemia • Eritrócitos produzem valores baixos que podem ser desproporcionais se o tamanho celular também estiver alterado; • Policitemia absoluta produz valores altos; • Contração esplênica produz valores altos; 24/01/2018 36 10 - Concentração de hemácias e hemoglobina Monitorização pela regra dos 20 • Fatores que afetam o Ht – Hidratação: • O exame deve ser interpretado conhecendo-se o estado de hidratação do animal; – Exame físico – Análise de proteínas plasmáticas totais; • Desidratação produz valores altos; • Hiperhidratação causa redução, o que pode estimular anemia 10 - Concentração de hemácias e hemoglobina Hemoglobina • Proteína conjugada formada de: - 96% de proteínas (globinas) - Grupo prostético de coloração vermelho chamado heme (4%) *É formado por ferro e grupamento porfirínicos Monitorização pela regra dos 20 10 - Concentração de hemácias e hemoglobina Hemoglobina Como a hemoglobina é responsável pela maior parte do transporte de oxigênio no sangue, manter sua concentração em níveis adequados é essencial para conservar uma adequada taxa de entrega de oxigênio no sangue. Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 37 11 - Função renal Monitorização pela regra dos 20 • Excreção de resíduos metabólicos – Ácido úrico – ácidos nucléicos – Creatinina – creatinina muscular – Bilirrubina – hemoglobina – Uréia – proteína da dieta e proteína endógena 11 - Função renal Monitorização pela regra dos 20 • Excreção de substâncias exógenas (drogas e toxinas) – Balanço de água e sódio – Sistema renina – angiotensina – aldosterona – Prostaglândinas vasoativas produzidas pelo rim 11 - Função renal Monitorização pela regra dos 20 • Produção do fator eritropoiético renal • Produção da forma ativa da vitamina D • Realização de gliconeogênese – jejum prolongado 24/01/2018 38 11 - Função renal Monitorização pela regra dos 20 • Degradação de hormônios – Hormônio paratireóide – Hormônio do crescimento – Secretina – Colecistoquinina – Glucagon – Insulina – Hormônio antidiurético 11 - Função renal Monitorização pela regra dos 20 • A produção urinária de 1 a 2 ml/Kg/h indica boa perfusão. • Monitorar a função renal / diagnosticar a doença renal, através do: – débito urinário – Urinálise – Bioquímico sérico e urinário – Diagnóstico por imagem 12 - Controle da dor • A Associação Internacional para o Estudo da Dor conceituou a dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada com dano tecidual real em potencial. Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 39 12 - Controle da dor • A analgesia em animais críticos pode ser obtida com segurança por meio de agentes opióides, sendo a administração preventiva recomendada quando possível. Monitorização pela regra dos 20 12 - Controle da dor • Opióides causam mínimos efeitos colaterais ao sistema cardiovascular, e esses efeitos são reversíveis com o uso do antagonista, porém, em pacientes instáveis, é melhor evitar opióides de longa duração. Monitorização pela regra dos 20 13 – Nutrição • O suporte nutricional consiste: • Na avaliação do estado nutricional do paciente; • Administração de dietas líquidas por via oral ou por sondas posicionadas no trato gastrointestinal nutrição enteral • Administração parcial ou total de nutrientes por: • veia central ou periférica nutrição parenteral Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 40 13 – Nutrição •A nutrição deve ser iniciada 24 a 48 horas após o início da doença crítica. Monitorização pela regra dos 20 13 – Nutrição • A alimentação parenteral é indicada em casos em que o paciente apresenta vômito, diarreia grave, impossibilidade de proteção das vias aéreas, obstrução intestinais, peritonite e pancreatite . • Seus constituintes são: glicose, aminoácidos, lipídeos, eletrólitos, vitaminas e minerais. Monitorização pela regra dos 20 13 – Nutrição • O principal objetivo da alimentação enteral consiste em assegurar a ingestão diária de nutrientes e calorias requeridas pelo animal, até que ele seja capaz de alimentar-se de forma voluntária. •Cálculo: Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 41 13 – Nutrição Alimentação enteral • Este método é mais prático, possui menor risco de infecção em relação á nutrição parenteral, além de ser importante para a manutenção da integridade do epitélio intestinal. • Suas técnicas são: sonda nasogástrica, tubos de faringostomia e esofagostomia, tubos de gastrotomia e tubos de enterostomia . Monitorização pela regra dos 20 14 - Integridade das mucosas e motilidade gastrointestinal • Animais em estado crítico, mesmo os que não estão com alguma afecção no trato gastrointestinal, são predispostos a desenvolver atonia gástrica, íleo paralítico e ulceração induzida por estresse. • Para a monitorização, faz se necessário a auscultação pelo menos 3 vezes ao dia dos sons intestinais. A infusão contínua da metoclopramida também é útil porque além de sua ação antiemética central, ela aumenta a motilidade gastroentérica progressiva. Monitorização pela regra dos 20 15 - Estado imune, dose e seleção de antibióticos e contagem de leucócitos Monitorização pela regra dos 20 • Técnicas assépticas devem ser seguidas para manusear pacientes que estão recebendo drogas imunossupressoras. • Os antibióticos devem ser escolhidos com base no local da infecção e nos tipos mais prováveis de infecção bacteriana, sendo necessário, em algumas terapias empíricas,a realização de testes de cultura e antibiograma . 24/01/2018 42 16 - Cuidados de enfermagem • A manutenção constante da higiene do animal é um fator primordial para a prevenção de processos infecciosos hospitalares. • O decúbito do animal deve ser trocado a cada 4 horas de um lado para o outro. • Realizar fisioterapia, 3 a 4 vezes ao dia, pois mantém a amplitude de movimentos, o tônus muscular e o fluxo sanguíneo. Monitorização pela regra dos 20 16 - Cuidados de enfermagem A inspeção, manuseio e trocas nas datas adequadas dos cateteres periféricos e centrais, uma correta tricotomia e assepsia no local de fixação, além da utilização de bandagens ou equipamentos de proteção previnem o risco de infecção e auxilia na correta administração da fluidoterapia. Monitorização pela regra dos 20 17 - Nível de consciência Uma queda no nível de consciência requer investigação para excluir causas metabólicas, como hipoglicemia, encefalopatia hepática, eletrolíticos ou osmóticos, acidose ou desenvolvimento repentino de choque. Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 43 Medicina Veterinária Intensiva 18 - Manejo de feridas e troca de bandagens As bandagens devem ser trocadas todas as vezes que estiverem sujas ou úmidas. Monitorização pela regra dos 20 19 - Doses de drogas e metabolismo O tratamento do paciente sempre deve ser revisado para verificar se a dose está correta. Se a função hepática ou renal estiver comprometida, algumas doses de drogas devem ser diminuídas, por causa da sua eliminação prejudicada Monitorização pela regra dos 20 20 - Tratar os pacientes com carinho Os proprietários devem ser estimulados a visitar seus animais. Deve-se conversar e manusear os pacientes carinhosamente para reduzir o estresse e a ansiedade. Desligar a luz durante a noite, quando a condição do paciente permitir, fazem com que o animal tenha algum tempo de sono e descanse sem ser perturbado Monitorização pela regra dos 20 24/01/2018 44 24/01/2018 45 TLC – Carinho e dedicação 24/01/2018 46 Muito Obrigada!!
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